Anais Brasileiros de Dermatologia (ABD): Cem anos de uma trajetória de crescimento e excelência científica



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24 de janeiro de 2025

Em 2025, os Anais Brasileiros de Dermatologia (ABD) celebram 100 anos de história, refletindo a evolução da dermatologia no Brasil e o crescimento da própria Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Durante esse período, os ABD passaram por momentos-chave que marcaram seu desenvolvimento, consolidando-se como uma das principais publicações científicas da área no país. 

“Os Anais têm sido um farol de excelência no conhecimento dermatológico, promovendo o avanço da ciência, a formação de novos profissionais e a disseminação de boas práticas para o Brasil e o mundo. Estamos extremamente orgulhosos de fazer parte dessa história e de acompanhar seu impacto positivo no fortalecimento da nossa especialidade”, diz o presidente da SBD, Dr. Carlos Barcaui. 

Para Dr. Silvio Alencar Marques, atual Editor-Chefe dos Anais, os ABD começaram a crescer e se tornar sólidos com o próprio crescimento da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Esse processo se tornou ainda mais robusto durante o longo período do Prof. Rubem David Azulay como Editor-Chefe (1974-1992), que consolidou a produção de seis fascículos por ano. Este período foi essencial para estabelecer os Anais como um periódico respeitado dentro da comunidade científica”, diz ele. 

Nos anos seguintes, a busca pela indexação em bases de dados internacionais foi um passo crucial para a internacionalização dos Anais. “A postulação de indexação junto ao PubMed/Medline no final da década de 1990 e início dos anos 2000, durante a gestão da professora Leninha Valério do Nascimento, foi um movimento importante. Embora não tenha sido bem-sucedida, ela preparou o caminho para a gestão seguinte, do Prof. Bernardo Gontijo, que trabalhou nos ajustes necessários e conseguiu a indexação oficial dos ABD em 2009”, comenta Dr. Silvio. Esse reconhecimento foi um marco para a dermatologia brasileira, pois permitiu maior visibilidade e acesso internacional aos artigos publicados. 

Outro ponto decisivo foi a transição de um sistema de submissão e revisão por correspondência para o sistema eletrônico, uma mudança fundamental que aumentou a produtividade e facilitou a participação de autores e revisores. “Sob a liderança da Profa. Izelda Maria de Carvalho Costa, editora-chefe, houve um salto monumental na produtividade. A transição para a submissão e revisão eletrônica dos artigos foi um esforço que elevou ainda mais a qualidade dos ABD “, afirma Dr. Silvio. 

Mais recentemente, a internacionalização dos Anais deu um passo decisivo e significativo com a gestão do Prof. Sinésio Talhari, que negociou a transferência da editoração para a Elsevier Publisher, ampliando ainda mais o impacto global da publicação. “Esse movimento foi fundamental para a visibilidade internacional, e apesar dos custos envolvidos, os benefícios são inegáveis”, destaca o Editor-Chefe. 

Os Anais Brasileiros de Dermatologia não são apenas um reflexo do avanço da ciência dermatológica no Brasil, mas também desempenham um papel fundamental na formação de novos médicos e pesquisadores. “É possível perceber jovens dermatologistas tentando publicar nos ABD, o que contribui para a evolução contínua da prática e do conhecimento na dermatologia brasileira”, observa Dr. Silvio. Ele acrescenta que a SBD também se fortalece, “pois os Anais se tornaram uma das vozes científicas da Sociedade, registrando e disponibilizando conhecimento de forma acessível, sem custo, à comunidade internacional”. 

Para ele, que possui uma longa trajetória de colaboração, tendo servido como Editor Associado nas gestões do Prof. Bernardo Gontijo e do Prof. Sinésio Talhari, fazer parte dessa história é uma grande honra. “Sou quase tão longevo quanto o Prof. Azulay, e ao longo dos anos, aprendi muito com ele e com os outros líderes da publicação. Agora, como Editor-Chefe, nossa equipe trabalha de forma coletiva com os Editores Associados Ana Maria Roselino, Hiram Larangeira de Almeida Jr. e Luciana P Fernandes Abbade. As decisões editoriais são sempre discutidas em reuniões semanais, buscando ser justos com os autores e com a qualidade dos artigos”, explica. 

