Janeiro Roxo: Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta sobre sintomas e diagnóstico precoce da Hanseníase



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14 de janeiro de 2025

Considerada uma das doenças mais antigas conhecida pela humanidade, a hanseníase ainda é um desafio de saúde pública no país. Apesar de ter cura, essa doença tropical negligenciada continua afetando muitas pessoas. Buscando conscientizar a população, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) é uma das grandes apoiadoras do Janeiro Roxo, campanha nacional focada no incentivo do diagnóstico precoce e combate à doença no Brasil. Durante todo o mês, diversas ações são realizadas para marcar o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hanseníase, celebrado sempre no último domingo de janeiro.  

“Essa é uma doença infectocontagiosa de evolução crônica, que se manifesta por lesões na pele e sintomas neurológicos, como perda de sensibilidade e fraqueza nos pés e mãos. Causada por um bacilo, se propaga por meio do contato próximo e prolongado com pessoas infectadas. O diagnóstico e o tratamento demandam uma avaliação clínica detalhada, além da capacitação do médico e da equipe de saúde envolvida no cuidado desses pacientes. Nosso objetivo é mostrar à população que quando tratada precocemente, a cura é possível, caso contrário, a doença pode resultar em sequelas e deformidades físicas”, explica a secretária geral da SBD, Dra. Regina Carneiro.  

No Brasil, o tratamento é oferecido de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e pode ser realizado em casa. Entre os sinais e sintomas, destacam-se entre elas manchas na pele de coloração variável, que pode ser clara, rósea ou avermelhada, com perda de sensibilidade ao calor, frio, dor e/ou tato. Também podem surgir “caroços”, dormências, fraqueza, inchaços nas extremidades, formigamento e sensação de choque nos membros, além de problemas na via respiratória alta e nos olhos.  

“O dermatologista desempenha um papel essencial no diagnóstico e tratamento da hanseníase. Esse profissional realiza a avaliação clínica, executa testes de sensibilidade e acompanha o funcionamento dos nervos periféricos. Também é o profissional responsável por solicitar exames laboratoriais ou realizar biópsias da pele quando necessário”, esclarece Dra. Carla Andréa Avelar Pires, coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD.  

A transmissão do bacilo causador desta doença ocorre por via respiratória e o contato prolongado com pacientes ainda não tratados aumenta o risco de contágio. Sendo assim, familiares e pessoas em contato estreito com esses pacientes são mais vulneráveis e precisam ser avaliados para um possível diagnóstico precoce da hanseníase. Vale destacar, ainda, que embora todos possam ser expostos ao bacilo, a maioria das pessoas possui uma resistência natural, não desenvolvendo a doença.  

“O contágio acontece por meio de pequenas gotículas respiratórias, que podem ser expelidas pelo paciente infectado. Quando o bacilo entra no organismo, inicia-se uma batalha com o sistema imunológico, e o período de incubação pode variar de dois a sete anos”, explica a dermatologista Carla Andréa Avelar Pires.  

Desafios e números  

Em 2022, o mundo registrou 174.087 novos casos de hanseníase, o que resultou em uma taxa de detecção de 21,8 casos por 1 milhão de habitantes. Índia, Brasil e Indonésia foram os países com os maiores números de casos novos, cada um ultrapassando a marca de 10 mil registros. O Brasil segue ocupando a segunda posição global em termos de novos casos, o que o coloca na lista de países prioritários para o enfrentamento da hanseníase, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).  

No âmbito global, em 2022, foram reportados 10.302 novos casos entre crianças menores de 15 anos, o que representa uma taxa de 5,1 casos por 1 milhão nessa faixa etária, marcando um aumento de 14,6% em relação ao ano anterior. Outro dado relevante para o monitoramento da doença é o Índice de Grau de Incapacidade Física 2 (GIF 2), que em 2022 totalizou 9.554 casos, resultando em uma taxa de 1,2 por 1 milhão de habitantes — um aumento de cerca de 5,5% em comparação com 2021.  

Historicamente, a hanseníase causava grande discriminação, uma vez que não havia tratamento. Hoje, com a disponibilidade de tratamento eficaz e acessível, a doença pode ser tratada e curada sem afastamento da rotina do paciente. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, menores são as chances de sequelas físicas e maior é a chance de interromper a transmissão. O tratamento atual dura de seis a doze meses e é totalmente gratuito.    

