Evite os pelos encravados
O pelo encravado é tecnicamente conhecido como foliculite, um problema que ocorre em mulheres e homens. Isso acontece quando o pelo não nasce corretamente, ou seja, não consegue romper a pele, mas cresce internamente causando uma inflamação do folículo piloso, formando bolinhas acompanhadas de uma vermelhidão no local, dor e, quando infeccionado, pode apresentar pus.
Segundo a dermatologista Valéria Campos, os pelos normalmente nascem um pouco encurvados, mas os de algumas pessoas tendem a nascer mais recurvados e encravar. Além da tendência genética, a depilação é uma grande responsável pelo encravamento. A médica explica que arrancar os pelos com cera fria ou quente causa mais pelos encravados do que a lâmina ou o creme depilatório. Por isso, ela recomenda evitar a depilação ou aumentar o intervalo entre as sessões.
A lâmina usada incorretamente pode piorar o quadro principalmente no caso de virilha e barba. É importante evitar escanhoar, isto é, barbear no sentido contrário ao do crescimento do pelo.O indicado é utilizar a lâmina de forma bem suave e com a pele bem hidratada, de preferência após o banho. Quem já tem propensão a ter pelos encravados, a calça muito justa ou calcinha podem ser agravantes, assim como o excesso de esfoliação e cremes gordurosos ou óleo corporal.
Valéria Campos explica que o desencravamento manual de cada pelo é feito com agulha esterilizada, colocando-a sob a alça formada e levantando-o com delicadeza e, na medida do possível, evitando lesar a pele. Mas, se o pelo estiver inflamado, o médico dermatologista deve ser procurado para indicar um creme anti-inflamatório e antibiótico ou, nos casos mais graves, antibióticos orais.
Se o encravamento for leve e não houver sinais de infecção, uma esfoliação suave com fubá e mel ou creme hidratante não oleoso pode dar certo. ‘Em caso de inflamação leve recomenda-se apenas compressa com água ou soro em temperatura morna em cima da região inflamada’, complementa.
Uma consequência do trauma da depilação é a hipercromia pós-inflamatória, que resulta em manchas escuras temporárias ou definitivas na pele. De acordo com a dermatologista Juliana Romanini, o tratamento desse problema seria a depilação definitiva a laser e, quando houver ausência ou rarefação de pelos, um clareamento à base de produtos específicos orientados por um especialista.
Já as depressões causadas pela manipulação inadequada dos pelos encravados podem ser definitivas. Espremido insistentemente, um pelo encravado corre o risco de inchar e virar uma lesão chamada granuloma. A remoção pode ser cirúrgica ou à base de ácidos. A técnica mais indicada para resolver o problema &eac…