Cabelos brancos: descoberto mecanismo que faz cabelos perderem a cor




21 de junho de 2011 0

Um mecanismo molecular conhecido como sinalização Wnt, já conhecido por controlar muitos processos biológicos, pode ser o elemento determinante do embranquecimento dos cabelos.

Um novo estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, mostrou pela primeira vez que a comunicação entre os folículos pilosos e as células-tronco dos melanócitos pode ditar a pigmentação do cabelo.

A via de sinalização Wnt é uma rede de proteínas mais conhecida por seu papel na embriogênese e no câncer, mas também está envolvida em processos fisiológicos normais em adultos.

‘Sabemos há décadas que as células-tronco do folículo piloso e dos melanócitos, células produtoras de pigmento, colaboram para dar cores aos cabelos, mas as razões por trás disso eram desconhecidas,’ explica a Dra. Mayumi Ito, coordenadora da pesquisa.

‘Nós descobrimos que a sinalização Wnt é essencial para coordenar as ações destas duas linhagens de células-tronco e crítica para a pigmentação do cabelo,’ afirma.

O estudo sugere que a manipulação da via de sinalização Wnt pode ser uma nova estratégia para lidar com a pigmentação dos cabelos, quando estes começam a ficar grisalhos.

Usando modelos animais geneticamente modificados, os pesquisadores foram capazes de examinar como as vias de sinalização Wnt permitem que as células-tronco dos folículos pilosos e as células-tronco dos melanócitos trabalham em conjunto para gerar o crescimento do cabelo e produzir a cor do cabelo.

A pesquisa também mostrou que a sinalização Wnt deficiente nas células-tronco do folículo piloso não apenas inibe o re-crescimento do cabelo, mas também impede a ativação das células-tronco dos melanócitos necessária para produzir a cor do cabelo.

A falta ativação da Wnt nas células-tronco dos melanócitos leva à despigmentação do cabelo, que torna grisalho e, finalmente, branco.

A pesquisa também ilustra um modelo para a regeneração de tecidos.

‘O corpo humano tem muitos tipos de células-tronco que têm o potencial para regenerar outros órgãos,’ disse Ito. ‘Os métodos por trás de comunicação entre as células-tronco do cabelo e da cor durante a reposição do cabelo podem dar-nos pistas importantes para regener…


17 de junho de 2011 0

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) sintetizaram um novo filtro solar, à base de fosfato de cério, que pode substituir com muito mais eficácia os filtros já utilizados que são produzidos a partir de óxidos de zinco e titânio.

A capacidade do cério de absorver a radiação ultravioleta, segundo os pesquisadores, já é conhecida pela comunidade científica – o óxido de cério já é utilizado em filtros solares que estão no mercado.

Já o fosfato de cério estudado pela equipe brasileira é menos fotocatalítico quando exposto à luz solar, aumentando a proteção.

‘A pesquisa experimentou o uso de fosfato de cério como protetor solar e simplificou o processo de obtenção de suas nanopartículas por um processo mais simples’, conta Juliana Fonseca de Lima, uma das autoras do estudo.

Além disso, afirma a pesquisadora, foram realizados estudos de reflectância difusa, que mede a absorção dos raios ultravioleta (UV) pelo fosfato de cério, e de atividade fotocatalítica, que avalia as modificações físicas e químicas da matéria na presença de luz e oxigênio.

‘Os resultados mostraram que o fosfato de cério apresenta alta absorção na região do UV e na avaliação do seu comportamento na presença de óleo, calor, fluxo de ar, presença de luz e agitação constatou-se que o óleo é menos degradado quando comparado aos óxidos de zinco e cério,’ disse Juliana.

A cientista afirma que ficou evidenciada a maior eficácia do fosfato de cério na proteção solar, pois ele é menos fotocatalítico quando exposto à luz.

Segundo ela, até o momento, os óxidos de zinco e titânio têm sido usados como filtros UV inorgânicos. Entretanto, eles apresentam dois grandes inconvenientes.

O primeiro é que ambos manifestam elevada atividade fotocatalítica quando expostas à luz, que podem levar à fotodegradação do meio orgânico onde estão, como, por exemplo, nos cosméticos. Ou seja, eles facilitam a geração de espécies reativas que são responsáveis pela degradação do meio orgânico.