A SBD tem atuado como uma entidade parceira e ativa do Ministério da Saúde, especialmente no que se refere à implementação de novos esquemas terapêuticos, reafirmando seu compromisso com a luta contra a hanseníase no Brasil. 

Procure ajuda ao perceber os sintomas 

Ao suspeitar dos sintomas da hanseníase, é importante procurar imediatamente uma unidade de saúde, como as unidades voltada às famílias ou um dermatologista no SUS. Para encontrar um profissional associado à SBD na sua região acesse: https://www.sbd.org.br/localizador/ . 

Conheça os projetos premiados que destacam a luta contra as dermatoses negligenciadas, como a hanseníase: 

A ILDS (International League of Dermatological Societies) premia anualmente projetos e especialistas em dermatologia, e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), indicou o trabalho do Dr. Egon Luiz Rodrigues Daxbacher, que venceu o prêmio DermLink 2025 na área de doenças tropicais, sendo reconhecido por seu trabalho em treinamento e detecção ativa da hanseníase.  

Em 2024, os indicados pela SBD também foram os grandes vencedores. Dr. Ciro Gomes foi agraciado com o prêmio DermLink Grants 2024 pelo projeto “Uma só saúde para as populações indígenas do Brasil”, que visa proporcionar cuidados dermatológicos de excelência às populações Yanomami, focando na prevenção e tratamento das dermatoses negligenciadas. 

O Dr. Carlos Chirano recebeu o prêmio na categoria Trabalho Humanitário pelo projeto “Dermato Saúde Amazonas”. A iniciativa oferece cuidados dermatológicos e cirurgias a comunidades ribeirinhas em áreas remotas da Amazônia, com atenção especial à hanseníase e outras dermatoses negligenciadas, onde o acesso à saúde é limitado. 

A Dra. Tânia Cestari foi premiada com o Certificado de Reconhecimento como Liderança Internacional por suas contribuições significativas à dermatologia, com destaque para sua pesquisa em fotomedicina, doenças pigmentares e condições imunodermatológicas, como dermatite atópica, psoríase e vitiligo. Sua carreira de mais de 100 publicações tem impactado diretamente o avanço da dermatologia mundial.  

Esses especialistas estão liderando iniciativas essenciais para melhorar o acesso ao cuidado dermatológico em regiões de difícil acesso e para populações vulneráveis, contribuindo para o controle de doenças negligenciadas e a conscientização global. 

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2 de janeiro de 2023 0

 

Janeiro Roxo: Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta para importância do diagnóstico e tratamento de hanseníase e para riscos do subdiagnostico

Estigma e dificuldade de acesso são entraves para o diagnóstico

Ainda no século 19, o médico norueguês Gerhard Armauer Hansen, pesquisador de saúde pública, conseguiu identificar o bacilo causador da hanseníase que, séculos atrás, já carregava preconceito, segregação e era chamada de lepra, em tom pejorativo. Por conta do sobrenome do pesquisador a doença passou a ser chamada hanseníase. Passados quase 150 anos, profissionais da saúde ainda lutam promovendo campanhas de esclarecimento e ações na mídia para desmitificar a hanseníase. A doença não é contagiosa do modo como se defendia no passado, isolando e segregando pessoas. Sua identificação precoce evita danos aos nervos e movimentos, e, desconstruindo mais um mito, a doença está presente em diversas camadas da sociedade e não apenas em locais mais carentes e sem saneamento básico. O problema de saúde é considerado uma doença, gerada pela bactéria Mycobacterium leprae transmitida de uma pessoa com a forma transmissora e sem tratamento. Qualquer indivíduo pode ser acometido. Em algumas fases já instalada no organismo, nota-se alteração ou perda da sensibilidade ao calor e ao frio, dor, fraqueza muscular dos membros e até incapacidade da visão. O Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase é lembrado no último domingo do mês de janeiro. Mas a campanha da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) acaba de ser lançada para alertar a população.

