Dia do Dermatologista: com documentário sobre a formação médica, a SBD homenageia especialistas em 5 de fevereiro




5 de fevereiro de 2020 0

Com quase 10 mil dermatologistas em atividade, cuidando da saúde e do bem-estar de milhões de pessoas em todo o Brasil, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lançou, nesta quarta-feira (5/2), um minidocumentário que destaca a formação profissional e ética desses especialistas comprometidos com a qualidade do atendimento em diferentes frentes da dermatologia como a clínica, a cirurgia e a cosmiatria.

O vídeo faz parte das comemorações pelo Dia do Dermatologista (5 de fevereiro). O presidente da SBD, Sérgio Palma, destacou que a homenagem reforça a boa formação em dermatologia, em que o uso da tecnologia não implica em “esquecer o lado humano” da relação médico-paciente. “A gente precisa desse olhar, dessa atenção ao ser humano. Então, é esse dermatologista do futuro que eu desejo”, ressaltou. 

Atualmente, há cerca de três mil doenças dermatológicas catalogadas e uma demanda crescente por cuidados cosmiátricos. Como reafirmou o presidente da SBD no vídeo, “cabe ao dermatologista cuidar para que essas patologias não evoluam de uma forma mais agressiva, assim como minimizar, aliviar o sofrimento dos pacientes e, claro, buscar sempre o avanço tecnológico de ponta. Isso tanto no serviço público quanto no serviço privado”.

Os outros especialistas que participaram do vídeo, de forma geral, destacaram em suas participações a necessidade de que os dermatologistas passem por uma formação ampla, o que inclui uma carga horária com foco na prática. Atualmente, a SBD mantém 89 Programas de Residência Médica credenciados em 24 estados. No total, são 826 residentes em formação. Todos são obrigados a seguir os parâmetros de excelência da SBD e da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).

A partir deste ano, com as mudanças na matriz curricular da residência em dermatologia, esses programas vão oferecer 8.640 horas de treinamento prático e teórico. “Não é em um curso de fim de semana que alguém se transforma em bom dermatologista”, destacou em sua entrevista a editora da Surgical & Cosmetic Dermatology, Bogdana Victoria Kadunc. 

No vídeo, além da importância da boa formação, os entrevistados abordam aspectos éticos que devem ser observados na relação com os pacientes, com os outros médicos e com os profissionais da saúde em geral. 

“A SBD é uma das maiores instituições médicas do mundo relacionadas à pele e a gente tem certeza de que está indo em bom caminho nessa entrega de qualidade de um bom profissional à população”, finalizou Palma no vídeo dirigido aos colegas de profissão.
 

 


13 de janeiro de 2020 0

As férias e o verão geralmente são épocas em que o uso do filtro solar é intensificado. Porém, estudos mostram que pelo menos 70% da radiação solar que recebemos durante a vida é adquirida no dia a dia, e somente 30% da radiação é obtida durante momentos de lazer. Por isso é recomendado o uso diário de roupas e acessórios com proteção UV, barracas e protetores solares, mesmo em dias nublados ou durante o trabalho, como explica o diretor da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Dr. Egon Daxbacher.

O órgão recomenda produtos com fator de proteção a partir de trinta para se proteger do sol. O protetor deve ser aplicado meia hora antes da exposição solar e reaplicado pelo menos a cada duas horas. Além de passar diariamente o filtro solar, a servidora pública Ana Maria Bastos, de 56 anos, sempre recomenda o mesmo à família. Para ela, o protetor é tão importante que deveria fazer parte da cesta básica do brasileiro.

Além disso, é preciso evitar a exposição solar entre nove da manhã e três da tarde. As barracas usadas na praia devem ser feitas de algodão ou lona, materiais que absorvem 50% da radiação UV. Outro item indispensável são os óculos de sol, que previnem catarata e outras lesões nos olhos.

É importante também proteger as cicatrizes, especialmente as novas, que podem ficar escuras se expostas ao sol. Já as antigas também devem ser protegidas, pois há risco de desenvolvimento de tumores. Além de filtro solar, a proteção pode ser feita com uso de barreiras físicas como adesivos e esparadrapos.

