“Sua pele fala, só o dermatologista entende”: O papel de destaque dos especialistas brasileiros no Brasil e no mundo



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4 de fevereiro de 2025

A pele é muito mais que uma camada externa, ela reflete a saúde física, emocional e até a identidade. No dia 5 de fevereiro é celebrado o Dia do Dermatologista, e em prol de conscientizar a população sobre a importância de cuidar desse, que é o maior órgão do corpo humano, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) alerta para o papel deste profissional através da campanha “Sua pele fala, só o dermatologista entende!” Clique aqui e confira o vídeo da campanha! 

“A pele dá muitos sinais e para decifrá-los e garantir um cuidado adequado, a expertise de um dermatologista é fundamental. Muitas vezes, a população esquece que a pele se trata de um órgão que precisa de atenção e cuidados individualizados”, explica o presidente da SBD, Dr. Carlos Barcaui.  

A data também homenageia esses profissionais que, além de cuidarem da saúde da pele, cabelos e unhas, desempenham um papel crucial na medicina, pesquisa e no bem-estar da população ao redor do mundo.  E, quando se fala de excelência na dermatologia, os especialistas brasileiros se destacam, com contribuições relevantes no país e no exterior. 

“Nossos profissionais não apenas contribuem com inovações e tratamentos, mas também desempenham um papel importante na humanização da medicina e no cuidado das populações mais vulneráveis, elevando o setor a um nível de renome internacional”, diz o presidente da SBD, Dr. Carlos Barcaui. 

Os dermatologistas brasileiros estão sendo referência em doenças tropicais, dermatoses negligenciadas, fotomedicina, e condições imunodermatológicas. Esse protagonismo é evidente em diversas conquistas internacionais. Muitos desses profissionais têm sido chamados a liderar iniciativas internacionais, representando o país em grandes entidades como a International League of Dermatological Societies (ILDS) e o Colégio Ibero-Latino-Americano de Dermatologia (CILAD). 

Esses especialistas são essenciais no enfrentamento de desafios globais de saúde. Recentemente, diversos deles foram agraciados com importantes prêmios internacionais.  Entre os prêmios concedidos pela ILDS, neste ano, destaca-se o Dr. Egon Luiz Rodrigues Daxbacher, que recebeu o DermLink 2025, com o projeto “Treinamento e detecção ativa da hanseníase: atividades contínuas necessárias para o controle de uma doença tropical negligenciada”. “Esse prêmio é um reflexo do esforço coletivo da nossa equipe e dos parceiros que têm se engajado no combate à doença. A dermatologia tem um papel vital na detecção precoce e na melhoria da qualidade de vida de muitos pacientes”, disse ele. 

Outro grande destaque foi o Dr. Ciro Gomes, vencedor do DermLink Grants 2024, reconhecido pelo projeto “Uma Só Saúde para as Populações Indígenas do Brasil”, voltado para as comunidades Yanomami. “O prêmio é uma validação da importância de integrar a saúde dermatológica com outras áreas da saúde pública, respeitando as especificidades culturais e sociais das populações indígenas. Estamos oferecendo cuidado e dignidade para quem muitas vezes vive à margem dos sistemas de saúde convencionais”, declarou o médico dermatologista. 

A categoria Trabalho Humanitário também teve um vencedor brasileiro de destaque: Dr. Carlos Chirano, com o projeto “Dermato Saúde Amazonas”, que leva cuidados dermatológicos às comunidades ribeirinhas da Amazônia. “Nosso trabalho é focado em levar saúde a quem mais precisa, principalmente em locais de difícil acesso. A hanseníase e outras dermatoses negligenciadas precisam de um olhar atento, e é esse olhar que estamos levando aos rincões da Amazônia”, afirmou ele. 

A Dra. Tânia Cestari, premiada com o Certificado de Reconhecimento como Liderança Internacional, tem sido uma referência em fotomedicina, doenças pigmentares e condições imunodermatológicas. “Este reconhecimento é um reflexo de anos de pesquisa dedicada, que busca entender melhor as doenças de pele e oferecer tratamentos mais eficazes. A dermatologia tem um papel fundamental na saúde global, e é uma honra contribuir para esse avanço”, declarou Dra. Cestari. 

Além dos prêmios individuais, outro marco importante foi a eleição do Dr. Omar Lupi como presidente do CILAD (Colégio Ibero-Latino-Americano de Dermatologia) para o biênio 2024-2026, que também simboliza o prestígio da dermatologia brasileira na América Latina, já que é a primeira vez em 36 anos que um brasileiro assume uma posição tão importante na instituição.  

“É um orgulho representar a dermatologia brasileira no CILAD. Acredito que nossa expertise em áreas como doenças tropicais, dermatoses negligenciadas e a aplicação de novas tecnologias tem sido fundamental para a evolução da dermatologia”, comentou o Dr. Lupi, destacando a responsabilidade de representar o Brasil no cenário latino-americano. 

