Inscrições para a BOLSA 2024 – Strauss & Katz World Congress Fund Scholarship



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10 de julho de 2023 0

Caro Residente/Especializando de Serviço Credenciado da SBD e dermatologistas da SBD,

Como parte do Programa de Bolsas Internacionais para Países em Desenvolvimento, a Academia Americana de Dermatologia (AAD), oferece anualmente aos residentes/especializandos e dermatologistas que tenham até 03 anos do término da residência no momento da Reunião Anual da AAD 2024, a oportunidade de concorrer a duas bolsas para participação no Meeting da AAD, a ser realizado de 8 a 12 de março de 2024, em San Diego, Califórnia, EUA. Os bolsistas que já foram contemplados com o programa não poderão concorrer ao concurso, e a escolha privilegiará dois médicos que nunca participaram do Meeting.

A bolsa de estudos inclui $1,500 – $2,000 dólares para o auxílio com as despesas da viagem; inscrição gratuita no Meeting 2024; uma sessão científica paga e um convite para o jantar com os líderes da AAD.

Para concorrer, os residentes/especializandos de Serviço Credenciado da SBD e dermatologistas deverão atender aos seguintes pré-requisitos:

  • Ter fluência na língua inglesa;
  • Estar cursando a residência/estágio de dermatologia em Serviço Credenciado da SBD ou ter até 03 anos de conclusão da residência médica em dermatologia em Serviço Credenciado da SBD no momento da Reunião Anual da AAD (março 2024);
  • Enviar para a Comissão Científica o resumo de um trabalho (abstract em inglês), que deverá seguir o mesmo modelo solicitado pela AAD.

     

Modelo obrigatório para envio do trabalho Strauss & Katz World Congress Fund Scholarship

  • Title of Abstract (*)
  • What percentage of the total cost of this research was supported by funding from a source other than
    yourself? (*)
  • List the Source(s) of funding
  • Poster Category – Choose one (*)
  • Acne
  • Aesthetic Dermatology
  • Aging/Geriatrics
  • Art, History, & Humanities of Dermatology
  • Basic Science
  • Clinical Dermatology & Other Cutaneous Disorders
  • Connective Tissue Diseases
  • Dermatitis, Atopic
  • Dermatitis, Contact, Allergic & Irritant
  • Dermatopathology
  • Dermatopharmacology/Cosmeceuticals
  • Digital/Electronic Technology
  • Education & Community Service
  • Epidemiology & Health Services Administration
  • Genodermatoses
  • Hair & Nail Disorders
  • Immunidermatology & Blistering Disorders
  • Infection – Bacterial & Parasitic
  • Infection – Fungal
  • Infection – Viral
  • Internal Medicine Dermatology
  • Lymphoma, Cutaneous/Mycosis Fungoides
  • Melanoma & Pigmented Lesions
  • Non-melanoma Skin Cancer
  • Pediatric Dermatology
  • Pharmacology
  • Photobiology, Phototherapy & Photosensitivity Diseases
  • Pigmentary Disorders & Vitiligo
  • Psoriasis & Other Papulosquamous Disorders
  • Surgery – Cosmetic
  • Surgery – Dermatologic
  • Surgery – Laser
  • Wound Healing & Ulcers
  • Abstract Introduction (*) ​Character count: 0 / 800
  • Methodology (*) Character count: 0 / 600
  • Results (*) Character count: 0 / 600
  • Conclusion (*) Character count: 0 / 600
  • Personal Statement (*) (please explain in 500 words or less how receiving this scholarship would help your professional development)
    ​Word count: 0 / 500

Os interessados devem enviar um e-mail para Bárbara (barbara@sbd.org.br) contendo a submissão do abstract e a declaração de estar cursando residência/estágio de dermatologia em Serviço Credenciado da SBD e no caso de conclusão da residência/estágio, enviar o certificado de conclusão em dermatologia. O abstract deverá ser anexado no formato.doc (Word) ou PDF sem nenhuma identificação. No corpo do e-mail deverão conter o nome completo e o comprovante de estar cursando, caso seja residente, ou da conclusão da residência em Serviço Credenciado da SBD.

