Intervenções cirúrgicas X não cirúrgicas para carcinoma basocelular




5 de janeiro de 2021 0

Com a palavra


Por Glaysson Tassara

Assessor do Departamento de Cirurgia Micrográfica da SBD

Para o tratamento do carcinoma basocelular (CBC) o dermatologista deve sempre considerar que o CBC apresenta uma infiltração subclínica que estende além da lesão clínica visível, e que se não tratada, pode promover a recidiva, agressividade e acometimento de planos profundos. O risco de infiltração subclínica e de recidiva do tumor é realizado classificando o CBC entre de baixo X alto risco. É considerado CBC de alto risco: subtipo histológico agressivo (micronodular, esclerodermiforme, infiltrativo e metatípico), lesões de limites imprecisos, tratamento prévio com radioterapia, presença de invasão perineural, recidiva, diâmetro maior do que 2 cm, imunossupressão e localização em algumas regiões especiais.

Existe uma máxima para o tratamento do CBC que, se observada e for baseada nos critérios acima, proporcionará o sucesso terapêutico: “a melhor chance de cura do CBC é no primeiro tratamento” (acrescentaria: no primeiro tratamento e/ou na primeira recidiva).

Portanto, por se tratar de tumor que apresenta uma infiltração subclínica sem perda de continuidade e que a possibilidade de metástase é de 0,028%, a principal indicação para o tratamento é a cirurgia. Serão abordados abaixo os tratamentos cirúrgicos e não cirúrgicos para o CBC, exceto a curetagem e eletrocoagulação e criocirurgia (em função do número de palavras).

Cirurgia convencional
A cirurgia convencional trabalha com o princípio da margem cirúrgica. O objetivo é remover a lesão clínica e a sua infiltração subclínica. Para o CBC de baixo risco essa margem cirúrgica deve ser de 4-5 mm, enquanto que para o CBC de alto risco a literatura cita 6 a 15 mm. A taxa de recidiva para CBC de baixo risco tratado com cirurgia convencional é baixa de 3 a 8%.

Uma questão importante e esquecida com frequência, é que a verificação da margem (livre ou comprometida) será realizada em menos de 1% da margem, via de regra, e, portanto, com risco de falso negativo. Diante disso, deve ser pensado em reconstrução com fechamento primário ou segunda intenção ou com enxerto de pele.

Cirurgia Micrográfica de Mohs (CMM)
A CMM e suas variações trabalham com o princípio da erradicação do tumor e a máxima preservação de tecido sadio, o que é obtido por meio do controle histológico completo da margem, realizado no intra operatório. O que é o ideal para a detecção da infiltração subclínica do CBC. Por isso apresenta uma taxa de cura superior, em comparação com as demais técnicas, em especial para o tratamento do CBC de alto risco.

A comparação da taxa de recidiva entre a CMM e a convencional para o tratamento do CBC recidivado mostra 3,9% e 13,5%, respectivamente (32). Para CBC primário/maior 2 cm, a taxa de cura para a CMM foi de 4% X cirurgia convencional de 12%.

Radioterapia
A taxa de recidiva da radioterapia para o CBC primário é de 8,7%, contudo, como acontece com as demais técnicas, são maiores para os CBC de alto risco (10 a 16%).

Alguns pontos a considerar para a escolha da radioterapia são os efeitos adversos (em especial o risco de necrose 2 a 6%), a dificuldade de se tratar um CBC que recidivou após radioterapia (diante da agressividade maior) e dificuldade de realizar a reconstrução, tendo em vista que o tecido submetido a radioterapia inviabiliza a realização de enxerto e retalho.

Segundo os critérios da The National Comprehensive Cancer Network (NCCN), a radioterapia está reservada para os pacientes acima de 60 anos com contraindicação para cirurgia ou para os casos de tumores agressivos, com margem comprometida após a realização de CMM ou com invasão perineural com nervos de calibre maior.

