Chocolate: inimigo da pele?




20 de abril de 2011 0

Páscoa é sinônimo de chocolate. Muitas pessoas, porém, resistem a essa ‘tentação’ por medo de que o alimento cause ou agrave a acne. Mas será que o chocolate é mesmo um inimigo da pele? Segundo o Dr. Márcio Rutowitsch, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), não é.

Ele explica que não existe nenhum estudo científico que comprove que o consumo de chocolate ou qualquer outro alimento provoque cravos ou espinhas, ideia que já se tornou um mito principalmente entre os adolescentes.- Felizmente hoje sabemos que não há a menor relação de causa e efeito entre a ingestão de chocolate ou outro alimento qualquer e o surgimento da acne. Excepcionalmente, alguns pacientes relatam que se comerem chocolate têm piora da acne, mas num universo de centenas de pacientes, são muito poucos – garante Dr. Márcio.

Em entrevista à Revista Viva Saúde, a nutricionista Carina Boniatti explica que, embora não exista nenhum estudo científico que comprove a relação entre chocolate e acne, por se tratar de um alimento com grande concentração de gordura, ele pode ocasionar alguma erupção cutânea. Mas isso vai depender da quantidade ingerida e da predisposição que a pessoa possui para acne. O site da regional Rio Grande do Norte da SBD, em sua página de mitos e verdades, complementa: ‘Em algumas pessoas que já têm a doença, é possível ocorrer uma piora das lesões com a ingestão de alimentos como: chocolate, leite e derivados, amendoins, crustáceos, condimentos fortes e alimentos gordurosos. Se você percebe que suas lesões pioram com determinados alimentos, evite-os. Ou seja, a dieta gordurosa não causa acne, mas contribui para sua piora’.

FATO

Relacionada diretamente a fatores hormonais, a acne surge na puberdade, quando os hormônios sexuais femininos e masculinos estimulam o funcionamento das glândulas sebáceas. É a produção exagerada de sebo que entope os canais de saída na pele, formando os cravos, que, quando inflamados, resultam nas espinhas. De acordo com Rutowitsch,a melhor maneira de evitar o problema é manter uma boa higienização da pele, lavando-a duas ou três vezes por dia e, se for o caso, consultar um dermatologista.

OUTROS MITOS

Além da questão dos alimentos, há outros mitos envolvendo a acne que, segundo Dr. Márcio, devem ser descartados: a ideia de que a masturbação piora a acne, por exemplo, é infundada; e o sol, que em princípio causa vermelhidão e ‘disfarça’ o problema, na verdade estimula o funcionamento das glândulas sebáceas, provocando posteriormente o aparecimento de mais cravos e espinhas.


13 de abril de 2011 0

ADQUIRIR UM TRATAMENTO ESTÉTICO COM DESCONTOS DE ATÉ 80% NOS SITES DE COMPRAS COLETIVAS PODE SER TENTADOR, MAS É SEGURO?

Os sites de compras coletivas definitivamente viraram mania e um dos serviços mais comercializados por estes portais são os tratamentos estéticos. Depilação a laser, peeling, máscaras faciais, e tantos outros tipos estão cada vez mais acessíveis para o consumidor, que pode adquiri-los com grandes descontos. O problema é que muitos dos compradores pensam apenas nos ganhos financeiros, e não verificam se o tratamento possui algum tipo de contra indicação para seu perfil, ou mesmo se o estabelecimento presta um serviço de qualidade. Afinal, tratamentos estéticos, quando não indicados ou feitos em excesso, podem trazer algum mal à saúde?

Segundo Denise Steiner, dermatologista e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia, qualquer procedimento estético mal indicado e mal realizado pode prejudicar a pele. Os peelings podem evoluir com manchas e cicatrizes, se forem muito agressivos. A limpeza de pele pode deixar manchas e feridas quando praticada de forma irregular. “A pessoa não deve adquirir ‘pacotes estéticos’ sem consultar um dermatologista, pois pode gastar dinheiro à toa, sem haver uma indicação específica para as suas necessidades”, explica Denise.

O uso indiscriminado desses tratamentos podem causar danos mais graves à pele dos compradores, pois cada uma necessita de cuidados específicos. “A cicatriz é um problema sério que muitas vezes não poderá ser resolvido, além de causar danos emocionais e físicos aos pacientes. Lesões infeccionadas como herpes ou impetigo podem também se disseminar”, esclarece Steiner.