O prazo final para o envio é dia 30 de julho.

Atenção: O mérito científico será avaliado pelos membros da Comissão Científica de forma anônima. A indicação dos dois residentes pela Sociedade Brasileira de Dermatologia não garante a premiação automática. O Comitê Avaliador da Academia Americana de Dermatologia ficará responsável pela escolha final dos contemplados. Portanto, aguardamos o recebimento dos resumos e desejamos boa sorte!

 

 

Imagem do post: Freepik

 

 

 

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5 de julho de 2023 0

Com enorme orgulho a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) celebra a oportunidade de ver o Dr. Ricardo Romiti como delegado da América Latina junto à ILDS. Com a oportunidade de representar a SBD e a todos os dermatologistas da América Latina. E Ricardo, ao ser eleito demonstrou seu carinho pelos colegas, em especial à Regina Carneiro, Diretoria e Heitor de Sá Goncalves, presidente) por todo empenho nessa jornada. “Vocês são verdadeiros embaixadores da nossa especialidade. É uma honra enorme”, disse ele.

Sobre a eleição de Dr. Ricardo, o presidente da SBD, Dr. Heitor de Sá Gonçalves, externou sua alegria. “A eleição de Ricardo como delegado da América Latina junto à ILDS representa, além de uma vitória pessoal maravilhosa, um novo tempo de protagonismo institucional da Sociedade Brasileira de Dermatologia no cenário mundial! Protagonismo esse coroado com a participação decisiva, também hoje, na vitória de Guadalajara como sede do Congresso Mundial de Dermatologia/2027! Orgulho de ser SBD!”.

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4 de julho de 2023 0

 

De modo oficial Cingapura é uma República de uma cidade/Estado em uma ilha localizada no sul da Península Malaia, no Sudeste Asiático. É lá que acontece até o dia oito o Congresso Mundial de Dermatologia, com temas extremamente relevantes e especialistas de todo o mundo, num intercâmbio cultural-científico de alto nível. O presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Heitor de Sá Gonçalves, destaca a presença de diversos representantes da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), no local. “O 25º Congresso Internacional de Dermatologia, realizado esta semana em Cingapura, se mostra de grande importância para a fase atual da SBD e estamos atuando institucionalmente de forma coletiva, primeiro no sentido de ampliar a participação da SBD em nível mundial e ainda, integrando as ações com a Liga Mundial de Dermatologia, apoiando o nosso candidato, pela América Latina, Ricardo Romiti”, diz Heitor. “Ricardo atualmente é Professor da Faculdade de Medicina da USP, cuja eleição deve acontecer amanhã (quarta-feira, dia nove). E estamos formando um grande bloco com especialistas da Europa, Estados Unidos, Ásia, África para viabilizar o próximo Congresso Mundial em Guadalajara, no México”, conta o presidente.

Regina de Carvalho Carneiro que é Secretária Geral da SBD também destaca a importância de estar no evento. “Estar aqui é muito importante. Teremos contato com profissionais que só conhecemos por livros, publicações, em um evento para 12 mil pessoas. A SBD vem com 12 delegados, representando-a, na luta para compor o comitê da Liga Mundial de Dermatologia entidade a qual somos ligados”, explica a médica.

“Ser parte do Congresso Mundial de Dermatologia é uma chance de representar nosso país e mostrar a qualidade do trabalho que estamos desenvolvendo aqui. Além disso, é uma forma de trazer conhecimentos e técnicas que podem ser aplicadas para melhorar a saúde da pele da população brasileira”, destaca Márcia Linhares, médica do Departamento de Laser da SBD que está no Congresso.

Para os especialistas, participar do Congresso Mundial de Dermatologia é uma oportunidade ímpar de estar em contato com as mais recentes descobertas e avanços na área da dermatologia. Além disso, possibilita a troca de experiências com colegas de todo o mundo, o que contribui para o aperfeiçoamento da minha prática clínica e para o avanço da dermatologia como um todo.