Os médicos destacam que é comum que as pessoas com hanseníase não sintam queimar a pele, mesmo sendo o forte calor do fogo em áreas com manchas no corpo, mãos ou pés, mas podem também sentir uma espécie de pequenos choques e picadas em lesões iniciais. “Por isso é essencial a família também ter atenção, respeitar e ouvir as queixas indo buscar ajuda, além de ler fontes seguras sobre a doença. Hoje o alcance das redes sociais é imenso e por isso falaremos amplamente do assunto em diversos canais”, destaca o médico Egon Daxbacher, do Departamento de Hanseníase da SBD. A campanha terá destaque em janeiro nas redes sociais, na mídia e nas redes sociais da SBD.

A hanseníase tem um quadro preocupante no Brasil. Em 2019, antes da pandemia da Covid-19, foram notificados, de acordo com o Boletim Epidemiológico sobre a Hanseníase do Ministério da Saúde 27.864 novos casos de Hanseníase, equivalente a 93% de todos os casos da região das Américas 13,7% dos casos globais registrados no ano.

No intervalo dos anos, a chegada da pandemia de Covid-19 segue desafiando os sistemas de saúde público e privado, atrasando e complicando diagnóstico de doenças complexas e especialmente das negligenciadas, caso da hanseníase, tratada há séculos com estigma, o que muitas vezes afasta as pessoas da busca por ajuda.

Em 2020, foram informados à Organização Mundial da Saúde (OMS) 127.396 casos novos da doença no mundo. Sendo 19.195 (15,1%) na região das Américas, 17.979 notificados no Brasil, ou seja, 93,6% do número de casos novos das Américas. Brasil, Índia e Indonésia reportaram mais de 10.000 casos novos, correspondendo a 74% dos casos novos detectados no ano de 2020. Sendo que o Brasil ocupa o segundo lugar entre as nações com maior número de casos no mundo, atrás apenas da Índia.

O Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde publicado este ano sobre a doença trouxe dados preliminares sobre 2021, que apontaram que o Brasil diagnosticou 15.155 casos novos de hanseníase. Queda representativa, se feita a comparação com outros anos, como 2019. Tal situação foi relacionada à pandemia, com fechamento dos serviços e acesso ao diagnóstico. “Esta é uma preocupação nossa. Avançar, orientar, dar acesso ao tratamento, fazer com que as pessoas conheçam os sintomas e se curem, antes de danos maiores como quando a doença alcança os nervos e prejudica os movimentos. Nossa campanha traz esclarecimento de forma clara e educativa”, ressalta Daxbacher.

Presidente da SBD reforça a importância do esclarecimento

“A hanseníase pode estar em qualquer lugar, até mesmo na sua casa, esse é o chamado da campanha que lançamos neste Janeiro Roxo, alertando toda a população. O doente que começa o tratamento, não transmite a doença, nem necessita ser isolado, muito menos estigmatizado. Precisamos informar que a ida até uma unidade básica de saúde ou ao dermatologista em que a pessoa já costuma se consultar, em caso de áreas do corpo com dormência, manchas escuras em tons vermelhos, esbranquiçados ou amarronzados, fazendo a pele perder a sensibilidade, podem indicar a presença da doença, possibilitando o diagnóstico e tratamento nas fases iniciais da mesma”, orienta o presidente da SBD, Heitor Gonçalves. O Sistema único de Saúde (SUS) disponibiliza o tratamento da doença gratuitamente.

 

 

 

 

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27 de janeiro de 2022 0

A cúpula e o anexo I do Senado Federal serão iluminados de roxo, de terça-feira (25) até a próxima segunda-feira (31), em alusão à campanha nacional Todos Contra a Hanseníase. A solicitação de iluminação especial partiu do senador Izalci Lucas (PSDB-DF) e da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), responsável pela campanha, que visa a alertar a população sobre a importância do diagnóstico e do tratamento precoces, informar sobre as opções terapêuticas disponíveis na rede pública e combater o preconceito em relação aos portadores desta doença.