O segundo inconveniente é que esses óxidos foram otimizados para serem usados como pigmentos brancos – é por isso que eles apresentam elevado índice de reflectância difusa na região visível do espectro eletromagnético.


17 de junho de 2011 0

O Conselho Federal de Medicina (CFM) defendeu nesta quinta-feira (16), na Câmara dos Deputados, um projeto nacional para a saúde. Representando a entidade, o 2º vice-presidente, Aloísio Tibiriçá, apontou – durante reunião de trabalho da Subcomissão especial destinada a tratar do financiamento, da reestruturação e da organização do SUS – que a solução para o problema da escassez de médicos, que atinge inclusive as grandes cidades, não é a criação imponderada de novas escolas, como observado na última década. Para o Conselho Federal de Medicina, é preciso uma política de distribuição, qualificação e incentivos para que o profissional se fixe onde é preciso: ”Sem esses incentivos, quem vai mandar é o mercado”, alerta Tibiriçá. Além de defender um projeto nacional para a saúde, o representante do CFM comentou alguns impasses que o SUS enfrenta, como subfinanciamento, falta de profissionalização da gestão e problemas na área de recursos humanos. Ele aponta que hospitais das grandes cidades têm problemas para provimento e que no PSF, como exemplifica, faltam médicos em 30% das equipes. “A gestão dos recursos humanos é uma coisa bastante preocupante e merece ser chamado de nó crítico”, salienta.

As discussões foram conduzidas pelo deputado João Ananias (PCdoB/CE), presidente da subcomissão. Além do CFM, participaram dos debates representantes da Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM) e Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), e deputados como Célia Rocha (PTB/AL), Rogério Carvalho (PT/SE), Raimundão (PMDB/CE), Eleuses Paiva (DEM/SP) e Darcísio Perondi (PMDB/RS), membros da comissão.


16 de junho de 2011 0

Depois de 33 anos de considerações, a FDA (órgão responsável por regular alimentos e medicamentos nos Estados Unidos) anunciou novas regras para a comercialização de filtros solares no país. Expressões como ‘bloqueador solar’, ‘a prova d’água’ e ‘a prova de suor’ estão banidas. E só podem usar o termo ‘de amplo espectro’ os produtos que comprovarem proteção contra os raios UVA e UVB. Os primeiros são os responsáveis pelo envelhecimento e os outros pelas queimaduras. Ambos estão relacionados ao câncer de pele.

O Brasil, juntamente com os outros países do Mercosul, estuda também uma mudança em sua regulamentação, que deve entrar em vigor ainda este ano. As regras para comprovar proteção contra os raios UVA, por exemplo, vão ficar mais rígidas.

As novas regras americanas, que entram em vigor dentro de um ano, vão demandar dos produtores que informem nas embalagens o tempo durante o qual o seu protetor é resistente à água e ao suor.

ALERTA SOBRE RISCO DE CÂNCER E ENVELHECIMENTO É RESTRITO

E apenas loções que tenham fator de proteção solar (FPS) de 15 ou mais poderão manter a informação de que reduzem o risco de câncer e o envelhecimento precoce da pele.

– Com a nossa nova legislação, daremos um salto também considerável – acredita o dermatologista Sérgio Schalka, especialista em fotoproteção da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). – Os americanos avançam mais nessa rotulagem sobre o risco de câncer e envelhecimento da pele. Mas nós estamos propondo regras mais rígidas que as dele para medição de proteção para raios UVA.

Pelas regras americanas, qualquer produto que tiver o FPS de 2 a 14 deve incluir o aviso de que o produto não ajuda a prevenir contra câncer de pele ou envelhecimento solar.

A agência dos EUA tinha proposto permitir aos fabricantes usarem números de FPS maiores que 50, mas a FDA ainda está recolhendo informações sobre isso. O governo quer saber se há grupos especiais de pessoas que, de alguma forma, se beneficiariam de ter um produto com FPS de mais de 50. Alguns especialistas dizem que a diferença de proteção alcançada pelo uso de um produto com FPS 50 e outro com FPS 100 seria mínima. No Brasil, atualmente, não há limitação, mas caso a nova regulamentação seja aprovada, ela deverá ficar em 100.