Em crianças, o filtro solar pode ser usado diariamente com orientação médica a partir dos seis meses de idade.

Fonte: EBC


7 de janeiro de 2020 0

O diretor da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) Egon Daxbacher concedeu entrevista ao Programa RJ TV para falar sobre a importância do uso regular e na frequência adequada do filtro solar, inclusive em dias nublados, como forma reduzir a incidência dos danos solares cumulativos relacionados ao câncer de pele.

A exposição à radição ultravioleta é uma das principais causas da doença, que pode ter seu risco minimizado com o uso de protetores solares, e por meio de outros tipos de fotoproteção, como o uso de chapéus, roupas apropriadas, óculos escuros e escolha adequada do horário de exposição ao sol. 

De acordo com dados da Campanha Nacional do Câncer da Pele da SBD realizada em dezembro, mais de 60% dos brasileiros não usam nenhum tipo de proteção no dia a dia (Clique e saiba mais).

Segundo Daxbacher, o filtro com fator de proteção solar (FPS) 30 pode ser utilizado diariamente por pessoas de todos os tipos de pele. Já as pessoas com risco e histórico de câncer da pele na família e que possuem a pele e os olhos mais claros, devem fazer uso do filtro com fator de proteção 60, ou seja, mais alto, sobretudo nas idas à praia ou piscina.

Clique na imagem para acessar a íntegra da entrevista. O programa foi ao ar no dia 4 de janeiro.

 


6 de janeiro de 2020 0

Ação social coordenada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) na cidade de Araras, Noroeste de Goiás, foi destaque na revista eletrônica Fantástico, da TV Globo, em sua edição de 5 de janeiro. A reportagem especial destacou o mutirão realizado pela entidade para prevenir e tratar casos de câncer de pele, com ênfase nos moradores da região que têm diagnóstico de xeroderma pigmentoso (XP). 

Assista aqui a íntegra da reportagem

“O xeroderma pigmentoso é uma doença genética rara onde os pacientes possuem hipersensibilidade da pele à exposição da radiação ultravioleta da exposição solar. Então, muito precocemente eles desenvolvem tumores da pele, que vão evoluindo para as lesões de câncer de pele”, explicou, ao Fantástico, Sérgio Palma, presidente da SBD e líder da comitiva em Goiás.

O Fantástico mostrou a angústia de quem convive com a doença em Araras, localizada a 200 quilômetros de Goiânia (GO), onde está a maior quantidade de pessoas portadoras dessa doença no mundo inteiro. A média de casos em Araras é de 1 para cada 400 nascimentos, sendo que no Brasil é de 1 caso para cada 200 mil nascimentos.

Atendimentos – Para realizar o mutirão, a SBD utilizou um caminhão com consultórios e salas de cirurgia com equipamentos de alta tecnologia, tais como microscopia confocal e fotofinder, além de dermatoscópicos, para fazer a identificação e a retirada de tumores de pele com maior precisão. Durante dois dias, uma equipe de 12 dermatologistas acompanhou os pacientes, realizando consultas, exames – foram retirados cerca de 60 tumores. 

A ação solidária é realizada a cada dois anos desde 2015, sempre em parceria com o laboratório La Roche Posay. Os testes genéticos já realizados na comunidade identificaram 85 moradores com o gene modificado que pode causar o xeroderma pigmentoso, sendo que 23 já têm a manifestação da doença. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desencadearam estudos a fim de que o tratamento desses pacientes seja mais eficaz. 

Origem – Os moradores de Araras ainda acreditavam terem sido acometidos por uma peste ou praga que os havia condenado ao isolamento, ao preconceito e à morte. No entanto, com a ajuda da dermatologista Sulamita Chaibub, do Hospital Geral de Goiânia, hoje aposentada, eles tiveram o primeiro diagnóstico da doença através de teste genético.

