SBD negocia com Cielo taxas e atendimento diferenciados para médicos dermatologistas




15 de julho de 2021 0

A saúde do seu consultório ou clínica também é uma preocupação da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) que tem buscado negociar com fornecedores de produtos e serviços benefícios para seus associados. Um dos acordos em vigor que vale a pena conhecer é o mantido com a Cielo. Neste momento de retomada do fluxo normal de atendimentos, as vantagens oferecidas podem ser úteis.

Pela parceria firmada, o associado tem acesso a condições e tarifas especiais para pagamentos em débito e crédito parcelados em até 12 vezes, bem como para o aluguel dos aparelhos.  A vantagem cobre as principais bandeiras em operação no Brasil e do mundo.

Além das taxas diferenciadas, a Cielo garante maior facilidade na hora de resgatar valores por serviços prestados. Para facilitar ainda mais a vida do médico dermatologista, a SBD negociou com a empresa a abertura de uma linha de atendimento especial para a categoria.

Os associados interessados em conhecer mais sobre os serviços da Cielo podem acessar os seguintes canais: pelo e-mail sbdassociados@cielo.com.br ou pelos telefones 11 3003-9949 (informações, dúvidas e solicitações) e 11 2860-1051 (antecipação de recebíveis).

Por meio desses canais de contato, é possível ter detalhes sobre credenciamento, negociações, aluguéis de máquinas ou troca de taxas.

Para facilitar ainda mais sua rotina, a seguir, confira as principais condições oferecidas.

 

Taxas

Bandeiras de cartões

Serviço de aluguel

Amex

Elo

Hipercard

Mastercard

Visa

Crédito

3,10%

2,03%

3,10%

2,03%

2,03%

Pós GPRS

R$50,00

Débito

 

1,22%

 

1,22%

    1,22%

Parcelado 6x

3,50%

2,15%

3,50%

2,15%

    2,15%

LIO

R$ 69,90

Parcelado 12x

3,70%

2,35%

3,70%

2,35%

  2,15%

 

 

 

 


13 de julho de 2021 0

“O nível da participação dos inscritos mostrou que o 13º Teraderm se mantém altamente relevante para a especialidade”. Essa é a avaliação de John Veasey, um dos coordenadores da Comissão de Organizadora do evento ao fazer o balanço da atividade. O encontro aconteceu no período de 2 a 4 julho, no formato online, sob organização da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Além desse fator, dentre os motivos que levaram ao êxito do encontro está o cuidado no preparo da programação científica. Para Jayme de Oliveira Filho, outro dos coordenadores do 13º Teraderm, trata-se de um evento já tradicional entre os médicos dermatologistas, sempre muito aguardado e bem recebido pelos associados por conta do seu dinamismo e do elo com a prática diária.

Terapêutica – A fórmula que deu certo, lembra Jayme Filho, passa pela abordagem de diversas áreas da terapêutica dermatológica (cirúrgica, cosmiátrica, clínica, entre outras) de forma didática, com foco em problemas do cotidiano de clínicas e hospitais. “As aulas são sempre conduzidas por palestrantes experientes que, em poucos minutos, detalham condutas úteis a todos os dermatologistas”, ponderou Ricardo Shiratsu, outro dos quatro coordenadores.

Diante do que ocorreu, Clarisse Zaitz, que completa o time da Coordenação do 13º Teraderm, já está animada para a próxima edição, em 2022. “A torcida é para que esse novo encontro aconteça presencialmente. Assim, estaremos num ambiente capaz de estimular o aprendizado pelo acesso à atualização de técnicas e abordagens terapêuticos e de proporcionar momentos de confraternização e troca de experiências”, concluiu.


13 de julho de 2021 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) informa aos médicos, equipe de saúde e pacientes que a partir de quinta-feira (1º de julho) pessoas diagnosticadas como portadoras de hanseníase paucibacilar (PB), ou seja, com baixa presença de bacilos causadores da doença no organismo, devem utilizar novo esquema terapêutico definido pelo Ministério da Saúde. O detalhamento desse ajuste de conduta consta de comunicado encaminhado pela entidade.