Imiquimode e Terapia Fotodinâmica (TFD)
O tratamento clínico com o imiquimode tópico e com a TFD são indicados principalmente para o CBC de baixo risco e de tipo histológico superficial, com taxas de cura 77,9 a 80,4% e 86,4%, respectivamente. Para o CBC sólido, a taxa é de 76% para o tratamento com o imiquimode. Para o CBC de risco aumentado, a taxa de cura é ainda menor, e esses tratamentos não devem ser indicados. Ambos os tratamentos apresentam um resultado estético superior as demais técnicas de tratamento.

Inibidores Hedgehog (inibidores Hh)
O Vismodegib e Sonidegib foram aprovados pelo FDA para o tratamento do CBC localmente avançado (CBC-la) em pacientes que não são bons candidatos para o tratamento cirúrgico ou para a radioterapia. O Vismodegib também foi aprovado para o tratamento do CBC metastático (CBC-m). A nova atualização da NCCN 2020 para CBC recomenda os inibidores Hh para o paciente com CBC tratado com CMM e com margem comprometida ao final do tratamento e para pacientes com contraindicação para procedimento cirúrgico.

Na avaliação final, há de se diferenciar os resultados para a taxa de resposta ao tratamento, taxa de resposta completa, duração média da resposta (indicando ocorrer resistência após algum tempo) e tempo de sobrevida, o que pode gerar confusão se não for considerado.

A taxa de resposta (diferente de resposta completa) ao Vismodegib varia de 60,3 a 68,5% para o CBC-la e de 36,9 a 48,5% para o CBC-m. A duração média da resposta foi 26,2 para o CBC-la e 14,8% para o CBC-m. A média de sobrevida foi de 33,4 meses para o CBC-m.

Novos estudos abordam a questão do tratamento neoadjuvante com os inibidores Hh, com o objetivo de reduzir o tamanho do tumor, seguido da realização da cirurgia (convencional ou CMM). Os resultados mostraram a redução do diâmetro do defeito cirúrgico. Foram relatados casos de regressão completa do CBC após o tratamento com os inibidores Hh. Contudo, são estudos ainda com N pequeno e com tempo de acompanhamento curto, pois o CBC pode apresentar recidiva tardia. Também, é importante considerar os efeitos adversos, o desenvolvimento de novos carcinomas de células escamosas e o questionamento se os inibidores não predisporiam a permanência de células tumorais descontínuas (o que reduziria a eficácia da CMM, por exemplo), levando a recidiva e de CBC mais agressivo.


Bibliografia

  1. Nehal KS, Bichakjian CK. Update on Keratinocyte Carcinomas. N Engl J Med. 2018;379(4):363–74.
  2. Kuiper EM, van den Berge BA, Spoo JR, Kuiper J, Terra JB. Low recurrence rate of head and neck basal cell carcinoma treated with Mohs micrographic surgery: A retrospective study of 1021 cases. Clin Otolaryngol. 2018;43(5):1321–7.
  3. Poignet B, Gardrat S, Dendale R, Lemaitre S, Lumbroso-Le Rouic L, Desjardins L, et al. Basal cell carcinomas of the eyelid: Results of an initial surgical management. J Fr Ophtalmol [Internet]. 2019;42(10):1094–9.
  4. Morgan FC, Ruiz ES, Karia PS, Besaw RJ, Neel VA, Schmults CD. Factors predictive of recurrence, metastasis, and death from primary basal cell carcinoma 2 cm or larger in diameter. J Am Acad Dermatol [Internet]. 2020;83(3):832–8.
  5. Peris K, Fargnoli MC, Garbe C, Kaufmann R, Bastholt L, Seguin NB, et al. Diagnosis and treatment of basal cell carcinoma: European consensus–based interdisciplinary guidelines. Eur J Cancer. 2019;118:10–34.
  6. Clinical N, Guidelines P, Guidelines N. NCCN Guidelines Version 1.2019 Panel Members Basal Cell Skin Cancer. Natl Compr Cancer Netw. 2018.

     


5 de janeiro de 2021 0

“A hanseníase é negligenciada, a sua saúde não! ”. Este é o alerta da campanha lançada neste mês pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em apoio ao chamado Janeiro Roxo, mês dedicado à conscientização sobre uma doença que, apesar de todos os avanços técnicos e científicos, ainda faz milhares de vítimas todos os anos no País. Além de material publicitário (cards, posts, vídeos), também foi desenvolvido um site sobre o tema.