Com o apoio dos Editores Técnicos, Vanessa Zampier, Yasmin Prates e Nazareno Nogueira de Souza, o trabalho editorial se mantém em alto nível, garantindo que cada artigo publicado esteja de acordo com os rigorosos padrões de qualidade, especialmente no que se refere à qualidade das imagens e das referências. 

“Temos evoluído constantemente e só posso me sentir cumprindo meu dever com dedicação e entusiasmo. Estamos fazendo o que gostamos, ou seja, Academia com ‘A’ maiúsculo”, conclui Dr. Silvio. 

Ao olhar para o futuro, a esperança é que os Anais continuem sua trajetória de excelência, inovando e adaptando-se às necessidades da comunidade científica, fortalecendo ainda mais o legado da Sociedade Brasileira de Dermatologia. 

Clique aqui e acesse a página dos ABD.

 

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23 de janeiro de 2025

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) manifesta seu apoio ao Conselho Federal de Medicina (CFM) na solicitação formal enviada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio do Ofício nº 313/2025, visando à suspensão imediata da produção e comercialização de preenchedores à base de polimetilmetacrilato (PMMA) no Brasil. 

Essa medida é respaldada por evidências científicas robustas e pela crescente incidência de complicações graves relacionadas ao uso do PMMA. Entre essas complicações, destacam-se reações inflamatórias granulomatosas, que podem manifestar-se anos após a aplicação, frequentemente exigindo intervenções cirúrgicas complexas e potencialmente mutilantes. Além disso, o uso de grandes volumes desse material tem sido associado a condições como hipercalcemia e lesões renais, que, em casos mais graves, podem evoluir para insuficiência renal. 

É importante ressaltar que procedimentos estéticos invasivos exigem uma avaliação criteriosa do paciente e devem ser realizados exclusivamente por profissionais médicos qualificados. Tais intervenções devem ocorrer em locais adequados, como consultórios médicos, clínicas e hospitais, que atendam às normas de biossegurança, garantindo a proteção e o bem-estar dos pacientes. 

A Sociedade Brasileira de Dermatologia reafirma seu compromisso com a saúde e segurança da população e seguirá vigilante frente a essa questão de relevância para a saúde pública. 

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22 de janeiro de 2025

O Conselho Federal de Medicina (CFM) encaminhou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o Ofício nº 313/2025, solicitando a suspensão imediata da produção e comercialização de preenchedores à base de polimetilmetacrilato (PMMA) no Brasil. 
 
Essa solicitação fundamenta-se em sólidas evidências científicas, bem como na crescente incidência de complicações graves associadas ao uso do PMMA, incluindo reações inflamatórias granulomatosas que podem surgir anos após a aplicação, frequentemente demandando intervenções cirúrgicas complexas e potencialmente mutilantes. Ademais, o uso em grandes volumes tem sido correlacionado ao desenvolvimento de hipercalcemia e lesões renais, com risco de progressão para insuficiência renal em casos mais graves. 
 
A Sociedade Brasileira de Dermatologia reforça seu compromisso com a saúde e segurança da população e permanecerá atenta a essa relevante questão de saúde pública. 

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14 de janeiro de 2025

Considerada uma das doenças mais antigas conhecida pela humanidade, a hanseníase ainda é um desafio de saúde pública no país. Apesar de ter cura, essa doença tropical negligenciada continua afetando muitas pessoas. Buscando conscientizar a população, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) é uma das grandes apoiadoras do Janeiro Roxo, campanha nacional focada no incentivo do diagnóstico precoce e combate à doença no Brasil. Durante todo o mês, diversas ações são realizadas para marcar o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hanseníase, celebrado sempre no último domingo de janeiro.  