Os fatores genéticos, que causam extrema sensibilidade aos raios solares, tornam as pessoas com XP muito mais suscetíveis ao câncer de pele e mutilações causadas pela retirada dos sucessivos tumores. Alguns usam próteses nas áreas do corpo mais expostas ao sol e afetadas pelo câncer, principalmente rosto e olhos. 

Atualmente, Sulamita coordena o Grupo de Apoio Permanente às Pessoas com Xeroderma Pigmentoso (Grape), que atua em várias frentes para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com XP e acompanha a evolução da doença mesmo fora do ambulatório.

O Grape é vinculado à Sociedade Brasileira de Dermatologia. Trata-se de um projeto da Coordenação de Ações Institucionais da entidade, criado com o propósito de promover o apoio contínuo no âmbito psicoemocional e educativo para portadores de doenças de pele que possam comprometer sua qualidade de vida, ser excludentes ou discriminatórias nos âmbitos social, profissional e até familiar.

Compromisso – Para a secretária-geral da SBD, Cláudia Carvalho Alcântara Gomes, o resultado da ação foi excelente. “Fizemos muitos diagnósticos e conseguimos tratar muitas lesões. A sensação é de que esse esforço precisa continuar. Essa comunidade não pode ficar desassistida. No que depender da SBD, essas ações serão mantidas e aprimoradas para trazer novos benefícios para essa população”, disse.

Além do atendimento dermatológico, a expedição possibilitou ainda aos moradores o acesso a médicos de outras especialidades, como oftalmologia, e até assistência jurídica e apoio psicológico. Houve a distribuição de kits com filtro solar e outros dermocosméticos, bem como palestras sobre aconselhamento genético. 

O vice-presidente da SBD, Mauro Yoshiaki Enokihara, vê na ação a materialização de como deve ser a rotina nos consultórios. “A dermatologia está em várias áreas de atuação. A estética, por exemplo, é importante, mas não pode ser mais importante do que o cuidado e a prevenção das doenças, principalmente as que são estigmatizantes”, afirma.

Para os especialistas, mutirões de saúde, como o de Araras, também enriquecem a experiência de vida dos participantes. É o que destacou Leonardo Mello Freire, secretário da SBD: “sempre ajudamos, ensinamos e aprendemos. Ao realizarmos uma atividade, como essa, em Araras, conseguimos fazer alguma diferença e acabamos aprendendo muito também”.

Parceiros – Ao avaliar a iniciativa, a 1ª secretaria da SBD, Flávia Vasques Bittencourt, ressaltou ainda a importância do trabalho realizado pelas dermatologistas de Goiás que dão assistência contínua aos pacientes de Araras. As especialistas Fernanda Rocha Lima, Ana Maria Ribeiro e Larissa Pimentel se desdobram para que a comunidade tenha a orientação necessária no tratamento da doença. 

Com o apoio dessas três especialistas goianas, o trabalho foi conduzido, nesta edição, com o apoio de médicos que vieram de Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Vitória (ES), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RS). Além dos membros da diretoria da SBD, também contribuíram os dermatologistas Carlos Barcaui (coordenador do Departamento de Imagem da SBD), Joaquim José Teixeira de Mesquita Filho (coordenador do Departamento de Cirurgia da SBD) e Vanessa Mussupapo.
 


3 de dezembro de 2019 0

O Departamento de Comunicação da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) apresenta inovações no boletim informativo. A mudança já pode ser conferida na edição 148 da newsletter, disponibilizada para o associado na primeira semana de dezembro.

Com layout mais atrativo e moderno e reorganização do conteúdo, o informe aborda as pautas da dermatologia de forma abrangente, mas sem ser cansativo. Traz importantes informações para o médico dermatologista sobre mídia, ética e saúde, eventos e ações institucionais, entre outras. 

O objetivo é melhorar a navegação e a experiência de leitura do associado, além de ser uma forma de ampliar o acesso à publicação. Essa renovação faz parte do projeto da gestão 2019/2020, presidida por Sérgio Palma.