Esses profissionais mostram como o Brasil se tornou um centro de referência para tratamentos inovadores e humanitários. “O Dia do Médico Dermatologista é uma oportunidade para reconhecer o trabalho incansável desses profissionais, cuja dedicação e competência têm transformado a vida de milhares de pacientes e elevando o nome do Brasil no cenário internacional. A cada conquista, a dermatologia brasileira reafirma sua liderança e compromisso com a saúde e o bem-estar de todos”, conclui o presidente da SBD, Dr. Carlos Barcaui.  

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4 de fevereiro de 2025

A comemoração pelos 100 anos dos Anais Brasileiros de Dermatologia (ABD), a renomada revista científica da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), contou com a presença da diretoria da SBD, dos editores dos ABD, presidentes das Regionais, chefes de serviço do Rio de Janeiro e representantes de diversas entidades médicas, que celebraram a data na última sexta-feira (31), na Academia Nacional de Medicina (ANM), localizada no centro da cidade do Rio de Janeiro.  

Compuseram a mesa da cerimônia Dra. Eliete Bouskela, presidente da ANM; Dr. Omar Lupi, secretário geral da ANM; Dr. César Eduardo Fernandes, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB); Dr. Carlos Barcaui, presidente da SBD; Lauro Lourival Lopes, vice-presidente da SBD; Dra. Regina Carneiro, secretária geral da SBD; Dr. Silvio Alencar Marques, diretor científico dos ABD. Uma noite de reconhecimento, ciência e compromisso com o futuro da dermatologia. Confira aqui o vídeo sobre a história do periódico exibido na celebração, que teve transmissão ao vivo pelo Instagram @dermatologiasbd. 

“Cem anos de qualquer coisa, principalmente uma revista científica, é muito raro. E nós precisamos disso cada vez mais porque precisamos educar o nosso povo e tratar os nossos pacientes. Então, a Academia Nacional de Medicina tem enorme orgulho de recebê-los aqui. Meus parabéns e muito bem-vindos à Academia Nacional de medicina”, disse Dra. Eliete Bouskela, presidente da ANM, no início da cerimônia. 

Na ocasião, Dr. Carlos Barcaui, presidente da SBD, agradeceu a acolhida e ressaltou que era uma honra enorme estar celebrando a data na ANM. 

“Gratidão à Academia Nacional de Medicina por ser nossa anfitriã nessa data comemorativa, gratidão à Sociedade Brasileira de Dermatologia, guardiã dessa história e dessa publicação, gratidão aos pioneiros que há 100 anos ousaram sonhar e criar os Anais e gratidão a cada um dos colegas que mantem viva essa tradição. Que esse centenário seja um convite para celebrarmos o passado, refletirmos sobre o presente e construirmos juntos um futuro ainda mais brilhante para a dermatologia brasileira”, ressaltou Dr. Barcaui. 

Dr. Omar Lupi destacou o quanto foi significativa a celebração ocorrer na Academia Nacional de Medicina, também repleta de história, com fundação em1829. 

“Essa comemoração do centenário dos Anais Brasileiros de Dermatologia é histórica e eu fico feliz desse momento ser comemorado dentro dessas paredes, nessa instituição a qual todos nós devemos nos orgulhar”, ressalta ele que também é presidente do Colégio Ibero-Latinoamericano de Dermatología (CILAD) 

Durante a cerimônia, Dr. Silvio Alencar Marques, diretor científico dos ABD, relembrou momentos-chaves que marcaram o desenvolvimento do periódico, consolidando-se como uma das principais publicações científicas da área no país. 

“A revista cresceu, potencializou o seu fator de impacto, e ousamos antecipar que devemos chegar a três, o fator de impacto, relativo ao ano de 2024, o que é significativo”, disse ele. 

Dr. Silvio falou ainda sobre o Conselho Decisório de junho deste ano, onde terão temas extremamente importantes a serem discutidos, debatidos e votados. “Assuntos que impactam o futuro dos Anais Brasileiros de Dermatologia, que tem a ver com a revista totalmente em inglês, persistir com versão impressa ou não, entre outros tópicos que dizem respeito intimamente ao futuro dos ABD”, explicou. 

Clique aqui e confira a reportagem completa sobre a história dos ABD. 

 

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3 de fevereiro de 2025

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a alopecia androgenética, popularmente conhecida como calvície, é uma condição comum que afeta tanto homens quanto mulheres, embora seja mais frequentemente associada ao público masculino. Trata-se de um afinamento capilar geneticamente determinado, que pode acometer pessoas de qualquer idade e é o médico dermatologista que faz o tratamento de pacientes com essa condição. 