Para a dermatologista, esse tipo de venda “engana” o consumidor, além de colocar a saúde dos mesmos em risco. “Isso é um desserviço à população. As pessoas devem consultar um dermatologista. E caso haja algum problema durante o tratamento, recorra a um médico especialista e ao órgão de defesa do consumidor”, conclui.


8 de abril de 2011 0

Quem sofre com acne sabe o quão desagradáveis são as marcas deixadas por ela na pele. Por isso, é importante realizar limpezas de pele com uma frequência relativa ao quadro clínico e usar sabonetes, géis e cremes indicados por dermatologistaspara que as sequelas sejam evitadas.

Entretanto, se você já possui tais marcas, é preciso ter calma. É possível sim eliminá-las e conquistar de volta uma pele sem imperfeições. Para isso, o dermatologistaAgnaldo Augusto Mirandez, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia e diretor da Clínica de Estética e Dermatológica Perfetta, listou os principais tratamentos que podem ajudá-la a dar fim a esse problema:

PEELINGS QUÍMICOS

Com aplicações profundas, eles ajudam a eliminar manchas e também melhoram a textura da pele, mas podem gerar efeitos colaterais e desconfortos após o procedimento.

MICRODERMOABRASÃO

Técnica usada para remover as camadas superficiais da pele, uniformizando-a. Além disso, ela pode ser associada aos peelings químicos, pois facilita a penetração do ácido, potencializando o seu resultado.

PREENCHIMENTO CUTÂNEO

Realizado com uma técnica chamada microgotas, ele injeta substâncias preenchedoras à base de ácido hialurônico sob as marcas. Tal tratamento é indicado para cicatrizes deprimidas que somem quando a pele é esticada e pode durar até um ano.

TRATAMENTOS CIRÚRGICOS

Combinação de técnicas com remoção de tecido à laser, que visa atenuar cicatrizes deprimidas, uniformes ou irregulares.

SUBCISÃO

Introdução de agulha sob a cicatriz, cortando o tecido fibroso para soltar a pele e elevar as cicatrizes deprimidas.


7 de abril de 2011 0

Após publicação de pesquisa realizada pela Universidade George Washington, nos Estados Unidos que aponta o aumento da disfunção sexual relacionada a medicamentos para calvície, muitos homens começaram a se perguntar até que ponto vale lutar contra a queda dos cabelos.

Para falar sobre o assunto, o portal TERRA TV conversou com Francisco Le Voci, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que analisou os novos dados divulgados pelo estudo, nesta terça-feira (6). Segundo ele, esta diminuição da libido poderia estar associada à finasterida, um componente presente em remédios contra a calvície. ‘Há cerca de 15 anos, descobriu-se que ela agia também no crescimento dos cabelos. A finasterida acaba agindo sobre a enzima 5-alfa-redutase, que é responsável pela transformação do hormônio masculino (testosterona) em dihidrotestosterona (DHT)’, disse o especialista.

O estudo avaliou 71 homens entre 21 e 46 anos que usavam o medicamento e constatou que os efeitos colaterais persistiam até 40 meses após o fim do tratamento. O médico disse que não foi comprovada nenhuma relação direta entre o uso dos medicamentos e a impotência sexual. Para ele, ainda é necessário um estudo em longo prazo para avaliar, inclusive, a interferência de fatores externos. ‘Eu tenho 17 anos de consultório e nunca recebi uma queixa prolongada relacionada à finasterida. Existem outros fatores que provocam a disfunção e que estão relacionados ao medicamento’, disse.

Como a finasterida não age diretamente sobre a testosterona, a análise dela sobre o organismo precisa ser feita de maneira mais aprofundada e em longo prazo. ‘A finasterida tem uma ação muito discreta sobre o hormônio e não existem estudos conclusivos em longo prazo que comprovem isso’, analisou o médico.

Apesar de não acreditar que o remédio seja o único causador das disfunções sexuais, Francisco Le Voci acredita que, se for comprovada a relação do medicamento com os problemas, logo ele seria substituído por outra alternativa. ‘Se for comprovado o efeito da finasterida, outras opções deverão ser procuradas. Hoje, o tratamento com os remédios que possuem este composto é a melhor opção para homens de 18 a 40 anos, que utilizam a finasterida geralmente com uma loção a base de minoxidil’, falou.

É importante lembrar que os estudos sobre a associação do uso da finasterida ainda não foram conclusivos e que o medicamento está liberado pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora norte-americana, e seu comércio também é permitido no Brasil.


