Comunicado aos associados sobre o funcionamento da SBD



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12 de janeiro de 2022 0

Em virtude do aumento do número de casos de COVID-19 e de Influenza, nossa equipe está trabalhando em home office. Durante esse período, e até o retorno à normalidade, não será possível fazer pesquisa usando o acervo físico da Biblioteca da SBD. Os e-mails da SBD continuam funcionando normalmente e os telefones para contato são: (21) 2253-6747, (21) 98563-8063 e (21) 98880-4295 (somente whatsapp).

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30 de dezembro de 2021 0

Como forma de apoiar o socorro às vítimas das enchentes que atingiram vários municípios do sul do Estado da Bahia, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) anunciou sua adesão à campanha de arrecadação de donativos para atender a população afetada que está sendo coordenada por entidades médicas locais. Em ofício enviado na quinta-feira (30), a SBD informa que contribuirá com a ação sob responsabilidade da Associação Bahiana de Medicina (ABM), do Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb) e do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed).

Para tanto, a SBD pretende sensibilizar empresas que atuam no segmento farmacêutico para que doem insumos e produtos que estão sendo distribuídos entre as vítimas das cheias. Neste primeiro momento, o foco é a arrecadação de água mineral, alimentos não perecíveis e materiais de higiene e limpeza. O esforço conta com o suporte das Regionais da SBD, sobretudo da SBD-Regional Bahia, que por meio de sua presidente, Ana Lísia Nascimento Giudice, capitaneou a mobilização.

“Acreditamos que a solidariedade expressa pelo povo brasileiro, assim como por meio de instituições públicas, empresas e grupos organizados da sociedade, será fundamental para superação desse momento”, pontuou o presidente da SBD, Mauro Enokihara. Ele ressaltou que os dermatologistas brasileiros se colocam à disposição para auxiliar as vítimas desta tragédia.

Doações – Toda a entrega dos donativos será acompanhada pela SBD, por meio de sua regional na Bahia. Em agradecimento às entidades e empresas apoiadoras da campanha, as doações serão divulgadas aos dermatologistas e à população em geral. Os interessados em participar da ação podem encaminhar os donativos aos seguintes endereços:

ABM – Rua Baependi, 162, Ondina, Salvador. Horário: de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Antigo Clube dos Médicos – Av. Dom Eugênio Sales, s/n, Boca do Rio, Salvador. Horário: de segunda a sábado, das 8h às 18h.

CREMEB – Rua. Guadalajara, 175, Barra, Salvador. Horário: a partir do dia 3 de janeiro, de segunda a sábado, das 8h às 17h.

SINDIMED – Rua Macapá, 241, Ondina, Salvador. Horário: a partir do dia 3 de janeiro, de segunda a sábado, das 8h às 17h.

Depósitos –  Até o momento não está prevista a arrecadação de recursos em dinheiro dentro desta campanha. A SBD aguarda a abertura de uma conta oficial para o recebimento dos depósitos. Segundo o Conselho Regional de Medicina da Bahia, este processo está sendo articulado junto ao Governo do Estado. Assim que os dados estiverem disponíveis, serão repassados a todos os associados.

A Defesa Civil da Bahia contabilizava, na quinta-feira (30), 24 mortes por conta das enchentes. O total de desabrigados já era de 37.324, além de 53.934 de desalojados. O número de atingidos passa de 629.000 pessoas. Dos 141 municípios afetados pelas chuvas, 132 declararam situação de emergência.

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8 de dezembro de 2021 0

Dermatologistas que atuam no Nordeste ajudaram a resolver um mistério que afetava moradores de munícipios da Região Metropolitana de Recife. Com o suporte da Sociedade Brasileira da especialidade (SBD), eles implementaram uma série de ações que permitiram identificar as causas de mais de 200 casos de dermatites registrados nas localidades. As queixas dos pacientes foram divulgadas pela imprensa em função de suas características e do desconhecimento da sua origem, até o momento. Por fim, foi confirmado que o problema tem relação com as asas de uma mariposa.

O surto de dermatites pápulo-eritêmato-pruriginosas, com aspecto urticariforme, desafiou os serviços médicos da cidade. Os casos aconteceram em duas comunidades limítrofes à mata, localizadas em uma área de reserva de mata Atlântica do Parque Estadual de Dois Irmãos, em Recife (PE).

Trabalho realizado pelos dermatologistas Cláudia Ferraz e Vidal Haddad Junior permitiu descartar várias hipóteses levantadas para explicar a origem do surto. Entre as possibilidades aventadas, estavam intoxicação por ivermectina, escabiose (sarna), picadas de insetos e outras. Contudo nenhuma com comprovação técnica ou científica.

“A hipótese de escabiose era absurda, pois o tipo de transmissão é outro, a distribuição e aspecto das lesões cutâneas eram distintos e nenhum ácaro foi achado em muitas amostras de exame direto e exames histopatológicos”, cita nota técnica assinada pelos dois especialistas da SBD.

ACESSE AQUI A NOTA TÉCNICA NA ÍNTEGRA

Para identificar as causas reais, a dermatologista Cláudia Ferraz conduziu uma pesquisa sobre a história epidemiológica correta e descreveu adequadamente as lesões, o que levou a suspeitar da provável etiologia. Por sua vez, Vidal Haddad Junior, que havia testemunhado e publicado outros surtos, esclareceu a etiologia da erupção.