ACESSE A ÍNTEGRA DA NOTA TÉCNICA DA SBD

Na avaliação da SBD, a mudança traz benefícios ao combate à hanseníase no Brasil, pois com a prescrição desse esquema terapêutico se fortalece este processo. Entre os problemas que poderão ser equacionados está a baixa disponibilidade de exames de baciloscopia, a insuficiente acurácia das equipes de saúde no diagnóstico e classificação da hanseníase e a alta rotatividade dos profissionais.


13 de julho de 2021 0

A defesa da segurança do paciente uniu esforços de três das maiores sociedades médicas do Brasil. Com o objetivo de barrar práticas que têm causados danos à saúde e à autoestima de milhares de pessoas, essas instituições que congregam cerca de 25 mil especialistas passarão a agir, sistematicamente, contra abusos e irregularidades praticados. O foco é o combate à atuação de não médicos, sobretudo nos campos da estética e da cosmiatria.

Por meio de manifesto público, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) anunciaram a união inédita das entidades para agir contra situações que têm causado grande prejuízo, com inúmeros relatos de intercorrências graves, mutilações e sequelas em diferentes cantos do país.

“A imprensa tem divulgado reiteradamente casos que mostram os quão deletérios são os efeitos da ação de não médicos que se apresentam para a população como detentores de conhecimento e preparo que não possuem. Entendemos ser necessário alertar sobre esses riscos e impedir a atuação dessas pessoas”, disse o presidente da ABORL-CCF, Eduardo Baptistella.

Ato médico – As entidades argumentam que a Lei do Ato Médico (nº 12.842/2013) precisa ser respeitada, pois estabelece claramente os campos de atuação que são exclusivos dos profissionais da medicina. Em seu artigo 4º, o texto cita expressamente que apenas os médicos podem fazer a “indicação da execução e execução de procedimentos invasivos, sejam diagnósticos, terapêuticos ou estéticos, incluindo os acessos vasculares profundos, as biópsias e as endoscopias”.

Para o presidente da SBD, Mauro Enokihara, ao aprovar essa lei o Congresso Nacional criou mecanismos importantes para a proteção dos brasileiros que devem ser preservados.  “Inúmeras audiências públicas antecederam a elaboração desse texto. Em todas, ficou provado que esses procedimentos exigem um profissional com habilidade, capacitação e atitudes específicas. É o médico que preenche esse perfil, pois com seus atos consegue oferecer maior segurança e eficácia em benefício do paciente”.

Diante desse cenário e com a união de esforços definida, a ABORL-CCF, a SBD e a SBCP devem buscar sensibilização dos brasileiros, dos membros do Poder Judiciário e dos tomadores de decisão com respeito ao tema. A intenção é conscientizar a todos sobre os riscos à vida e à saúde que têm sido causados pelas práticas de não médicos ao realizarem procedimentos estéticos invasivos e coibir essas práticas.  

“O médico especialista é o profissional que detém a indivisível autorização e competência para exercer procedimentos médicos. Ao unirmos esforços, nossas entidades firmam um pacto pela defesa do ato médico, das boas práticas da medicina e da valorização do título de especialistas. Irmanadas, nossas três sociedades médicas manifestarão uma resposta firme contra os excessos”, concluiu Dênis Calazans Loma, presidente da SBCP.


13 de julho de 2021 0

Problemas no acesso a equipamentos que permitem tratamento e inexistência de medicamentos específicos para o controle da doença são realidades que afetam as pessoas que vivem com vitiligo. No Brasil, mais de um milhão de pessoas manifestam essa condição (0,5% dos brasileiros). No mundo, a doença atinge, em média, 1% da população. Em 25 de junho, dia dedicado ao tema pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) se une ao movimento em pela conscientização sobre esse tema diversas vezes negligenciado pela população e aponta gargalos no campo da assistência que devem ser superados.

Uma das críticas da SBD com relação ao manejo dos pacientes reside na dificuldade de acesso desse grupo às câmaras de fototerapia espalhadas pelo País, fenômeno que ocorria mesmo antes da pandemia de covid-19.

“Temos essas câmaras em hospitais universitários e serviços particulares. A SBD tem ajudado, ao longo das gestões, os serviços credenciados a desenvolverem um serviço de fototerapia, mas há outras doenças que também necessitam desse tratamento, como psoríase, linfoma cutâneo, por exemplo. Muitas vezes, os hospitais conseguem colocar alguns pacientes de vitiligo na fototerapia, mas não dão vazão à demanda. É uma luta para que nós aumentemos o acesso deles a um tratamento adequado do vitiligo, incluindo o tratamento fototerápico”, declara a coordenadora do Departamento de Fotobiologia da SBD, Ivonise Follador.