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29 de junho de 2023 0

A Associação Médica Brasileira (AMB), juntamente com o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e a Federação Médica Brasileira (FMB), promove nos dias 29 e 30 de junho de 2023, o XIV Encontro Nacional de Entidades Médicas – ENEM, realizado na sede do CFM, em Brasília (DF). O encontro visa promover a unidade e a mobilização das entidades e do movimento médico, em defesa do Sistema Único e Saúde (SUS) pela da população, além de discutir encaminhamentos e ações conjuntas das entidades representativas dos médicos. Deliberando sobre propostas e estratégias da profissão médica e da Medicina. Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) pleiteia mais fiscalização e ação junto a parlamentares.

Outras necessidades e diálogos

O presidente da SBD Nacional Heitor de Sá Gonçalves e a presidente da SBD Brasília Luanna Portela, tem pleiteado junto a outros colegas da Associação Médica Brasileira (AMB) e do Conselho Federal de Medicina (CFM) um trabalho intensivo no Congresso Nacional. “Sejam médicos ou não, na luta pela defesa do ato médico de forma plena”, diz Heitor. Desde junho esses encontros e debates vem sendo realizados. Visto que, no Brasil, cada vez aumenta mais o número de casos noticiados de mortes e imperícia em procedimentos do tipo, realizado por não médicos. É a Defesa do Ato Médico e da formação concreta de profissionais tirando da população o risco de maiores complicações e impedindo que indivíduos sejam colocados em risco. “Estamos numa busca com encontros pelo menos desde maio neste ano, audiências e discussões pelo Revalida, bem como atuando como atuando no Congresso Nacional no Congresso Nacional, na busca de uma medicina segura, que garante a segurança da formação médica e dos diplomas de quem estudou fora e os RQS, que são registros profissionais de médicos especialistas”, explica Luanna, que representa a SBD no evento dos dias 29 e 30 (foto).

As sociedades médicas e a frente médica parlamentar estão verificando o número de médicos no Brasil e a realização do Revalida, bem como atuando no Congresso Nacional, junto a deputados e senadores, na busca de implementar pautas favoráveis ao desenvolvimento de uma medicina segura.

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26 de junho de 2023 0

Em 25 de junho é celebrado o Dia Mundial do Vitiligo: O que sabemos a respeito?

Linda e educada, a modelo canadense Winnie Harlow chama atenção onde vai. Não pela pele que mostra já no rosto o vitiligo, mas pela beleza e elegância.

Apesar da doença não afetar capacidades e talentos, existe muito estigma e preconceito sobre ela. O preconceito, descende da falta de conhecimento. O vitiligo caracterizasse pela perda da coloração da pele em virtude da destruição dos melanócitos, células que formam a melanina, o vitiligo é uma doença genética e autoimune, não contagiosa, muito menos incapacitante, mas que causa sequelas emocionais em virtude da discriminação sofrida por pessoas portadoras. Os impactos desse preconceito variam de pessoa para pessoa, e vão desde impactos psicológicos até restrição no acesso a vagas em concursos públicos.

O Instituto Maurício de Sousa e a Sociedade Brasileira de Dermatologia sabem que hoje é Dia Mundial do Vitiligo. E que essas manchinhas não devem ser motivo de preconceito. Conheça mais sobre. Veja a campanha que entrou nas redes neste domingo.

Há sim fatores desencadeantes como estresse e questões psicológicas, mas não como causa e sim como fator desencadeante. A dermatologista Ivonise Follador, que é a Coordenadora do Departamento de Psicodermatoses (SBD), explica que popularmente se diz muito que a doença “não tem cura”, como se não tivesse tratamento, e isso desestrutura o paciente quando recebe esse diagnóstico. “Precisa haver clareza e acolhimento”, diz. No entanto, existe tratamento após o diagnóstico correto da doença, sua forma clínica, observação do grau de extensão, locais atingidos, se está aumentando ou não), o grau de impacto da mesma no paciente, a presença de outras doenças associadas, entre outros aspectos a serem avaliados.