“Essa é uma doença infectocontagiosa de evolução crônica, que se manifesta por lesões na pele e sintomas neurológicos, como perda de sensibilidade e fraqueza nos pés e mãos. Causada por um bacilo, se propaga por meio do contato próximo e prolongado com pessoas infectadas. O diagnóstico e o tratamento demandam uma avaliação clínica detalhada, além da capacitação do médico e da equipe de saúde envolvida no cuidado desses pacientes. Nosso objetivo é mostrar à população que quando tratada precocemente, a cura é possível, caso contrário, a doença pode resultar em sequelas e deformidades físicas”, explica a secretária geral da SBD, Dra. Regina Carneiro.  

No Brasil, o tratamento é oferecido de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e pode ser realizado em casa. Entre os sinais e sintomas, destacam-se entre elas manchas na pele de coloração variável, que pode ser clara, rósea ou avermelhada, com perda de sensibilidade ao calor, frio, dor e/ou tato. Também podem surgir “caroços”, dormências, fraqueza, inchaços nas extremidades, formigamento e sensação de choque nos membros, além de problemas na via respiratória alta e nos olhos.  

“O dermatologista desempenha um papel essencial no diagnóstico e tratamento da hanseníase. Esse profissional realiza a avaliação clínica, executa testes de sensibilidade e acompanha o funcionamento dos nervos periféricos. Também é o profissional responsável por solicitar exames laboratoriais ou realizar biópsias da pele quando necessário”, esclarece Dra. Carla Andréa Avelar Pires, coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD.  

A transmissão do bacilo causador desta doença ocorre por via respiratória e o contato prolongado com pacientes ainda não tratados aumenta o risco de contágio. Sendo assim, familiares e pessoas em contato estreito com esses pacientes são mais vulneráveis e precisam ser avaliados para um possível diagnóstico precoce da hanseníase. Vale destacar, ainda, que embora todos possam ser expostos ao bacilo, a maioria das pessoas possui uma resistência natural, não desenvolvendo a doença.  

“O contágio acontece por meio de pequenas gotículas respiratórias, que podem ser expelidas pelo paciente infectado. Quando o bacilo entra no organismo, inicia-se uma batalha com o sistema imunológico, e o período de incubação pode variar de dois a sete anos”, explica a dermatologista Carla Andréa Avelar Pires.  

Desafios e números  

Em 2022, o mundo registrou 174.087 novos casos de hanseníase, o que resultou em uma taxa de detecção de 21,8 casos por 1 milhão de habitantes. Índia, Brasil e Indonésia foram os países com os maiores números de casos novos, cada um ultrapassando a marca de 10 mil registros. O Brasil segue ocupando a segunda posição global em termos de novos casos, o que o coloca na lista de países prioritários para o enfrentamento da hanseníase, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).  

No âmbito global, em 2022, foram reportados 10.302 novos casos entre crianças menores de 15 anos, o que representa uma taxa de 5,1 casos por 1 milhão nessa faixa etária, marcando um aumento de 14,6% em relação ao ano anterior. Outro dado relevante para o monitoramento da doença é o Índice de Grau de Incapacidade Física 2 (GIF 2), que em 2022 totalizou 9.554 casos, resultando em uma taxa de 1,2 por 1 milhão de habitantes — um aumento de cerca de 5,5% em comparação com 2021.  

Historicamente, a hanseníase causava grande discriminação, uma vez que não havia tratamento. Hoje, com a disponibilidade de tratamento eficaz e acessível, a doença pode ser tratada e curada sem afastamento da rotina do paciente. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, menores são as chances de sequelas físicas e maior é a chance de interromper a transmissão. O tratamento atual dura de seis a doze meses e é totalmente gratuito.    

A SBD tem atuado como uma entidade parceira e ativa do Ministério da Saúde, especialmente no que se refere à implementação de novos esquemas terapêuticos, reafirmando seu compromisso com a luta contra a hanseníase no Brasil. 