– Existe muita confusão, sobretudo devido ao grande número de apresentações dos produtos – afirma a presidente da SBD, Bogdana Victória Kadunc. – Acho que as regras vão fa…


15 de junho de 2011 0

Conselho promete ir à Justiça se houver proibição deste comércio Para reduzir o número de prescrições de inibidores de apetite no Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) defende a realização de campanhas educativas com foco no médico e nos pacientes. Para a entidade, essa seria uma forma de assegurar o uso racional deste tipo de medicamento, sem necessidade de proibir sua comercialização no país. O CFM afirma que continuará a buscar o diálogo com respeito ao tema. Contudo, faz um alerta: se não existir consenso com a Anvisa e houver decisão unilateral no sentido de proibir o comércio dos inibidores o caminho será recorrer à Justiça para garantir o direito de pacientes e de profissionais de uso desses medicamentos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que não há um prazo definido para a decisão final a respeito da proibição do uso da sibutramina e de outros três emagrecedores (anfepramona, femproporex e mazindol). No entanto, o assunto está em pauta e tem alimentado uma grande polêmica. De acordo com o conselheiro Desiré Carlos Callegari (1º secretário do CFM), que representou o Conselho em debate sobre o tema na sede da Anvisa, nesta terça-feira (14), a restrição completa da venda dos anorexígenos, como tem sido defendido por alguns representantes do Governo, pode agravar problemas de saúde, além de ser uma interferência na autonomia na relação entre o médico e o paciente. Callegari afirmou que o CFM, de antemão, se dispõe a ser parceiro da Anvisa no desenvolvimento dessas campanhas de esclarecimento.

Em sua avaliação, cabe à Agência atuar de forma preventiva para evitar possíveis excessos no uso das substâncias. “A Anvisa tem mecanismos para monitorar o excesso de prescrições do medicamento e pode ter os Conselhos Regionais de Medicina como aliados”, ressaltou. Durante o Painel Técnico Internacional sobre a Eficácia e Segurança de Inibidores de Apetites, promovido pela própria Anvisa, em Brasília, o CFM citou os efeitos colaterais que a proibição da venda poderá trazer. O primeiro deles é a desassistência de parcela significativa da população. “Temos um problema epidemiológico imenso no país que é a obesidade. O que faremos com esta parte da população que não responde ao tratamento sem fármaco?”, lembrou o conselheiro. A afirmação se ampara em pesquisas. Dados do IBGE entre apontam que 12,5% dos homens e 16,9% das mulheres apresentam quadro de obesidade. Outro problema possível, citou o representante do CFM, seria o surgimento de um mercado paralelo deste tipo de droga. 


13 de junho de 2011 0

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) confirmou em sua reunião da última quinta-feira (9), em Brasília, que as entidades médicas nacionais voltarão a ter assento naquele fórum de controle social. A decisão pode colocar fim ao período em que os médicos não participaram dos debates sobre políticas públicas voltadas para a assistência da população brasileira. A notícia foi dada por Luís Eugênio Portela e Lígia Bahia, vice-presidentes da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), que participaram da reunião plenária do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Para o presidente do CFM, Roberto Luiz d’Avila, o retorno das entidades médicas ao CNS poderá acontecer, efetivamente, em breve. Os convidados informaram aos conselheiros que o CNS acena para o CFM, a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) com uma vaga de titular e duas de suplentes. “Em princípio, isso nos atende ao permitir que expressemos nossas opiniões e possamos colaborar para a construção de uma saúde melhor”, afirmou d’Avila.

Durante a tarde, os vice-presidentes da Abrasco apresentaram sua preocupação com os rumos do Sistema Único de Saúde (SUS) e anunciaram a intenção de desenvolver ações e projetos em parceria com o CFM. As duas entidades, juntas, pretendem contribuir com a apresentação de soluções para os desafios que se impõem para a assistência no país. O 2º vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriça Miranda, acredita que esse movimento trará ganhos para a sociedade ao enriquecer o debate sobre as políticas em saúde.

