Estudos realizados ao longo de décadas demonstram que a finasterida é uma droga segura, com efeitos colaterais raros e transitórios. No entanto, mais recentemente, vem ganhando bastante notoriedade os debates a respeito da chamada “Síndrome pós-finasterida”, um vasto conjunto de sintomas (sexuais, neuropsiquiátricos e físicos) que perduraria por meses, mesmo após a suspensão do medicamento.
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Para esclarecer as dúvidas a respeito desse assunto controverso, o SBDcast recebeu Ana Francisca Junqueira Ribeiro Pereira, dermatologista pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC/UFMG) e mestre em Ciências da Saúde do Adulto. Durante a conversa, com moderação de Geraldo Magela Magalhães, 1º secretário da entidade, ela ressaltou que a comunidade científica observa com cautela as pesquisas sobre essa suposta “Síndrome”.
Vítimas – “Curiosamente, esses estudos são sempre realizados pelos mesmos grupos, que geralmente são financiados por associações de pacientes autodenominados ‘vítimas da finasterida’. Os resultados são díspares e nem de perto são semelhantes aos observados nas pesquisas de outros centros”, adianta. Na sua avaliação, outro aspecto curioso é que dentro do corpo clínico dos autores desses estudos não há urologistas ou dermatologistas, especialistas habitualmente responsáveis por prescrever a finasterida.
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