Procure ajuda ao perceber os sintomas 

Ao suspeitar dos sintomas da hanseníase, é importante procurar imediatamente uma unidade de saúde, como as unidades voltada às famílias ou um dermatologista no SUS. Para encontrar um profissional associado à SBD na sua região acesse: https://www.sbd.org.br/localizador/ . 

Conheça os projetos premiados que destacam a luta contra as dermatoses negligenciadas, como a hanseníase: 

A ILDS (International League of Dermatological Societies) premia anualmente projetos e especialistas em dermatologia, e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), indicou o trabalho do Dr. Egon Luiz Rodrigues Daxbacher, que venceu o prêmio DermLink 2025 na área de doenças tropicais, sendo reconhecido por seu trabalho em treinamento e detecção ativa da hanseníase.  

Em 2024, os indicados pela SBD também foram os grandes vencedores. Dr. Ciro Gomes foi agraciado com o prêmio DermLink Grants 2024 pelo projeto “Uma só saúde para as populações indígenas do Brasil”, que visa proporcionar cuidados dermatológicos de excelência às populações Yanomami, focando na prevenção e tratamento das dermatoses negligenciadas. 

O Dr. Carlos Chirano recebeu o prêmio na categoria Trabalho Humanitário pelo projeto “Dermato Saúde Amazonas”. A iniciativa oferece cuidados dermatológicos e cirurgias a comunidades ribeirinhas em áreas remotas da Amazônia, com atenção especial à hanseníase e outras dermatoses negligenciadas, onde o acesso à saúde é limitado. 

A Dra. Tânia Cestari foi premiada com o Certificado de Reconhecimento como Liderança Internacional por suas contribuições significativas à dermatologia, com destaque para sua pesquisa em fotomedicina, doenças pigmentares e condições imunodermatológicas, como dermatite atópica, psoríase e vitiligo. Sua carreira de mais de 100 publicações tem impactado diretamente o avanço da dermatologia mundial.  

Esses especialistas estão liderando iniciativas essenciais para melhorar o acesso ao cuidado dermatológico em regiões de difícil acesso e para populações vulneráveis, contribuindo para o controle de doenças negligenciadas e a conscientização global. 

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14 de janeiro de 2025

Nos consultórios de dermatologia, é cada vez mais comum o atendimento de pacientes que passaram por procedimentos estéticos mal executados, resultando em complicações, deformidades e resultados insatisfatórios que exigem tratamentos longos e complexos. Diante dos riscos à saúde da população, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) reforça que médicos dermatologistas ou cirurgiões plásticos são os especialistas habilitados a realizar procedimentos estéticos invasivos, para evitar consequências graves e muitas vezes irreversíveis. Um caso recente, destacado na reportagem do Fantástico, revelou a denúncia de 63 pessoas contra uma clínica de estética em Goiás, após elas sofrerem sequelas sérias. 

“Embora uma clínica aparente ter boa estrutura e seja popular nas redes sociais, é crucial que a população compreenda que procedimentos invasivos devem ser realizados apenas por médicos, profissionais capacitados para lidar com possíveis complicações. Sem esses cuidados, casos graves como o noticiado pela imprensa continuarão causando sérios danos à saúde. Essa situação está se tornando ou já é um problema de saúde pública”, explica o presidente da SBD, Dr. Carlos Barcaui. 

Entre os procedimentos estéticos invasivos, estão a aplicação de toxina botulínica (Botox), preenchedores faciais (como ácido hialurônico), bioestimuladores de colágeno, laser e tecnologias invasivas, além de peelings químicos (como o de fenol, indicado para rugas e flacidez), entre outros.   

“Um dermatologista passa por um longo processo de formação, que pode levar mais de nove anos, sendo seis anos de graduação em medicina e pelo menos três anos de especialização. Durante esse período, ele adquire as competências necessárias para realizar procedimentos clínicos, estéticos e cirúrgicos, sempre com base em uma consulta detalhada, análise da condição da pele e avaliação de indicações e contraindicações”, explica Dr. Sérgio Palma, membro da diretoria da SBD. 

