A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) convida todos os dermatologistas a participarem de consulta pública promovida pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) sobre a inclusão de três testes laboratoriais de hanseníase ao Sistema Único de Saúde (SUS). O prazo para envio das sugestões termina em 1º de dezembro (quarta-feira).
Para levar sua contribuição, o médico interessado deve acessar o site da Conitec e buscar o número da CP ou o nome do serviço em análise. Na página, é possível ainda consultar os Relatórios de Recomendação, em linguagem técnica, e os Relatórios para a Sociedade, elaborados em linguagem acessível.
Opções – “Os números de pacientes com hanseníase têm crescido de forma importante e, por isso, é fundamental que a população tenha mais acesso a testes para diagnóstico. Além disso, aqueles que já convivem com a doença devem ter novas opções de tratamento. Dessa forma, a participação dos dermatologistas nessa consulta pública é muito relevante”, enfatiza Sandra Durães, coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD.
A primeira consulta é de número 95. Ela trata sobre o “Teste qualitativo in vitro, por amplificação de DNA e hibridização reversa em fita de nitrocelulose, para detecção de Mycobacterium leprae resistente a rifampicina, dapsona ou ofloxacino em pacientes acometidos por hanseníase e com suspeita de resistência a antimicrobianos”. O objetivo do exame é detectar a resistência a antimicrobianos utilizados no tratamento.
Anticorpos – Já a CP de nº96 se refere ao “Teste rápido imunocromatográfico para determinação qualitativa de anticorpos IgM anti-Mycobacterium leprae para diagnóstico complementar de Hanseníase”. Por sua vez, a CP 98 aborda o “Teste de detecção molecular qualitativa do Mycobacterium leprae para o diagnóstico de hanseníase”. Cada um dos três testes possuiu sua especificidade, mas são de extrema importância para auxiliar no diagnóstico e no tratamento de pacientes com a doença.
Eles são indicados para apoio ao diagnóstico da doença em contatos domiciliares de pessoas acometidas por hanseníase: um teste rápido e um kit para PCR em tempo real. Na proposta, o teste rápido está indicado para uso na atenção primária e o PCR em tempo real seria um recurso para os casos duvidosos após avaliação por serviços de referência.