23 de novembro de 2019 0

O técnico Vanderlei Luxemburgo, do Vasco, foi diagnosticado com câncer de pele nesta semana, após uma biópsia de três pintas do nariz acusar que uma delas era maligna. Pintas mais "feias" são o principal sintoma do melanoma, tipo de câncer que afeta os melanócitos (que produzem pigmento). Apesar de ser o tipo menos frequente entre os tumores da pele, ele é o que tem o mais alto índice de mortalidade. Entretanto, quando há detecção precoce da doença, a chance de cura ultrapassa os 90%.

"O diagnóstico precoce do melanoma é essencial. O problema é que poucos se atentam aos seus sinais", diz a dermatologista Cristina M. Z. Abdalla*, coordenadora do Núcleo Avançado do Câncer de Pele do Núcleo Avançado do Câncer de Pele do Hospital Sírio Libanês.

"Indivíduos que têm muitas pintas (mais de 50), histórico familiar de câncer pele, com uma lesão que está crescendo, uma pinta que coça ou sangra devem ficar alertas." E não pense que o problema aparecerá escancarado em sua pele. "Às vezes a suspeita não é aquela pinta gordinha que parece uma verruga. Geralmente é a pequenininha feia", diz Veridiana Pires de Camargo*, médica oncologista do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.

Com as manchas, a questão é a mesma, mas é preciso ainda mais atenção, já que cuidados estéticos são comumente realizados para acabar com elas. Quando a mancha aparece, quer dizer que o indivíduo excedeu a capacidade que sua pele tinha de manejar os raios ultravioletas.

"Quanto mais sol você toma, mais manchas vai ter. Por isso é importante avaliá-las, para saber se não são melanoma. Antes de fazer qualquer tratamento estético, vá ao dermatologista", diz Abdalla.

Segundo as especialistas, o ideal é visitar o médico pelo menos uma vez por ano, para verificar as pintas e manchas. Além disso, não se pode esquecer do cuidado diário com a pele, usando protetor e se protegendo dos raios solares. "Você não precisa ficar enclausurado em casa, basta seguir as recomendações e cuidar da sua pele", alerta Abdalla.

Quando procurar um dermatologista

Muitas lesões cancerosas podem se assemelhar a pintas, manchas ou machucados, por isso de maneira geral é importante procurar um dermatologista toda vez que você perceber alguma alteração na pele, como: manchas que coçam, ardem, escamam ou sangram; sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor; feridas que não cicatrizam em 4 semanas; mudança na textura da pele ou dor.

Como identificar pintas suspeitas

Para facilitar a identificação de lesões suspeitas, os dermatologistas criaram uma metodologia baseada nas letras do alfabeto:

– A de assimetria: quanto mais assimétrica for uma mancha ou pinta, maior o risco de ser um câncer;
– B de bordas: bordas irregulares também são sinais de perigo;
– C de cor: pintas com mais de uma cor e com tons pretos podem ser melanoma;
– D de diâmetro: lesões com mais de 5 milímetros merecem mais atenção;
– E de evolução: mudanças na cor, tamanho ou forma de uma lesão ou pinta devem ser investigadas.

Fonte: VivaBem
Imagem: Reprodução Vasco TV


17 de novembro de 2019 0

Os riscos da realização do botox são o tema de reportagem publicada na Revista Veja, dessa semana, que contou com contribuições da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). No texto, aborda-se a abertura indiscriminada de clínicas e centros de estética que anunciam a oferta do procedimento, sendo questionadas pela qualidade e pela segurança no atendimento.
 

Clique aqui para ler a reportagem

O presidente da SBD, Sergio Palma, apontou que a entidade já apresentou centenas de denúncias de problemas nesse tipo de procedimento realizado por não médicos. Além disso, ele detalhou à reportagem a disputa jurídica entre o Conselho Federal de Odontologia (CFO) e a SBD e outras entidades médicas, que pedem a suspensão imediata de resolução daquela entidade que, sem base legal, amplia o escopo de atuação dos dentistas.