A SBD recomenda que, antes de se submeter a qualquer procedimento estético, o paciente consulte um dermatologista. Esse profissional é capacitado para avaliar a saúde da pele e recomendar o tratamento mais adequado, além de orientar sobre os cuidados necessários para evitar sequelas. 

“Muitas pessoas se deixam seduzir por preços baixos oferecidos por profissionais não médicos, mas é importante lembrar que o barato pode sair caro. Fique atento a valores muito abaixo da média de mercado e, acima de tudo, priorize sua saúde e segurança”, alerta Dra. Juliana Ikino, também integrante da diretoria da SBD. 

Um estudo realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) revelou que entre 2012 e 2023, cerca de 10 mil boletins de ocorrência e processos judiciais foram registrados no Brasil, motivados pelo exercício ilegal da medicina. Esses dados, obtidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pelas Polícias Civis de 22 estados, indicam que muitos desses casos envolveram prejuízos financeiros, danos morais, sequelas e até mortes de pacientes atendidos por profissionais sem a formação médica necessária. Esses indivíduos, ao agirem com negligência e falta de qualificação, ultrapassaram os limites definidos pela Lei do Ato Médico (Lei nº 12.842/2013), que reserva aos médicos a realização de procedimentos invasivos e outras práticas. 

O crime de exercício ilegal da medicina envolve, entre outras atividades, a realização de procedimentos invasivos, que exigem conhecimento técnico especializado, obtido apenas pelos médicos, o que reduz os riscos de danos à saúde do paciente. 

A SBD reitera seu compromisso com a saúde e segurança da população. Para encontrar um dermatologista perto da sua região, acesse aqui.   

 

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6 de janeiro de 2025

O ano de 2025 começa com uma nova gestão à frente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Dr. Carlos Barcaui, que assume a presidência da SBD para o biênio 2025-2026, destaca a importância da dermatologia na saúde pública e enfatiza a necessidade de evoluir constantemente para atender as exigências da profissão e da sociedade. 

“Assumir a presidência da SBD é um grande desafio, mas também uma honra imensa. Estamos preparados para fortalecer o trabalho de excelência da nossa entidade, com o compromisso de uma educação contínua para os profissionais da área, visando aprimorar o atendimento aos nossos pacientes”, afirmou o novo presidente. 

Dr. Barcaui também ressaltou a relevância de defender os interesses da classe dermatológica e de promover as atividades de ensino, pesquisa e extensão para os mais de 12 mil associados da SBD. “Buscamos não apenas o crescimento da profissão, mas também o desenvolvimento de soluções inovadoras para o bem-estar da população brasileira”, diz ele. 

Com o apoio de sua equipe, composta por especialistas renomados, o presidente tem como missão conduzir a instituição a um novo patamar de excelência, com um olhar atento aos desafios contemporâneos, e reafirmando o compromisso com a educação e a capacitação dos dermatologistas de todo o país. 

Nova diretoria da SBD para o biênio 2025-2026: 

  • Presidente: Dr. Carlos Barcaui 
  • Vice-presidente: Dr. Lauro Lourival 
  • Tesoureiro: Dr. Márcio Serra 
  • Secretária Geral: Dra. Francisca Regina 
  • Primeira Secretária: Dra. Rosana Lazzarini 
  • Segunda Secretária: Dra. Juliana Ikino 

Clique aqui e conheça toda a estrutura corporativa. 

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23 de dezembro de 2024

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) realizou, no domingo, dia 22 de dezembro, uma ação especial na Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, como parte da campanha nacional Dezembro Laranja, que alerta sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de pele, o tipo de câncer mais comum no Brasil. 

A iniciativa aconteceu das 9h às 14h, com início em frente ao Hotel Sol Ipanema (Av. Vieira Souto, 320), e chamou a atenção dos banhistas com a presença do Papai Noel Laranja e seu trenó temático por toda orla da praia. 

“A campanha Dezembro Laranja tem como principal objetivo reforçar a conscientização sobre os cuidados com a pele, alertando a população para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de pele. A presença do Papai Noel Laranja na Praia de Ipanema é uma forma de chamar atenção de maneira lúdica, mas com uma mensagem séria: é possível aproveitar o verão com responsabilidade e proteger a sua saúde”, conta Dr. Heitor de Sá Gonçalves, presidente da SBD. 