“Algumas pessoas confundem o trabalho do dermatologista e buscam profissionais que não estão habilitados para cuidar da saúde do couro cabeludo, por isso é fundamental informarmos cada vez mais ao público que o médico dermatologista é responsável pelo cuidado da pele, cabelos e unhas, prezando pela saúde geral do paciente em suas avaliações, considerando história clínica e um exame cuidadoso para orientar e conduzir o melhor tratamento”, explica Dr. Carlos Barcaui, presidente da SBD. 

Apesar de seu nome técnico, a alopecia androgenética não está diretamente ligada aos níveis elevados no sangue dos hormônios masculinos, como se poderia imaginar pelo termo “andro”. 

“A maioria dos exames são normais, pedimos para descartar doenças ou outras causas. A alopecia androgenética ocorre pela avidez daquele fio ao hormônio, isto é, há uma tendência genética que faz com que o hormônio atue naquele fio e afine ele ao longo dos anos”, explica a coordenadora do Departamento de Cabelos da SBD, Dra. Violeta Tortelly.

Ainda de acordo com ela, a principal queixa é o cabelo mais ralo no topo da cabeça. O cabelo que está caindo mais do que o normal geralmente não é da androgenética e sim de outras causas e não deve ser confundido. 

“Na mulher a alopecia androgenética pode estar relacionada a outros sinais também ligados à hormônios como acne, irregularidade menstrual, excesso de pelos e sobrepeso. Acima de 50 anos, em média 50% das mulheres vão ter algum grau de antrogenética pela mudança hormonal pós-menopausa”, ressalta a médica.

Apesar de ser menos visível nas mulheres, pode causar grande desconforto emocional, especialmente por ser mais difícil de identificar no início. O diagnóstico precoce é essencial para evitar a progressão rápida da queda.

“No homem as características mais marcantes são o padrão de entradas e região posterior da cabeça (“coroa”) e na mulher o padrão é mais difuso em toda região superior do couro cabeludo”, conta Dra. Violeta.

Tratamento  

Tem como objetivo estagnar o processo de queda de cabelo e, em alguns casos, recuperar parte da massa capilar perdida.

De acordo com a Dra. Violeta, “os tratamentos para a queda de cabelo evoluíram bastante. As medicações orais têm melhorado significativamente, oferecendo opções mais eficazes”. 

Ela destaca ainda que, para quem já tentou tratamentos no passado sem sucesso, é importante reconsiderar as alternativas mais recentes: “Nos últimos cinco anos, tivemos grandes avanços nas medicações orais, e vale a pena buscar a orientação de um dermatologista”, afirma a especialista.

A medicação oral continua sendo a primeira linha de tratamento para a alopecia androgenética, sendo considerada mais segura e eficaz a longo prazo. Já os tratamentos injetáveis, que são utilizados em casos muito específicos e em situações mais avançadas, têm uma resposta menor e são mais caros. “Devem ser usados de forma complementar, em situações específicas”, explica a dermatologista.

É importante também que os pacientes busquem o diagnóstico correto, uma vez que nem toda queda de cabelo é causada pela alopecia androgenética. Existem condições autoimunes que podem simular o quadro, sendo necessário realizar exames para um diagnóstico preciso e, assim, um tratamento adequado.

“Os pacientes devem seguir a orientação médica e iniciar o tratamento assim que os primeiros sinais de queda forem percebidos. Em casos mais avançados, quando a queda de cabelo já é extensa e o tratamento não é mais eficaz, e o transplante capilar pode ser uma solução estética, proporcionando a recuperação da densidade capilar e melhorando a aparência do couro cabeludo”, diz Dra. Violeta.

Prevenção

Por ser uma doença de origem genética, a alopecia androgenética não pode ser completamente evitada. No entanto, existem fatores que podem agravar o quadro, como a menopausa nas mulheres e o uso de suplementação de hormônios masculinos, que podem acelerar o processo de queda.

Os cuidados com a saúde capilar, como a escolha de produtos adequados e a adoção de hábitos de vida saudáveis, podem contribuir para minimizar o impacto da condição. 

“Percebemos que essa é uma condição comum que pode afetar a autoestima de quem a enfrenta. A boa notícia é que, com o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico adequado, é possível tratar a doença e controlar seus efeitos ao longo do tempo, garantindo uma qualidade de vida melhor para os pacientes”, conclui Dra. Violeta Tortelly.

É fundamental que o paciente busque orientação de um dermatologista para encontrar a melhor solução para o seu caso. Clique aqui e encontre o especialista mais próximo da sua região.
  

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31 de janeiro de 2025

O 3º Simpósio de Hanseníase, realizado de forma online, foi um grande sucesso, teve mais de 1600 inscritos e contou com a participação de mais de 800 pessoas ao vivo. O evento, promovido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), apresentou seis palestras sobre temas fundamentais relacionados à hanseníase. Durante as apresentações, o público teve a oportunidade de interagir em tempo real com os palestrantes.  

