Terapias experimentais contra câncer mostram avanços



Terapias experimentais contra câncer mostram avanços

22 de junho de 2010 0

Tratamentos contra câncer de pele e pulmão entusiasmam cientistas

Terapias experimentais apresentadas na 46ª Conferência sobre o Câncer da Asco (American Society of Clinical Oncology), realizada em Chicago, se revelaram promissoras para o tratamento de diferentes tipos de câncer, do melanona (câncer de pele grave) e de pulmão.

Os resultados mais alentadores revelados durante a conferência do fim de semana confirmam o crescente papel das terapias dirigidas a funções ‘vitais’ de tumores ou que dopam o sistema imunológico para destruir as células cancerígenas, em comparação com a quimioterapia padrão.

Um anticorpo experimental monoclonal (Ipilimumab), que ativa as células T (timócitos) do sistema imunológico para destruir o câncer, deu pela primeira vez ‘resultados muito encorajadores’ contra o melanoma avançado, um câncer de pele cuja incidência disparou há 30 anos.

Segundo Douglas Blayney, professor de medicina interna na Universidade de Michigan (norte dos Estados Unidos) e presidente da Asco, “estes avanços mostraram aumento da sobrevivência sobretudo em doentes que sofrem de tipos de câncer avançados ou com metástase, como o melanoma, contra os quais existem poucos ou nenhum tratamento”.

NOVIDADES EM TRATAMENTO DE CÂNCER DE PULMÃO E PRÓSTATA

Uma terapia experimental (crizonitinib), que neutraliza a enzima cinase de linfoma anaplásico (ALK), essencial para o crescimento das células cancerígenas, também se revelou muito promissora contra a forma mais frequente de câncer de pulmão avançado em pacientes com um perfil genético particular. Este é o tipo de câncer mais frequente e mortal do mundo.

Outro ensaio clínico demonstrou que o tratamento específico Avastin, que bloqueia o crescimento dos vasos sanguíneos que levam os nutrientes e oxigênio necessários para o tumor, combinado com uma quimioterapia, permitiu prolongar o período que transcorre sem que um câncer de ovário progrida.

Um estudo demonstrou também que a radioterapia combinada com um tratamento hormonal reduz em 43% o risco de mortalidade dos homens afetados por um câncer localizado e avançado da próstata. Mas, apesar de todos esses progressos e da melhora dos tratamentos, a doença segue muito frequente nos Estados Unidos, lamenta a ASC (Associação americana do Câncer), segundo a qual foram registrados cerca de 1,5 milhão de novos casos em 2009, que provocaram mais de 560 mil mortes.

Um recente informe da OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que o número mundial de mortos por câncer pode duplicar até 2030 e alcançar os 13 milhões. Com o envelhecimento da população nos países industrializados, cerca de um homem em cada dois …





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