Comissão Social do Dermato Bahia 2017 fala sobre dermatoses para cerca de 70 pessoas em Porto de Sauípe



Comissão Social do Dermato Bahia 2017 fala sobre dermatoses para cerca de 70 pessoas em Porto de Sauípe

14 de julho de 2017 0

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Ação integrou a pauta das ações sociais que antecedem o Dermato Bahia – 2017, o maior Congresso de Dermatologia do país

 

Dando continuidade às ações sociais do Congresso Brasileiro de Dermatologia, o Dermato Bahia 2017, a Associação de Moradores da Costa do Sauípe sediou nesta quinta-feira (13/7) o evento “Dermatologia na Comunidade”. Trata-se de uma tarde de palestras sobre dermatoses, suas causas, sintomas e tratamentos destinadas ao grupo de mulheres da Cooperativa de Artesanato de Trança do Tupinambá (Copartt) e marisqueiras da comunidade de Sauípe. Quase 70 moradores de Porto Sauípe, litoral norte da Bahia, tiraram suas dúvidas e ouviram as explicações de três dermatologistas da Comissão Social do Dermato Bahia 2017.

A dermatologista Ana Cristina Guerra falou sobre escabiose (sarna), enfatizando os cuidados em não ter contato direto. “Faz carocinhos, bolinhas, feridinhas entre os dedos, punhos etc. Em crianças pequenas, pode dar nas costas, pés etc., principalmente se for um bebê, que pode ter a sarna no corpo todo”, enfatizou. Ela abordou também a pediculose (piolho), desmistificando algumas questões. “O piolho não voa, nem pula, ao contrário do que dizem muitos”. Detalhou o tratamento para erradicá-lo e os cuidados necessários, como lavar os pentes e higienizar os acessórios de cabelo e finalizou sua apresentação explicando sobre o bicho geográfico.

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A hanseníase, também conhecida como lepra, doença infecciosa que atinge pele e nervos, foi um dos temas apresentados pela dermatologista Nadjane Paula Santos. A médica explicou ainda sobre impetigo, que pode ser tratada à base de antibióticos prescritos pelo médico: “Apenas lavar as mãos com sabão antes das refeições já ajuda”, pontuou, respondendo às dúvidas gerais da plateia. Concluiu com a aula sobre miliária ou brotoeja.

A Dra. Marta Oliveira começou sua aula explicando sobre pitiríase versicolor ou “pano branco” e candidíase. Entre as dicas, adotar cuidados pessoais para conter a oleosidade excessiva da pele, como evitar locais quentes e úmidos.

Os moradores, grande parte deles acompanhados de crianças, tiveram a oportunidade de aprender mais sobre os cuidados a tomar, prevenção, tratamento, a importância de se procurar um médico para o diagnóstico correto. “As aulas foram maravilhosas, porque são assuntos que precisamos muito conhecer. E é difícil a gente ter essa chance de ver um trabalho desse tão especial. Eu amei e pedi as revistas para levar para Massarandupió. O pessoal de lá é muito leigo”, disse Genilza dos Santos, 57 anos, artesã da cooperativa de artesanato de Massarandupió.

O presidente da Associação de Moradores de Porto de Sauípe, Florisvaldo Alves, elogiou o sucesso da iniciativa. “Fiquei muito contente com a presença de vocês na comunidade de Sauípe, que é muito carente em serviços públicos, principalmente na área de saúde. Espero que esse não seja o último encontro, mas que seja o primeiro de muitos”.

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Menino do Porto – Antes de ministrar as aulas, a Comissão Social do Dermato Bahia 2017 esteve na escola Menino do Porto para conhecer de perto o trabalho realizado no local, que abriga 67 crianças entre 4 e 5 anos. A diretora e coordenadora da escola, Geane Rita Pereira de Lima, destacou as doações recebidas, entre elas armário, computador, ventiladores, cadeiras infantis e brinquedos. “Somos gratos, pois vivemos de doação e passamos por situações muito difíceis”. Ela explicou que a Menino do Porto é a única escola comunitária da região, mas infelizmente, só consegue atender 17 alunos por turma. “Fornecemos alimentação, com recursos provenientes do MEC”, completou.

O coordenador geral do Instituto Berimbau, Beraldo Alves Boaventura, explicou que o instituto é uma ONG que desenvolve o trabalho de fortalecimento de apoio as entidades comunitárias, como a Escola Menino do Porto, uma cooperativa de artesanato, uma de reciclagem, uma de pescadores e outra de agricultura familiar; além de outras atividades de cunho cultural e treinamento de lideranças e seminários. “É uma tentativa de contribuir para atualizar a vida cultural de pessoas historicamente desassistidas. Esse trabalho já tem cerca de 10 anos de existência”, completa.

O mecanismo de sustentação é da ONG Berimbau é por meio de doações recolhidas pelo complexo de hotéis e resorts da Costa do Sauipe. “O hóspede, quando faz o check-in em um dos estabelecimentos, é convidado a contribuir para o instituto. Esse dinheiro recolhido é destinado a escola e às cooperativas. Para manter as atividades maiores, também fazemos captação de recursos, com projetos específicos, além de patrocínio e parcerias”, concluiu. O Instituto Berimbau teve início em 2002, mas só em 2009 foi institucionalizado e recebeu o nome que leva até hoje.

 

 





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