Comunicação – Segundo a reportagem, a denúncia feita pela SBD e seus parceiros já está sob análise do Judiciário. Essa é mais uma discussão sobre o tema em veículo de comunicação nacional. Recentemente, a Sociedade de Dermatologia protagonizou matérias de repercussão nacional – nas tevês Globo, Record e Bandeirantes – onde apresentou seus argumentos sobre o tema e foram apresentados casos de atendimento que resultaram em dores de cabeça para os pacientes.

“É necessário dar visibilidade aos erros cometidos pelos profissionais que não têm formação adequada para realização de procedimentos estéticos. Trata-se de um problema de saúde pública, pois a população está exposta a riscos graves. Até casos de óbitos já foram registrados”, ressaltou Sergio Palma, que acredita que o número de denúncias é subestimado.


8 de novembro de 2019 0

O Guia de Cuidados para moradores e voluntários que estão em áreas afetadas pelo derramamento de petróleo, publicado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) na última semana, teve importante repercussão na imprensa. O documento – que traz recomendações simples e podem ser incorporadas à rotina dos voluntários e dos moradores das áreas atingidas – orienta como proteger o corpo da exposição aos resíduos e na hora de retirar os produtos que entraram em contato com a pele.

ACESSE AQUI O GUIA DE CUIDADOS DA SBD

À Folha de São Paulo, em matéria publicada no dia 24 de outubro, a coordenadora do Departamento de Cosmiatria Dermatológica, Alessandra Romiti, afirmou que o manuseio do óleo sem luvas de PVC pode levar a quadros de dermatite de contato e até mesmo a queimaduras –dependendo da exposição do material ao sol. 

A médica dermatologista disse ainda que não se deve usar solventes para retirar o óleo do corpo, considerando que a substância pode aumentar o risco de uma reação alérgica e que se aparecerem sinais de alergia ou descamação, o indicado é procurar um médico.

Medidas – No dia 31 de outubro, a dermatologista e membro da SBD Rosana Lazzarini falou à Agência Brasil sobre os cuidados necessários uma vez que o contato com o óleo é perigoso e as medidas para lidar com ele e retirá-lo do corpo empregadas pelos voluntários podem aprofundar os efeitos negativos sobre a saúde. O texto foi reproduzido em inúmeros jornais e sites do Brasil. 

A médica reforçou que as recomendações são importantes dada a quantidade de pessoas que manejaram a substância nas últimas semanas. “Pessoas não pensam muito nos danos que podem ter. A SBD está preocupada em como a população está entrando em contato com isso, sem proteção nenhuma ou com proteção ineficaz”, acrescentou.

Grupos – No mesmo dia, o Jornal Hoje, da Rede Globo, também citou as recomendações da SBD e o guia lançado pela instituição. Em nota foi lida pela apresentadora do telejornal, Maju Coutinho, após reportagem sobre o vazamento do óleo, foi reiterado o risco para alguns grupos. 

“Uma das recomendações é para que crianças e mulheres grávidas evitem o contato direto com o óleo. Caso tenha contato, deve-se lavar a área com água e sabão”, disse a jornalista.

Na sexta-feira (1/11), o jornal O Estado de São Paulo divulgou o alerta da SBD que o trabalho de remoção do óleo das praias brasileiras, feito por voluntários e ambientalistas, não tem sido realizado com os cuidados necessários para evitar intoxicações, citando trecho da nota: “importante salientar que o petróleo (ou óleo cru) é constituído por compostos químicos de diferentes toxicidades que podem causar danos à saúde, como tolueno, xileno, benzeno e hidrocarbonetos policíclicos aromático”.

Além dessas reportagens, houve inúmeras outras entrevistas em emissoras de TV e de rádio, além de atendimentos a jornalistas de vários estados. O presidente da SBD, Sergio Palma, ressaltou os bons resultados. Para ele, ao elaborar o guia, a Sociedade demonstrou que está atenta aos problemas nacionais e comprometida com a saúde da população. “Foi um ato importante, que atestou o engajamento da nossa especialidade com relação ao aspecto da saúde pública. Continuaremos atentos e se houver necessidade e oportunidade daremos nossas contribuições”, ressaltou. 


