Com centenas de inscritos, 43º Dermatrop reforça preocupação da SBD com temas ligados à saúde pública
Mais de 800 inscritos, 28 palestrantes e uma programação científica multidisciplinar e aprimorada. Esse é o saldo do 43º Simpósio de Dermatologia Tropical (Dermatrop). O evento, realizado em formato online pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), nos dias 21 e 22 de maio, discutiu as principais novidades a respeito do diagnóstico e tratamento de doenças infecciosas, parasitárias e outros temas que impactam a saúde pública do país. “A aceitação do público foi a melhor possível”, sintetizou o presidente da SBD, Mauro Enokihara.
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Numa avaliação direta sobre a relevância do Dermatrop, ele também fez questão de frisar que o evento atende justamente à preocupação da SBD com o ensino, o aprendizado e a pesquisa em dermatologia em todos os campos da especialidade, sendo direcionado aos profissionais de todas as gerações. A coordenação do 43º Dermatrop da SBD ficou a cargo dos especialistas Mauro Enokihara; Heitor de Sá Gonçalves (vice-presidente da SBD); Sinésio Talhari (um dos idealizadores do evento); e Sérgio Palma.
“O evento acontece há mais de 40 anos, com apenas duas interrupções ao longo desse período. Sem dúvida é um dos encontros mais tradicionais da dermatologia brasileira, com contribuições para o aprimoramento do atendimento e para a ampliação dos estudos das dermatoses que tanto acometem as populações negligenciadas do nosso país”, disse.
Tropical – O vice-presidente da SBD, Heitor Gonçalves de Sá, salientou que a atual gestão da SBD tem trabalhado em diversas frentes para promover o resgate da dermatologia tropical aplicada às doenças negligenciadas. O esforço visa fortalecer o especialista da entidade e reforçar a dermatologia clínica e sanitária do Brasil.
Segundo adiantou, ao longo deste ano serão implementadas diferentes ações voltadas às doenças tropicais. Entre elas, a capacitação em hanseníase para dermatologistas que atuam nesta área, por meio do programa de atenção básica e estratégia de saúde da família de diferentes estados brasileiros; a criação de nova Campanha de Hanseníase; e ainda a realização do Simpósio Internacional de Hanseníase, programado para agosto.
“São projetos que visam cumprir uma das muitas vocações técnicas científicas da entidade, que é a área de doenças tropicais, bem como seu papel como instituição civil responsável por apoiar a saúde pública brasileira”, salienta Heitor Gonçalves de Sá.
Temas – O total de 31 temas sobre micologia, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), hanseníase, doenças virais, bacterianas e outros ganharam destaque durante os seis blocos de programação científica do 43° Dermatrop. O encontro também contou com duas sessões de discussão de casos clínicos dos Serviços Credenciados.
Nelas, os especialistas trocaram experiências e ampliaram sua capacidade diagnóstica e terapêutica das doenças tropicais. Além disso, durante todo o evento os participantes puderam esclarecer as dúvidas dos congressistas por meio de um chat exclusivo.
“A importante adesão dos dermatologistas neste evento mostrou o alto interesse em aprimorar conhecimentos a respeito de atuais tratamentos e condutas de dermatoses mais prevalentes nas populações negligenciadas. Nosso compromisso, ao promover eventos de alta qualidade técnica como este, é de incentivar a educação médica continuada, sempre pensando em oferecer o melhor tratamento possível ao paciente”, disse o presidente da SBD.