Conferência Brasileira sobre Melanoma acontece no Rio de Janeiro, entre 18 e 20 de agosto.
A 9ª Conferência Brasileira sobre Melanoma será uma edição especial para médicos e pacientes que lidam com a doença. Há mais de 30 anos sem novidades para este tipo de tratamento, o encontro apresentará alguns dos maiores avanços dos últimos anos em relação a este tipo de câncer de pele, que tem como característica ser menos incidente, porém, mais letal. Entre as principais novidades estão duas drogas específicas para o tratamento de melanoma e um equipamento para diagnóstico, que consegue enxergar a doença em tempo real. O evento acontece a cada dois anos e esta edição será sediada no Rio de Janeiro, no Hotel Intercontinental (Av. Aquarela do Brasil, 75 – São Conrado).
Para o presidente da Conferência e diretor da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dr. Carlos Barcaui, as novidades simbolizaram os principais avanços no tratamento do melanoma das últimas décadas. “Tivemos no primeiro semestre de 2011 um período sem precedentes na história da medicina, no qual finalmente foram apresentadas à comunidade científica duas drogas que têm a capacidade de aumentar de fato a sobrevida de pacientes com melanomas inoperáveis ou metastáticos”, comemora.
Em março de 2011, o FDA — Food and Drug Administration — aprovou o Ipilimumab para o tratamento do melanoma. O trabalho original envolveu 676 pacientes e foi divulgado em 2010 no New England Journal of Medicine, publicação de referência na área médica. Os pacientes em uso do medicamento apresentaram uma sobrevida maior do que os pacientes em uso de vacina. A via de administração é venosa e o tratamento consiste na aplicação de quatro doses com intervalo de três semanas. O tratamento ainda não está disponível no Brasil, mas para ter ideia do que o mesmo representaria no bolso dos pacientes, nos EUA o valor de uma dose é de aproximadamente U$30 mil.
Outra droga, cujo estudo de fase III foi apresentado no último congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), no início de junho, em Chicago, é o Vemurafenib. Em comparação com a dacarbazina ela apresenta um aumento da sobrevida total e do tempo livre de doença. Só está indicada em casos que apresentam uma determinada mutação, o que representa aproximadamente 60% dos melanomas, principalmente os relacionados com a exposição solar intensa intermitente.
Mas os destaques vão além dos tratamentos. Chegou recentemente ao Brasil a Microscopia Confocal, um aparelho que permite ao médico enxergar em tempo real o que antes só seria visto com a biópsia, resultado que levaria de sete a dez dias para ser entregue ao médico. Para o tratamento do melanoma, doença altamente letal e com período curto de sobrevida, esta antecedência no diagnóstico é imprescindível. No Brasil, hoje, existem soment…