Em setembro, mês de conscientização sobre a alopecia areata, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) reafirma a importância de que a população fique atenta aos sinais e sintomas dessa doença, contando com o suporte de um médico dermatologista para fazer o diagnóstico e conduzir as etapas do tratamento.
A alopecia areata é uma doença inflamatória que provoca a queda de cabelo. Diversos fatores estão envolvidos no seu desenvolvimento, como a genética e a participação autoimune. Os fios começam a cair, resultando, mais frequentemente, em falhas circulares sem pelos ou fios de cabelo.
“Essa doença pode levar à perda de todo o cabelo do couro cabeludo, além de todos os fios e pelos do corpo. Essas falhas arredondas também podem aparecer em áreas, como sobrancelhas, barba e peitoral. O dermatologista é o médico capacitado para tratar os problemas de cabelo e na alopecia areata não é diferente”, afirma a Fabiane Andrade Mulinari Brenner, coordenadora do Departamento de Cabelos e Unhas da SBD.
Ela salienta, ainda, a importância de um mês dedicado a esclarecimentos sobre a doença. “Muitas vezes, o paciente não conhece a alopecia areata. Em consequência, ele acaba deixando as manifestações evoluírem, recorrendo tardiamente ao dermatologista, já com uma forma extensa da doença”, explicou a coordenadora. Segundo sublinhou, a alopecia areata é frequente, acometendo cerca de 1% da população. “Por isso, é importante haver uma avaliação sempre que o paciente tiver uma perda de cabelos ou pelos localizada”, disse.
Sobre tratamentos para a doença, a coordenadora do Departamento de Cabelos da SBD, contou que há alguns tipos disponíveis, como: medicamentos tópicos e via oral; e infiltrações no couro cabeludo, que podem ser necessárias, dependendo da forma da doença.
“Quem avaliará qual é o melhor caminho a seguir é o dermatologista, mas muitas vezes essa decisão ocorre em conjunto com o paciente”, destacou a especialista, que lembrou um fato ignorado por muitos: a alopecia areata pode acometer adultos e crianças, sendo que nestes casos, as decisões devem ser compartilhadas com os pais.