25 de outubro de 2019 0

Em Araras, onde a incidência de xeroderma pigmentoso é de um caso da doença para cada grupo de 40 moradores, a superação faz da rotina de todas as famílias. Esse é o testemunho dos médicos que integraram a terceira expedição ao Recanto das Araras, que levou assistência qualificada aos habitantes da comunidade, em especial àqueles que convivem com essa mutação genética. Com o apoio do laboratório LaRoche-Posay, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) capitaneou no fim de semana uma ação social que, em poucos menos de 48 horas (sexta-feira e sábado), contabilizou dezenas de consultas, exames e cirurgias, além de outras atividades, como o aconselhamento genético. 

A recomendação de não gerar filhos a partir de casamentos entre parentes é uma das orientações para fazer o bloqueio dessa mutação. O gene relacionado ao XP fica “escondido” entre os pais e, quando se manifesta, em dose dupla, os portadores recebem uma cópia modificada do gene da mãe e outra do pai. A incidência na comunidade de Araras é de um caso da doença para cada grupo de 40 moradores. Em uma década foram diagnosticados 23 pacientes com manifestações do xeroderma pigmentoso na comunidade. 

Em termos proporcionais, essa concentração de XP no interior de Goiás é considerada a maior já registrada no mundo. Os dados, considerados alarmantes, são atribuídos ao elevado número de casamentos consanguíneos, entre pessoas com predisposição genética para o XP. Até o isolamento geográfico de Araras favorece as uniões entre os parentes.  

Preconceito – Há dez anos os moradores de Araras ainda acreditavam terem sido acometidos por uma peste ou praga que os havia condenaram ao isolamento, ao preconceito e à morte. No entanto, com a ajuda da dermatologista Sulamita Chaibub, do Hospital Geral de Goiânia, hoje aposentada, eles tiveram o primeiro diagnóstico da doença através de teste genético. 

“Os fatores genéticos, que causam extrema sensibilidade aos raios solares, tornam as pessoas com XP muito mais suscetíveis ao câncer de pele e mutilações causadas pela retirada dos sucessivos tumores. Alguns usam próteses nas áreas do corpo mais expostas ao sol e afetadas pelo câncer, principalmente rosto e olhos”, explica a decana. Atualmente, Sulamita coordena o Grupo de Apoio Permanente às Pessoas com Xeroderma Pigmentoso (Grape), que atua em várias frentes para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com XP e acompanha a evolução da doença mesmo fora do ambulatório.

O Grape é vinculado à Sociedade Brasileira de Dermatologia. Trata-se de um projeto da Coordenação de Ações Institucionais da entidade, criado com o propósito de promover o apoio contínuo no âmbito psicoemocional e educativo para portadores de doenças de pele que possam comprometer sua qualidade de vida, ser excludentes ou discriminativas nos âmbitos social, profissional e até familiar.

“O compromisso da SBD com os pacientes dermatológicos graves vai além dos consultórios. Buscamos desenvolver estratégias para chegar até eles, levando o melhor de nosso conhecimento, com o acesso às mais modernas possibilidades de tratamento e diagnóstico. Certamente, fazemos a diferença e continuaremos a fazê-lo com o apoio de nossos sócios e de instituições parceiras que acreditam nesssa proposta”, disse o presidente da Sociedade, Sergio Palma. 

Proteção – Conscientes de que ainda não há cura para a doença, os portadores de XP são orientados a adotarem medidas de proteção contra a radiação solar, como uso diário de filtros para a pele, óculos de sol, chapéus e roupas longas. Muitos já trocaram a lida no campo por trabalhos domésticos e atividades noturnas, fugindo da exposição ao Sol. 

“Os serviços médicos regulares oferecidos na região e na capital, Goiânia, além dos mutirões da SBD para a retirada de tumores e análise do material genético colhido dos pacientes estão entre as ações que melhoraram a saúde e a qualidade de vida das pessoas que convivem com xeroderma pigmentoso, em Araras e no entorno”, reconhece a dermatologista Fernanda Carvalho. Ela integra a equipe multidisciplinar que acompanha a rotina dos pacientes em Faina e em Goiânia. 