A chave do problema repousa nas asas de mariposas do gênero Hylesia, que se reproduzem nesta época do ano e causam epidemias de dermatites em vários pontos do país. Estes insetos entram em ambientes domésticos e ao se debaterem contra focos de luz, liberam cerdas corporais minúsculas que penetram profundamente na pele humana e causam a intensa dermatite observada.


Mariposa do gênero Hylesia, responsável pela erupção

Além da inflamação inicial, descrita na histopatologia como um infiltrado linfocitário, existe a probabilidade de formação de granulomas em fases posteriores. A dermatite permanece por dias e até semanas, devido à permanência das cerdas (“flechettes”) na pele. Estas cerdas podem ser observadas na pele e exames realizados as mostraram com clareza.

Os especialistas da SBD explicam que o tratamento é feito com foco na inflamação com corticoides tópicos e anti-histamínicos e, por vezes, dependendo da extensão das lesões, o uso de corticoides sistêmicos pode ser necessário. “Com a comprovação das cerdas no exame direto, história clínica e epidemiológica extremamente compatível e relato de mariposas no local feito pelos moradores, concluímos que o mistério está resolvido e esperamos que os tratamentos corretos sejam ministrados à população”, assinalam os dermatologistas Claudia Ferraz e Vidal Haddad Júnior.


Lesões papulosas e eritematosas em face interna dos antebraços decorrentes da dermatite.


Exame direto de lesão papulosa mostrando presença de estruturas alongadas compatíveis com cerdas da Hylesia.

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6 de dezembro de 2021 0

Entre 2013 e 2021, essa doença gerou 374 mil internações na rede pública e foi a causa da morte de quase 32 mil brasileiros aponta análise feita pela Sociedade Brasileira de Dermatologia

06/12/2021 12:57

Pelo menos 205 mil brasileiros receberam diagnóstico de câncer de pele nos últimos oito anos. Neste mesmo período, os dados oficiais registram a morte 32 mil pessoas por conta dessa doença. As informações foram levantadas pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que lança nesta semana a campanha Dezembro Laranja, de conscientização sobre o câncer de pele.

A análise sugere que os dados oficiais estejam subnotificados. Isso porque o Painel Oncologia Brasil, fonte das informações sobre diagnóstico, levou alguns anos para se impor como importante instrumento de gestão. Criado a partir da Lei 12.732/12, que estabelece prazos máximos para o início do tratamento de pacientes diagnosticados com câncer, o Painel só passou exigir o registro do diagnóstico de câncer de pele a partir de 2018. Antes disso, as informações não eram colhidas com o mesmo critério.

“No entanto, a falta de informações, que impacta no desenvolvimento de políticas públicas sobre o tema, persiste. Apesar da evolução da metodologia para alimentar o Painel Oncologia, sob responsabilidade do Ministério da Saúde, ainda há inúmeros municípios que carecem de acesso a serviços especializados, retardando e dificultando o diagnóstico da doença e, consequentemente, aos dados epidemiológicos”, raciocina o presidente da SBD, Mauro Enokihara.

Ao avaliar os números registrados pela plataforma, a SBD constatou que entre 2013 e 2017 o número de novos diagnósticos de câncer de pele foi de aproximadamente 4 mil casos a cada ano. Com o aperfeiçoamento da ferramenta e dos fluxos de informações, esse número saltou significativamente. Entre 2018 e julho de 2021, o total de diagnósticos de câncer de pele registrados chegou 184.095, ou seja, cerca de 46 mil ao ano.

Mapa do câncer – Os estados que mais notificaram casos de câncer de pele entre 2013 e 2021, foram São Paulo (52.876), Paraná (27.204), Rio Grande do Sul (27.056), Minas Gerais (22.668) e Santa Catarina (16.975).

A região com o maior percentual de casos, em relação ao número total de registros, é o Sudeste, com 42% dos casos de todo o País. O Sul ganha destaque por reunir três estados situados no ranking dos cinco que mais registraram casos de câncer de pele no Brasil.

Já o Norte contabilizou o menor número de casos no período. Embora seja a segunda maior Região do País, reúne apenas 2,7% do total de casos informados no Painel Oncologia Brasil, com 5.543 casos entre 2013 e 2021. Apesar disso, 40% dos casos registrados na região Norte estão no estado do Pará, que totalizou 2.234 diagnósticos de câncer de pele no período observado.

O Nordeste somou 29.236 casos no período analisado – cerca de 14% do total.
Nessa região, o estado com maior concentração de casos é a Bahia, com 6.222 registros da doença, seguido pelo Ceará, com 6.206 diagnósticos entre 2013 e 2021.

Por sua vez, o Centro-Oeste registrou um total de 12.956 casos, o equivalente a 6,3% do total. Na região, o estado com maior concentração de casos é o Mato Grosso do Sul, com 4.956 registros da doença, seguido por Goiás, com 4.841 diagnósticos entre 2013 e 2021.

Internações – O mapa do câncer de pele permite também identificar o impacto do câncer de pele sobre o atendimento hospitalar. Apesar da subnotificação do número de pessoas com a doença, dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS indicam que os casos mais graves de câncer de pele levaram à hospitalização cerca de 374 mil brasileiros entre 2013 e agosto de 2021.