Depois dessa avaliação, o tratamento é determinado visando primeiro parar o surgimento de novas manchas e, em paralelo, tentar repigmentar o que for possível. Existem várias técnicas, com excelentes e variáveis resultados, a exemplo do uso de corticoide oral, corticosteróides tópicos, inibidores de calcineurina, fototerapia, entre outros. “Medicações novas estão em pesquisa, algumas aprovadas fora do país e breve teremos novidades para o tratamento dessa doença ainda tão órfão de opções e tão estigmatizante. O apoio da família e o acompanhamento psicológico são fundamentais para que o vitiligo não tenha um impacto tão negativo nos pacientes”, enfatiza.
Para compor as ações necessárias para o combate a desinformação,

o presidente da SBD, Heitor Gonçalves, presidente da SBD, explica que “a entidade também tem como alvo o compromisso com a conscientização direta com a sociedade sobre as possibilidades de controle da doença, e na instrução sobre os direitos que os pacientes têm enquanto aos melhores acessos para o tratamento desta doença crônica”.

Ivonise diz que o vitiligo alcança 1% em média da população do mundo. Homens e mulheres. Sendo 25% abaixo dos 5 anos, 50 abaixo dos 10 anos. Mas pode surgir em qualquer idade. Ela tem uma base genética na família, mas não causas muito específicas. Existe uma alta agressão da célula que atinge os melanócitos, não se sabe porquê. O principal é acompanhar, seguir a orientação médica esclarecer que não é contagiosa. Não é puramente genética e nem emocional, pode estar associada à outras doenças como tireoidites, alopecia areata, por exemplo. É comum que haja o estudo da tireoide. Há muita desinformação, vejam que já se provou que não é uma doença incapacitante, mas alguns concursos rejeitam pessoas com vitiligo”.

A grande questão ainda para os portadores de vitiligo é o acesso a esses tratamentos. Segundo Ivonise, as pessoas que mais enfrentam essa dificuldade são os pacientes que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) e estão sem contato com um especialista. Nesses casos, a dermatologista aconselha procurar um serviço universitário e um credenciado pela SBD.

“Em relação à fototerapia, quase todos os serviços credenciados têm a câmara e isso é um trabalho das últimas diretorias. Já nos hospitais universitários, essas máquinas também são utilizadas para psoríase e linfoma e não há um espaço significativo para os pacientes de vitiligo. Então a questão de acesso é uma grande dificuldade e precisamos de centros de referência municipais, estaduais e federais para tratamento desta doença tão estigmatizante”, salienta a médica.

O vitiligo não é uma doença contagiosa e nem incapacitante. Se caracteriza pela perda da coloração da pele. As lesões formam-se devido à diminuição ou ausência de melanócitos, destaca a Organização da Saúde (OMS).

 

 

 

 

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15 de junho de 2023 0

SBD:NOTA TÉCNICA

FEBRE MACULOSA (FM) OU FEBRE DAS CAPIVARAS

É causada pela bactéria Gram negativa Rickettisia rickettsii e é equivalente à Rocky Mountain Spotted Fever. Acontece em todos os estados brasileiros, mas poupa a região amazônica.

A Febre Maculosa é transmitida por carrapatos (principalmente os do gênero Amblyomma, os carrapatos-estrela). Os carrapatos dos cães não transmitem a doença. A bactéria pode estar presente em artrópodes adultos, ninfas (vermelhinhos) e larvas (micuins). Todos estes estágios necessitam de uma fase hematófaga em um vertebrado, que pode ser um animal selvagem (especialmente capivaras e cervos), um animal de criação ou mesmo o Homem. Na maioria as vezes, haverá uma história de visita a ambientes selvagens/rurais antes do surgimento dos sintomas.