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Fonte: Agência Senado

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21 de janeiro de 2022 0

As atrizes Tatiana Tiburcio e Claudia Mauro, Julia Gama (Miss Brasil 2020) e o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) declararam apoio à Campanha Nacional de Prevenção à Hanseníase – Janeiro Roxo, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Em vídeos especialmente gravados para a iniciativa, eles emprestam sua imagem e voz para sensibilizar a população, os profissionais da saúde e os governantes para o desafio de enfrentar essa doença que ainda registra 30 mil novos casos por ano no Brasil.

“Os governantes devem fazer sua parte, oferecendo apoio ao treinamento para médicos e equipes de saúde que atuam no acolhimento dos pacientes. Além disso, deve garantir consultas, exames e remédios necessários ao tratamento. Por sua vez, a população pode ajudar muito, disseminando informações sobre essa doença e buscando ajuda médica em caso de sinais e sintomas”, alertou a atriz Tatiana Tiburcio. Em sua participação, ela chamou a atenção para a importância do diagnóstico e do tratamento precoces.

Preconceito – O combate ao estigma e ao preconceito relacionados à hanseníase também foram abordados pela campanha. “Isso é por conta da falta de informação. Em pleno século 21 ainda tem gente que trata a pessoa com hanseníase de forma estigmatizada. Possivelmente, quem age assim não sabe que o paciente com hanseníase em tratamento, que toma sua medicação, não transmite a doença. A hanseníase tem cura e pode nem deixar sequelas, se for diagnosticada e tratada precocemente “, enfatizou a atriz Claudia Mauro.

Por sua vez, o tenente Pedro Aihara ressaltou que pequenos cuidados fazem a diferença. “Saiba como prevenir doenças, como a hanseníase. No caso dela, o melhor a fazer é estar atento aos sinais e sintomas. Informe-se sobre eles no site da SBD. Em caso de suspeita, procure imediatamente ajuda médica”, explicou. Sua participação dialoga com o tema da campanha neste ano: “Precisamos falar sobre a hanseníase”.

Nervos – A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Ela afeta primariamente a pele e os nervos periféricos. A transmissão acontece pelo ar. Entre os sinais e sintomas da doença estão: manchas esbranquiçadas, amarronzadas e avermelhadas, com perda ou diminuição da sensibilidade à temperatura, à dor ou ao toque. Também podem surgir caroços e infiltrações (áreas vermelhas elevadas).

O corpo também pode apresentar outras manifestações: sensação de fisgada, choque, dormência e formigamento nos membros. Os pacientes podem apresentar queda dos pelos, sensação de nariz entupido e diminuição da sensibilidade e/ou perda da força muscular dos pés e mãos, justamente pelo acometimento dos nervos periféricos.

O diagnóstico da hanseníase é essencialmente clínico, ou seja, o médico capacitado consegue diagnosticar a doença apenas pelo exame físico dermato-neurológico do paciente. O tratamento da hanseníase é feito com antibióticos, o que torna o paciente incapaz de transmitir a doença. Os medicamentos são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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21 de janeiro de 2022 0

Neste mês, prédios, monumentos e pontos turísticos em diferentes pontos do Brasil ganharam iluminação na cor roxa, simbolizando o engajamento na luta contra a hanseníase. Esta faz parte da Campanha Nacional de Prevenção à Hanseníase – Janeiro Roxo, organizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), com o objetivo de conscientizar a população sobre essa doença.

“Precisamos falar sobre a hanseníase”: essa é a mensagem central da campanha que, com o apoio de profissionais, pacientes e de instituições públicas e privadas, pretende conscientizar os brasileiros sobre esse problema de saúde pública. Para tanto, a ação distribui conteúdo feito para ressaltar a importância do diagnóstico e do tratamento precoces, combater o preconceito contra as pessoas acometidas pela doença e ajuda na identificação de sinais e sintomas.

O material será divulgado pela SBD em suas redes sociais. Além de peças gráficas, também foram preparados vídeos e podcasts sobre o assunto. A campanha dos dermatologistas prevê ainda a realização de lives voltadas para a população em geral e para os médicos e outros profissionais de saúde, assim como a distribuição de orientações técnicas específicas para as equipes que atuam na prevenção.

Até o momento, órgãos públicos e privados de 16 estados anunciaram apoio ao Janeiro Roxo. Para a coordenação da campanha, esse envolvimento demonstra o potencial da ação que luta contra um problema que ainda gera o registro de 30 mil novos casos por ano no País. Confira abaixo alguns dos prédios, monumentos e pontos turísticos que aderiram à iniciativa.