“Dada a relevância do tema, esse é um evento gratuito promovido pela SBD, aberto aos associados, mas também para acadêmicos de medicina, residentes e médicos não associados. É fundamental contribuirmos para a disseminação de informações sobre uma doença que é tão negligenciada”, disse o presidente da SBD, Dr. Carlos Barcaui, durante a abertura do evento.    

A primeira palestra abordou o tema “Diagnóstico Precoce da Hanseníase: Desafios e Estratégias”, ministrada pela Dra. Sandra Maria Barbosa Durães. A dermatologista ressaltou a importância de identificar as pessoas que estão em contato regular com os pacientes sem tratamento, pois elas têm maior risco de contrair a doença. Além disso, ela apontou os desafios enfrentados na realização de exames, especialmente nas fases iniciais da doença.  

“O estigma, a percepção dos pacientes e seus familiares sobre a importância do exame clínico, as dificuldades sociais para que os pacientes compareçam às consultas, especialmente se não apresentam sintomas, a descentralização da assistência e a falta de testes diagnósticos nos estágios iniciais são alguns dos obstáculos”, explicou Dra. Sandra.  

Ela também sugeriu estratégias para superar essas dificuldades, como: educação em saúde para a população, educação médica continuada, estruturação da rede de assistência, e medidas como visitas domiciliares e campanhas de conscientização.  

“A busca por ferramentas inovadoras, como uso de aplicativos de reconhecimento de lesões, testes preditores de adoecimento e Georreferenciamento podem ser decisivos para o diagnóstico precoce”, acrescentou.   

Outro tema abordado foi o “Manejo dos Estados Reacionais na Hanseníase”, apresentado pela Dra. Maria Araci Pontes, assessora do Departamento de Hanseníase da SBD. Ela explicou que os estados reacionais podem afetar entre 30% e 50% dos pacientes e que pequenas alterações no sistema imunológico podem desencadear esses episódios.  

“As reações podem surgir antes, durante ou após o tratamento. Mesmo quando ocorrem após o término do tratamento, é importante entender que essas reações não têm correlação com o processo infeccioso, mas exigem atenção especial no diagnóstico e tratamento precoce, pois são as principais causas de incapacidade na hanseníase”, destacou a especialista.  

Dr. Egon Luiz Rodrigues Daxbacher, assessor do Departamento de Hanseníase da SBD, trouxe o tema “Hanseníase e Doença Sistêmica”. Ele destacou que a hanseníase pode afetar outros órgãos além de pele e nervos periféricos. “Mesmo quando a doença atinge órgãos internos, como os suprarrenais, a carga bacilar será sempre menor do que na pele ou nos linfonodos”, explicou o médico.  

Já o Dr. Ciro Martins Gomes, coordenador-Geral de vigilância da Hanseníase e Doenças em eliminação – MS, apresentou dados sobre “Panorama da Resistência Medicamentosa em Hanseníase no Brasil: Desafios e Perspectivas”, com destaque para a Região Centro-Oeste, que apresentou a maior proporção de casos de resistência medicamentosa primária e secundária.  

O simpósio também contou com a apresentação de casos clínicos por Dr. Heitor de Sá Gonçalves e Dra. Carolina Thalari. A secretária-geral da SBD, Dra. Regina Carneiro, falou sobre “Diagnósticos Diferenciais na Hanseníase: Reconhecendo Semelhanças e Diferenças Clínicas”.  

“É importante que médicos que não são dermatologistas saibam identificar as lesões de hanseníase e diferenciá-las de outras condições dermatológicas, principalmente na atenção básica”, afirmou Dra. Regina.  

Por fim, a aula do neurologista Marcus Cunha, sobre “Neuropatia Hansênica e Diagnósticos Diferenciais”, será gravada e disponibilizada para os inscritos posteriormente.  

A coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD, Dra. Carla Andréa Avelar Pires, expressou sua gratidão aos participantes: “Agradeço imensamente a todos que dedicaram seu tempo para estar aqui neste sábado pela manhã. O evento foi, sem dúvida, enriquecedor”.  

“Com a excelente participação de mais de 800 pessoas em um sábado de manhã, o simpósio marca um excelente início para a gestão da SBD, que já prepara novos eventos de atualização e troca de conhecimentos”, conclui Dra. Regina Carneiro. 

As aulas, que foram gravadas, serão disponibilizadas de 10 a 28/02.  Quem não participou do evento ainda pode se inscrever e ter acesso ao conteúdo. Clique aqui. 

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27 de janeiro de 2025

É com profundo pesar que a Sociedade Brasileira de Dermatologia comunica o falecimento do Professor Fedro Portugal, ocorrido no dia 25 de janeiro de 2025.