No que se refere às internações, São Paulo é o Estado que registrou o maior volume de ocorrências no período (96.870), representando 26% do total. Após, vêm Paraná (57.417) e Rio Grande do Sul (38.593). No período analisado, segundo o levantamento da SBD as unidades da federação com menores registros desse tipo foram Roraima (194, Acre (162), e Amapá (150).
Desse total, 26% das hospitalizações estão no estado de São Paulo e outros 15% no Paraná.

“Esses números mostram que o câncer de pele, ao contrário do que muitos pensam, é um problema de saúde que, se não for bem tratado, pode ter consequências sérias”, alerta o presidente da SBD. Para ele, o Brasil precisa investir em estratégias de prevenção e diagnóstico precoce para evitar o agravamento dos casos.

Letalidade – Existem dois principais tipos de câncer de pele: o mais frequente é o não melanoma que, apesar de maligno, tem grandes chances de cura se detectado precocemente. Quando diagnosticado ainda no início, ele pode ser tratado no próprio consultório do dermatologista, com uma pequena cirurgia. O outro é o melanoma, que representa apenas 3% dos cânceres malignos da pele sendo um dos mais graves, devido ao maior potencial de provocar metástase (a disseminação para outros órgãos).

Segundo a análise da SBD, a cada ano cerca de 4 mil brasileiros morrem em razão da doença. Entre 2013 e 2020, os casos mais graves levaram a óbito 31.666 pessoas. “Esse quadro indica a importância de reforçarmos ações para a sua prevenção. Quando descoberta no início, essa doença tem 90% de chances de cura”, afirma Mauro Enokihara.

Conforme destaca, “é preciso conscientizar a população da necessidade de buscar o diagnóstico precoce, assim como o sistema de atendimento à saúde para a necessidade da notificação dos casos para que possamos contribuir com políticas públicas que aumentem as chances de tratamento e cura dos pacientes”.

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6 de dezembro de 2021 0

Além do uso do álcool em gel, máscaras e respeito ao distanciamento, população deve adotar hábitos de fotoproteção para garantir sua saúde de modo pleno

 

Neste verão, vamos conjugar prevenção ao coronavírus com cuidados para reduzir as chances de casos de câncer de pele? Esta é a proposta da campanha do Dezembro Laranja, organizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em 2021. A intenção é dar início ao esforço de mobilização no período que abriga o Natal e estendê-lo pelos meses seguintes. Nos alertas, a SBD quer deixar claro que o atual momento pede que junto com o uso do álcool gel, máscaras e distanciamen­to, os brasileiros cultivem as práticas de fotoproteção.

Com a queda nos indicadores de morbidade e de mortalidade relacionados à covid-19, estima-se que neste verão as praias e os espaços abertos voltarão a ser ocupados com muito mais intensidade. No entanto, alertam os especialistas da SBD, a retomada da normalidade não deve ser feita sem atenção às recomendações das autoridades sanitárias, ainda aten­tas à possibilidade de aumento dos casos de contaminação pelo coronavírus. Além desse cuidado, afirmam, a população deve agregar à sua rotina as medidas de prevenção contra o câncer de pele.

“Adicione mais fator de proteção verãoao seu ”: esta é mensagem central da campanha do Dezembro Laranja 2021. Esse mote estará presente em uma série de conteúdos desenvolvidos pela SBD especialmente para a ação. Serão peças para redes sociais, com dicas de cuidados; vídeos com orientações de médicos dermatologistas; e gravações feitas por personalidades estimulando os brasileiros à aderirem aos cuidados preconizados; entre outras abordagens que buscam a conscientização.

Adesão – Em 2021, entre as celebridades que participam voluntariamente da iniciativa estão os atores Tony Ramos e Carmo Dalla Vecchia, as cantoras Kelly Key e Karol Conká, a modelo Claúdia Liz, e os jornalistas Tom Borges (TV Record) e Eliane Cantanhede (TV Globo). Além deles, dezenas de outras artistas, intelectuais e influenciadores também aderiram à iniciativa, assim como instituições públicas e privadas, como o Congresso Nacional, a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e inúmeros governos estaduais e prefeituras.

Todas as entidades ajudaram a montar uma rede nacional de apoio à causa. Isso ocorreu de duas formas: com a ilumi­nação de sedes e monumentos na cor laranja e com a replicação em seus canais de comunicação do material produzido pela SBD incentivando a população a incorporar à sua rotina alguns cuidados. Dentre as recomendações, estão: cultivar hábitos de fotoproteção, que incluem o uso de óculos de sol e blusas com proteção UV, bonés ou chapéus; optar pela sombra; evitar a exposição ao sol entre 9h e 16h; e utilizar filtro solar com FPS igual ou superior a 30, reaplicando-o a cada duas horas ou sempre que houver contato com a água.

Diagnóstico precoce – Em caso de surgimento de sinais e sintomas suspeitos, o médico dermatologista deve ser consultado para fazer o diagnóstico precoce do quadro. Se for constatada uma lesão cancerosa, ele orientará o início do tratamento. É preciso prestar a atenção em pintas que crescem, manchas que aumentam, sinais que se modificam ou fe­ridas que não cicatrizam pois podem revelar o câncer de pele. A rotina do autoexame facilita o reconhecimento dos casos.

A SBD ressalta ainda que a exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de quei­madura solar, são os principais fatores de risco do câncer de pele. Apesar de ser um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao seu surgimento. Neste grupo, estão os que têm a pele, cabelos e olhos claros; aqueles com histórico familiar dessa doença; os portadores de múltiplas pintas pelo corpo e pacientes imu­

nossuprimidos e/ou transplantados. A SBD ressalta que os que apresentam estas características precisam de maior cuida­do com a pele e passar por avaliação frequente com um médico dermatologista.