6 de abril de 2011 0

A finasterida, droga mais usada contra a calvície, pode reduzir a libido e causar impotência mesmo após a suspensão do uso, segundo estudo da Universidade George Washington, nos EUA.

A pesquisa avaliou 71 homens entre 21 e 46 anos que se queixavam das reações. Segundo os autores do trabalho, publicado no ‘Journal of Sexual Medicine’, os efeitos colaterais persistiam por 40 meses após a interrupção do tratamento, em média.

LABORATÓRIO DIZ QUE METODOLOGIA USADA É LIMITADA

Foram observados impotência e perda da libido até seis anos após o uso, em um quinto dos pesquisados.

Para o endocrinologista Michael Irwig, um dos autores, os homens devem estar cientes do risco. ‘O estudo deve mudar a forma como médicos conversam com pacientes sobre a medicação.’No Brasil, assim como nos EUA, a bula da finasterida menciona a diminuição da libido e a impotência como efeitos colaterais, mas afirma: ‘Esses efeitos desapareceram nos homens que descontinuaram a terapia e em muitos que mantiveram’.

A Merck Sharp & Dohme, que produz o remédio Propecia, à base de finasterida, contesta a metodologia do estudo.

A finasterida bloqueia a ação da enzima 5-alfa-redutase, que transforma o hormônio testosterona em DHT (dihidrotestosterona).

Em homens com folículos capilares mais sensíveis à ação da DHT, os fios de cabelo ficam mais finos e caem.

A dihidrotestosterona também atua na estimulação sexual. Ao inibir a produção desse hormônio, a droga pode interferir nessas funções.

Segundo o cirurgião plástico Marcelo Pitchon, especializado em implantes capilares, a pesquisa lança um ‘sinal amarelo’ no tratamento da calvície. ‘Sempre se considerou que as funções sexuais voltavam ao normal depois de interrompido o tratamento’, diz. ‘Agora, precisamos revisar o estudo.’

Elaine Costa, endocrinologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, não estranha os efeitos colaterais prolongados. ‘Bloqueando um hormônio, pode ser que ele demore a voltar ao normal.’


4 de abril de 2011 0

Os médicos têm um imperativo ético que os obriga a compartilhar decisões importantes com os pacientes. E os pacientes têm o direito de assumir um papel de participantes nos seus cuidados no mesmo nível decisório que os especialistas.

As afirmações constam em uma declaração internacional, publicada esta semana, exortando pacientes e médicos ‘para trabalhar em conjunto para serem co-produtores da saúde.’

A declaração é resultado de um evento que reuniu especialistas de 18 países no Seminário Mundial de Salzburgo, realizado na Áustria.

Os especialistas argumentam que grande parte dos cuidados que os pacientes recebem baseia-se na capacidade e na disponibilidade de clínicos individuais para fornecê-los, e não em padrões amplamente aceitos de melhores práticas ou preferências dos pacientes por um determinado tratamento.

Essa visão está fundamentada nos resultados de uma pesquisa anual feita com pacientes de câncer. Foram constatadas variações significativas nas escolhas e nas informações dadas aos pacientes e na sua participação nas decisões sobre o tratamento.

Os especialistas também afirmam que os médicos são muitas vezes lentos em reconhecer a extensão com que os pacientes desejam se envolver no entendimento dos seus próprios problemas de saúde, em conhecer as opções disponíveis para eles, e de participar na tomada de decisões que levem em conta suas preferências pessoais.

Com base nessas constatações, o documento apela aos médicos para estimularem um fluxo de informações de mão-dupla com os pacientes, fornecendo informações precisas sobre o tratamento, adequando a informação às necessidades individuais dos doentes e dando-lhes tempo suficiente para considerarem todas as opções.

Falando aos pacientes, os pesquisadores os incentivam a fazer perguntas e falar sobre suas preocupações, a reconhecer que têm o direito de atuarem como participantes em igualdade de condições quanto aos seus tratamentos, e para buscarem e utilizarem informações de saúde de alta qualidade.

O documento apela ainda aos gestores públicos para adotarem políticas que incentivem a tomada de decisão compartilhada e apoiem o desenvolvimento de habilidades e ferramentas para a tomada de decisão compartilhada entre os médicos.


28 de março de 2011 0

O FDA, a agência americana de regulação de medicamentos, aprovou nesta sexta-feira uma droga considerada promissora para o tratamento do melanoma metastático, um tipo de câncer de pele geralmente fatal. A agência só havia aprovado até hoje outros dois medicamentos para o melanoma avançado – sendo que a última liberação ocorreu há 13 anos.

