Dados do Ministério da Saúde (MS) revelam que foram registrados no Brasil em 2009 aproximadamente 38 mil novos casos de hanseníase, também conhecida por lepra, significando uma media de 19 casos em cada 100 mil habitantes. Já em Alagoas, dados da Secretaria de Estado da Saúde, apontam que foram registrados 409 casos novos, sendo 13 casos para cada 100 mil habitantes.
Segundo a Sesau, somente no ano passado o estado registrou 333 novos casos de hanseníase. Os registros foram feitos em 58 dos 102 municípios alagoanos. Na última segunda-feira (24), foi celebrado o Dia Mundial do Hanseniano.
De acordo com a coordenadora Nacional do Programa de Hanseníase, Maria Aparecida de Farias Grossi, que esteve em Alagoas nos últimos dias para participar do seminário promovido pela Sesau sobre a hanseníase, todo ano é feita uma programação de acordo com o número de pacientes. ‘É importante que os estados e municípios estejam preparados para atender esses pacientes, proporcionando o tratamento medicamentoso e tratamento de reabilitação com fisioterapias, para evitar e restabelecer as lesões’, explica Maria Aparecida.
Segundo ela, no Brasil foram registrados cerca de três mil novos casos registrados em crianças e adolescentes menos de 15 anos, 28 registrados em alagoas.
‘São atribuições do Ministério da Saúde o controle da doença e apoiar os estados e municípios proporcionando treinamentos, capacitações e material educativo, além de repassar a medicação para os estados, que são distribuídos aos municípios’, ressaltou Maria Aparecida Grossi.
Conforme a coordenadora, todo tratamento da doença, como medicação e fisioterapia estão disponíveis na rede pública na atenção básica e primária. Os novos casos são notificados no registro de notificação compulsória para assim ter o controle de cada paciente que está iniciando o tratamento.
Nem toda forma de hanseníase é contagiosa, mesmo que o paciente apresente a forma de contagio, na primeira dose do tratamento, 99% dos bacilos são eliminados e não há mais chances de contaminação, com isso o mesmo já não passa mais a transmitir.
‘É uma doença causada pelo bacilo de Hansen, o Mycobacterium leprae: é um parasita que ataca a pele e nervos periféricos, mas pode afetar outros órgãos como o fígado, os testículos e os olhos’, explicou a coordenadora.
O diagnóstico consiste, principalmente, na avaliação clínica: aplicação de testes de sensibilidade, força motora e palpação dos nervos do…