As manifestações da infecção iniciam-se de modo brusco, com um estado gripal que causa febre, cefaleia e mialgias e que se prolonga por duas a três semanas. Por volta do terceiro ou quarto dia, surge uma erupção eritematosa maculopapular, de tonalidade pálida. Esta se inicia na região dos punhos e tornozelos, podendo se disseminar para membros inferiores, superiores e tronco. Por volta do sexto dia, as lesões podem assumir um aspecto purpúrico (por formação de petéquias), o que é um fator indicador de gravidade da doença, pois indica o surgimento de uma vasculite generalizada decorrente da multiplicação do agente nas células endoteliais de pequenos vasos.

A Febre Maculosa pode evoluir sem sintomas ou em sintomas são atenuados, mas alguns casos provocam necroses cutâneas extensas nas áreas onde se instalam sufusões hemorrágicas. Torpor, agitação psicomotora e sinais meníngeos são frequentes. A face torna-se congesta e infiltrada, com edema peripalpebral e injeção conjuntival. É possível observar tosse e hipotensão arterial. A letalidade pode chegar a 60% dos doentes.

A melhor forma e comprovar o diagnóstico é por meio da Reação de imunofluorescência indireta (RIFI). O tratamento ainda nos primeiros cinco dias é fundamental para o prognóstico e a suspeita clínica é suficiente para iniciar o tratamento. A droga prioritária no tratamento é a doxiciclina 100 mg duas vezes ao dia, até 3 dias após o desaparecimento da febre.

Os casos que surgiram recentemente em Campinas estão dentro de um perfil de acidentes que acontece ocasionalmente na região (por ser uma área endêmica), assim como em Piracicaba e outros municípios de São Paulo. O provável local onde as pessoas adquiriram a doença era naquele momento frequentado por mais de 3000 pessoas e alguns carrapatos infetados transmitiram a doença para até agora 6 vítimas. Não há motivo para pânico e sim para atenção dos órgãos e saúde e profissionais para possíveis novos casos, que podem ou não acontecer. 

 

Colaboração: Vidal Haddad, Aline Bressan, Helio Miot e Heitor Gonçalves

 

 

 

 

*Imagem: https://br.freepik.com/

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1 de junho de 2023 0

NOTA PÚBLICA:

Após mais uma notícia de prisão em flagrante por exercício ilegal da Medicina por profissional não médico, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) vem a público informar sobre o risco atual em que as pessoas se encontram por receber atendimento por profissionais não médicos.

É fundamental esclarecer que o exercício ilegal da Medicina, crime tipificado no artigo 282 do Código Penal Brasileiro, não é somente quando um profissional não médico utiliza o nome e identificação profissional de médico, mas também quando qualquer outra profissão invade o ato médico e passa a executar procedimentos sem a devida autorização legal , o que só poder ser concedida por meio de Lei Federal e não por ato administrativo (resolução de conselho de classe, por exemplo).

Infelizmente têm se instalado no Brasil a narrativa de que não médicos podem realizar procedimentos que médicos estão legalmente habilitados para realizar, bastando que esses profissionais não médicos realizem certos cursos de curta duração e fiquem aptos a atender a população, bem como divulgar procedimentos na internet sem qualquer regulação, o que leva à população ficar desguarnecida de informação e segurança quanto a saber se quem está realizando o procedimento é o profissional adequado.

Importante ressaltar que o médico é o profissional que além dos seis anos do curso de Medicina, passa por pelo menos mais três a quatro anos de residência médica/especialização (carga horária anual de 3.200 horas, total de 9.600 a 12.800 horas de especialização) na área de interesse, além dos demais cursos específicos. Todo esse aprendizado possibilita ao mesmo não apenas a realização dos procedimentos médicos, bem como saber  o que fazer em caso de complicação, para reverter a situação, principalmente as mais graves.

A situação acima é diversa quando estamos diante de profissionais não médicos que muitas vezes realizam cursos de finais de semana, de poucos meses ou horas (Pós-graduações de 380 horas por exemplo), o que Infelizmente é a realidade em que se encontra a população, sendo atendida profissionais não médicos e não capacitados , que colocam em risco a vida do brasileiro.