Durante a ação, promotoras distribuiram ventarolas para reforçar a mensagem da proteção solar, além de balões personalizados, gibis da Turma da Mônica e cartilhas informativas com orientações sobre como se proteger dos danos causados pela exposição solar. O público também recebeu amostras de protetor solar, oferecidas com o apoio da marca La Roche-Posay. 

De acordo com o Dr. Carlos Barcaui, coordenador da Campanha, o objetivo da ação é levar informações práticas e acessíveis ao público em um ambiente de lazer, onde os descuidos com a proteção solar são mais frequentes. “Queremos que o Dezembro Laranja inspire mudanças de hábito e ajude a reduzir os casos de câncer de pele no Brasil, que ainda são alarmantes”, destaca o especialista. 

Sobre a Campanha Dezembro Laranja 

Desde sua criação, a campanha Dezembro Laranja da SBD tem educado milhões de brasileiros sobre os riscos do câncer de pele. Em 2024, a ação continua a conscientizar o público sobre a importância de hábitos preventivos e o diagnóstico precoce, abordando o tema de forma ainda mais personalizada, incentivando o autocuidado e a vigilância constante. Fique por dentro da campanha através do instagram @dermatologiasbd. No site sbd.org.br você também pode encontrar um especialista associado na sua região. 

Sobre La Roche-Posay 

Recomendada por 90.000 dermatologistas no mundo todo, a missão de La Roche-Posay é oferecer soluções dermatológicas de cuidado com a pele que mudam vidas. Criada por um farmacêutico em 1975, hoje a marca está presente em 60 países, oferecendo uma variedade de produtos de cuidado diário, desenvolvidos para todo tipo de pele. As fórmulas contam com propriedades calmantes, antioxidantes e água exclusiva rica em selênio, usada também no Centro Termal, o primeiro Centro Dermatológico na Europa. Desde 2019, a Fundação La Roche-Posay está comprometida em melhorar a vida de crianças com câncer e a de suas famílias. 

Para mais informações, visite o site www.laroche-posay.com e siga La Roche-Posay no Instagram e Facebook. 

 

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23 de dezembro de 2024

No dia 7 de dezembro, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promoveu uma importante ação de saúde pública, oferecendo atendimento gratuito à população em 103 postos espalhados pelo país. A ação, que teve como objetivo fazer o diagnóstico precoce de lesões suspeitas de câncer de pele e orientar a população sobre medidas de prevenção da doença, contou com cerca de 18 mil atendimentos. 

O carcinoma basocelular (CBC) foi detectado em 14,84% dos pacientes e outras pré-neoplasias representaram 11,51% dos casos. O diagnóstico de carcinoma epidermoide (CEC) ocorreu em 4,68% dos casos, enquanto melanomas malignos (MM) em 2,31% e outros tipos de tumores malignos em 1,21% dos consultados. Com outras dermatoses foram diagnosticados 41,22%, seguidos pela ausência de dermatoses em 24,23% dos casos. Vale ressaltar que um paciente pode ter mais de uma doença. 

Os dados coletados durante a iniciativa também revelaram índices preocupantes sobre os hábitos de exposição solar. Dentre os atendidos, 62,51% (11.014 pessoas) informaram que se expõem ao sol sem a devida proteção, enquanto 31,63% (5.574) afirmaram usar proteção solar e 5,86% (1.032) afirmaram não se expor ao sol.  

“Fica evidente a importância do nosso trabalho. Precisamos que cada vez mais essa conscientização sobre a utilização de filtros solares seja ampliada, assim como o horário em que é preciso evitar a exposição solar, que é de 9h às 15h, período de maior radiação”, explica o presidente da SBD, Dr. Heitor de Sá Gonçalves. 