Nascido em 1º de julho de 1944, em Aracaju, o Professor Fedro foi uma figura ímpar, cuja trajetória de vida e carreira inspirou gerações de médicos e estudantes. Filho de professores, Maria da Gloria Menezes Portugal e Francisco Nascimento Portugal, ele herdou o amor pelo ensino e o cultivou ao longo de toda sua vida, sendo uma grande referência para a Dermatologia Sergipana e Brasileira.

Formado pela Faculdade de Medicina de Sergipe em 1968, o Dr. Fedro especializou-se em Dermatologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Como ele mesmo dizia, “ensinar é a melhor maneira de continuar estudando”. Essa filosofia o guiou em sua notável carreira acadêmica na Universidade Federal de Sergipe, onde ingressou como professor em 1973, após anos como professor convidado. Seu compromisso com a educação médica o levou a ser reconhecido como Professor Emérito da UFS.

O Professor Fedro foi um pilar fundamental na formação de médicos e dermatologistas em Sergipe. Coordenou o programa de Residência em Dermatologia, contribuindo para a formação de dezenas de especialistas. Sua dedicação à especialidade se estendeu além da sala de aula, sendo membro ativo da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Academia Sergipana de Medicina, Academia Sergipana de Educação, Sociedade Brasileira de Medicos Escritores, Sociedade Médica de Sergipe, entre outras.

Sua dedicação ao ensino, sua ética profissional e seu caráter humanista servirão de inspiração para as futuras gerações de médicos.

Nossos sentimentos de pesar e conforto para a família, amigos e a todos aqueles que tiveram o privilégio de conviver com o Professor Fedro Portugal.

Diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia Gestão 2025-2026

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24 de janeiro de 2025

Em 2025, os Anais Brasileiros de Dermatologia (ABD) celebram 100 anos de história, refletindo a evolução da dermatologia no Brasil e o crescimento da própria Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Durante esse período, os ABD passaram por momentos-chave que marcaram seu desenvolvimento, consolidando-se como uma das principais publicações científicas da área no país. 

“Os Anais têm sido um farol de excelência no conhecimento dermatológico, promovendo o avanço da ciência, a formação de novos profissionais e a disseminação de boas práticas para o Brasil e o mundo. Estamos extremamente orgulhosos de fazer parte dessa história e de acompanhar seu impacto positivo no fortalecimento da nossa especialidade”, diz o presidente da SBD, Dr. Carlos Barcaui. 

Para Dr. Silvio Alencar Marques, atual Editor-Chefe dos Anais, os ABD começaram a crescer e se tornar sólidos com o próprio crescimento da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Esse processo se tornou ainda mais robusto durante o longo período do Prof. Rubem David Azulay como Editor-Chefe (1974-1992), que consolidou a produção de seis fascículos por ano. Este período foi essencial para estabelecer os Anais como um periódico respeitado dentro da comunidade científica”, diz ele. 

Nos anos seguintes, a busca pela indexação em bases de dados internacionais foi um passo crucial para a internacionalização dos Anais. “A postulação de indexação junto ao PubMed/Medline no final da década de 1990 e início dos anos 2000, durante a gestão da professora Leninha Valério do Nascimento, foi um movimento importante. Embora não tenha sido bem-sucedida, ela preparou o caminho para a gestão seguinte, do Prof. Bernardo Gontijo, que trabalhou nos ajustes necessários e conseguiu a indexação oficial dos ABD em 2009”, comenta Dr. Silvio. Esse reconhecimento foi um marco para a dermatologia brasileira, pois permitiu maior visibilidade e acesso internacional aos artigos publicados. 

Outro ponto decisivo foi a transição de um sistema de submissão e revisão por correspondência para o sistema eletrônico, uma mudança fundamental que aumentou a produtividade e facilitou a participação de autores e revisores. “Sob a liderança da Profa. Izelda Maria de Carvalho Costa, editora-chefe, houve um salto monumental na produtividade. A transição para a submissão e revisão eletrônica dos artigos foi um esforço que elevou ainda mais a qualidade dos ABD “, afirma Dr. Silvio. 

Mais recentemente, a internacionalização dos Anais deu um passo decisivo e significativo com a gestão do Prof. Sinésio Talhari, que negociou a transferência da editoração para a Elsevier Publisher, ampliando ainda mais o impacto global da publicação. “Esse movimento foi fundamental para a visibilidade internacional, e apesar dos custos envolvidos, os benefícios são inegáveis”, destaca o Editor-Chefe. 