A SBD nos últimos anos denunciou 1.200 profissionais não médicos por estarem exercendo ilegalmente a medicina aos órgãos competentes (Ministério Público, Vigilância Sanitária, Polícia Civil e Conselhos de Classe), estando com 215 procedimentos administrativos ativos nos mais diversos órgãos que apuram essas ilegalidades e 39 processos judicias que discutem a invasão do ato médico por esses profissionais.    Continuaremos cumprindo nosso dever de buscar sempre a melhor assistência para a população brasileira.

Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)

Imagem: Freepik

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26 de maio de 2023 0

Araras: A Expedição da saúde levando assistência para cidade a 280 KM de Goiânia para tratar doença rara

 

Ainda não eram 9h da manhã e as temperaturas chegaram a 36º C, com uma sensação térmica imensurável naquele momento. Umidade do ar 60%. Ao circular pelo povoado de cerca de 800 pessoas era possível ver muitas necessidades. Um staff de 31 pessoas da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da L’Oreal/La Roche Posay, sendo 14 médicos da SBD, se deslocou de diversos estados do país ao interior de Goiás, no município de Faina, distrito de Araras, que fica a 280 KM de Goiânia. Levaram uma carreta que possibilitou  montagem de três consultórios. A missão? Atender pessoas com uma doença chamada xeroderma pigmentoso. Trata-se de uma doença genética, não contagiosa, que afeta homens e mulheres e é caracterizada por uma enorme sensibilidade à radiação ultravioleta (presente nos raios solares), que afeta as áreas do corpo mais expostas ao sol como a pele e os olhos. 

Araras, está a 280 quilômetros de Goiânia, é o lugar do mundo com o maior índice de xeroderma pigmentoso. Segundo a SBD, enquanto no mundo a incidência da doença é de um para um milhão, no povoado é de um em cada 40 habitantes. Ou seja, existe uma enorme necessidade de infraestrutura e apoio aos pacientes que vivem em um povoado com poucos recursos e apenas uma Unidade Básica de Saúde (UBS).

A equipe se hospedou para dormir e seguir para um novo dia na cidade de Goiás Velho, a da poetisa  Cora Coralina, que em seus poemas falou dos “Becos de Goiás”. Nenhum, porém, foi empecilho para a assistência chegar até Araras e o trabalho foi um sucesso. Goiás Velho fica a aproximadamente 140 km de Goiânia.

A obra de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Araras está parada, está, de acordo com os moradores, caminhando a passos lentos. Isto quando caminha, há mais de cinco anos. Ao lado, 50 casas sendo feitas e também com obras paradas, segundo eles, pelo mesmo período. Se prontas, seriam muito úteis na promoção da qualidade de vida de 50 famílias que teriam proteção adequada do sol, água encanada e esgoto, e estariam ao lado de uma UBS bem maior que a pequena unidade que hoje atende “na raça” e com empenho tantos problemas locais através de quem leva assistência para Araras.

A estrada para chegar tem pouco asfalto, em um trecho curto e muitos quilômetros de barro, em condições normais, cerca de 1h45 de chão. Isso se considerarmos a ida em pick-ups, como as que levaram o grupo da expedição.

A cargo de quem atende na Unidade Básica de Saúde (UBS) ficam os atendimentos gerais, do dia-a-dia, mas a incansável médica Mirian Lane Castilho, da SBD-GO, se junta às equipes da capital e vai de dois em dois meses fazer uma espécie de checagem geral do estado de saúde das pessoas. “Eles precisam e eu venho. Essa é uma necessidade fundamental. Monitorar, assistir, orientar, pois qualquer exposição pode levar a lesões agressivas”, diz ela. 