Em uma década, dos 23 pacientes que apresentaram lesões decorrentes do XP, 20 continuam vivos. Há relatos de que, antes da “descoberta” da comunidade pelos dermatologistas, houve pelo menos 20 mortes entre os parentes dos atuais moradores com sinais e sintomas característicos da doença. Aos 85 anos, João Gonçalves da Silva foi contemporâneo da maioria deles. 

Hoje aposentado, ele tem as mãos calejadas do trabalho na roça e o corpo marcado pelos cortes do bisturi em dezenas de cirurgias. Ele se considera uma “alma” vitoriosa por conviver com XP desde os cinco anos de vida, quando apareceram as primeiras manchas na pele. Na época, a família desconhecia as causas da doença e não tinha recomendações médicas sobre a necessidade de evitar o sol. 

Gene – As histórias dos pacientes emocionam. Alisson Freire Machado, 16 anos, aluno do 2º ano do nível médio, sonha com a melhora de sua saúde e já decidiu que quer ser médico dermatologista para estudar o xeroderma pigmentoso. Ele é filho de Gleice Machado e de Djalma Freire, primos de quarto grau que desconheciam o parentesco e carregavam no DNA o gene modificado. 

“Somos todos heróis. O que é raro para os outros lá fora e o resto do mundo é comum para nós. Nossa luta já resultou em ganhos, tanto em qualidade de vida como em ações científicas e médicas”, disse Gleice, que fundou a Associação Brasileira do Xeroderma Pigmentoso (ABRAXP), com abrangência nacional e cerca de 300 sócios. O grupo conta com o apoio da entidade, inclusive durante os mutirões da SBD na comunidade de Araras, que acolheu cerca de 50 visitantes em busca de diagnóstico e tratamento.

O secretário de saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, que esteve na comunidade pela primeira, também reconheceu a importância da parceria com a SBD que levou uma dúzia de dermatologistas para cuidar dos pacientes com XP e outras doenças de pele. “Nós conseguimos unir diversos interesses e mudar a perspectiva de vida e a qualidade de vida da população que é atendida pela SBD. Nós precisamos de mentes brilhantes, de pesquisadores envolvidos para que possamos desenvolver políticas públicas de saúde para cuidar dessas pessoas”, afirmou.
 


22 de outubro de 2019 0

Outubro é o mês que marca o Dia Mundial de Conscientização da Psoríase (29/10), uma doença de pele inflamatória crônica, não contagiosa, que afeta diretamente milhares de pessoas no Brasil e pode atingir todas as idades. Neste ano de 2019, os pacientes de psoríase, os profissionais da saúde e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) têm mais um motivo comemorar: recentemente o Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou os medicamentos imunobiológicos para o tratamento da psoríase moderada a grave, em adultos e crianças, que não respondem às terapias tradicionais.

Mas afinal, o que é a psoríase? Classifica-se a psoríase como uma doença inflamatória que acomete a pele e as articulações de cerca de 2% da população mundial. De causa multifatorial, inicia-se geralmente na faixa dos 20-30 anos de idade e tende a persistir por toda a vida com períodos de melhora e piora. Além disso, possui gatilhos que podem agravar o quadro, como estresse, tempo frio, fumo, infecções, banhos longos e quentes e uso de algumas medicações. “As dicas para melhorar o quadro incluem hábitos de vida saudáveis, uso de hidratantes, banhos de sol moderados e evitar o traumatismo da pele, como o hábito de cutucar ou arrancar as escamas que se formam sobre a pele, além de se consultar com o dermatologista periodicamente”, explica Ricardo Romiti, Coordenador da Campanha Nacional de Psoríase da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O tipo de psoríase mais comum é a forma em placas. No geral, são lesões avermelhadas e elevadas, com escamas esbranquiçadas na sua superfície. “As escamas acabam se espalhando pelo vestuário, roupa de cama e ao redor de quem manifesta o quadro. Coceira e dor associada a rachaduras na pele podem ser muito debilitantes”, afirma Sergio Palma, Presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Os locais mais atingidos são o couro cabelo, cotovelos e joelhos, e as costas, podendo também aparecer em outras regiões do corpo como nas unhas (ungueal), mãos e pés (palmo-plantar) e articulações (artropática ou artrite psoriásica). Existem também variantes graves com a formatação de lesões com pús (pustulosa) e aquelas que se espalham por todo corpo (eritrodérmica).

