Evento da Sociedade Brasileira de Dermatologia, em Maringá, comemora o Dia Nacional da Conscientização da Dermatite Atópica
A dermatite atópica é uma doença da pele comum na população brasileira. Até 25% das crianças podem apresentar episódios da doença e até 7% dos adultos podem ser acometidos. Trata-se de uma doença crônica, hereditária e não contagiosa, que em decorrência das lesões na pele e coceiras, pode afetar a autoestima do paciente e sua interação social. Pensando nisso, o Grupo de Apoio Permanente (Grape) da SBD, em Maringá, realiza gratuitamente o Primeiro Encontro de Dermatite Atópica de Maringá, no dia 22 de setembro, a partir das 8h, na Sociedade Médica de Maringá (inscrições no local).
O evento acontece na véspera do Dia Nacional da Conscientização da Dermatite Atópica, comemorado do dia 23 de setembro, com o objetivo de debater as causas, diagnóstico, fatores desencadeantes e cuidados com a doença. O encontro também alerta sobre a importância de procurar o médico dermatologista, profissional qualificado e capacitado para realizar o tratamento da doença. “É uma ótima data para reunir médicos, pacientes, familiares e profissionais da área de saúde para discutir o tema e estratégias que possam melhorar a qualidade de vida dos pacientes atópicos”, explica a dermatologista Dra. Sineida Berbert Ferreira, coordenadora do Grape SBD de Dermatite Atópica – Maringá. Além disso, “Maringá é a primeira cidade do Brasil a ter aprovada uma lei municipal de apoio e conscientização sobre a dermatite atópica, o que irá favorecer a implantação de projetos que beneficiem os pacientes”, aponta Sineida.
Pacientes com dermatite atópica possuem a função de barreira protetora da pele alterada e convivem com alergia cutânea que pode desencadear pele seca, erupções que coçam e crostas, principalmente nas dobras do corpo, como pescoço, cotovelo e atrás do joelho, áreas mais espessas e secas. Outras características da doença são esfoliações causadas por coceira, alterações na cor, vermelhidão ou inflamação da pele, que também podem surgir após irritações prolongadas, gerando eczema e afetando a autoestima dos pacientes. Portanto, o apoio psicológico também pode ser útil ao paciente e à sua família.
A doença é controlada com a identificação e controle dos fatores desencadeantes, além de medicação adequada e realização de consultas regulares com um dermatologista. Alguns dos fatores para o desenvolvimento da doença são: contato com materiais ásperos, poeira, detergentes e produtos de limpeza em geral, roupas de lã e tecido sintético, temperaturas extremas, infecções, alguns alimentos e o estresse emocional.
O tratamento da doença visa melhorar os sintomas que interferem diretamente na qualidade de vida do paciente e no controle da coceira, a redução da inflamação da pele e a prevenção das recorrências. Para combater a pele seca, o tratamento é feito com hidratantes, que devem se reaplicados no mínimo duas vezes por dia, e de preferência após o banho para que o produto segure ao máximo a umidade da pele. O uso de imunomoduladores da calcineurina podem ser indicados. Cremes e pomadas de corticoide também são eficazes no controle da doença, no entanto, devem ser indicados e usados corretamente para se evitar efeitos colaterais a longo prazo.
A fototerapia é outra opção de tratamento, mas seu uso deve ser bem avaliado pelo dermatologista assistente. Atualmente, para casos mais graves de dermatite atópica, há uma série de novas terapias e agentes, como os biológicos, o que indica um futuro promissor para o tratamento da doença.
Sobre o Grape SBD
O Grupo de Apoio Permanente (Grape-SBD) foi lançado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia em 2013. Trata-se de um projeto da Coordenação de Ações Institucionais da Sociedade. Seu propósito é promover o apoio contínuo no âmbito psicoemocional e educativo para portadores de doenças da pele que possam comprometer sua qualidade de vida, ser excludentes ou discriminativas nos âmbitos social, profissional e até familiar. Exemplos: psoríase, vitiligo, alopecia areata, hanseníase, câncer da pele, colagenoses (lúpus), doenças bolhosas (pênfigo, dermatite herpetiforme), atopia e acne, entre outras. Esse apoio complementa a assistência recebida no ambulatório ou no consultório.
Programação:
8:00 – Inscrições
8:30 – Abertura
8:40 – Dermatite atópica – mesa redonda com palestrantes: o que é dermatite atópica?
A marcha atópica – dermatite, asma e rinite.
Amamentação e prevenção de dermatite atópica Aspectos neurológicos e psicológicos associados a dermatite atópica – déficit de atenção / hiperatividade / depressão.
Alergia alimentar X dermatite atópica
10:00 – Coffee break
10:40 – tire suas dúvidas com nossos especialistas (dermatologista, imunologista, gastroenterologista, psiquiatra, psicóloga, nutricionista)
11:30 – aprendendo a usar os emolientes no dia a dia – workshop de hidratação Todos os participantes
12:15 – Lançamento do projeto piloto municipal de dermatite atópica
12:30 – Encerramento
Serviço:
Primeiro Encontro de Dermatite Atópica de Maringá
Dia: 22/09/2018
Local: Sociedade Médica de Maringá – Rua das Imburanas, 176, Zona 5, Maringá – Paraná (PR)
Horário: das 8h às 12h30
Entrada: gratuita
Público-alvo: médicos, pacientes, familiares e profissionais da área de saúde
Informações: (44) 3225-2162