Os Anais Brasileiros de Dermatologia não são apenas um reflexo do avanço da ciência dermatológica no Brasil, mas também desempenham um papel fundamental na formação de novos médicos e pesquisadores. “É possível perceber jovens dermatologistas tentando publicar nos ABD, o que contribui para a evolução contínua da prática e do conhecimento na dermatologia brasileira”, observa Dr. Silvio. Ele acrescenta que a SBD também se fortalece, “pois os Anais se tornaram uma das vozes científicas da Sociedade, registrando e disponibilizando conhecimento de forma acessível, sem custo, à comunidade internacional”. 

Para ele, que possui uma longa trajetória de colaboração, tendo servido como Editor Associado nas gestões do Prof. Bernardo Gontijo e do Prof. Sinésio Talhari, fazer parte dessa história é uma grande honra. “Sou quase tão longevo quanto o Prof. Azulay, e ao longo dos anos, aprendi muito com ele e com os outros líderes da publicação. Agora, como Editor-Chefe, nossa equipe trabalha de forma coletiva com os Editores Associados Ana Maria Roselino, Hiram Larangeira de Almeida Jr. e Luciana P Fernandes Abbade. As decisões editoriais são sempre discutidas em reuniões semanais, buscando ser justos com os autores e com a qualidade dos artigos”, explica. 

Com o apoio dos Editores Técnicos, Vanessa Zampier, Yasmin Prates e Nazareno Nogueira de Souza, o trabalho editorial se mantém em alto nível, garantindo que cada artigo publicado esteja de acordo com os rigorosos padrões de qualidade, especialmente no que se refere à qualidade das imagens e das referências. 

“Temos evoluído constantemente e só posso me sentir cumprindo meu dever com dedicação e entusiasmo. Estamos fazendo o que gostamos, ou seja, Academia com ‘A’ maiúsculo”, conclui Dr. Silvio. 

Ao olhar para o futuro, a esperança é que os Anais continuem sua trajetória de excelência, inovando e adaptando-se às necessidades da comunidade científica, fortalecendo ainda mais o legado da Sociedade Brasileira de Dermatologia. 

Clique aqui e acesse a página dos ABD.

 

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23 de janeiro de 2025

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) manifesta seu apoio ao Conselho Federal de Medicina (CFM) na solicitação formal enviada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio do Ofício nº 313/2025, visando à suspensão imediata da produção e comercialização de preenchedores à base de polimetilmetacrilato (PMMA) no Brasil. 

Essa medida é respaldada por evidências científicas robustas e pela crescente incidência de complicações graves relacionadas ao uso do PMMA. Entre essas complicações, destacam-se reações inflamatórias granulomatosas, que podem manifestar-se anos após a aplicação, frequentemente exigindo intervenções cirúrgicas complexas e potencialmente mutilantes. Além disso, o uso de grandes volumes desse material tem sido associado a condições como hipercalcemia e lesões renais, que, em casos mais graves, podem evoluir para insuficiência renal. 

É importante ressaltar que procedimentos estéticos invasivos exigem uma avaliação criteriosa do paciente e devem ser realizados exclusivamente por profissionais médicos qualificados. Tais intervenções devem ocorrer em locais adequados, como consultórios médicos, clínicas e hospitais, que atendam às normas de biossegurança, garantindo a proteção e o bem-estar dos pacientes. 

A Sociedade Brasileira de Dermatologia reafirma seu compromisso com a saúde e segurança da população e seguirá vigilante frente a essa questão de relevância para a saúde pública. 

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22 de janeiro de 2025

O Conselho Federal de Medicina (CFM) encaminhou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o Ofício nº 313/2025, solicitando a suspensão imediata da produção e comercialização de preenchedores à base de polimetilmetacrilato (PMMA) no Brasil. 
 
Essa solicitação fundamenta-se em sólidas evidências científicas, bem como na crescente incidência de complicações graves associadas ao uso do PMMA, incluindo reações inflamatórias granulomatosas que podem surgir anos após a aplicação, frequentemente demandando intervenções cirúrgicas complexas e potencialmente mutilantes. Ademais, o uso em grandes volumes tem sido correlacionado ao desenvolvimento de hipercalcemia e lesões renais, com risco de progressão para insuficiência renal em casos mais graves. 
 
A Sociedade Brasileira de Dermatologia reforça seu compromisso com a saúde e segurança da população e permanecerá atenta a essa relevante questão de saúde pública. 

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14 de janeiro de 2025

Considerada uma das doenças mais antigas conhecida pela humanidade, a hanseníase ainda é um desafio de saúde pública no país. Apesar de ter cura, essa doença tropical negligenciada continua afetando muitas pessoas. Buscando conscientizar a população, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) é uma das grandes apoiadoras do Janeiro Roxo, campanha nacional focada no incentivo do diagnóstico precoce e combate à doença no Brasil. Durante todo o mês, diversas ações são realizadas para marcar o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hanseníase, celebrado sempre no último domingo de janeiro.  