Medicação – O assessor do Departamento de Biologia Molecular Genética e Imunologia da SBD, Caio de Castro, concorda que existe, no Brasil, pouca oferta de máquinas de fototerapia para a população. Além disso, ele aponta um outro problema para as pessoas com vitiligo, no mundo inteiro: a falta de medicação específica para a doença.

Além da inexistência de produtos específicos, o especialista alerta que os pacientes com vitiligo devem evitar cremes à base de hidroquinona, que podem piorar os sinais da doença. Castro faz ainda uma recomendação ao portador: se tem tendência a ter vitiligo em área de trauma, evite esportes de contato. A dica é principalmente para as crianças. “Se em áreas onde há trauma surge uma nova lesão, o paciente deve trocar, por exemplo, o jiu-jitsu pela natação”, finaliza.

Outro ponto importante para esse segmento da população é o suporte psicológico, conforme destaca Ivonise Follador. “Precisamos perceber o impacto negativo da mancha no paciente, os medos que existem, e estimular, se for o caso, a busca do suporte em psicoterapia. Isso pode ajudar a prevenir a diminuição da autoestima, o surgimento da insegurança, da depressão e da ansiedade”, ressaltou, lembrando ainda da relevância do papel do médico no seguimento dos casos.

Orientações – Preocupada com o tema, em 2020, a SBD publicou o “Manual Prático de Fototerapia”. Com textos objetivos e didáticos, tem uso garantido em consultório, clínicas e hospitais que atendem pacientes em busca desse procedimento, inclusive pessoas com vitiligo. No mesmo ano, os Anais Brasileiros de Dermatologia (ABD), divulgaram o “Consenso sobre Tratamento do Vitiligo”. O trabalho constitui um guia para tratamento clínico e cirúrgico da doença.

Coloração – O vitiligo é caracterizado pela perda da coloração da pele em virtude da destruição dos melanócitos, células que formam a melanina. Ele não é contagioso, mas causa sequelas emocionais em virtude da discriminação sofrida por pessoas portadoras.

Segundo Ivonise, 25% dos casos aparecem antes dos 10 anos de idade, 50% até 20 anos, e de 70% a 80% antes dos 30 anos. “O Dia Mundial é importante, pois ajuda os pacientes a verem que não estão sós, que existem perspectivas e que há casos de regressão importante das manchas. O mais importante acreditar e fazer um tratamento sério. Existem resultados muito positivos no tratamento. Não ter cura, não quer dizer não ter tratamento”, disse.

O vitiligo pode se manifestar de seis formas: focal (manchas pequenas em uma área específica do corpo); mucosal (manchas somente nas mucosas, como lábios e região genital); segmentar (manchas distribuídas unilateralmente, apenas em uma parte do corpo); acrofacial (manchas nos dedos e em volta da boca, dos olhos, do ânus e genitais); comum (manchas no tórax, abdome, pernas, nádegas, braços, pescoço, axilas e demais áreas acrofaciais); e universal (manchas espalhadas por várias regiões do corpo).

Atualmente, o tratamento do vitiligo é feito com fototerapia com radiação ultravioleta B banda estreita (UVB-nb), fototerapia com ultravioleta A (PUVA), laser, além de técnicas cirúrgicas de transplante de melanócitos. “Estão sendo pesquisados ainda tratamentos tópicos, à base de inibidores de prostaglandinas e à base de inibidores de JAK, por exemplo. Mas, certamente, aparecerão outras medicações em médio prazo. O importante é que o paciente procure ajuda, tenha apoio médico e psicológico e não deixe que a doença o tire do seu propósito de vida”, explica Ivonise.


13 de julho de 2021 0

A abordagem de temáticas e necessidades específicas da população transgênero está sendo incorporada aos programas de formação de médicos especialistas na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças de pele, cabelos e unhas. A iniciativa é da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) que, com o apoio de serviços de Residência Médica credenciados, passou a estimular essa qualificação durante essa fase. Atualmente, há 90 desses cursos ligados à entidade, com aproximadamente 900 residentes inscritos.