“Muitas vezes a psoríase pode ser confundida com alergias de pele ou micoses, levando a tratamentos ineficazes e inadequados que podem piorar o quadro. Portanto, em caso de qualquer lesão suspeita da doença é necessário procurar um médico dermatologista associado à SBD para realizar uma avaliação completa, solicitar os exames adequados e discutir as melhores formas de tratamento”, esclarece Sergio Palma.

O tratamento da psoríase depende essencialmente da forma da doença e da extensão do quadro. Casos leves são tratados com medicamentos tópicos, como cremes e xampus. Para o tratamento da psoríase moderada a grave são usados a Fototerapia (banhos de luz ultravioleta) e medicações orais sistêmicas. Caso o paciente não melhore com as etapas de tratamentos anteriores ou apresentem alguma restrição ao seu uso, indica-se os medicamentos imunobiológicos.

“Os biológicos são uma nova geração de medicamentos para o tratamento da psoríase moderada a grave. São tratamentos altamente específicos e eficazes no controle da enfermidade, quando o paciente já não responde às mediações tradicionais. O médico dermatologista precisa avaliar com atenção caso a caso para indicar o melhor tratamento”, explica Claudia Maia, Médica Dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Recentemente, o SUS incorporou uma série de tratamentos biológicos ao grupo de medicações oferecidas de forma gratuita pelo sistema.

A característica mais marcante da psoríase é o impacto que a doença tem sobre o bem-estar físico e a qualidade de vida do paciente. “A psoríase é cercada de preconceito devido ao aspecto das lesões e o receio infundado que possa ser contagiosa. Não se trata de uma doença contagiosa e assim não há nenhum risco para as pessoas que convivem com o paciente de psoríase”, destaca Palma.

A SBD reforça a luta contra o preconceito e a necessidade constante de esclarecimentos sobre as suas manifestações. “Essa situação delicada que leva a pessoa com psoríase ao isolamento social precisa ser mudada. A Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase da SBD, veiculada nas redes sociais da Sociedade, tem um papel muito importante na luta contra o preconceito”, finaliza Ricardo Romiti.

Sobre a liberação dos imunobiológicos no SUS

Durante o maior e mais importante congresso da dermatologia Brasileira, o 74° Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia, em setembro, a SBD recebeu a notícia da liberação dos medicamentos imunobiológicos para tratamento da doença no SUS, uma luta dos pacientes com psoríase e dermatologistas ao longo de 1 década. No entanto, a disponibilização dos medicamentos biológicos não ocorre de forma automática, precisando de algumas burocracias do Ministério da Saúde para que os imunobiológicos possam finalmente ser prescritos pelo médico.

“Ao que tudo indica a espera não será longa, pois há poucos dias saiu o Sigtap para psoríase, que é o código do Ministério da Saúde, para começar a liberar as medicações. Agora só estamos aguardando a adequação das Secretarias estaduais de saúde para começarem o fluxo de fornecimento”, explica Claudia Maia.

Portanto, de forma resumida, a partir de agora, com o novo protocolo de tratamento da doença,  passam a ser regulados a forma de acesso dos pacientes à medicação gratuita na rede pública, os critérios para fechamento de diagnóstico, a exigência de que gestores do SUS observem as normas e a obrigação de que os médicos informem ao paciente, ou seu responsável legal, sobre os potenciais riscos, benefícios e efeitos adversos relacionados ao uso das medicações citadas. Entenda mais sobre o assunto aqui.





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