CONHEÇA O SITE DO JANEIRO ROXO 2021

Ao longo do mês, os dermatologistas brasileiros, em apoio à tradicional mobilização do Ministério da Saúde, farão circular entre médicos, pacientes e outros profissionais da saúde informações de utilidade pública preparadas por especialistas da SBD. Entre os tópicos abordados estão a descrição de sinais e sintomas da hanseníase e orientações sobre onde buscar diagnóstico e iniciar o tratamento. Também será abordada a necessidade de se eliminar o estigma e o preconceito contra as pessoas com a doença.

“Situação negligenciada é aquela que é alvo de desatenção, desconsideração, displicência, descaso, indiferença, menosprezo. Infelizmente, apesar da detecção de 30 mil novos casos da doença a cada ano, a hanseníase ainda é considerada assim: uma doença negligenciada”, pontuou o presidente da SBD, Mauro Enokihara.

Segundo ele, ao alertar a população sobre este tema, a entidade pretende assegurar a todos o acesso a informações que ajudem a tirar o Brasil de uma triste posição: o segundo lugar mundial em número de casos de hanseníase, perdendo apenas para a Índia. Todos os anos são diagnosticados, em média, 30 mil novos casos da doença no País.

Campanha 2021 – O Janeiro Roxo, iniciativa instituída no Brasil em 2016, tem como data símbolo o último domingo deste mês, quando é celebrado o Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase. Para marcar o período, a SBD planeja também realizar eventos online, divulgar depoimentos de pacientes e celebridades, estimular a iluminação em roxo de espaços públicos e monumentos. Todas as ações visam reforçar o compromisso de prevenir e combater a hanseníase, por meio do diagnóstico e tratamento precoces.

Outra preocupação da SBD é com o preconceito. “Combater o estigma é salvar vidas. Por isso, queremos auxiliar a sociedade a compreender essa doença. Desfazer mitos e fazer prevalecer a verdade sobre a hanseníase são as principais formas de ajudar profissionais da área de saúde, familiares, amigos e principalmente aqueles que buscam por tratamento”, ressaltou o vice-presidente, Heitor Gonçalves.

Para dar dimensão a esse alerta, a SBD convidou neste ano instituições de referência nacional. Além de representantes das Secretarias de Saúde dos Estados (Conass) e Municípios (Conasems), também foram convidados a encampar esta luta – por meio da iluminação de suas sedes e filiais ou distribuição de conteúdo digital – o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB), a Confederação Nacional de Municípios (CNM), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Precoces –  A campanha da SBD também chama a atenção para um outro ponto importante: no Brasil, o tratamento para a hanseníase é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes podem se tratar em casa, com supervisão periódica nas unidades básicas de saúde. De acordo com Sandra Durães, coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD, trata-se de uma doença infecciosa que pode levar a incapacidades físicas, mas o tratamento precoce promove a cura.

Segundo ela, a hanseníase é transmitida por meio do contato próximo e prolongado com pessoas que tenham a doença e não estejam em tratamento. Por isso, familiares, amigos e colegas de trabalho de pessoas com Hanseníase também devem ser avaliadas por médicos. “A prevenção consiste no diagnóstico e tratamento precoces, o que ajuda a evitar a transmissão e o consequente surgimento de novos casos”, lembra Sandra Durães.. “Precisamos frisar: hanseníase tem cura e quanto antes o tratamento for iniciado, menor o risco de sequelas”, complementou.


5 de janeiro de 2021 0

Eventos

“Uma oportunidade única de vislumbrar debates de alta qualidade científica e de central relevância para o país avançar em diferentes temas de saúde pública ainda negligenciados”. Com essas palavras, o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sérgio Palma, definiu o 42º Simpósio de Dermatologia Tropical (Dermatrop) promovido pela entidade, em formato online.

O Simpósio – último grande evento organizado pela SBD em 2020 – chegou ao fim no sábado (12/12), deixando nos organizadores a sensação de dever cumprido.  “Os cerca de 500 congressistas inscritos nesta edição puderam acompanhar mais uma excelente iniciativa de aperfeiçoamento técnico e terapêutico, focada justamente nas doenças que se alimentam das desigualdades sociais do Brasil”, afirmou Palma.

