O que é?
Doença eruptiva benigna que acomete a pele, sendo uma desordem comum em pessoas saudáveis, principalmente crianças e adultos jovens. É mais comum na primavera e outono, nos climas temperados. Contudo, pode ser mais frequente no verão em algumas outras regiões. Suas causas ainda não foram completamente elucidadas, mas há alguns elementos de sua epidemiologia e imunologia que sugerem a possibilidade que possa se desencadear graças a agentes infecciosos. Desses, a mais suspeita é a origem viral. Há ainda a possibilidade de aparecer após o uso de algumas vacinas (BCG, HPV e difteria), bem como de medicações (ácido acetilsalicílico, barbitúricos, bismuto, captopril, clonidina, ouro, imatinib, isotretinoína, cetotifeno, levamisol, metronidazol, omeprazol, D-peniclamina e terbinafina, entre outras).
Sintomas
Ela se apresenta como uma erupção papuloescamosa aguda, autolimitada (com uma duração média de 6 a 8 semanas). Nesta doença, a erupção tem curso lento. Na apresentação mais comum, começa com uma lesão maior, chamada de medalhão. Em poucos dias, ocorrem erupções sequenciais de outras lesões semelhantes, menores, de crescimento centrífugo (que tende a se afastar do centro). A erupção secundária ocorre por volta de duas semanas, persiste aparecendo por mais 15 dias e clareia, lentamente, por outras duas semanas. Uma característica de destaque está no arranjo das lesões dorsais, que pode ter um aspecto de árvore de natal. Costuma ser assintomática ou apenas levemente pruriginosa. A automedicação pode provocar agravamento das lesões, tornando-as mais descamativas e pruriginosas. Podem ocorrer variantes atípicas como a forma papulosa múltipla, a forma sem medalhão, mais de um medalhão e padrões purpúricos ou vesiculosos. É muito comum ser confundida com patologias como psoríase, sífilis, tinhas e dermatoses alérgicas. Diante desses possíveis diagnósticos diferenciais, é importante uma consulta com um dermatologista para confirmação da suspeita clínica. Por ser um distúrbio autolimitado, geralmente benigno, tem um prognóstico excelente e uma taxa de recidiva baixa, menor que 2%. Não é considerada uma doença transmissível. Sua duração usual é de 6-8 semanas, e raramente pode durar 3-6 meses. Pode regredir com alterações da cor da pele que são reversíveis. Há relatos na literatura de que pode provocar aborto, se ocorrer nas quinze primeiras semanas de gravidez, assim como parto prematuro, e recém-nascidos com alterações neurológicas.
Tratamento
Por sua natureza usualmente assintomática e autolimitada, não precisa de tratamento. Os pacientes devem evitar usar substâncias que possam provocar irritações e automedicações. Nos raros casos em que ocorram quadros mais descamativos, prurido acentuado ou manchas residuais, a intervenção do dermatologista será necessária. Se a erupção ocorrer na gestação, o acompanhamento de um ginecologista também deverá ser feito.
Prevenção
Não há prevenção, pois a patologia ainda não tem causa definida.