A ação foi crucial para a realização de cirurgias de pele para biópsia, retirando sinais provavelmente cancerígenos e uniu-se a outras iniciativas locais promovendo o bem estar da população que sofre do xeroderma pigmentoso e para adiantar tratamento que dependiam de uma ida até Goiânia, por exemplo.  “Vivemos dias intensos de um trabalho duro e gratificante. Esta ação é motivo de muito orgulho para a SBD, que desenvolve o seu papel de levar conhecimento, prevenção e tratamento das doenças dermatológicas para nossa população”, destacou Carlos Barcauí, coordenador da ação e vice-presidente da SBD.

Além do atendimento cirúrgico, funcionaram os ambulatórios para análise do quadro de quem foi até lá e tem a doença, consulta com oftalmologista com fornecimento de óculos, uma carreta do Estado de Goiás proporcionou a retirada de documentos e houve recreação para criança, além de almoço e lanche para os presentes na ação.

Alguns pacientes já fizeram mais de 30 vezes a retirada de sinais em procedimentos cirúrgicos. Todos com lesões removidas tiveram o material encaminhado para biópsia. A ideia é dar continuidade com apoio de Sociedades Médicas como a SBD, proporcionando alívio e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

Parte dessa história terminamos de contar com mais palavras de Cora Coralina, já que foi levado também o acolhimento aos pacientes e moradores de Araras “E me fazer pedra de segurança

dos valores que vão desmoronando. Nasci em tempos rudes. Aceitei contradições, lutas e pedras como lições de vida e delas me sirvo. Aprendi a viver”, diz ela. Quem viveu a experiência de Araras não esquecerá, cria-se um laço e como ainda, diria Cora Coralina “E, desde então, caminhamos juntos pela vida…”.

 

 

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24 de maio de 2023 0

 

Nota técnica

Riscos do bronzeamento para a pele

Sociedade Brasileira de Dermatologia

O bronzeamento acontece pelo aumento da liberação de melanina na pele, um pigmento responsável pela cor. Além de um efeito cosmético, a exposição a radiação ultravioleta do sol e de as câmaras de bronzeamento, danifica o DNA das células da pele. Ao longo da vida, seja no trabalho, nos momentos de lazer este dano é cientificamente reconhecido.
O bronzeamento artificial está proibido no Brasil, baseado em estudos científicos que comprovam associação das câmaras de bronzeamento ao aumento do risco de câncer de pele. O mais frequente é o carcinoma basocelular, mas também o espinocelular e melanoma, que podem se disseminar para outros órgãos, levando ao óbito, também aumentam. Tal dado torna-se mais preocupante, uma vez que não é possível determinar um nível de exposição seguro ao uso de tais equipamentos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA declarou que não existem benefícios que contraponham os riscos decorrentes do uso dos equipamentos para bronzeamento artificial estético. Esta decisão está em consonância com um alerta emitido pela Organização Mundial da Saúde – OMS em 2009, que classificou a exposição aos raios ultra violeta das câmaras de bronzeamento como cancerígenas.
No Brasil, a estimativa para o do triênio 2023-2025 é de 220.490 casos de câncer de pele por ano, ou seja, aproximadamente 661 mil novos casos ao final do período. Nesse sentido, vale ressaltar que a exposição ao bronzeamento artificial, apenas uma vez na vida, aumenta cerca de 20% de chance de desenvolver o melanoma, o mais temido dos cânceres de pele. O risco aumenta para 59% quando usado antes de 35 anos.
O tratamento de escolha do câncer de pele é a cirurgia para retirada da lesão, o que pode deixar cicatrizes, principalmente em áreas expostas, como a face, trazendo preocupações estéticas e psicológicas. O dermatologista é o profissional que estudou medicina por seis anos, fez residência médica nessa especialidade por ao menos mais três anos e atende diariamente um número crescente de pessoas com lesões pré-cancerosas e câncer de pele e possui o dever ético de alertar sobre as repercussões da exposição ao ultravioleta. A pele bronzeada não é sinônimo de saúde ou beleza, apesar dos apelos relacionados a um hábito saudável, ações antidepressivas e aparência atraente, e até de aumentar a produção de vitamina D.

Departamentos de Oncologia e Fotobiologia
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