Segundo salientou o especialista, lidar com os desafios oriundos das diferenças econômicas encontradas na população e com as peculiaridades de cada uma das cinco regiões do país também é parte integrante do trabalho clínico diário dos dermatologistas. Palma compôs a Comissão Organizadora do 42º Dermatrop, juntamente com os professores Sinésio Talhari (AM), Heitor de Sá Gonçalves (CE) e Walter Loureiro (PA).

Destaques – Entre os temas debatidos no segundo dia de atividades do 42º Dermatrop, estiveram em destaque assuntos como: “Medicina dos viajantes”; “Cromomicose”; “Micobacterioses Cutâneas”; “Dermatozoonoses”; “Leishmaniose Tegumentar Americana”; “Manejo da neuropatia pós-herpética e dor neuropática hansênica”; “Atualização em tinha capitis”; “Doenças infecciosas durante o tratamento com biológicos”; “HTLV1 e Dermatologia”; e mais.

O evento contou ainda com uma sessão especialmente dedicada à discussão de casos clínicos, ministrada por experts da dermatologia tropical. Na oportunidade, os congressistas puderam comentar as apresentações e tirar dúvidas com os especialistas convidados. O conteúdo da programação científica, dos dois dias de atividades, ficará disponível para os participantes por 30 dias após evento. Para mais informações, acesse o site: www.sbd.org.br/42-simposio-de-dermatologia-tropical-da-sbd/.

Pioneiro – Criado há 42 anos por médicos pioneiros na área da dermatologia tropical, como René Garrido Neves, Sinésio Talhari e Alcidarta Gadelha, o Dermatrop é um dos eventos mais tradicionais da SBD. Ao longo dos anos, a iniciativa mantém seu objetivo central de visibilizar questões relacionadas às dermatologias clínica e sanitária do Brasil, com discussões sempre atualizadas sobre micologia, infectologia, microbiologia, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e outros temas com implicações dermatológicas, que são essenciais no contexto epidemiológico do Brasil.

Nesse sentido, conforme pontuou o presidente da SBD, apesar da necessidade de distanciamento social e das limitações impostas pelo novo cornavírus, a entidade não poderia deixar de realizar o 42º Dermatrop e de oferecer aos seus associados uma programação científica de exemplar qualidade, abordando questões amplas e diversas, como habitualmente ocorre nas edições regulares do evento.  

“A diretoria e os coordenadores atuaram arduamente para entregar essa edição virtual, que já entrou para a história em função do recorde de inscritos e da abrangência dos debates promovidos. De modo geral, cada atividade contribuiu para aperfeiçoar o trabalho dos dermatologistas de prover saúde, bem-estar e qualidade de vida aos seus pacientes e, certamente, o 42º Dermatop demonstrou o vigor e a potência da dermatologia brasileira nessa área”, finalizou Sérgio Palma.

 


5 de janeiro de 2021 0

Ações institucionais

A diretoria escolhida para comandar a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) no biênio 2021-2022 começou oficialmente, nesta semana, sua atuação executiva de gerenciamento da entidade. Conduzido ao cargo de presidente da SBD, Mauro Enokihara deu início aos trabalhos ressaltando a meta de dar seguimento às ações de fortalecimento da especialidade, as quais vêm sendo implementadas nas sucessivas gestões. 

Conforme salientou Enokihara, o objetivo do atual grupo gestor é buscar o desenvolvimento da SBD de maneira representativa, mantendo iniciativas consistentes, conduzidas ao longo dos anos especialmente nas esferas de defesa da especialidade e do aprimoramento contínuo da educação médica. “Entramos no segundo século da história de nossa sociedade com um acervo de realizações, o que é motivo de orgulho para os associados desta que é uma das mais antigas instituições da área médica do País”, destacou.

No desempenho das funções à frente da entidade, o presidente da SBD ressaltou ser fundamental para todos os envolvidos o desejo de servir adequadamente às demandas de cada associado. Segundo ele, isso tem sido expresso continuamente pelo time que atuará em diferentes funções, com foco na consolidação do prestígio da dermatologia brasileira nos âmbitos nacional e internacional.