Tumores – De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), os números de câncer de pele no Brasil são preocu­pantes. A doença corresponde a 27% de todos os tumores malignos no país, sendo os carcinomas basocelular e espinoce­lular (não melanoma) responsáveis por cerca de 180 mil novos casos da doença por ano. Já o câncer de pele melanoma tem em torno de 8,5 mil casos novos por período. A incidência do câncer de pele é maior do que os cânceres de próstata, mama, cólon e reto, pulmão e estômago.

Há oito anos a Sociedade Brasileira de Dermatologia realiza o #DezembroLaranja, sempre com grande engajamen­to da população e de outras instuições e entidades. O público interessado pode se engajar na campanha e compartilhar nas redes sociais, customizando a foto de perfil e as publicações da SBD, por exemplo. A divulgação nas plataformas digitais (Facebook, Instagram, Youtube e Site) contará com o apoio das seguintes hashtags: #DezembroLaranja#CancerdePeleECoisaSeria#CancerdePele #Maisprotecaonoverao #CampanhaCancerdePele2021.

Doença – O câncer de pele é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Existem diferen­tes tipos de câncer da pele que podem se manifestar de formas distintas, sendo os mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular – chamados de câncer não melanoma – e que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente. Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando descoberta no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura.

O carcinoma basocelular é o câncer de pele mais frequente na população, correspondendo a cerca de 70% dos ca­sos. Se manifestam por lesões elevadas peroladas, brilhantes ou escurecidas que crescem lentamente e sangram com facilidade. Por sua vez, o carcinoma espinocelular surge como o segundo tipo de câncer de pele de maior incidência no ser humano. Ele equivale a mais ou menos 20% dos casos da doença. É caracterizado por lesões verrucosas ou feridas que não cicatrizam depois de seis semanas. Podem causar dor e produzirem sangramentos.

Metástase – Já o melanoma, apesar de corresponder apenas cerca de 10% dos casos, é o mais grave deles, pois quadros avançados podem provocar metástases (espalhamento do tumor para outros órgãos do corpo humano) e levar à morte. Este tipo é geralmente constituído de pintas ou manchas escuras que crescem e mudam de cor e formato gradati­vamente. As lesões também podem vir acompanhadas de sangramento.

Desde 2014, a SBD promove o Dezembro Laranja, iniciativa que faz parte da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele. Desde então, sempre no último mês do ano, são realizadas diferentes ações em parceria com instituições públicas e privadas para informar a população sobre as principais formas de prevenção e a procurar um médico especializa­do para diagnóstico e tratamento. O câncer da pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil, com cerca de 180 mil novos casos ao ano. Quando descoberto no início, tem mais de 90% de chances de cura.

#DezembroLaranja conta com patrocínio da Johnson&Johnson, Galderma, Nivea, La Roche Posay, Vichy e Hypera.


16 de setembro de 2021 0

Um dos maiores especialistas em hanseníase do Brasil passou a figurar com destaque no ranking divulgado pela consultoria Expertscape que enumera os cientistas de diversos países que mais contribuíram com estudos relacionados a doenças negligenciadas no mundo na última década. O médico dermatologista Gerson Penna, docente do Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical (PPGMT) da Universidade de Brasília (UnB) e ex-diretor da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Brasília, figura na oitava posição. O professor também alcançou a primeira colocação no ranking entre profissionais desta área.

“Estar entre os dez cientistas que lideram este ranking e ser o primeiro colocado entre os dermatologistas me honra. Mas não trabalho sozinho. Para o nosso grupo de pesquisa, é um reconhecimento à entrega e ao trabalho diários", ressalta o professor sobre os esforços de pesquisadores da UnB e da Fiocruz em estudos sobre a hanseníase.

Levantamento – Para apontar este resultado, a Expertscape realizou levantamento em 3.489 artigos publicados na base de dados Publimed. Os textos foram publicados entre 2010 e 2021. Ao longo de sua trajetória, Gerson Penna registra mais de 200 artigos divulgados sobre hanseníase, numa produção relacionada a pesquisas sobre novos tratamentos e medicamentos, determinantes sociais e determinação genética de transmissão da doença.

Ao longo dos anos, Gerson Penna tem trabalhado em sintonia com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), colaborando em iniciativas para aperfeiçoar a assistência oferecida à população brasileira. Isso inclui a elaboração de relatórios que subsidiam a formulação de políticas públicas para doenças negligenciadas, coordenadas pelo Ministério da Saúde. 

Sua contribuição repercute também na formação dos dermatologistas e mesmo na capacitação de médicos de outras especialidades e de equipes de saúde para atuarem na prevenção, diagnóstico e tratamento da hanseníase no País. No entanto, ele alerta: “ainda existe um longo caminho a ser percorrido no combate às doenças negligenciadas”.

Carreira – Membro do Comitê Assessor em Hanseníase do Ministério da Saúde, Penna tem extensa trajetória dentro do serviço público, com participação em atividades nas áreas de ensino e de gestão em saúde, em especial na alta complexidade. Essa experiência tem reflexos em sua atuação, por conhecer as diferentes realidades e o impacto das medidas adotadas na ponta. “Costumo dizer que as pessoas pelas quais a gente trabalha nem sabem e nunca sequer saberão que existimos. Isso nos dá a humildade necessária [para atuar] nesses momentos”, ressaltou. 

