Nota Técnica – Plasma Rico em Plaquetas (PRP) no tratamento de Cabelos e Alopecias



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14 de março de 2023 0

 

Posicionamento da Sociedade Brasileira de Dermatologia em relação ao Plasma Rico em Plaquetas (PRP) no tratamento de Cabelos e Alopecias

O PRP (Plasma Rico em Plaquetas) é uma terapia considerada experimental pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Isso significa que somente pode ser utilizada dentro de protocolos de pesquisas aprovados. O paciente não pode arcar com nenhum custo e, portanto, essa modalidade de terapia experimental não pode ser cobrada.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia, até o presente momento, reitera o posicionamento do Conselho Federal de Medicina que o PRP não possui evidências científicas suficientes para a sua utilização na prática médica e que necessitamos de mais estudos para avaliar sua eficácia no tratamento dos cabelos e alopecias.

Todo tratamento sanguíneo, bem como a manipulação e uso dos seus componentes, deve seguir rigorosamente as normas de segurança e boas práticas da hemoterapia. Além disso, é de suma importância que apenas tratamentos reconhecidos pelas entidades oficiais de especialidade sejam aplicados em pacientes, garantindo a ética, segurança e qualidade aos pacientes no Brasil.

Departamento de Cabelos e Unhas da SBD

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28 de fevereiro de 2023 0

Um dia raro para falar de doenças raras e que requerem muito esclarecimento e afeto para combater estigmas

Comemorado originalmente em 29 de fevereiro, data só ocorrida de quatro em quatro anos, o Dia Mundial de Doenças Raras é celebrado nos outros anos no dia 28, o último do curto mês de fevereiro. As doenças raras são caracterizadas por uma imensa diversidade de sinais e sintomas, variando não só de doença para doença, mas também de indivíduo para indivíduo.
No caso das doenças raras de pele, elas não são em sua maioria contagiosas e podemos citar algumas como:
A aplasia cutânea que possui como característica a ausência de formação completa da pele; se dá geralmente no couro cabeludo e se mostra no nascimento como uma ferida ulcerada que pode atingir diferentes profundidades e envolver o crânio e até parte mais posterior e fibrosa das três membranas que envolvem o cérebro.

Há ainda a epidermólise bolhosa. Uma doença genética, hereditária e muito rara, que provoca bolhas na pele por conta de mínimos atritos ou traumas e pode se manifestar já no nascimento. Estes pacientes sofrem com uma deficiência de colágeno que torna a pele muito frágil aos traumas e dificulta a cicatrização. Existem mais de 30 subtipos desta doença, que afeta ainda mucosas da boca, nariz, intestino, estômago e pode propiciar o aparecimento precoce de câncer de pele, muito severo.

O médico Samuel Mandelbaum, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, professor de Dermatologia, comenta a data e as dificuldades de quem enfrenta doenças raras de pele aqui citadas. “Esse mês de fevereiro é o das doenças raras. Dia 29 de fevereiro é o Dia Mundial das doenças raras, este ano é comemorado dia 28 de fevereiro, para lembrar as doenças para as quais a data alerta. E a data em si, 29 ocorre de quatro em quatro ano faz lembrar, é um dia raro”, comenta. Para o médico é fundamental saber a conceituação de doenças raras. A Organização Mundial da Saúde (OMS) as descreve como aquelas que afetam menos de 65 pessoas a cada 100 mil habitantes. Existem no mundo entre seis e oito mil doenças raras. No Brasil, quando somamos todas as doenças raras (em geral, não só de pele), são mais de 13 milhões de pessoas com doenças raras, uma grande fatia da população que convive com tais doenças.

As enfermidades raras tem causas genéticas degenerativas, metabólicas, infecciosas e na dermatologia, elas são muitas. Uma das doenças raras na dermatologia é a ictiose, que deixa a pele seca, escamosa e quebradiça; em alguns casos pode assemelhar-se a escamas de peixe. “É uma doença genética e a criança já pode nascer com a pele bastante diferente, a pele pode se cortar, formar fissuras. Pode haver também casos de um ressecamento simples, mas há os mais graves, que podem inclusive diminuir o tempo de vida. Felizmente hoje, medicamentos por via oral, a base de vitamina A melhoraram e muito as perspectivas destes pacientes”, celebra o médico.