Além de Mauro Enokihara, estarão à frente da SBD, durante o biênio 2021-2022, especialistas reconhecidos por suas trajetórias profissional, acadêmica e associativa. Na avaliação do presidente, a dermatologia ganha ao contar, em sua maior entidade, com a atuação de profissionais que aliam experiência e motivação para inovar. A seguir, conheça um pouco mais sobre cada um dos membros da nova diretoria da SBD:

•    Presidente – Mauro Enokihara
Graduado pela Faculdade de Medicina do ABC. É mestre e doutor em Dermatologia, pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), sendo professor adjunto do Departamento de Dermatologia da Escola Paulista de Medicina/Unifesp. Possui título de especialista pela SBD-AMB. Já ocupou as presidências da SBD Regional São Paulo (SBD RESP) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). Atuou como membro da Comissão do Título de Especialista (TED) da SBD e das Câmaras Técnicas de Dermatologia do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP). É sócio fundador e ex-presidente do Grupo Brasileiro de Melanoma (GBM).

•    Vice-Presidente – Heitor Sá Gonçalves
É dermatologista pela SBD-AMB e doutor em Farmacologia Clínica. Atua como chefe do serviço credenciado da SBD/Centro de Dermatologia Dona Libânia e na Secretaria de Saúde do Estado do Ceará. Também é membro da Comissão do Título de Especialista (TED) da SBD e professor associado de Dermatologia do curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Já exerceu as funções de presidente da SBD Regional Ceará, secretário da Diretoria da SBD (Gestão 2005-2006) e coordenador dos Departamentos de Hanseníase e de Doenças Infectoparasitárias.

•    Secretária-geral – Cláudia Alcântara Gomes
Graduou-se em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Possui mestrado em Dermatologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Concluiu residência médica em Dermatologia pela UFRJ /Hospital Universitário Clementino Fraga Filho e tem títulos de especialista em Dermatologia pela SBD-AMB e pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM/MEC). É médica responsável pela Dermatologia do Hospital Barra D´Or e pelo Programa de Prevenção ao Câncer da Pele da FAPES/BNDES. Atuou como médica dermatologista da Secretaria Municipal de Saúde (1999 a 2006) e como professora colaboradora da disciplina de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Grande Rio (Unigranrio), entre 2005 e 2006. Foi secretária-geral da SBD, na Gestão 2019-2020; tesoureira da SBD Regional Rio de Janeiro (2017-2018); secretária-geral da SBD Regional Rio de Janeiro (2009-2010); e coordenadora do Departamento de Laser da SBD Regional Rio de Janeiro (2007-2008).

•    Tesoureiro – Carlos Baptista Barcaui
É doutor em Dermatologia pela Universidade São Paulo (USP) e mestre em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/EPM). Ocupou o cargo de tesoureiro da SBD, no período de 2011 a 2012. Foi presidente da SBD Regional Rio de Janeiro (2009-2010) e secretário-geral da mesma entidade no período de 2007-2008. É professor associado de Dermatologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

•    Primeiro-secretário – Geraldo Magela Magalhães
Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), concluiu residência-especialização em Dermatologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). É doutor em Dermatologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professor adjunto de Dermatologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ocupou a presidência da SBD Regional Minas Gerais (2013-2014). Na mesma entidade, atuou também como 1º secretário, no período 2009-2010, e coordenador de Eventos Científicos, de 2017 a 2018. Desde 2007, atua como membro do Conselho Deliberativo da SBD, onde também colaborou como assessor do Departamento de Cosmiatria (2015-2016), assessor do Departamento de Laser e Tecnologias (2018-2019), e membro da Comissão do Título de Especialista (TED), desde 2016. Participa como membro da Câmara Técnica em Dermatologia do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG), desde 2013.

•    Segundo-secretário – Beni Grinblat
Concluiu graduação em Medicina na Universidade de São Paulo (USP) e residência médica em Dermatologia no Hospital das Clínicas da FMUSP. Atuou com secretário da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), na Gestão 2017-2018, e secretário da SBD Regional São Paulo, na Gestão 2019-2020.  Integrou a Câmara Técnica de Dermatologia do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). É médico colaborador do Ambulatório de Terapia Fotodinâmica do HCFM-USP e coordenador do curso de pós-graduação em Oncodermatologia, no Hospital Albert Einstein.