Conhecida comercialmente como Yervoy, a droga injetável ipilimumab prolongou em até quatro meses a vida dos pacientes, quando a situação destes foi comparada com a de pessoas tratadas com drogas já existentes no mercado. Segundo os especialistas, apesar do pouco tempo de sobrevida, a droga é considerada um marco importante para o tratamento dessa forma letal do câncer de pele, que muitas vezes não apresenta respostas a outras terapias.

‘Os riscos de vida entre os usuários de ipilimumab caíram 32%’, diz Carlos Dzik, oncologista do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, que participou do estudo clínico com a droga no Brasil.

O FDA aprovou a droga baseando-se em um estudo realizado com 676 pessoas diagnosticadas com um melanoma avançado e que não haviam respondido aos outros tratamentos existentes. Os pacientes foram divididos em grupos e submetidos a três tratamentos: ipilimumab, ipilimumab combinado a outra droga que estimula o sistema imunológico e um remédio que estimula o sistema imunológico isoladamente. Os resultados mostraram que a média de sobrevivência dos pacientes que tomaram ipilimumab foi de dez meses, contra seis meses de quem recebeu as demais drogas. Um grupo muito pequeno de pacientes sobreviveu mais de seis anos.

‘Os próximos estudos vão tentar identificar quais são as pessoas que respondem melhor ao ipilimumab. Em um tratamento, sempre há um grupo de pacientes que se beneficiam e outro que não’, afirma Dzik. Em cerca de 85% dos pacientes estudados, a droga apresentou pouco efeito. Segundo os pesquisadores, a taxa de sucesso é maior quando o remédio é administrado nos estágios iniciais da doença.

DEFESA FORTALECIDA

O medicamento faz parte de um grupo de outras drogas que têm como objetivo estimular o sistema imunológico para combater o câncer. A droga bloqueia uma molécula ligada ao melanoma chamada CTLA-4, que interfere na atividade dos glóbulos brancos, cuja função é combater a doença. Quando a molécula é bloqueada, as células se comportam normalmente e ajudam a lutar contra o câncer.

De acordo com Dzik, estão sendo realizados estudos com ipilimumab para o tratamento de outros tipos de câncer. No Brasil, o especialista é responsável pelo estudo com pacientes diagnosticados com câncer de próstata, mas ainda não pode divulgar resultados.


25 de março de 2011 0

Enquanto única instituição reconhecida oficialmente pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB) como representante dos dermatologistas no país, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) se posiciona sobre matéria publicada no dia 25 de março de 2011 na editoria de Saúde da Folha de São Paulo, intitulada de “Conselho aperta cerca ao grupo da medicina estética”. Considerando positiva a iniciativa do jornal de abordar o tema sobre o não reconhecimento da medicina estética como especialização, e os eventuais riscos aos pacientes, a SBD informa que:

– É importante destacar que o argumento publicado a favor da medicina estética na matéria, que diz que “cirurgiões e dermatologistas não têm formação para fazer preenchimentos, botox e outros procedimentos” não é verossímil. O dermatologista, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, tem formação acadêmica e técnica completa para a realização de preenchimentos, como toxina botulínica (Botox) e outros procedimentos.

– De acordo com o artigo 6º do Estatuto da Sociedade Brasileira de Dermatologia, são associados titulares todos os médicos dermatologistas, residentes ou não no Brasil, inscritos para esse fim, portadores de título de especialista em Dermatologia, emitido pela Associação Médica Brasileira (AMB) após aprovação no exame promovido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. – Somente é considerado especialista em dermatologia quem finalizou a residência médica e foi aprovado pela Comissão Nacional de Residência Médica ou foi aprovado em concurso pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e Associação Médica Brasileira.

ELIANDRE PALERMO

Diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia


24 de março de 2011 0

Mais duas crianças nasceram com deformidades físicas por causa do uso incorreto da talidomida – ambas no Maranhão. Com esses casos, sobe para sete o número de vítimas no País desde 1997.

Os casos vieram à tona ao mesmo tempo em que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou resolução que torna a prescrição, a dispensação e o descarte da talidomida mais rigorosos.

O registro mais recente é o de uma menina que nasceu sem braços e com as pernas encurtadas em dezembro do ano passado, em uma cidadezinha chamada Cajari. A menina é a sexta filha de uma dona de casa de 27 anos, que descobriu ter hanseníase em 2007 e fazia o uso do remédio para tratamento das dores provocadas pela doença.