Samuel destaca também a Epidermólise bolhosa. “Hoje existem muitos tratamentos sendo pesquisados, felizmente: desde coberturas em curativos até engenharia genética, onde, através de um pedaço de pele e um tipo de vírus há alteração do DNA e correção do defeito provocado pela má formação genética. É feito o cultivo da própria pele modificada e colocada sobre as feridas através de transplante da própria pele cultivada e modificada. As feridas voltam a cicatrizar e estes métodos constituem grande esperança para a cura. Estamos caminhando para a cura dessa doença. Mas ainda existe um caminho a percorrer. Antigamente lidamos com poucas perspectivas de tratamento. Avançamos muito”, diz ele.
Sobre as doenças raras não dermatológicas podemos citar: Fibrose cística, que é um tipo de doença genética que afeta principalmente os pulmões, pâncreas e aparelho digestivo; síndrome de Guillain-Barré que é um distúrbio autoimune que ataca os nervos; e a acromegalia, relacionada à presença de tumores benignos na hipófise que produz hormônios do crescimento em excesso.


17 de fevereiro de 2023 0
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) repudia a disseminação de informações falsas que circularam na mídia referindo  ser desnecessária  especialização formal para médicos.
A SBD apoia o Conselho Federal de Medicina (CFM) nesse esclarecimento, destacando que para a obtenção do registro de dermatologista com o RQE, é necessária formação completa de ao menos três anos de estudos em programa de residência médica credenciada pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) ou aprovação no Exame de Título de Especialista em Dermatologia regulamentado pela Associação Médica Brasileira (AMB) em convênio com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, com o registro dos certificados nos Conselhos Regionais de Medicina do estado que o médico atuará.
A Dermatologia investiga, diagnostica e trata clínica e cirurgicamente questões clínicas e estéticas de cabelos, unhas e pele com uma formação completa. “A SBD está atuando junto ao CFM para o esclarecimento desta interpretação incorreta sobre a necessidade de especialização”, destaca Heitor de Sá Gonçalves, presidente da SBD.
A SBD é a única instituição reconhecida pelo CFM e pela Associação Médica Brasileira como representante dos dermatologistas em todo o Brasil.
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17 de fevereiro de 2023 0

É com pesar e profundo sentimento que a Sociedade Brasileira de Dermatologia comunica a passagem do Dr. Mário Grinblat, que sendo o pioneiro do laser em dermatologia no Brasil, deixou seu legado vanguardista para nossa especialidade. Agradecemos também a homenagem da amiga Shirley Borelli.

Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)

 

Quem foi Mário Grinblat?

“Muito estranho escrever sobre alguém que foi tão importante para nós?

Residente em Dermatologia na FMUSP e Professor de Dermatologia na Escola Paulista de Medicina.

Foi muito mais que um pioneiro no uso do laser em Dermatologia, coordenador de Dermatologia do Hospital Albert Einstein, trouxe conceitos estéticos para a Dermatologia revolucionando conceitos rígidos de uma maneira totalmente corajosa e única.

Autor de vários capítulos em livros, amigo, inspirador.

Foi numa época em que a televisão, revista e Congressos tinham formato tradicional, trouxe ideias inovadoras.

Agregue todos esses valores à figura incrível, carismática, alegre, pai, avô, amigo incondicional com quem tive o privilégio de conviver por tantos anos.

Vai deixar saudades num lugar mágico dentro da Dermatologia e dentro de todos que tiveram o privilégio de conviver com ele e com seus conceitos muito à frente do tempo”- Shirley Borelli.

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8 de fevereiro de 2023 0

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou, em reunião da diretoria colegiada realizada no dia 6 de fevereiro, a incorporação do medicamente Dupilumabe para o tratamento de dermatite atópica moderada a grave em adultos. A recomendação será direcionada a pacientes que tenham apresentado falha, contraindicação ou intolerância ao uso da Ciclosporina e será efetivada após publicação no Diário Oficial da União.

Essa decisão irá beneficiar pacientes que até o momento encontravam-se sem opção terapêutica, com consequentes impactos psicossociais, e que agora terão acesso ao tratamento.

O Comitê de novas tecnologias e medicamentos de alto custo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) teve participação ativa nesse processo, com mobilização da classe médica, pacientes e associações de pacientes para participação na consulta pública, alcançando aproximadamente 10 mil contribuições, número inédito.

Em um trabalho conjunto com a com a Associação Médica Brasileira (AMB), a SBD assumiu assento na reunião técnica da COSAUDE com poder de voto, e expôs a defesa da incorporação desta tecnologia.

A SBD fica muito feliz em ter colaborado nessa vitória para os portadores de uma doença que causa tanto sofrimento.

 





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