“Essa é uma doença infectocontagiosa de evolução crônica, que se manifesta por lesões na pele e sintomas neurológicos, como perda de sensibilidade e fraqueza nos pés e mãos. Causada por um bacilo, se propaga por meio do contato próximo e prolongado com pessoas infectadas. O diagnóstico e o tratamento demandam uma avaliação clínica detalhada, além da capacitação do médico e da equipe de saúde envolvida no cuidado desses pacientes. Nosso objetivo é mostrar à população que quando tratada precocemente, a cura é possível, caso contrário, a doença pode resultar em sequelas e deformidades físicas”, explica a secretária geral da SBD, Dra. Regina Carneiro.  

No Brasil, o tratamento é oferecido de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e pode ser realizado em casa. Entre os sinais e sintomas, destacam-se entre elas manchas na pele de coloração variável, que pode ser clara, rósea ou avermelhada, com perda de sensibilidade ao calor, frio, dor e/ou tato. Também podem surgir “caroços”, dormências, fraqueza, inchaços nas extremidades, formigamento e sensação de choque nos membros, além de problemas na via respiratória alta e nos olhos.  

“O dermatologista desempenha um papel essencial no diagnóstico e tratamento da hanseníase. Esse profissional realiza a avaliação clínica, executa testes de sensibilidade e acompanha o funcionamento dos nervos periféricos. Também é o profissional responsável por solicitar exames laboratoriais ou realizar biópsias da pele quando necessário”, esclarece Dra. Carla Andréa Avelar Pires, coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD.  

A transmissão do bacilo causador desta doença ocorre por via respiratória e o contato prolongado com pacientes ainda não tratados aumenta o risco de contágio. Sendo assim, familiares e pessoas em contato estreito com esses pacientes são mais vulneráveis e precisam ser avaliados para um possível diagnóstico precoce da hanseníase. Vale destacar, ainda, que embora todos possam ser expostos ao bacilo, a maioria das pessoas possui uma resistência natural, não desenvolvendo a doença.  

“O contágio acontece por meio de pequenas gotículas respiratórias, que podem ser expelidas pelo paciente infectado. Quando o bacilo entra no organismo, inicia-se uma batalha com o sistema imunológico, e o período de incubação pode variar de dois a sete anos”, explica a dermatologista Carla Andréa Avelar Pires.  

Desafios e números  

Em 2022, o mundo registrou 174.087 novos casos de hanseníase, o que resultou em uma taxa de detecção de 21,8 casos por 1 milhão de habitantes. Índia, Brasil e Indonésia foram os países com os maiores números de casos novos, cada um ultrapassando a marca de 10 mil registros. O Brasil segue ocupando a segunda posição global em termos de novos casos, o que o coloca na lista de países prioritários para o enfrentamento da hanseníase, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).  

No âmbito global, em 2022, foram reportados 10.302 novos casos entre crianças menores de 15 anos, o que representa uma taxa de 5,1 casos por 1 milhão nessa faixa etária, marcando um aumento de 14,6% em relação ao ano anterior. Outro dado relevante para o monitoramento da doença é o Índice de Grau de Incapacidade Física 2 (GIF 2), que em 2022 totalizou 9.554 casos, resultando em uma taxa de 1,2 por 1 milhão de habitantes — um aumento de cerca de 5,5% em comparação com 2021.  

Historicamente, a hanseníase causava grande discriminação, uma vez que não havia tratamento. Hoje, com a disponibilidade de tratamento eficaz e acessível, a doença pode ser tratada e curada sem afastamento da rotina do paciente. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, menores são as chances de sequelas físicas e maior é a chance de interromper a transmissão. O tratamento atual dura de seis a doze meses e é totalmente gratuito.    

A SBD tem atuado como uma entidade parceira e ativa do Ministério da Saúde, especialmente no que se refere à implementação de novos esquemas terapêuticos, reafirmando seu compromisso com a luta contra a hanseníase no Brasil. 

Procure ajuda ao perceber os sintomas 

Ao suspeitar dos sintomas da hanseníase, é importante procurar imediatamente uma unidade de saúde, como as unidades voltada às famílias ou um dermatologista no SUS. Para encontrar um profissional associado à SBD na sua região acesse: https://www.sbd.org.br/localizador/ . 

Conheça os projetos premiados que destacam a luta contra as dermatoses negligenciadas, como a hanseníase: 

A ILDS (International League of Dermatological Societies) premia anualmente projetos e especialistas em dermatologia, e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), indicou o trabalho do Dr. Egon Luiz Rodrigues Daxbacher, que venceu o prêmio DermLink 2025 na área de doenças tropicais, sendo reconhecido por seu trabalho em treinamento e detecção ativa da hanseníase.  