PARCERIA – Na visita ao CFM, os vice-presidentes da Abrasco chamaram a atenção para a encruzilhada na qual o SUS se encontra. “Estamos muito preocupados, pois percebemos que os avanços econômicos anunciados não se traduzem, necessariamente, em extensão de melhorias às políticas de saúde”, afirmou Lígia Bahia.

Na avaliação de Luís Eugênio Portela, a aproximação entre a Abrasco e o CFM permitirá o enriquecimento do debate sobre questões chaves para o SUS. Inclusive, ele ressaltou que se abre uma janela para ampliação do envolvimento dos Conselhos de Medicina no processo que culminará na 14ª Conferência Nacional de Saúde, prevista para dezembro de 2011.

A iniciativa de aproximação repercutiu positivamente no plenário do CFM. O 1º vice-presidente, Carlos Vital, ressaltou os interesses comuns que unem as duas entidades que focam, sobretudo, na melhora do atendimento à população menos favorecida. O 3º vice-presidente, Emmanuel Fortes, lembrou a importância dessa parceria, pois o Conselho “funciona como uma caixa de ressonância da categoria” na qual são evidenciados os problemas que dificultam o exercício da Medicina.


13 de junho de 2011 0

A nossa pele exige cuidados especiais durante todo o ano. Mas, no inverno, a atenção precisa ser redobrada, pois o frio e a baixa umidade do ar provocam ressecamento, que acaba ficando pior por conta dos banhos mais quentes.

Além do ressecamento, aparecem algumas alergias típicas dessa época, geralmente localizadas nas dobras das pernas e dos braços. A dermatologista Daniela Nunes conta que pessoas que têm problemas respiratórios têm maior tendência a ter esse tipo de alergia, chamada dermatite atópica (doença crônica que causa inflamação da pele).

– Isso ocorre porque a pele fica sensível aos agentes externos. O mais correto é tratar com pomadas antialérgicas ou medicamentos via oral, dependendo da gravidade. Se o paciente não apresenta uma melhora significativa entre cinco e sete dias, a recomendação é de que procure o médico novamente.

Também não é indicado coçar, esfregar muito sabonete e tomar banhos muito quentes, diz a médica.

– No caso dos homens que usam calça jeans e mulheres que usam meia calça, o ideal é usar um curativo, desde que ele não grude no ferimento, pois pode machucar ainda mais. Mas o importante é tomar os devidos cuidados para que não volte a se repetir.

Segundo a médica, muitas pessoas têm o costume de passar pomadas à base de corticoide para o tratamento, já que ela cura o ferimento mais rapidamente, mas esse tipo de medicação traz riscos.

– A área de dobra absorve mais a medicação, então não se deve usar o corticoide várias vezes, pois pode haver o “efeito rebote”, quando a ferida melhora, mas pode voltar ainda pior.

Banho quente é bom, mas exige cuidado

Com o tempo frio, é comum que as pessoas passem muito tempo embaixo do chuveiro quente, mas isso pode provocar problemas para a pele, que fica ressecada, porque a mistura de sabonete e água quente tira gordura da pele. A recomendação é tomar o banho com a substância a uma temperatura no máximo morna (de até 35ºC).

Por isso, a dermatologista Daniela Schmidt Pimentel recomenda o uso de hidratantes após a saída da ducha.

– De maneira nenhuma use bucha esfoliante e nem esfregue muito o sabonete. Aliás, o melhor sabonete para se usar é o de glicerina, que limpa a pele sem tirar a camada protetora – que acaba se perdendo com a água quente. Pessoas que não têm problemas de pele ou alergias devem usar hidratante a base de ureia. Quem tem algum tipo de lesão, não deve.

A hidratação é importante e necessária em qualquer época do ano, mas por conta dos…


10 de junho de 2011 0

Farta oferta de depilação a laser em sites de promoção pode levar a escolhas erradas. Entenda os riscos e os cuidados necessários
A depilação a laser ganhou popularidade entre as mulheres, se multiplicou nas clínicas de estética e é uma oferta comum nos sites de compra coletiva. Nesses casos, procedimentos que custam em média R$ 1 mil chegam a ser vendidos por R$ 200. O argumento financeiro é tentador, mas é importante pesquisar antes de comprar pacotes de tratamento: existem vários tipos de laser, cada um indicado para um tipo de pele. E comprar no escuro, sem orientação médica, pode trazer mais problemas que benefícios.