Segundo relatório que o Estado teve acesso, a mãe da menina não aderia ao tratamento corretamente e fazia o uso indiscriminado do medicamento. Além disso, tentou por várias vezes pegar a medicação no posto de saúde sem apresentar receita, mas não conseguiu. No prontuário dela consta que duas médicas negaram a prescrição da talidomida porque a moça ainda podia ter filhos e não tinha feito a operação de ligação das trompas.

A medicação não saiu do posto de saúde, mas foi obtida diretamente na prefeitura da cidade pelo pai da menina, sem apresentação de receita médica. Até então, aparentemente, a mulher não sabia que estava grávida.

O pai da criança, Walteir Pinheiro Santos, diz que não foi orientado por ninguém sobre os riscos do uso da talidomida na gravidez. Mas, no relatório, consta que a mulher assinou um documento que a informava dos riscos. ‘Minha mulher tomava porque tinha dores horríveis e só esse remédio passava’, diz.

De acordo com ele, só no terceiro mês de gravidez é que eles souberam que a criança poderia nascer sem braços e sem pernas. ‘Paramos o uso do remédio. Paguei um ultrassom e foi aí que vimos que a menina tinha cabeça e corpo, mas não tinha braços e só um tinha um toquinho das pernas. Foi muito triste.’

O casal, que é evangélico, cogitou um aborto, mas desistiu da ideia após conversar com o pastor.

Doze anos depois. O outro caso é o de um menino de 12 anos, que nasceu sem os dois braços e com as pernas deformadas. Ele foi diagnosticado por acaso quando a equipe da geneticista Lavínia Faccini, do Instituto Nacional de Genética Médica Populacional, vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul, fazia os exames na criança recém-nascida de Cajari.


24 de março de 2011 0

Rímeis, cílios postiços e produtos para aumentar o volume dos pelos da região dos olhos se tornaram uma verdadeira obsessão feminina. Os cílios são hoje aliados indispensáveis do visual, fazendo dos olhos uma arma poderosa de sedução.

Vale lembrar, no entanto, que os cílios não são apenas acessórios para embelezar o olhar. Eles têm uma função orgânica de proteção, impedindo a entrada de poeira e de excesso de luz. Desta forma, é necessário adotar cuidados básicos para não danificar essa área tão sensível.

Para ajudar as mulheres na saúde e na beleza dos cílios, o site R7 conversou com a dermatologista Denise Steiner, diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que falou sobre cuidados, dicas de limpeza e os principais pontos na hora de turbinar os cílios.

O USO EXCESSIVO DO RÍMEL PODE TRAZER PROBLEMAS, COMO A QUEBRA DOS CÍLIOS, POR EXEMPLO?
Normalmente não. O cílio não tem tanta facilidade de quebrar porque ele é um pelo muito curto, sem tendência a quebrar como um fio de cabelo, que cresce mais e parte ao meio. O que ele tem é um ciclo curto, de troca rápida, e pode cair com mais facilidade. Mas o rímel não costuma levar a esse efeito colateral de quebra do cílio.

QUAIS CUIDADOS SÃO NECESSÁRIOS NA HORA DE ESCOLHER UM RÍMEL?
É preciso ter confiança no produto. Nunca comprar aquela coisa de “fundo de quintal”. Os rímeis têm corantes, que em quantidades e proporções inadequadas podem ser prejudiciais. Deve ser uma marca idônea, trazer em sua embalagem que é não causa alergia, especificar se é um produto resistente ou não à água e aprovação da Anvisa.

E QUAIS OS EFEITOS COLATERAIS QUE O RÍMEL PODE CAUSAR?
Pode causar alergia, porque o produto tem pigmento. Se é um produto de qualidade inferior ou muito grosso, pode entrar resíduo nos olhos, causar conjuntivite, irritação e até terçol por entupimento. Na área dos olhos não é muito comum entupimento, pois não há muitas glândulas. Mas na linha dos cílios isso é possível. Além de alergia de uma maneira geral, que comprometerá a pele.

OS RÍMEIS QUE ALONGAM E ENGROSSAM OS CÍLIOS PODEM CAUSAR ALGUM PROBLEMA?
É a mesma coisa. O que acontece é que se tem dificuldade de retirar, então tem de usar mais produtos. Ou o contrário, como aqueles produtos que saem com qualquer umid…





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