Pouco conhecida no país, a cirurgia micrográfica é o melhor tratamento contra o câncer de pele Com a chegada do calor e o apelo do sol em praias e piscinas, é bom saber o que é cirurgia micrográfica. Pouco difundida no país, a técnica que remove tumores cutâneos de forma extremamente precisa, porque além de retirar o câncer, evitando a remoção excessiva de tecido sadio peritumoral, também avalia microscopicamente todas as margens da lesão durante a cirurgia. Quem dá algumas seguras dicas sobre a doença e a técnica é Luís Fernando Kopke, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) e integrante do Grupo Brasileiro de Melanoma (GBM) e da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
1– O QUE É A CIRURGIA MICROGRÁFICA?
Cirurgia micrográfica é um método cirúrgico e laboratorial que permite ao cirurgião retirar apenas o tumor, controlando microscopicamente todo o procedimento.
2– A CIRURGIA MICROGRÁFICA PODE SER INDICADA PARA QUAIS TIPOS DE DOENÇAS?
Ela é indicada em cânceres da pele, principalmente aqueles com margens clínicas pouco definidas, ou em situações em que poupar milímetros tem importância estética ou funcional, como no caso dos tumores na face, e em todo câncer que volta depois de ser operado (recidiva).
3– COMO É REALIZADA ESTA TÉCNICA? QUANDO COMEÇOU A SER UTILIZADA?
A cirurgia micrográfica surgiu na década de 30, descoberta por Frederic Mohs. Atualmente, é realizada geralmente de forma ambulatorial, sob anestesia local. O cirurgião retira o tumor sem margens de segurança alargada, de forma a preservar o máximo de tecido sadio possível. O exame micrográfico analisa toda a margem cirúrgica e decide se há ou não a necessidade de retirar mais tecido acometido pelo tumor e assim por diante. Ou seja, a cirurgia é feita por ciclos ou estágios até que todo o câncer seja retirado.
4– QUAIS SÃO OS TUMORES QUE PODEM SER RETIRADOS COM A CIRURGIA MICROGRÁFICA?
O tipo de câncer mais operado com cirurgia micrográfica é o carcinoma basocelular (câncer de pele mais comum entre pessoas de pele clara). Mas, uma grande variedade de outros tumores, como espinocelulares (tumor de pele maligno, mais invasivo e com desenvolvimento mais rápido que o do carcinoma basocelular), certos tipos de melanoma, tumores de anexos, o dermatofibrossarcoma e outros tumores do tecido fibroso. Também é indicada para tumores com margens mal delimitadas e áreas críticas, como ao redor dos olhos, nariz, boca e outras regiões em que a extensão do tumor pode provocar deformidades depois da cirurgia.
5– TODO DERMATOLOGISTA ESTÁ APTO A REALIZAR ESTA TÉCNICA?
Não. A cirurgia micrográfica necessita de um aprendizado especial. Do ponto de vista técnico, ela é um procedimento complexo. Da&i…