Além desse cuidado com os futuros especialistas, a SBD também tem realizado iniciativas com foco nos mais de 10 mil dermatologistas brasileiros já em atividade. O atendimento à população transgênero no País tem sido discutido em congressos e atividades de educação continuada. Isso acontece porque esse segmento populacional, sobretudo durante a fase de transição, está sujeito a uma série de manifestações dermatológicas que exigem um profissional capacitado para atendê-lo.  
“Acreditamos numa dermatologia de todos, e para todos. Nesse sentido, os médicos da nossa especialidade estão sempre buscando aperfeiçoamento técnico e clínico para dar respostas aos pacientes em suas demandas. É que acontece também nas questões envolvendo a população trans, que merece respeito e um atendimento adequado às suas necessidades”, disse o presidente da SBD, Mauro Enokihara.

As peculiaridades da assistência aos transgêneros resultam quase sempre de efeitos dos tratamentos hormonais, estéticos e cirúrgicos para feminização ou masculinização da face e do corpo. Por exemplo, as mulheres trans, que usam estradiol em combinação com um antiandrogênico (espironolactona ou um inibidor da 5-alfa redutase), podem apresentar redução rápida e persistente na produção de sebo e, por isso, desenvolver xerodermia, prurido e alterações eczematosas.

Além disso, é muito comum que mulheres trans procurem tratamentos para remoção de pelos, como a depilação a laser, e outros procedimentos minimamente invasivos para feminização da face. Já entre os homens trans, que usam testosterona com regularidade, são frequentes os quadros de alopecia androgenética e de acne. O uso incorreto de binders, ou de outros métodos para comprimir e ocultar os seios, também pode acarretar problemas na pele.  

Procedimentos – Além da hormonioterapia, alguns indivíduos trans podem necessitar do suporte dos médicos dermatologistas para reparar cicatrizes inestéticas, deixadas por procedimentos cirúrgicos de afirmação de gênero, como a retiradas das mamas (mastectomia), em homens trans, e a depilação pré-operatória nas mulheres trans que passarão pela vaginoplastia. Os dermatologistas também são capazes de tratar dermatoses nas neogenitálias e de lidar com outras questões comuns enfrentadas pela população transgênero, como as possíveis complicações do uso de silicone industrial.

“Hoje em dia esses problemas continuam acontecendo, pois parte das mulheres trans ainda vive marginalizada, devido ao estigma social e com dificuldade de acesso aos serviços de saúde. Isso as leva a recorrerem a não médicos no processo de transição, iniciado por conta própria, por meio do uso de hormônios sem prescrição e de injeções de silicone industrial, principalmente como preenchedor corporal”, disse Marcio Serra, um dos coordenadores do Departamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis e Aids da SBD e professor colaborador do Serviço de Dermatologia do Hospital Universitário Gaffrée Guinle (RJ) da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

Infecções – Segundo aponta Márcio Serra, a maior parte das desordens dermatológicas nos transgêneros estão relacionadas à terapia hormonal, que também pode causar xerose e eczemas nas mulheres trans, além de complicações em cirurgias de afirmação de gênero. No entanto, o cuidado dermatológico dessas pessoas não se limita apenas aos aspectos da transição.

“Mulheres trans, por exemplo, têm maior risco de contaminação por infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e HIV, que podem apresentar sinais e sintomas por meio de manifestações dermatológicas”, completa Felipe Aguinaga, também coordenador do Departamento de IST e Aids da SBD e chefe do Ambulatório de Dermatologia e Diversidade de Gênero, do Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay, da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (RJ).

Desafios – Pessoas trans possuem as mesmas necessidades básicas de saúde de quaisquer outras, mas precisam de uma série de cuidados que exigem competências adicionais do médico dermatologista, sem contar com maior tato no processo de atendimento, afirmam os especialistas.

Infelizmente, em decorrência do despreparo de alguns profissionais de saúde para acolher essa parcela da sociedade, ainda há relatos de situações de homofobia e transfobia. Por isso, os coordenadores do Departamento da SBD acreditam que há pacientes que evitam procurar o Sistema Único de Saúde (SUS) com receio de serem vítimas de preconceito e discriminação. Estudos apontam que dois terços dos pacientes LGBTQIA+ referem problemas desse tipo, inclusive pela dificuldade de se identificarem.

