Cirurgia Micrográfica de Mohs



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11 de outubro de 2021

A cirurgia micrográfica de Mohs pode ser considerada a técnica mais refinada, precisa e efetiva para o tratamento dos tipos mais frequentes de câncer da pele. Por meio dela é possível identificar e remover todo o tumor, preservando a pele sã em torno da lesão. O procedimento consiste na retirada do câncer da pele, camada por camada, e do exame de cada uma delas ao microscópio, até que se obtenha margem livre, ou seja, até a remoção completa do tumor (o nível de precisão e acerto pode chegar a 98%). Esta precisão é possível já que praticamente 100% das margens são checadas pelo microscópio, durante a cirurgia. Após a obtenção da margem livre, é realizada a reconstrução da ferida (resultante da “retirada“ do tumor).

Para a realização da cirurgia micrográfica de Mohs é necessário que o médico tenha conhecimento dos tumores, de histologia, de cirurgia, assim como de técnicas de reconstrução.

O nome cirurgia micrográfica relaciona-se ao mapeamento e orientação precisos realizados durante a cirurgia de Mohs, o que permite retirar o tumor e, ao mesmo tempo, o exame, conforme descrito acima. Já o Mohs vem em razão do nome do criador da técnica, Frederic E. Mohs, que a criou nos anos 1930. Contudo, com o desenvolvimento tecnológico na medicina, essa técnica sofreu grande transformação, em especial com o emprego do criostato, aparelho que permite congelar e realizar os cortes da pele, para que seja realizado o exame do tumor durante a cirurgia.

A cirurgia de Mohs nasceu e se desenvolveu dentro da dermatologia, motivo de orgulho para esta especialidade.

O que é a cirurgia de Mohs? Entenda o passo a passo da técnica

Tudo o que você gostaria de saber sobre cirurgia de Mohs

Qual a diferença entre cirurgia de Mohs e cirurgia convencional? Quais tipos de câncer de pele podem ser tratados com a cirurgia de Mohs? Quais os profissionais adequados para realizar a cirurgia de Mohs?

Indicações

A cirurgia de Mohs é indicada para:

– Carcinomas basocelulares de risco aumentado para recidiva;
– Carcinomas espinocelulares (ou de células escamosas);
– Dermatofibrossarcoma protuberans;
– E alguns tumores mais raros de pele.

Ela pode ser indicada, também, para os carcinomas basocelulares considerados de baixo risco de recidiva, quando o objetivo for preservar a pele sã. Seja para reduzir o tamanho da cicatriz, como para áreas em que não existe pele em excesso para realizar a reconstrução, como ocorre, por exemplo, nas regiões auriculares (orelhas), nas pálpebras e na glande.

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11 de outubro de 2021

O que é?

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Termo médico utilizado para descrever a aplicação de uma substância cáustica ou ácida sobre uma lesão, com o objetivo de removê-la. Após a aplicação do produto, a lesão fica esbranquiçada e pode arder. Ao redor do local tratado a pele pode ficar vermelha, irritada e até inchada. Nos dias subseqüentes, a área escurece e fica enrijecida, devido à morte das células. Duas semanas após o procedimento, as crostas que se formam sobre a lesão são eliminadas.

O tipo de substância utilizada pode levar a um aspecto diferente, com coloração amarelada, em vez de esbranquiçada. A substância mais utilizada é o ácido tricloroacético, mas outros ácidos podem ser utilizados, a critério médico e de acordo com a doença em questão. O hidróxido de potássio é outra substância que pode ser usada, notadamente no tratamento do molusco contagioso, conforme a avaliação do dermatologista.

Indicação

Normalmente, usa-se a técnica para tratar queratoses actínicas, queratoses seborreicas, verrugas virais, granuloma piogênico (área sangrante que pode surgir após um trauma ou machucado na pele ou mucosa), entre outros problemas. Podem ser necessárias várias sessões, a depender do tipo de lesão tratada.

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11 de outubro de 2021

O que é?

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Lesão com indicação de biopsia

Procedimento simples no qual um pequeno fragmento da pele ou da mucosa é retirado para análise patológica. É comum confundir o termo biópsia com o exame patológico propriamente dito. As biópsias cutâneas podem ser feitas com um “punch”, por “shaving”, por curetagem ou por excisão com bisturi. Todas as técnicas são precedidas por anestesia local, sem risco para o paciente. O anestésico é injetado após assepsia e causa ardência por um período não superior a 30 segundos, além disso, o procedimento não traz qualquer desconforto ao paciente.

Punch: um cilindro de superfície cortante que, ao ser girado rotatoriamente, se aprofunda na pele e permite a remoção de um cone que pode alcançar até a gordura subcutânea. A ferida resultante é pequena e costuma ser suturada. Vários diâmetros são disponibilizados, cada um adequado para diferentes propósitos.

Shaving: é feito com uma navalha que não se aprofunda em demasia, removendo um fragmento mais superficial da pele, mas que pode ser mais extenso do que os removidos por “punch”. Esta maior extensão pode facilitar o estudo patológico das inflamações ou dos tumores de localização superficial.  Não há necessidade de sutura e costuma cicatrizar mais rapidamente, mas não se presta para o estudo de processos inflamatórios mais profundos ou para a avaliação de margens de ressecção cirúrgica nos casos de neoplasias.

Curetagem: raspagem realizada por meio de uma cureta que retira vários e pequenos fragmentos de pele. Cicatriza muito rapidamente, sem necessidade de sutura. Não permite, entretanto, a remoção de partes mais profundas da pele. Nos casos de tumores pequenos, superficiais e em áreas de baixo risco, pode ser curativa, principalmente quando associada à cauterização elétrica ou química subsequente.

Excisão com bisturi: remove fragmentos que podem ter grande extensão e profundidade. Há excisões em forma de fuso de pele fechadas por sutura simples aproximando-se as bordas e outras, de formas circulares ou ovais, reparadas por rotação de retalhos cutâneos que permitem a retirada  de grandes áreas com bom resultado estético. Alguns pontos são necessários para o fechamento da ferida e só devem ser removidos depois de cinco a 20 dias, dependendo da extensão e da localização. É utilizada para remoção de tumores, de bolhas, de paniculites ou de outros processos inflamatórios profundos ou em áreas onde a excisão com bisturi gera melhores cicatrizes.

O cuidado pós-operatório indicado pelo dermatologista é muito importante para se evitar infecções que podem atrasar a cicatrização ou deixar defeitos inestéticos.
Indicação

A biópsia, em casos dermatológicos, é realizada a fim de diagnosticar doenças de pele císticas, tumorais, inflamatórias, do desenvolvimento ou de depósito. Nas biópsias excisionais, o objetivo é a resolução do processo por meio da avaliação da suficiência das margens de ressecção cirúrgica.





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