28 de janeiro é o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase (Janeiro Roxo). A data é celebrada sempre no último domingo de janeiro e reforça o compromisso em controlar a hanseníase, promover o diagnóstico e o tratamento corretos, difundir informações e desfazer o preconceito.
Durante o mês de janeiro serão promovidas ações educativas para a população. A SBD Nacional, por intermédio do Departamento de Hanseníase e a Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), promovem a divulgação deste dia para que a população possa ter conhecimento sobre a existência da doença, prevenção e tratamento. Para isso, organizará uma campanha de âmbito nacional, que renderá parceria com os canais digitais do Dr. Dráuzio Varella na produção de conteúdo exclusivo sobre a hanseníase, além de vídeos elucidativos.
Também estão sendo programados anúncios em publicações impressas, nas redes sociais da entidade e nos cinemas do país, e de ações de divulgação conduzidas pelas Regionais e Serviços Credenciados da SBD em diferentes estados brasileiros.
Estão à frente da campanha o coordenador do Departamento de Hanseníase da SBD, Egon Daxbacher, e as assessoras Sandra Durães e Ewalda Stahlke.
“O engajamento do especialista em todos os estados, incluindo os Serviços Credenciados da SBD, é vital para que a campanha da SBD resulte em ações eficazes para o esclarecimento e combate à hanseníase”, frisa o dermatologista Egon Daxbacher.
Tratamento
A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, ou bacilo de hansen. A transmissão ocorre por meio de contato próximo e contínuo com o paciente não tratado. Sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa infectada e apresenta múltiplas manifestações clínicas, exteriorizadas, principalmente, por lesões dos nervos periféricos e cutâneas com alteração de sensibilidade.
“Apesar de ser uma doença da pele, é transmitida através de gotículas que saem do nariz, ou através da saliva do paciente. Afeta primordialmente a pele, mas pode afetar também os olhos, os nervos periféricos e, eventualmente, outros órgãos. Ao penetrar no organismo, a bactéria inicia uma luta com o sistema imunológico do paciente. O período em que a bactéria fica escondida ou adormecida no organismo é prolongado, e pode variar de dois a sete anos”, explica o médico dermatologista Egon Daxbacher.
Embora tenha cura, a doença pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio ou se o tratamento for inadequado. Atualmente, o Brasil é o segundo país com mais casos da doença, atrás somente da Índia. Por ano, são registrados cerca de 30 mil casos nos vários estados brasileiros, incluindo adultos e crianças.
O atendimento da hanseníase compreende equipe multiprofissional, tendo o médico dermatologista um importante papel no diagnóstico, e envolve a avaliação clínica do paciente, com aplicação de testes de sensibilidade, palpação de nervos, avaliação da força motora etc. Se o dermatologista desconfiar de alguma mancha ou caroço no corpo do paciente, poderá fazer uma biópsia da área ou pedir um exame laboratorial para medir a quantidade de bacilos.
Dessa forma, a doença não será transmitida nem pela família nem pelos parentes próximos e amigos.
A orientação da SBD é que as pessoas procurem uma Unidade Básica de Saúde assim que perceberem o aparecimento de manchas, de qualquer cor, em qualquer parte do corpo, principalmente se a área apresentar diminuição de sensibilidade ao calor e ao toque, e também quando for diagnosticado um caso de hanseníase na família. Após iniciado o tratamento, o paciente para de transmitir a doença imediatamente.
Saiba mais sobre a hanseníase, seu diagnóstico, tratamento e prevenção.
Conheça a atual Campanha Nacional de Hanseníase da SBD.