“É preciso ter sensibilidade na hora de colher informações, como orientação sexual, identidade de gênero e comportamentos sexuais, já que são dados clinicamente relevantes. Algumas recomendações simples têm amplo impacto na melhora da relação com esses pacientes: respeito ao nome social, uso de pronomes corretos, utilização de formulários que sejam inclusivos e oferecimento de opções de identidade de gênero não binárias (pessoas que não se identificam com o gênero masculino ou o feminino)”, afirma Aguinaga.

Serra lamenta a falta de médicos e membros das equipes de saúde preparados para lidar com as questões particulares da população LGBTQIA+. São profissionais às vezes com dificuldades de assimilar e tratar as demandas específicas. Por isso, Aguinaga considera “essencial a promoção de iniciativas educacionais para que esse grupo – médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, dentistas e até os integrantes das equipes administrativas, entre outros – sejam capacitados para lidar com esses pacientes, oferecendo-lhes a melhor assistência possível”.

População trans – Em janeiro, a revista científica Nature, publicou artigo que afirma que 1,9% da população brasileira (aproximadamente 4 milhões de pessoas) se identifica como transgênero ou não binário. Apesar desse grande número, os canais para atendimento das demandas específicas são poucos. Segundo o Ministério da Saúde (MS), hoje existem apenas cinco centros no SUS que oferecem atendimentos complexos à população trans, como cirurgias de redesignação sexual e acompanhamento pré e pós-operatório.

São eles: Hospital das Clínicas de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul; Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, em Goiânia; Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, em Recife; Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, na capital paulista; e Hospital Universitário Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro. Devido à insuficiência na rede pública para a realização desse e de outros tipos de procedimentos, muitas pessoas trans recorrem ao atendimento na rede particular para agilizar o processo de transição.

Por isso, a demanda tem sido cada vez mais comum nos consultórios dermatológicos. Diante desse panorama, a SBD investe na atualização dos seus especialistas para viabilizar assistência de excelência à população trans, considerando suas necessidades e demandas específicas.  

Na avaliação de Felipe Aguinaga, é importante que a população trans consiga reconhecer os médicos dermatologistas como profissionais prontos e capacitados para amenizar as disparidades de saúde e melhorar sua qualidade de vida. Afinal, aponta, é uma especialidade com interface direta com a autoestima e com os efeitos decorrentes do processo de afirmação de gênero que tem inúmeras interseções com a pele.

“Há compromisso crescente de todas as áreas da medicina para compreender e melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas trans e de outras minorias. Neste sentido, a dermatologia, em seus diversos campos de atuação, desponta como uma especialidade essencial para acolher várias dessas demandas”, salienta o especialista que, apenas na unidade pública onde trabalha, recebe cerca de 30 pacientes com esse perfil por mês.

Conexão SBD – O tema “Dermatologia e Saúde LGBT” também foi abordado na primeira edição do Conexão SBD, iniciativa da entidade que discute, por meio de encontros online, tópicos de interesse da especialidade. As principais infecções sexualmente transmissíveis (IST) na população LGBT, aspectos dermatológicos no paciente transgênero e procedimentos cosmiátricos foram alguns assuntos debatidos pelos médicos dermatologistas Felipe Aguinaga e Márcio Serra. Também esteve em pauta a necessidade de se ter formas de promoção de cuidado mais acolhedoras para pacientes que fazem parte de minorias sexuais ou de gênero.

“Como identidade de gênero e a orientação sexual são informações autodeclaradas, durante o atendimento é importante o médico evitar fazer suposições. Enquanto identidade de gênero se refere a como o indivíduo se identifica (masculino e/ou feminino), a orientação sexual está ligada a como o indivíduo se relaciona sexual e afetivamente”, explica Aguinaga.

Clique aqui para assistir ao Conexão SBD

Em 2011, o Ministério da Saúde reconheceu identidade de gênero e orientação sexual como determinantes sociais de saúde. Por meio da Política Nacional de Saúde Integrada População LGBT, propõe diferentes ações de eliminação das iniquidades e desigualdades dessa população e de acolhimento das necessidades de saúde.

