Nota Técnica sobre Melasma: Abordagem Terapêutica Embasada em Evidências
A Sociedade Brasileira de Dermatologia esclarece os princípios do tratamento cientificamente respaldado para o Melasma. Essa condição cutânea é caracterizada por manchas escuras, principalmente no rosto, desencadeadas por fatores genéticos, metabólicos, hormonais e ambientais, como a exposição solar. Outras áreas da pele também podem ser acometidas.
O tratamento é complexo e contínuo, compreendendo:
1. Proteção Solar: A exposição solar agrava o melasma. Recomenda-se o uso diário de protetor solar de amplo espectro, mesmo em dias nublados.
2. Agentes Clareadores: Tratamentos tópicos específicos são essenciais para clarear as lesões de melasma. A escolha de clareadores adequados depende de características individuais do paciente. O tratamento com despigmentantes é prescrito e monitorado por um dermatologista.
3. Procedimentos Dermatológicos: Peelings químicos, microagulhamento e terapias a laser podem ser úteis em casos específicos, mas devem ser realizados por um dermatologista treinado para evitar complicações.
A recidiva do melasma é comum. A influência hormonal, especialmente em mulheres durante a gravidez, o uso de terapia hormonal ou mesmo alterações intrínsecas de cada indivíduo na síntese e metabolismo da melanina devem ser considerados na avaliação das possíveis causas, o que exige uma abordagem multidisciplinar.
O tratamento do melasma requer persistência e tempo, com resultados individuais. A SBD destaca a importância da avaliação dermatológica para diagnóstico preciso e plano de tratamento personalizado. Expectativas realistas, consistência no tratamento e acompanhamento adequado são fundamentais devido à complexidade terapêutica e necessidade de abordagens específicas para cada caso.