Acre (AC): A Prefeitura de Rio Branco aderiu à campanha através da divulgação do material.

Amazonas (AM): Principal símbolo cultural e arquitetônico do Estado e tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, o Teatro Amazonas será iluminado na cor roxa no dia 24 de janeiro, em alusão à importância da conscientização sobre a hanseníase.

Bahia (BA): O prédio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Sedur) recebeu iluminação especial em apoio à campanha sobre a hanseníase. Além da iluminação, a Sedur também irá divulgar os materiais da ação para a população.

Distrito Federal (DF): Em Brasília, vários ministérios foram iluminados na cor roxa, como os da Saúde, Economia e Infraestrutura. As unidades administrativas do Banco de Brasília S.A (BRB) também recebem durante todo o mês de janeiro iluminação especial. A cúpula e o anexo I do Senado Federal serão iluminados entre 25 e 31 de janeiro, em alusão à Campanha Janeiro Roxo da SBD. O Senado Federal também ofereceu apoio na divulgação de material alusivo. O Congresso Nacional, o Teatro Nacional Claudio Santoro, o Palácio do Planalto e o Museu Nacional da República também aderiram à campanha e foram iluminados na cor roxa. A sede do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recebeu iluminação na cor roxa entre 3 e 31 de janeiro, em adesão à campanha, assim como divulgou em suas redes sociais o material alusivo ao tema. O Conselho Federal de Medicina (CFM) manifestou seu apoio através da divulgação do material da campanha.

Espírito Santo (ES): Em Vitória, a prefeitura e a secretaria de Saúde irão divulgar o material da campanha para alertar os capixabas sobre a hanseníase.

Goiás (GO): A Controladoria Geral do Município (CGM), em Goiânia, como forma de demonstrar apoio à campanha, irá divulgar o material para a população.

Mato Grosso do Sul (MS): A sede do governo do Estado e a Secretaria de Saúde do Estado serão iluminadas na cor roxa entre 17 e 31 de janeiro, para apoiar a campanha promovida pela SBD, assim como vão ajudar com a divulgação de material alusivo.

Minas Gerais (MG): Em Belo Horizonte, entre os espaços culturais com iluminação especial estão: Espaço do Conhecimento UFMG, Memorial Minas Gerais Vale, Museu das Minas e do Metal – MM Gerdau, Complexo Itamar Franco, CCBB e Cine Theatro Brasil Vallourec. Todos eles fazem parte do Circuito Liberdade. Os espaços culturais que aderiram à campanha ficarão iluminados até o dia 31 de janeiro. As secretarias de Estado de Cultura e Turismo e de Saúde e as Prefeituras de Belo Horizonte e Itabira também aderiram à campanha através da divulgação das ações realizadas neste mês.

Paraná (PR): Em apoio ao Janeiro Roxo, a Assembleia Legislativa do Paraná e a Prefeitura de Curitiba irão divulgar os materiais da campanha para conscientizar a população sobre os riscos da doença.

Pernambuco (PE): O material da campanha será divulgado pela Prefeitura de Recife, como forma de adesão ao Janeiro Roxo.

Rio de Janeiro (RJ): A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a mais destacada instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina, terá o Castelo Mourisco iluminado na cor roxa entre 25 e 27 de janeiro. Além do apoio por meio da iluminação, a Fiocruz também irá divulgar o material da campanha. Os Arcos da Lapa, o Monumento Estácio de Sá, a Passarela da Rocinha e a Estação Cesarão (BRT) serão iluminados a partir das 18 horas do dia 25 de janeiro até o dia 1º de fevereiro. A sede da Câmara Municipal do Rio – o Palácio Pedro Ernesto -, também foi iluminado na cor roxa em alusão à Campanha Janeiro Roxo. A Prefeitura do Rio e o Governo do Estado do Rio de Janeiro, através das suas secretarias de Saúde, assumiram o compromisso de divulgar o material da campanha. Em hospitais e unidades de saúde da rede pública, foram fixados cartazes.