“Pessoas que fazem parte de minorias sexuais são mais vulneráveis ao HIV e às infecções sexualmente transmissíveis, isso porque essas pessoas têm práticas sexuais e hábitos específicos. Se nós, como médicos, desconhecermos essas necessidades, podemos deixar de fazer alguns diagnósticos”, informa.


14 de junho de 2021 0

Uma publicação repleta de indicações práticas para auxiliar os dermatologistas brasileiros a realizarem assistência médica responsável, eficiente e humanizada, por meio de tecnologias digitais. Esse é o intuito do “Manual de Teledermatologia”, que será divulgado em breve pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O documento, com cerca de 80 páginas, traz orientações acerca das características inerentes ao atendimento à distância, quando realizado em sua forma síncrona ou assíncrona. Todo conteúdo tem como bases principais a legislação atualmente vigente no Brasil sobre o tema, assim como “a preocupação ética em fornecer as melhores práticas em saúde ao paciente”, frisa o coordenador do Departamento de Teledermatologia da SBD, Daniel Holthausen Nunes.

Capítulos – Entre os tópicos abordados no Manual, há esclarecimentos sobre os tipos de teledermatologia existentes, com detalhes sobre as vantagens e limitações de cada método. Além disso, a publicação apresenta um breve relato histórico e uma série de apontamentos para a operacionalização eficiente e segura dessa metodologia:

•    Mídia training para teleatendimento;
•    Guia técnico;
•    Privacidade em ambiente virtual;
•    Plataformas seguras;
•    Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE);
•    Procedimento pós-consulta;
•    E muito mais.

A publicação traz ainda ilustrações, fotografias e quadros esquemáticos que visam facilitar o entendimento do leitor, detalhando temas como: criptografia de dados; cuidados com a captação da imagem; estruturação de laudo; e outros.

Conforme salienta o presidente da SBD, Mauro Enokihara, em função da pandemia de covid-19, a telemedicina de modo geral se impôs como uma nova realidade, que vem exigindo rápida adaptação dos dermatologistas.

“O intuito da SBD, por meio desse Manual, é elucidar ponto a ponto da teledermatologia, com proposições objetivas e práticas voltadas aos cuidados da pele, cabelos e unhas. É um compilado com as informações necessárias para realizar atendimento eficiente e seguro, com um olhar especial direcionado ao paciente”, sintetiza.

O documento está sendo elaborado em parceria pelos dermatologistas: Daniel Holthausen Nunes, coordenador do Departamento de Teledermatologia da SBD; Fabiane Noronha Bergonse, mestre pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP); Marcelo Caldeira Guimarães Wieser, ex-presidente da SBD-Resp; e Omar Lupi, ex-presidente da SBD. A revisão ficou a cargo do chefe da disciplina de Telemedicina do Departamento de Patologia da FMUSP, Chao Lung Wen.


14 de junho de 2021 0

Cerca de 1 mil médicos e profissionais da Atenção Primária de sete estados brasileiros, além de dermatologistas de todo o País, serão beneficiados por um programa de capacitação em hanseníase promovido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em parceria com o Ministério da Saúde, a Organização Panamericana de Saúde (Opas) e a DAHW Brasil, uma organização não-governamental de origem alemã. O projeto é totalmente online, devido às limitações impostas pela pandemia de covid-19.
Os módulos preparados por médicos dermatologistas da SBD estão sendo exibidos à distância, em atividades mediadas por outros especialistas convidados. Nas dinâmicas, além da apresentação das aulas pré-gravadas, há interação com os participantes nos estados, que têm suas dúvidas respondidas em tempo real. Nesta fase, o público é composto por médicos, enfermeiros e agentes da Estratégia de Saúde da Família (ESF).

Julho – Os encontros com os profissionais da Atenção Primária da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Pernambuco e Tocantins devem se suceder até a primeira quinzena de julho. Em cada oportunidade, são apresentadas seis aulas, que abordam diferentes tópicos sobre a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de casos de hanseníase. Até o momento, já foram realizadas cinco transmissões dessa série. Nesta semana, acontecerão outras seis.