 


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Ações institucionais

Os 10,2 mil associados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) passam a contar a partir da próxima semana com uma sala especialmente preparada para realização de cursos e treinamentos à distância. Também poderá ser utilizada para cursos presenciais de pequeno porte, inclusive com a possibilidade de transmissão simultânea. O espaço, construído pela Gestão 2019-2020, é mais um investimento que auxiliará na capacitação e qualificação dos profissionais.

A entrega da SBD Derma Class – sala de treinamento prático e de educação à distância da Sociedade Brasileira de Dermatologia – acontecerá na próxima terça-feira (22), a partir de 19h30, com a realização de uma aula inaugural, transmitida online pela plataforma exclusiva dos associados. O apoio nessa primeira atividade é do laboratório Galderma.

Atividade – Na oportunidade, o professor Daniel Coimbra, do Rio de Janeiro, fará uma apresentação sobre o tema Bioestimulador no tratamento da face e pescoço, com realização de um painel de procedimento ao vivo.  Na atividade, participará Alessandra Romiti, do Departamento de Cosmiatria da SBD, como moderadora.  A atividade será coordenada pelo presidente da entidade, Sérgio Palma, e o diretor-Financeiro, Egon Daxbacher.  

A sala de procedimentos foi montada ao longo de 2020 e conta com equipamentos modernos para realização de procedimentos, bem como infraestrutura de audiovisual de última geração para transmissão de eventos. Com esse aparato, será possível realizar sessões práticas, com visualização em qualquer canto do país.

“Terminamos o ano com mais essa conquista para a SBD. Essa sala era um projeto da Gestão 2019-2020 que, antes mesmo da pandemia, já apostava nas tecnologias de comunicação à distância para ampliar o alcance da capacitação dos especialistas. Esse espaço será bem utilizado, ajudando a trazer ainda mais eficiência e segurança ao ato dermatológico”, disse Sérgio Palma.

 

 


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Assuntos institucionais

Trabalho intenso, contínuo e transparente foram as marcas da gestão da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) durante o biênio 2019-2020. Em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) transmitida na manhã de domingo (13/12), por meio da plataforma Zoom, a Diretoria Executiva da entidade assinalou os destaques dos dois anos de trabalho, prestou contas das atividades do período e conduziu votações de propostas de alteração de parágrafos do estatuto e do relatório de tesouraria de 2019.

O presidente da SBD, Sérgio Palma, agradeceu a experiência única de estar à frente da sociedade de 2019 a 2020 e pontuou as inúmeras iniciativas comandadas pela Sociedade em favor dos 10,2 mil associados e da segurança dos pacientes. Também fez elogios e agradecimentos aos diretores e ao staff a SBD.

“Foi um prazer e um privilegio trabalhar ao lado dessa diretoria ética, idônea e transparente e de todos os nossos funcionários e colaboradores. Durante o mandato, tivemos como foco a responsabilidade para o alcance dos resultados, sempre inovando, avançando e reforçando nosso compromisso com a SBD, com a especialidade e com a medicina”, disse.

Relatório – Palma detalhou diferentes processos de trabalho em áreas como defesa profissional; ações de educação continuada; produção científica; comunicação estratégica; atuações político-institucional – seja no âmbito do Judiciário, no Congresso Nacional ou em parceria com outras entidades médicas –; aperfeiçoamento dos fluxos administrativos; entre outros, mostrando os benefícios atingidos em cada setor.

Para que os associados tenham acesso às realizações da gestão, será enviado até o fim de dezembro um relatório online contendo todos os detalhes do trabalho implementado desde janeiro de 2019. Todos os diretores da SBD participaram da reunião. Em estúdio montado no Rio de Janeiro (RJ), além do presidente, estavam a secretária-geral, Claudia Carvalho Alcântara Gomes, e o diretor-financeiro, Egon Daxbacher. À distância, acompanharam a assembleia, o 2º secretário, Leonardo Mello, a secretária-Geral, Flávia Bittencourt, e o vice-presidente, Mauro Enokihara.  