Em 2024, os indicados pela SBD também foram os grandes vencedores. Dr. Ciro Gomes foi agraciado com o prêmio DermLink Grants 2024 pelo projeto “Uma só saúde para as populações indígenas do Brasil”, que visa proporcionar cuidados dermatológicos de excelência às populações Yanomami, focando na prevenção e tratamento das dermatoses negligenciadas. 

O Dr. Carlos Chirano recebeu o prêmio na categoria Trabalho Humanitário pelo projeto “Dermato Saúde Amazonas”. A iniciativa oferece cuidados dermatológicos e cirurgias a comunidades ribeirinhas em áreas remotas da Amazônia, com atenção especial à hanseníase e outras dermatoses negligenciadas, onde o acesso à saúde é limitado. 

A Dra. Tânia Cestari foi premiada com o Certificado de Reconhecimento como Liderança Internacional por suas contribuições significativas à dermatologia, com destaque para sua pesquisa em fotomedicina, doenças pigmentares e condições imunodermatológicas, como dermatite atópica, psoríase e vitiligo. Sua carreira de mais de 100 publicações tem impactado diretamente o avanço da dermatologia mundial.  

Esses especialistas estão liderando iniciativas essenciais para melhorar o acesso ao cuidado dermatológico em regiões de difícil acesso e para populações vulneráveis, contribuindo para o controle de doenças negligenciadas e a conscientização global. 

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14 de janeiro de 2025

Nos consultórios de dermatologia, é cada vez mais comum o atendimento de pacientes que passaram por procedimentos estéticos mal executados, resultando em complicações, deformidades e resultados insatisfatórios que exigem tratamentos longos e complexos. Diante dos riscos à saúde da população, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) reforça que médicos dermatologistas ou cirurgiões plásticos são os especialistas habilitados a realizar procedimentos estéticos invasivos, para evitar consequências graves e muitas vezes irreversíveis. Um caso recente, destacado na reportagem do Fantástico, revelou a denúncia de 63 pessoas contra uma clínica de estética em Goiás, após elas sofrerem sequelas sérias. 

“Embora uma clínica aparente ter boa estrutura e seja popular nas redes sociais, é crucial que a população compreenda que procedimentos invasivos devem ser realizados apenas por médicos, profissionais capacitados para lidar com possíveis complicações. Sem esses cuidados, casos graves como o noticiado pela imprensa continuarão causando sérios danos à saúde. Essa situação está se tornando ou já é um problema de saúde pública”, explica o presidente da SBD, Dr. Carlos Barcaui. 

Entre os procedimentos estéticos invasivos, estão a aplicação de toxina botulínica (Botox), preenchedores faciais (como ácido hialurônico), bioestimuladores de colágeno, laser e tecnologias invasivas, além de peelings químicos (como o de fenol, indicado para rugas e flacidez), entre outros.   

“Um dermatologista passa por um longo processo de formação, que pode levar mais de nove anos, sendo seis anos de graduação em medicina e pelo menos três anos de especialização. Durante esse período, ele adquire as competências necessárias para realizar procedimentos clínicos, estéticos e cirúrgicos, sempre com base em uma consulta detalhada, análise da condição da pele e avaliação de indicações e contraindicações”, explica Dr. Sérgio Palma, membro da diretoria da SBD. 

A SBD recomenda que, antes de se submeter a qualquer procedimento estético, o paciente consulte um dermatologista. Esse profissional é capacitado para avaliar a saúde da pele e recomendar o tratamento mais adequado, além de orientar sobre os cuidados necessários para evitar sequelas. 

“Muitas pessoas se deixam seduzir por preços baixos oferecidos por profissionais não médicos, mas é importante lembrar que o barato pode sair caro. Fique atento a valores muito abaixo da média de mercado e, acima de tudo, priorize sua saúde e segurança”, alerta Dra. Juliana Ikino, também integrante da diretoria da SBD. 

Um estudo realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) revelou que entre 2012 e 2023, cerca de 10 mil boletins de ocorrência e processos judiciais foram registrados no Brasil, motivados pelo exercício ilegal da medicina. Esses dados, obtidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pelas Polícias Civis de 22 estados, indicam que muitos desses casos envolveram prejuízos financeiros, danos morais, sequelas e até mortes de pacientes atendidos por profissionais sem a formação médica necessária. Esses indivíduos, ao agirem com negligência e falta de qualificação, ultrapassaram os limites definidos pela Lei do Ato Médico (Lei nº 12.842/2013), que reserva aos médicos a realização de procedimentos invasivos e outras práticas. 

O crime de exercício ilegal da medicina envolve, entre outras atividades, a realização de procedimentos invasivos, que exigem conhecimento técnico especializado, obtido apenas pelos médicos, o que reduz os riscos de danos à saúde do paciente. 

A SBD reitera seu compromisso com a saúde e segurança da população. Para encontrar um dermatologista perto da sua região, acesse aqui.   

 





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