Doutor em Medicina Tropical, pela Universidade de Brasília, e com pós-Doutoramento em Saúde Pública, pelo Instituto de Saúde Coletiva na Universidade Federal da Bahia, Penna também é Deputy Editor do PLOS Neglected Tropical Diseases. Para a SBD, o reconhecimento alcançado pelo professor é exemplo do compromisso com a luta contra as desigualdades na área da saúde. 

“Gerson Penna é um profissional que serve de exemplo para a dermatologia brasileira, pela forma como tem atuado, sempre preocupado em criar condições para impedir o surgimento de novos casos de hanseníase e dar atendimento digno aos pacientes com diagnóstico. Esperamos contar com sua contínua colaboração para reforçar essa frente de batalha no campo da saúde pública”, avaliou o vice-presidente da SBD, Heitor de Sá Gonçalves. 

Eliminação – Considerada uma doença negligenciada, a hanseníase esteve, por volta dos anos 2000, próxima da eliminação. Atualmente, ela tem avançado em muitos países, incluindo o Brasil, que perde apenas para a Índia em número de novos registros. Os dados do Ministério da Saúde apontam uma média de 30 mil novos casos da doença por ano no País. 

“Estamos atuando fortemente para prevenir o avanço da hanseníase. O professor Gerson Penna, juntamente com vários outros especialistas, tem oferecido conhecimento essencial a adoção de protocolos e práticas que beneficiam, em especial, o paciente. Trata-se de trajetória brilhante e digna de reconhecimento”, concluiu Sandra Durães, coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD. (Com informações das assessorias da UnB e Fiocruz)

 


16 de setembro de 2021 0

As alopecias são um importante tema no cotidiano do dermatologista. Por isso, são permanente motivo de debates em eventos da especialidade, com a apresentação de novas formas de tratamento. Para manter os associados atualizados, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) convidou o professor Celso Sodré, que tem uma extensa trajetória relacionada ao tema, para fazer alguns esclarecimentos no SBDcast, divulgado em 04 de agosto. 

Ele é responsável pelo Ambulatório de Alopecias do Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e um dos coordenadores do Centro de Estudo dos Cabelos do Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay, também no Rio de Janeiro.

Em sua participação no projeto SBDcast, o expert conversou com a coordenadora científica da SBD, Flávia Vasques Bittencourt, sobre o uso de antiandrógenos nas alopecias, aspectos relacionados à segurança do tratamento, efeitos colaterais, contraindicações, interface com médicos de outras especialidades, como ginecologistas, por exemplo, e perspectivas para o futuro. Confira abaixo este bate-papo. 

Flávia Bittencourt – Em quais alopecias os antiandrógenos podem ser usados? Em quais há evidência científica?

Celso Sodré – Certamente, nas androgenéticas, tanto masculina quanto feminina. Também tem sido demonstrado uma ação muito interessante na alopecia fibrosante frontal. Recentemente, uma publicação sobre a dutasterida mostrou ser possível controlar em torno de 90% dos casos de fibrosante frontal, depois de um ano de uso. A finasterida já tinha se mostrado útil antes e na alopecia fibrosante frontal. 

FB – Quais são os anticoncepcionais antiandrógenos? E qual seria a sua condução? 

CS – Os contraceptivos que têm ação antiandrógena são aqueles em que o componente progestágeno tem ação antiandrogênica. Os principais são ciproterona, drospirenona e clormadinona. A ciproterona, que é talvez o melhor, é associada a uma quantidade de estradiol mais alta: 35 microgramas. Os outros apresentam 30 microgramas e 20 microgramas. De qualquer modo, o que recomendo é solicitar ao ginecologista que prescreva, preferencialmente, um desses, com ação antiandrógena.

FB – Os antiandrógenos podem ser utilizados em mulheres em idade fértil? Quanto tempo após a suspensão de cada um deles que a mulher pode engravidar?

CS – Desde que a mulher esteja em esquema de contracepção eficiente e eficaz, eles podem ser usados. Dentre os antiandrógenos que mais se usa, estão: anti 5-alfa redutase, finasterida, dutasterida e espironolactona, que é um bloqueador de receptor de andrógeno. A ciproterona se utiliza muito pouco e tem ainda a bicalutamida, que parece ocupar um espaço importante, que foi o da flutamida, proibida por sua toxidade. Então, pode-se usar esses antiandrógenos, desde que a mulher não engravide. O problema da gestação está no risco de má formação do aparelho geniturinário do feto masculino, que é formado por volta da 12° semana de gestação, o que oferece uma margem de manobra. Assim, é razoável manter a espironolactona até dois meses antes da gestação, depois suspende. Já a finasterida também está adequada dois meses antes. Por sua vez, como a dutasterida permanece mais tempo no sistema, então é interessante suspendê-la quatro ou seis meses antes do projeto de gravidez.

FB – Qual sua rotina em relação aos exames? Quais solicita antes de cada anti-andrógeno? No caso da espironolactona, pede-se só avaliação cardiológica? Se a droga é finasterida, solicita-se testosterona, espermograma? Quando se faz PSA e avaliação ginecológica? É necessário exame de controle depois do início do uso? Compartilha com a gente a sua rotina.