Segundo Valéria Campos, dermatologista especialista em laser, queimaduras e até o aumento dos pelos – ao invés de redução – podem ocorrer em caso de escolha inadequada do método ou regulagem equivocada do aparelho. Além disso, manchas na pele também são comuns. “Desconfie de preços milagrosos. Toda vez que a questão principal é preço, o barato sai caro”, diz ela.

Conhecer mais sobre o aparelho utilizado na clínica ajuda o consumidor a não se iludir. Entre os tipos de laser estão o Alexandrita e o Ruby, que são melhores para pelos finos e peles mais claras. Já o NdYAG é a alternativa para peles negras, e o laser de diodo, por sua vez, é indicado para pelos escuros e grossos. Existem no mercado também os tratamentos com luz pulsada, que não são laser, mas podem trazer bons resultados em pessoas de pele clara e pelos finos, desde que indicado corretamente.

RISCOS E INEFICÁCIA

Um dos pontos que devem ser avaliados na aplicação do laser é a intensidade. O método pode estimular ou destruir fios, tudo depende da forma de utilização. Caso a energia aplicada seja muito baixa, é possível que os fios não desapareçam totalmente e sobrem só os mais finos, que são difíceis de remover depois. “Nesse caso o laser não responde mais e é preciso fazer eletrólise ou conformar-se”, diz Valéria. Ela lembra também que nem todos os procedimentos são considerados definitivos e, em alguns casos, os fios voltam a crescer depois de algum tempo.

A retirada dos pelos com sucesso acontece em cerca de cinco sessões. Pacotes de tratamento que exigem uma quantidade maior podem indicar que o consumidor está sendo lesado. “Algumas clínicas fazem menos disparos por vez ou mais fracos. Como um jardineiro que cobra pouco. Ele tira três matos e deixa o resto lá”, exemplifica Valéria.

A promessa de um procedimento indolor também é motivo de desconfiança. Embora os aparelhos mais modernos causem menor desconforto em relação aos primeiros que chegaram ao mercado, a depilação ainda incomoda e não é eficaz se o paciente não sente nada.


1 de junho de 2011 0

O novo mandamento do século 21 deveria ser “não fumarás”. Uma pesquisa recente concluiu que não apenas os cânceres de pulmão, pescoço e cabeça estão correlacionados com o tabagismo, mas vários outros, como o de bexiga, por exemplo, surgem no caminho que as substâncias tóxicas do cigarro percorrem no corpo humano. Nesse rol, estão tumores como os de mama, de intestino e até de colo de útero. Estudos feitos pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), com a colaboração da Universidade de São Paulo (USP), em 2010, concluíram que 65% dos homens e 25% das mulheres com câncer de bexiga eram fumantes ou tinham um histórico de consumo de tabaco. O alerta surge às vésperas do Dia Mundial sem Tabaco, marcado para amanhã.

Os dados foram levantados pelos pesquisadores do Icesp e da USP dentro do estado de São Paulo, mas em termos nacionais essa proporção aumenta. “Podemos dizer que 70% das pessoas com esse tipo de câncer (bexiga) foram ou são fumantes. E o pior, quando se trata de um não fumante, a resposta ao tratamento é positiva em mais de 80%; mas, se for fumante, essa taxa cai para 20% e as chances de sobrevida são bem menores”, explica o oncologista Anderson Silvestrini, diretor técnico do Grupo Acreditar (ex-Ceon), um dos centros especializados em tratamento de câncer do Distrito Federal.

Não é o caso do mineiro Euler de Paula Velozo. Ele acaba de completar 60 anos e afirma que não se deixa abater com a doença, descoberta no fim do ano passado. Ele iniciou há pouco tempo o primeiro dos três ciclos de quimioterapia prescritos e reage bem às sessões. Mas a força maior nesse processo de terapias vem da própria crença de que tudo vai dar certo e de um estado de espírito que o ajuda a superar o trauma e o desespero. “A doença, apesar de ter sido um choque, nos leva a fazer uma série de reflexões sobre a vida. Passamos a dar valor às pequenas coisas e a ter uma percepção mais clara do que realmente é importante nessa vida”, comenta o economiário aposentado.