A secretária-geral Claudia Carvalho Alcântara Gomes (RJ) representou a diretoria eleita no biênio 2021-2022

Cargos – Na parte final, da assembleia, o presidente da SBD, Sérgio Palma, deu posse aos membros da Diretoria Executiva para a Gestão 2021-2022: o presidente Mauro Yoshiaki Enokihara (SP); o vice-presidente Heitor de Sá Gonçalves (CE); o tesoureiro Carlos Baptista Barcaui (RJ); a secretária-geral, Claudia Carvalho Alcântara Gomes (RJ); o primeiro secretário, Geraldo Magela Magalhães (MG); e o segundo secretário Beni Grinblat (SP).

“Desejamos muito sucesso e que seja uma gestão profícua. Estaremos todos inseridos na continuidade desse trabalho. Tenho certeza de que a SBD vai continuar seu desenvolvimento, avançando em projetos que não conseguimos concluir por conta da pandemia de Covid-19, trazendo um novo olhar, uma nova cara da gestão, mas acima de tudo, pensando na saúde dos nossos pacientes, na medicina como um todo, fortalecendo nossa especialidade e instituição”, pontuou Palma.

Por sua vez, Enokihara disse o trabalho só está começando e que haverá seguimento nas ações da SBD. “Fizemos questão de colocar o nome da chapa de Consolidar e Avançar para que possamos dar continuidade a todo o trabalho realizado e também avançar de alguma maneira. Lembro de que nós só estamos de passagem e a Sociedade permanecerá, por isso durante este tempo desejamos trabalhar proficuamente para o bem da nossa especialidade e da instituição. Muito obrigado a todos que colaboraram para que, neste dia 13 de dezembro, pudéssemos estar aqui tomando posse, para em janeiro iniciar da melhor forma os trabalhos programados para os próximos dois anos”, assinalou.


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Destaque

Dois anos de trabalho e muitas conquistas marcaram a Gestão 2019-2020 da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). As iniciativas e realizações constam no relatório das atividades realizadas durante esse período, apresentado nesta quarta-feira (30) aos diretores e associados da instituição. O documento – composto por 11 capítulos e 68 páginas – detalha as principais ações conduzidas ao longo dos últimos 24 meses. Entre elas, destacam-se as articulações em favor da defesa profissional, a participação da entidade em audiências públicas no Congresso Nacional e o estímulo à educação continuada e à produção de conhecimento.

Acesse aqui a íntegra do Relatório da Gestão 2019-2020

“Foi por vocês que fomos ao Congresso Nacional, em reuniões e audiências públicas, para falar da importância da dermatologia e da necessidade de se respeitar o ato médico. Esse mesmo ímpeto nos fez buscar nos tribunais das mais diferentes instâncias a proteção de nossos direitos, enquanto médicos e pacientes, lutando contra as tentativas de invasão de competências”, diz trecho da mensagem do presidente da SBD, Sérgio Palma, no documento.

Em sua mensagem de despedida do cargo, o presidente Sérgio Palma fez agradecimentos aos outros diretores. “Expresso gratidão profunda aos membros da diretoria executiva da SBD na Gestão 2019-2020: Leonardo Mello Ferreira, do Espírito Santo; Flávia Vasques Bittencourt, de Minas Gerais; Egon Daxbacher e Cláudia Carvalho Alcantara Gomes, ambos do Rio de Janeiro. De modo especial, faço menção ao vice-presidente Mauro Enokihara, de São Paulo, que assume o comando da SBD no período 2021 a 2022. A ele e sua diretoria, manifesto meu apoio integral e convido cada um de vocês, nossos colegas, a fazerem o mesmo”, destacou.

Para o diretor financeiro da SBD, Egon Daxbacher, a Gestão 2019-2020 conseguiu cumprir as metas estabelecidas com ética, idoneidade, transparência e responsabilidade, cujo resultado alcançado “se materializou no fortalecimento da instituição, minimizando perdas e custos e aumentando a receita”, declara.