CS – Acredito que para qualquer medicamento usado cronicamente é interessante uma avaliação laboratorial basal antes do seu início. Então, os primeiros seriam hemograma, hepatograma, ureia e creatinina. Esse é o mínimo. Depois, para cada um dos antiandrógenos, há uma orientação. Testosterona e di-hidrotestosterona vale a pena? Não é necessário, mas, às vezes, é interessante para acompanhar a ação do medicamento no organismo. Sabe-se que dutasterida e finasterida causarão aumento na testosterona, com diminuição da di-hidrotestosterona. É útil ver se isso realmente está acontecendo. A espironolactona é um poupador de potássio que pode, eventualmente, levar à hipercalemia, com suas toxidades cardiológicas. Mas, de fato, não se observa isso acontecer. Pelo menos em mulheres saudáveis é bastante seguro o uso, mas se vai ser pedido exame de sangue para ver o hepatograma, não tem nada demais também em colocar sódio, potássio e cloro. Quanto ao PSA, a mesma coisa foi falada antes. Por exemplo, se for uma pessoa de mais idade considero mais necessário. Contudo, ter um valor basal, muitas vezes é interessante, pois sabe-se que finasterida e dutasterida produzirão queda do PSA circulante à metade. Então, para sentir se houve aumento, se o PSA se manteve alto, apesar do anti 5-alfa redutase, é interessante ter o acompanhamento.

FB – Com qual frequência se faz os exames?

CS – Inicialmente, seis meses e depois um ano. Não acho necessário fazer exames com muita frequência, pois são drogas bastante seguras.

FB – Em relação a efeitos colaterais, quais são os principais?

CS – Nos casos da anti 5-alfa redutase, finasterida e dutasterida está, sem dúvida, a diminuição da libido, tanto entre homens quanto em mulheres, onde esse quadro é muito, muito menos frequente. A espironolactona também não costuma gerar grandes efeitos colaterais, mas, às vezes, há queixa de mastodinia, alteração do ciclo menstrual com escape. Porém, se a paciente estiver bem no seu esquema de contracepção com anticoncepcional oral, as chances desse problema aparecer são pequenas. Com respeito à bicalutamida, ainda não tenho experiência para falar sobre efeitos adversos, mas as publicações apontam segurança e poucas reações. 

FB – Quais as principais contraindicações para uso dos antiandrógenos?

CS – Nos casos da finasterida e dutasterida, basicamente depressão. É preciso ficar muito atento, pois há pacientes que ficam bem depressivos. Nestas situações, isto implica em grande risco de efeitos adversos permanentes ou persistentes em pessoas com este padrão. Não me parece uma contraindicação absoluta, mas eu evito se o paciente é depressivo, está em tratamento ou superou um quadro depressivo. Eu compartilho a situação com o psiquiatra para podermos evoluir, juntos, no acompanhamento. No entanto, não acredito ser absolutamente necessário expor o paciente a um medicamento que faz quadro depressivo e, eventualmente, diminui a libido. Para a espironolactona, quando o paciente é hipertenso e já usa medicamentos anti-hipertensivos ou diuréticos, entre outros, eu prescrevo, mas peço que a pessoa converse com seu cardiologista e explique sobre a substituição, por exemplo, de algum outro diurético (clortalidona, hidroclorotiazida) para passar para espironolactona.

FB – A finasterida vem sendo usada em mulheres de forma off-label. Sabe-se que isto gera muita ansiedade. Seria importante a indústria investir na mudança da bula para incluir a população feminina?

CS – Seria muito bom, mas percebo que a indústria não tem muito interesse nisso. Lembro que no lançamento do Propecia® para a alopecia androgenética masculina, o laboratório responsável apresentou junto com uma pesquisa sobre o tema um outro trabalho que apontava a ineficácia da finasterida no tratamento da androgenética feminina, mas na dose de 1mg/dia. Esta não é a dose que se usa para a mulher, por exemplo. Eu uso sempre 5mg, eventualmente 2,5mg, mas 1mg para androgenética feminina é igual a nada. Não funciona mesmo. Na minha avaliação, isso já impactou a indústria para não correr atrás disto. A pesquisa para mudança de bula para a mulher, sobre risco na gestação, mereceria um investimento que, pelo montante exigido, deixaria a indústria em dúvida, já que não haveria retorno financeiro suficiente que justificasse a aposta. Assim, como não se tem isso, nos cabe explicar para a paciente na hora da prescrição que na bula está escrito o que é certo. Ou seja, que a droga é de uso exclusivo para o sexo masculino no tratamento de hiperplasia prostática benigna e que mulheres e crianças não devem fazer uso. Acrescente-se ainda que, mesmo assim, o medicamento é seguro, desde que a paciente não engravide. Se ficarmos à espera do que é label para prescrever, não se indica sulfona para dermatite herpetiforme e nem hidroxicloroquina em caso de erupção polimorfa à luz solar. Temos que saber superar a falta de interesse da indústria farmacêutica com um bom relacionamento médico-paciente.

FB – Em relação às doses, quais que seriam as de finasterida e de dutasterida para homens e mulheres? 