Em julho, serão realizados três grandes encontros para os dermatologistas e residentes dos Serviços credenciados da SBD. As inscrições para essa atividade, que será gratuita, serão abertas nas próximas semanas. No grupo de professores envolvidos com este projeto de capacitação em hanseníase, estão Egon Daxbacher (RJ), Lúcia Martins Diniz (ES), Maria Araci Pontes (CE), Maria Eugenia Noviski Gallo (RJ), Maria Katia Gomes (RJ), Maria Leide Wand Del Rey de Oliveira (RJ), Maurício Nobre (RN) e Sérgio Palma (PE). Além deles, há ainda Heitor de Sá Gonçalves (CE) e Sandra Durães (RJ), responsáveis pela coordenação geral.

Indicadores – Dados epidemiológicos revelam a pertinência da iniciativa da Gestão 2021-2022 da SBD. No Brasil, foram diagnosticados 312 mil novos casos de hanseníase, entre 2010 e 2019. Os números do Ministério da Saúde indicam uma média de 30 mil registros por ano, um número que vem mantendo discreta queda, mas não ainda significativa para sugerir o controle ou declínio da doença no País. Independentemente disso, o Brasil continua na segunda posição no ranking mundial da hanseníase, atrás apenas da Índia.

Do total dos 312 mil novos registros, no período analisado, 30% foram diagnosticados já com algum grau de incapacidade física, ou seja, apresentavam perda de força ou da sensibilidade em mãos, pés ou olhos, e 10% já manifestavam deformidades visíveis, com impacto na vida dos pacientes em situações de trabalho e na realização de atividades do dia a dia.

A maior incidência da hanseníase no Brasil está nas áreas com menor índice de desenvolvimento humano (IDH). O Nordeste é a região que mais identificou casos novos, entre 2010 e 2019 (43% do total, o equivalente a 132,7 mil). Em seguida, vêm o Centro-Oeste, com 20% dos casos; o Norte (19%); e o Sudeste (15%). Apenas 4% dos novos pacientes registrados são do Sul do País.

Precoce – “Um dos principais problemas relacionados à assistência aos pacientes com a hanseníase é a dificuldade de se obter o diagnóstico e o tratamento precoces para a doença. Apesar de ser possível alcançar a cura e minimizar sequelas, nem todos os serviços da rede pública, em especial os da Atenção Primária, contam com médicos, enfermeiros e agentes capacitados para atuar na detecção e encaminhamento dos pacientes”, explica Heitor de Sá Gonçalves, que também é vice-presidente da SBD.
Com o objetivo de suprir essa demanda a SBD idealizou este projeto, conta Sandra Durães, que ocupa a Coordenação do Departamento de Hanseníase da entidade. Com a mudança da abordagem da capacitação de presencial para online, ela afirma que a iniciativa ganhou folego e amplitude. O número de estados beneficiados dobrou e, com isso, mais profissionais receberão as orientações sobre o tema.

“A queda nos indicadores de hanseníase no Brasil conta com a participação efetiva dos dermatologistas, que colaboraram com a estratégia de descentralização da assistência e têm capacitado profissionais da Atenção Primária nos últimos anos. Com o apoio da atual gestão da SBD, nossos especialistas poderão amplificar esta contribuição para reduzir o surgimento de novos casos. Assim, com a qualificação das equipes e a realização de campanhas de conscientização, como a do Janeiro Roxo, nossa meta ficará mais próxima”, ressalta Sandra Durães.


11 de junho de 2021 0

Uma publicação repleta de indicações práticas para auxiliar os dermatologistas brasileiros a realizarem assistência médica responsável, eficiente e humanizada, por meio de tecnologias digitais. Esse é o intuito do “Manual de Teledermatologia”, que será divulgado em breve pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O documento, com cerca de 80 páginas, traz orientações acerca das características inerentes ao atendimento à distância, quando realizado em sua forma síncrona ou assíncrona. Todo conteúdo tem como bases principais a legislação atualmente vigente no Brasil sobre o tema, assim como “a preocupação ética em fornecer as melhores práticas em saúde ao paciente”, frisa o coordenador do Departamento de Teledermatologia da SBD, Daniel Holthausen Nunes.

Capítulos – Entre os tópicos abordados no Manual, há esclarecimentos sobre os tipos de teledermatologia existentes, com detalhes sobre as vantagens e limitações de cada método. Além disso, a publicação apresenta um breve relato histórico e uma série de apontamentos para a operacionalização eficiente e segura dessa metodologia:

•    Mídia training para teleatendimento;
•    Guia técnico;
•    Privacidade em ambiente virtual;
•    Plataformas seguras;
•    Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE);
•    Procedimento pós-consulta;
•    E muito mais.