Rio Grande do Norte (RN): A Prefeitura de Natal, através da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), iluminou o Palácio Felipe Camarão, em adesão à campanha sobre hanseníase promovida pela SBD. A sede da prefeitura ficará iluminada entre 19 e 31 de janeiro. A prefeitura também irá divulgar o material da campanha.

Rio Grande do Sul (RS): O Palácio Piratini, sede do governo do Estado, ganha iluminação na cor roxa em apoio à campanha entre 20 e 31 de janeiro. A Prefeitura de Porto Alegre irá divulgar o material da campanha em suas redes sociais e canais de comunicação digitais.

Santa Catarina (SC): A população de Florianópolis poderá assistir à iluminação da Praça XV e do bolsão da Beira-Mar até 31 de janeiro. A Prefeitura também irá divulgar o material da campanha através dos relógios digitais espalhados pela cidade e em seus canais de comunicação. Outro local que ganhou a cor que simboliza a luta contra a hanseníase janeiro foi a sede da Justiça Federal de Santa Catarina (JFSC), que também divulgará o material da campanha.

São Paulo (SP): O Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado, receberá iluminação na cor roxa entre 26 a 31 de janeiro, em sinal de adesão à campanha. Ainda em São Paulo, a sede da Associação Médica Brasileira (AMB) ganhou tons de roxo e assim permanecerá durante todo mês de janeiro. A Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) confirmou a iluminação da sua sede entre 24 e 28 de janeiro. A sede da Prefeitura de São Paulo (Edifício Matarazzo), o Viaduto do Chá, a Biblioteca Mário de Andrade, a Ponte Estaiada (Ponte Octávio Frias de Oliveira), o Monumento às Bandeiras (Ibirapuera) e uma série de hospitais públicos (Servidor Municipal, Alípio Correa Netto, Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha, Dr. Carmino Caricchio, Dr. Arthur Ribeiro de Saboya, Menino Jesus e Carmem Prudente) serão iluminados na cor roxa no dia 31 de janeiro. O Governo do Estado, AMB, Arsesp e Prefeitura de São Paulo também demonstraram apoio na divulgação de materiais alusivos ao tema.

Sergipe (SE): O governo do Estado de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Saúde, demonstrou seu apoio à Campanha Janeiro Roxo da SBD com uma série de ações realizadas no Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU/UFS) e na divulgação de material alusivo a hanseníase.

 


26 de janeiro de 2021 0

Manchas brancas ou avermelhadas pelo corpo, sensação de dormência e não sentir calor ou frio são sintomas de uma doença que tem cura, mas ainda é estigmatizada e negligenciada por muitos brasileiros: a hanseníase.

No Brasil, foram 312 mil novos casos registrados nos últimos dez anos, o que coloca nosso país na segunda posição no ranking mundial da doença, atrás da Índia. Aqui, a média é de 30 mil novos casos por ano. O número vem se mantendo com uma discreta queda, mas ela ainda não é considerada significativa para se dizer que a doença está em declínio, destacou o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Heitor Gonçalves, em entrevista à Agência Brasil.

Atenção aos sintomas
O vice-presidente da SBD, diz que, mesmo áreas sem manchas, em que a pessoa se queime e não perceba, ou que se machuque e não sinta dor, indicam falta de sensibilidade no local. Isso é provocado por lesões nos nervos causadas pela hanseníase. “Esses casos de mancha, dormência ou insensibilidade são suspeitos e necessitam formalmente de uma assistência para diagnóstico médico clínico”, observou.

O período de incubação da hanseníase, desde o momento em que a pessoa entra em contato com a micróbio até a doença aparecer, vai de dois até dez anos pois a bactéria responsável pelos sintomas se multiplica muito lentamente. Por isso, a doença atinge muitas crianças e jovens. “Quanto mais jovem a pessoa, mais anos ela vai viver e mais chances tem de adoecer”, afirma Gonçalves.

Do total dos 312 mil registros feitos de 2010 até 2019, 30% foram diagnosticados com algum grau de incapacidade física, ou seja, apresentavam perda de força ou da sensibilidade ou ainda deformidades visíveis nas mãos, pés ou olhos, o que compromete o trabalho ou a realização de atividades do dia a dia, alertou o especialista.