Euler afirma ainda que a doença permite uma revisão de valores e a recuperação de alguns tesouros pessoais muitas vezes abandonados entre uma fase e outra da vida. Uma dessas conquistas que ele diz ter resgatado foi a sua banda de rock especializada em clássicos dos anos 1960 e 1970, cujos integrantes estão na mesma faixa de idade. Ao contrário do que sugere o nome — Radicais Livres, substâncias vinculadas a processos degenerativos do corpo —, o grupo é movido a alto-astral, humor e nostalgia. “Além de reafirmar a existência da Jovem Guarda, do bom rock dos anos 1960, temos de passar aos jovens essa consciência de que o tempo do cigarro já passou, que não se deve fumar ou comer gorduras”, ensina Euler, com a experiência de um fumante que abandonou o vício há 30 anos.

Efeito retardado
Essa longa pausa no hábito que era moda na geração de Euler não impediu, porém, a aç&a…


27 de maio de 2011 0

Conto pouco conhecido de José de Alencar, ‘A Alma do Lázaro’ ganha edição comentada, lançada hoje no Museu do Ceará. Texto da juventude do escritor, a narrativa trata do estigma da lepra
José de Alencar: texto da juventude tematiza o drama da lepra

Passado quase meio século da descoberta da cura para hanseníase, a doença ainda assombra o imaginário popular, alimentado por séculos de estigma religioso e de convívio com enfermos, deformados, sem opção de tratamento eficaz e sujeitos a práticas de banimento e confinamento em leprosários. O conto ‘A Alma do Lázaro’, do escritor cearense José de Alencar (1829 – 1877), narra as desventuras de um enfermo banido do convívio social no Brasil colônia registradas em um diário lido anos depois por um jovem escritor em busca de histórias.

Texto da juventude de seu autor, foi publicado originalmente na coletânea ‘Alfarrábios: crônica dos tempos coloniais’ (1873). O conto ganha reedição em livro, lançado às 18 horas, no Museu do Ceará. O projeto de reedição foi contemplado pelo I Edital Prêmio Literário para Autor Cearense, da Secretaria da Cultura do Ceará.

Organizadora da nova edição, a historiadora Zilda Maria Menezes Lima é estudiosa do universo da hanseníase em Fortaleza, nas primeiras décadas do século XX, e não do escritor José de Alencar, como se poderia imaginar. ‘O interesse (pelo livro) surgiu porque defendi tese sobre a lepra. Eu o utilizei como fonte histórica’, explica Zilda, que encontrou a obra por acaso, em sites da internet.

Ela defendeu seu estudo em 2007, no doutorado História Social da UFRJ, publicando posteriormente em livro pela Coleção Outras Histórias do Museu do Ceará, com o título ‘Uma enfermidade a flor da pele: a lepra em Fortaleza’. Ainda sobre o livro de José de Alencar, Zilda destaca a abordagem do escritor sobre a doença já como algo que por si justifica a importância da obra. ‘José de Alencar era realmente um escritor à frente de seu tempo. A lepra só aparece como problema de saúde publica em 1920?, diz a historiadora, surpresa pela forma que o escritor aborda o tema em uma época em que o mesmo era pouco discutido.

A reedição mantem o texto integral de José de Alencar, com pequenas correções de erros de ortográficos da primeira edição e acréscimo de apresentação feita pela historiadora.

Lázaro

Escrito por Alencar em sua juventude – estudiosos datam a obra de 1848, quando o escritor contava apenas 19 anos e apresentava os primeiros sintomas da tuberculose que o matou – o livro não tem ainda sua sofisticação estilística, mas destaca-se pela abordagem, bastante original para a época.

Alencar explora o preconceito em torno da doença, enfatizando a face cruel da enfermidade e relatando o drama social e físico dos doentes. O livro é dividido em duas partes: o início, escrito em primeira pessoa, narra a história de um estudante da Academia de Olinda que vaga durante a noite pelas cercanias da cidade em busca de inspiração para escrever. Nas ruínas do Convento de Carmo ele conhece um velho pescador que lhe conta a história um leproso que vivia em uma casa abandonada, próximo dalí.

Enquanto narra o cotidiano sofr…





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