Iniciativas – Logo no início do relatório, no capítulo Responsabilidade e Transparência, são delineadas iniciativas relacionadas à condução operacional e logística da SBD, destacando-se a modernização dos processos, a ampliação do leque de serviços oferecidos aos associados e o manejo racional dos recursos disponíveis. Também é apresentado o cuidado da diretoria da Gestão 2019-2020 em promover um uso racional dos recursos da entidade.

Destaque para o lançamento do novo aplicativo da SBD, que veio com o objetivo de facilitar uma série de transações; a anuidade sem reajuste, em 2020 e em 2021; a modernização dos sistemas e fluxos internos; a oferta de vantagens e benefícios aos associados; e a nova plataforma online.

Outra frente de atuação da Gestão 2019-2020 foi o investimento contínuo na avaliação de serviços de ensino e pesquisa em dermatologia do País. Por meio da Comissão de Ensino da entidade, chancelou a atuação de 90 centros de residência e especialização (lato sensu) credenciados, distribuídos em 21 estados e no Distrito Federal.

No Relatório da Gestão 2019-2020, também são apresentadas iniciativas, como a atuação da entidade em busca da qualificação dos serviços credenciados da SBD, com incursões junto ao Ministério da Educação e à Comissão Nacional de Residência Médica, além da organização de uma série de cursos e eventos que permitiram a atualização técnica e científica dos dermatologistas brasileiros.

Cursos e eventos – O trabalho da SBD, no período analisado, foi implementado com a ajuda de cursos, congressos, simpósios e webinares com o intuito de promover o compartilhamento ininterrupto de conhecimentos e informações. Esse esforço teve continuidade mesmo diante das orientações sanitárias por conta do novo coronavírus, o que incluiu medidas de distanciamento social.

Para contornar esse desafio, a SBD desenvolveu estratégias inovadoras para oferecer atualização de conhecimentos, realocando investimentos e priorizando instrumentos de educação à distância (EAD). Entre 2019 e 2020, a entidade participou diretamente da organização de 17 eventos. Os encontros, que contaram com programação preparada com o que há de mais recente em termos técnicos e científicos, cumpriram seu papel de manter os associados atualizados.

Contudo, a entidade foi além. Estimulou a produção de documentos, artigos, livros, cartilhas, consensos. Tudo para que os profissionais tivessem acesso a conhecimento científico sólido e confiável. Todas as publicações estão no site da instituição disponível para acesso dos associados.

Defesa Profissional – O período entre 2019 e 2020 foi marcado por atuação intensa da SBD no campo da defesa profissional. Capitaneados pela diretoria-executiva, lideranças e colaboradores da entidade contribuíram em diferentes frentes com o objetivo de preservar a saúde e o bem-estar dos pacientes por meio da manutenção de critérios de qualidade, eficiência e segurança no exercício da especialidade.

Nos últimos anos, a entidade apresentou centenas de denúncias e ações na Justiça em desfavor de profissionais não médicos e conselhos de classe em todo território brasileiro. Mas a defesa profissional da entidade não se limitou ao trabalho realizado no Judiciário e no Legislativo. Essa atuação envolveu ainda participação relevante em debates onde a SBD atuou como porta-voz da dermatologia e dos pacientes, encaminhando demandas específicas ao Ministério da Saúde, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e outras instâncias.

Comunicação – De forma complementar, como demonstra o relatório, entre 2019 e 2020, a SBD produziu conteúdos informativos disponibilizados em seus canais próprios de comunicação (site e redes sociais) e pela grande imprensa (nacional e regional). A Gestão também promoveu várias campanhas que fortaleceram a imagem da instituição.

Todas as iniciativas abordaram temas relacionados à dermatologia, focando as medidas de prevenção e de tratamento precoces, bem como o debate sobre o aspecto social envolvido em diferentes transtornos. Além disso, desde o início da pandemia, a SBD tem acompanhado a evolução dos acontecimentos por meio de seus departamentos e comissões técnicas e científicas. Atenta aos acontecimentos e comprometida com a oferta de orientações aos seus associados, em março, a SBD colocou no ar uma página especial, onde agrupou uma série de informações relevantes sobre a Covid-19 para os médicos.

 





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