Para o presidente da SBD, Mauro Enokihara, a detecção e o tratamento precoces da doença são fundamentais para que o paciente possa se tratar e não apresente sequelas, além de diminuir a chance de transmissão para outras pessoas, em especial aquelas com as quais convive.

Incidência e transmissão
Heitor Gonçalves explicou que o maior fator de risco para a hanseníase são condições socioeconômicas de aglomerações. Um exemplo são as deficiências de habitação que fazem com que mais pessoas morem juntas e acabem transmitindo a doença por meio da tosse. A aglomeração no transporte é outro fator. Contribuem ainda o baixo nível educacional e a dificuldade de acesso a sistemas de saúde. Eles dificultam diagnóstico precoce e facilitam a transmissão.

Gonçalves informou que a maior incidência da hanseníase no Brasil está nas regiões com menor índice de desenvolvimento humano (IDH). O maior número de casos novos identificados na última década está na Região Nordeste (43% do total, ou o equivalente a 132,7 mil pacientes). Em seguida, vêm o Centro-Oeste, com 20% dos casos; o Norte (19%); e o Sudeste (15%). Apenas 4% dos novos pacientes registrados nos últimos dez anos apareceram na Região Sul do país. O vice-presidente da SBD chamou a atenção, entretanto, que, no Rio Grande do Sul, se perdeu a cultura de buscar casos de hanseníase e de se divulgar a doença no estado. Com isso, pacientes chegam nos médicos para diagnóstico já com incapacidade física. “Essa é uma sequela da falsa eliminação”.

Preconceito
O vice-presidente da SBD esclareceu que menos da metade dos pacientes com hanseníase transmite a doença, mesmo sem tratamento, porque mais de 50% têm imunidade razoável contra o micróbio.  A transmissão também não é tão fácil como muitos pensam. Segundo Gonçalves, “o bacilo não salta de dentro da pele do doente para fora”. Isso significa que tocar a mão de uma pessoa doente não transmite hanseníase. É preciso que o doente tenha um ferimento na pele, bem como a outra pessoa, e que esses ferimentos se encontrem para que o bacilo passe de um para o outro. Por isso, o dermatologista afirmou que é difícil a transmissão pela pele. O principal fator de transmissão é a tosse, reiterou.

De acordo com o Ministério da Saúde, a hanseníase acomete mais os homens do que as mulheres. Nos dez anos compreendidos entre 2010 e 2019, foram detectados 172.659 casos novos entre pessoas do sexo masculino e 139.405 em mulheres. Essa diferença, contudo, está diminuindo, indicou o vice-presidente da SBD. O que ocorre, “provavelmente, é que o homem ainda se expõe mais que as mulheres”, avaliou. Os homens, além disso, não têm costume de ir ao médico, como as mulheres. Considerando as classes sociais mais desfavorecidas, os homens saem mais do que as mulheres. “Esse talvez seja o motivo”, estimou o dermatologista.

Campanha
Gonçalves afirmou que a SBD tem como princípio e missão resgatar seu papel na abordagem das doenças negligenciadas que acometem a pele. A principal delas é a hanseníase. Há também a leishmaniose, sífilis, entre outras.

Em apoio à mobilização do Ministério da Saúde, os dermatologistas brasileiros farão circular entre médicos, pacientes e outros profissionais da saúde informações de utilidade pública preparadas por especialistas da SBD, descrevendo sinais e sintomas da hanseníase e orientando sobre onde buscar diagnóstico e iniciar o tratamento. A campanha do Janeiro Roxo, criada no Brasil em 2016, aborda também a necessidade de se combater o estigma e o preconceito contra as pessoas que têm a doença.

O tratamento para a hanseníase é gratuito no país e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes podem se tratar em casa, com supervisão periódica nas unidades básicas de saúde. A coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD, Sandra Durães, salientou que apesar de ser uma doença infecciosa que pode levar a incapacidades físicas, seu tratamento precoce promove a cura. Segundo enfatizou, a prevenção consiste no diagnóstico e tratamento precoces, porque isso ajuda a evitar a transmissão e o surgimento de novos casos.

Fonte: Agência Brasil

 





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