A publicação traz ainda ilustrações, fotografias e quadros esquemáticos que visam facilitar o entendimento do leitor, detalhando temas como: criptografia de dados; cuidados com a captação da imagem; estruturação de laudo; e outros.

Conforme salienta o presidente da SBD, Mauro Enokihara, em função da pandemia de covid-19, a telemedicina de modo geral se impôs como uma nova realidade, que vem exigindo rápida adaptação dos dermatologistas.

“O intuito da SBD, por meio desse Manual, é elucidar ponto a ponto da teledermatologia, com proposições objetivas e práticas voltadas aos cuidados da pele, cabelos e unhas. É um compilado com as informações necessárias para realizar atendimento eficiente e seguro, com um olhar especial direcionado ao paciente”, sintetiza.

O documento está sendo elaborado em parceria pelos dermatologistas: Daniel Holthausen Nunes, coordenador do Departamento de Teledermatologia da SBD; Fabiane Noronha Bergonse, mestre pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP); Marcelo Caldeira Guimarães Wieser, ex-presidente da SBD-Resp; e Omar Lupi, ex-presidente da SBD. A revisão ficou a cargo do chefe da disciplina de Telemedicina do Departamento de Patologia da FMUSP, Chao Lung Wen.

 


10 de junho de 2021 0

Apesar de avanços tecnológicos que têm surgido, o papel do médico dermatologista ainda é fundamental para o diagnóstico de doenças que afetam pele, cabelos e unhas. Essa é a avaliação de especialistas no uso da telemedicina ao avaliar anúncio de lançamento de uma ferramenta pelo Google que ajudaria na identificação de lesões. O serviço, que se chama Derm Assist, pode entrar em operação até o fim do ano, nos Estados Unidos, mas ainda aguarda autorização da Food and Drug Administration (FDA), agência federal de saúde dos Estados Unidos. No Brasil, não há previsão de lançamento.

O coordenador do Departamento de Teledermatologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Daniel Holthausen Nunes, considera que esse tipo de mecanismo pode ser útil, mas não substitui a atuação do médico no fechamento do diagnóstico sobre eventuais problemas. Segundo ele, o objetivo do Derm Assist é útil ao apontar possíveis doenças existentes, ficando a cargo do dermatologista confirmar, ou não, a suspeita.

Software – O Google explica que pelo Derm Assist o usuário poderá encaminhar fotos de sua erupção, lesão ou mancha para análise do software abastecido com imagens de referência de 288 doenças de pele. Após buscar correspondências, a ferramenta indica possíveis transtornos associados ao material enviado, mas não é capaz de fazer o diagnóstico definitivo.  

“Essa tecnologia pode acelerar a ida ao consultório médico, facilitando diagnósticos precoces, especialmente na triagem de lesões graves, como o câncer de pele, que normalmente não causa sintomas evidentes nos primeiros momentos. Não é raro o paciente só buscar por um dermatologista quando a situação já está avançada, com prognóstico negativo”, disse Daniel Holthausen Nunes.

Chao Lung Wen, responsável pela Disciplina de Telemedicina do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), reforça que a novidade não substituirá os dermatologistas. “Esse mecanismo não invadirá a responsabilidade e os cuidados médicos com os pacientes. Somente o médico pode assumir as condutas terapêuticas e o tratamento, traçando um raciocínio investigativo, a partir das informações clínicas de cada paciente, como o biótipo”, alerta.

Democratização – Questões éticas devem ser consideradas quanto ao uso de plataformas desse tipo, ressalta Chao Lung Wen. Na sua avaliação, a SBD pode assumir um papel importante, em nome da segurança da população, analisando – quando possível – a beneficência e a não maleficência desta ferramenta, a partir dos preceitos da bioética.

O especialista acredita que o médico moderno – com capacidade de análise crítica, investigativa e de comunicação –, com o suporte da tecnologia, pode ser capaz de aperfeiçoar sua relação de confiança com os pacientes, oferecendo assistência e contemplando aspectos de segurança, eficiência e empatia. “Assim, será viável promover maior comprometimento da população, por meio dessas condutas, ajudando-a a conhecer melhor sua saúde, as doenças e os autocuidados”, finaliza.

 





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