CS – No caso da dutasterida para a hiperplasia prostática, a dose é de 0,5mg, que é o que existe industrializado e equivale à finasterida 5mg. Então, não é 1mg. Finasterida 1mg na alopecia androgenética masculina e só. Quanto à dutasterida 0,5mg, uso naturalmente no homem e na mulher. Sabe-se que tem sido demonstrada alguma evidência de superioridade clínica na eficácia do tratamento da androgenética com a dutasterida em relação à finasterida. Quanto à percepção dos exames laboratoriais é nítido que a dutasterida é muito mais potente em inibir 5-alfa redutase, reduzindo muito a di-hidrotestosterona circulante e aumentando a testosterona circulante. Esse resultado é muito superior ao da finasterida. Assim, indico para homem 1mg de finasterida e 0,5mg  de dutasterida. Já para a mulher, 5mg de finasterida e 0,5mg de dutasterida também.

FB – Qual sua experiência com a bicalutamida? Considera uma droga promissora? 

CS – Acho que é extremamente promissora para o sexo feminino, pois ela atua como bloqueadora de receptor de andrógeno. No homem, provocaria uma feminilização, que não tem interesse para tratamento de androgenética, mas na mulher vem substituir a flutamida com perfil de segurança muito melhor. Então, para as pessoas mais novas, sem experiência com a flutamida, vale lembrar que a flutamida é um espetáculo, sendo usada como a bicalutamida é também: para câncer prostático metastático. Desta forma, para castração química a flutamida é indicada na dose de 250 mg 3 x por dia. O problema da flutamida é que, em algumas pessoas, desenvolve hepatite fulminante, levando a óbito ou mesmo transplante hepático. Com isso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, recomendou aos dermatologistas evitar o seu uso em ação cosmética, o que fez a flutamida ser substituída pela bicalutamida, que tem perfil de segurança hepático muito bom, com baixa incidência de efeitos adversos, sendo usado o comprimido de 50mg, três vezes ao dia, para câncer metastático de próstata. O pessoal de Madrid tem publicado uma dose de 10mg a 50mg por dia para a alopecia de androgenética com resultado bastante interessante e bom perfil de segurança. Então, se tem um comprimido de 50mg, quebra-se, dando meio comprimido por dia, 25mg, o que está na média. Esta é uma boa opção, embora eu não tenha experiência suficiente para informar minha vivência com o assunto. Porém, teoricamente, se preenche um lugar muito interessante, com retorno não só para androgenética, mas também para o hirsutismo, seborreia, acne. 

FB – Quais são perspectivas quanto a tratamentos futuros para a alopecia? 

CS – Pois é, eu fico impressionado, como se investe nisso! Realmente, há muita demanda da população em geral. A parte cosmética do cabelo parece ser fundamental, vital para o ser humano, por conta dos pelos terem função importante de fotoproteção, de isolamento térmico, de sensibilidade. Fazer a moldura da cabeça é extremamente impactante para os indivíduos, para nossa sociedade, pelo menos nesse momento. Deste modo, está se investindo em fator de crescimento, plasma rico em plaquetas e engenharia genética futura. Existe muita procura de soluções definitivas. O que vejo é cultura de células tronco, de folículo da região central para ser transplantado. Há muita coisa, mas nada para agora. Estou um pouco desanimado também com tanto investimento só no visual. Claro que a gente tem que pensar sobre a importância deste aspecto, considerando que as pessoas querem ter aspecto que consideram ideal e que o cabelo tem importância fisiológica de proteção. Contudo, deve-se ter um limite também no quanto se investe nisso.
 


16 de setembro de 2021 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) informa que na segunda quinzena de setembro estarão abertas as inscrições para as chapas candidatas aos cargos da diretoria executiva da SBD. O registro deverá ser realizado apenas nos dias úteis, das 9h às 17h, na sede da SBD, no Rio de Janeiro. 

A chapa deverá ser composta pelos seguintes cargos: presidente, vice-presidente, secretário-geral, tesoureiro, primeiro-secretário e segundo-secretário. Para solicitar a inscrição da chapa, um de seus integrantes deverá entregar na sede da SBD (Avenida Rio Branco, nº 39, 17º e 18º andares, Centro, Rio de Janeiro – RJ) um documento no qual contempla a sua composição, o qual deve estar assinado por todos os membros. 

Além disso, será aceito também documento assinado pelo candidato a presidente da chapa contendo a relação de todos os integrantes da mesma, com seus respectivos cargos, ao qual deverão estar anexadas declarações assinadas de cada um dos membros candidatos da chapa, informando que integram a mesma, descrevendo a sua composição e mencionando o cargo que ocupará.

Entre os requisitos para os cargos da diretoria executiva estão: ser associado titular há mais de dez anos; ter desempenhado cargo diretivo na SBD ou em suas Regionais (para os cargos de presidente e vice-presidente); ser associado titular há mais de cinco anos (para os demais cargos da diretoria executiva); e estar em dia com suas obrigações sociais. O tesoureiro deve residir nas cidades do Rio de Janeiro ou Niterói.

A Comissão de Ética e Defesa Profissional da SBD é a responsável por supervisionar e conduzir o processo eleitoral. Ela verificará o preenchimento dos requisitos das chapas inscritas. 

Importante ressaltar também que pelo disposto nos parágrafos 6º e 7º do artigo 40 do Estatuto da SBD, os membros da diretoria executiva da SBD não poderão, durante a vigência do mandato, acumular cargos de diretoria em outras sociedades médicas, incluindo as Regionais de outras sociedades e da SBD. 

Fica também vedado aos membros da diretoria executiva da SBD, durante a vigência do mandato, atuar como board (conselheiro) ou speaker (porta-voz) da indústria farmacêutica, cosmética e de laser e tecnologias, bem como promover cursos privados com patrocínio da indústria ou figurar como proprietário/sócio de referidos cursos, seja na condição de pessoa física ou jurídica.


16 de setembro de 2021 0

Com o crescimento do uso das redes sociais pelos profissionais médicos, a publicidade nessa área se tornou uma questão extremamente atual e relevante. Dúvidas sobre o que o médico pode publicar em suas redes sociais suscitam indagações a respeito do assunto. Para esclarecer alguns tópicos relacionados ao tema, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lançou uma cartilha com dicas práticas sobre como dar visibilidade à atuação profissional sem desrespeitar as regras da Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que trata da publicidade médica.

Os quesitos abordados no documento, apresentado aos especialistas durante edição especial do Conexão SBD "Fronteiras da publicidade médica”, trazem orientações simples e objetivas sobre a relação com os veículos de comunicação (jornais, revistas, TVs e rádios), a divulgação de habilidades, o anúncio de equipamentos e a exibição de imagens nas redes sociais. 

CLIQUE AQUI PARA ACESSAR A CARTILHA

Especialistas – Durante a transmissão moderada pelo presidente da SBD, Mauro Enokihara, e pelo 1º secretário da SBD, Geraldo Magalhães, e com a participação de especialistas na área, os dilemas da publicidade médica foram destrinchados. "A população necessita de informações e é função dos médicos trazerem isso. É fundamental que as sociedades médicas ocupem esse espaço, pois o mau uso da publicidade – pela sua ausência ou excesso – leva ao oportunismo de terceiros, à invasão das áreas de atuação, à redução da confiabilidade. Isso demonstra a importância de passar a informação com ética", apontou Marcelo Versiani Tavares, vice-corregedor do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG), em sua palestra sobre "Limites legais da publicidade médica".

CLIQUE AQUI E ASSISTA AO CONEXÃO NA ÍNTEGRA

Por sua vez, Sergio Palma, coordenador Médico do Jornal da SBD e membro da Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos do Conselho Federal de Medicina (CODAME/CFM), ao abordar o tema "Limites éticos da publicidade médica", ressaltou o trabalho realizado para combater as tentativas de invasão de competências na medicina, em especial na dermatologia. Segundo ele, "a SBD tem sido proativa, lutando em todas as esferas — no Judiciário, Congresso Nacional e Executivo — contra esses abusos, em prol do ato médico, sobretudo para oferecer segurança aos pacientes e à saúde pública”. 

Modernização – Cláudia Pires Amaral Maia, da Comissão de Ética e Defesa Profissional da SBD, lembrou em sua exposição, “Perspectiva da Dermatologia", dos aspectos filosóficos relacionados ao tema. "Podemos ter uma modernização em publicidade médica, mas sem esquecer das questões éticas: há que se ter bom senso, evitar a banalização e sempre se pautar pela ciência". De forma complementar, Adriano Sérgio Freire Meira, conselheiro federal de medicina e membro da CODAME/CFM, enfatizou a importância do apoio das sociedades médicas na fiscalização do que os profissionais publicam nas redes. "Precisamos da ajuda das sociedades. Nosso silêncio faz a vitória do mal. Precisamos ecoar a voz do que é ético, necessário e plausível para que seja feito na medicina, e lutar por isso para que os equívocos não sirvam de parâmetros nas nossas relações", disse, ao abordar “Os desafios do CFM na atualização da Resolução sobre a Publicidade Médica". 

Seara – Finalmente, Mauro Enokihara enfatizou o papel dos indivíduos. “As questões éticas e morais não serão regidas por lei, mas pela consciência de cada um", destacou, apontando ainda detalhes do trabalho realizado pela SBD nesta seara, como a promoção de eventos sobre publicidade médica e a participação ativa em reuniões da CODAME e do CFM. 

“A responsabilidade pela regulamentação das normas da publicidade e propaganda médicas cabe ao CFM. Atualmente, o Conselho está trabalhando na revisão do documento em vigor (Resolução nº 1.974/2011), assim como de outras normas que também abordam o assunto em aspectos específicos (Resoluções nº 2.126/2015 e nº 2.133/2015)”, explicou Geraldo Magalhães. 

 


16 de setembro de 2021 0

Estimular o conhecimento, o aprendizado e a interação entre os dermatologistas associados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Esses são alguns dos objetivos do novo perfil no Instagram criado pela SBD exclusivamente para os sócios da entidade. 

No ar desde 1º de julho deste ano, o @associadosbd é uma conta privada na rede social por onde os inscritos têm acesso à informações sobre as atualidades da medicina e ações da entidade, discutem artigos científicos e casos clínicos, incrementam o networking, e acompanham a cobertura de eventos científicos.

Formulário – Para se inscrever, é preciso acessar o perfil @associadosbd no Instagram, preencher o formulário para identificação do interessado e clicar em seguir a página. Para informar os dados solicitados, deve-se acessar o link que se encontra na bio da conta. Somente após a verificação do cadastro, que visa confirmar se a pessoa é mesmo um dermatologista ou residente associado à SBD, que entrada no grupo será autorizada.

A criação do Instagram exclusivo para associados é uma iniciativa da Gestão 2021-2022, que tem desenvolvido uma série de outras iniciativas em benefício da especialidade, como a organização de eventos de atualização científica, o lançamento de plataformas de educação continuada, como o SBDcast, e o apoio às publicações da entidade.
 





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