Das consultas, 61,29% (10.800) foram destinadas ao público feminino, enquanto 38,71% (6.820) foram realizadas em homens. “A diferença de atendimento entre os sexos reflete a preocupação maior das mulheres com a saúde, por isso é fundamental fortalecer que a prevenção é para todos. Os homens também precisam prestar a atenção no seu autocuidado”, diz o coordenador da campanha, Dr Carlos Barcaui. 

Histórico de câncer de pele 

Dos atendidos 16,87% (2.972 pessoas) tinham histórico da doença, enquanto 83,13% (14.648) não possuíam.  Foram identificados como pessoas em risco para o desenvolvimento de doenças dermatológicas 58,77% (10.356), enquanto 41,23% (7.264) não se encontraram nessa condição.  

A iniciativa demonstra a importância de ações preventivas e do diagnóstico precoce para o tratamento eficaz de condições dermatológicas, enfatizando a necessidade urgente de cuidados e prevenção, especialmente em relação ao câncer de pele. 

A SBD reafirma seu compromisso com a educação em saúde e com a promoção do cuidado dermatológico como parte essencial da saúde pública. 

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20 de dezembro de 2024

O dermatologista Dr. Egon Luiz Rodrigues Daxbacher foi um dos vencedores do Prêmio Dermlink  2025, na área de doenças tropicais, concedido pela International League of Dermatological Societies (ILDS), em reconhecimento ao seu trabalho na área da saúde da pele. A premiação, que celebra as melhores iniciativas científicas e médicas em dermatologia, destaca a contribuição do trabalho intitulado “Treinamento e detecção ativa da hanseníase: atividades contínuas necessárias para o controle de uma doença tropical negligenciada.” 

 O valor concedido para a execução do projeto é de US$ 5.000,00. “Receber este prêmio é um momento de grande orgulho para mim e também uma excelente oportunidade para continuar a luta contra a hanseníase. Nosso objetivo é treinar profissionais e aprimorar a detecção precoce da doença. Estou muito grato pela confiança depositada”, disse Dr. Egon, coordenador do Departamento de Hanseníase da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). 

O presidente da SBD, Dr. Heitor de Sá Gonçalves, também parabenizou o Dr. Egon pelo prêmio. “É com grande alegria que testemunhamos essa merecida conquista. Esse projeto, que representa um grande avanço para o controle de doenças tropicais, reflete o compromisso com a saúde pública. O Dr. Egon é um exemplo de dedicação e inovação, e a SBD tem orgulho de apoiar e acompanhar de perto iniciativas como essa”, afirmou Dr. Heitor. 

“Neste ano, outros três brasileiros também ganharam prêmios da ILDS, o que mostra a potência e o protagonismo da dermatologia brasileira”, ressalta Dra. Fabiane Brenner, membro da diretoria da SBD. 

 

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20 de dezembro de 2024

O acampamento dedicado a crianças e adolescentes com doenças de pele graves e raras, o Dermacamp, aconteceu no último final de semana, de 13 a 15 de dezembro, em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo. A 24ª edição reuniu 48 participantes, incluindo crianças, acompanhantes e monitores, em uma atmosfera de acolhimento, aprendizado e diversão. 

Criado pelo Dr. Samuel Henrique Mandelbaum, médico dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD); e sua esposa, a enfermeira especializada em dermatologia Maria Helena, a iniciativa nasceu com o propósito de proporcionar um ambiente seguro e solidário para crianças com doenças cutâneas desfigurantes, que muitas vezes enfrentam desafios não só no tratamento, mas também na convivência social. 

“Observávamos, na nossa clínica, que, apesar dos tratamentos adequados, muitas vezes os pacientes não melhoravam. Isso porque faltava algo além do medicamento, faltava o apoio emocional, o conhecimento sobre as próprias doenças e a troca com outras pessoas que passavam por situações semelhantes. Foi daí que surgiu a ideia de criar uma atividade, onde essas crianças poderiam, pela primeira vez, se sentir compreendidas e empoderadas”, afirmou Dr. Samuel. 

O projeto vai além de um simples acampamento de verão. Em um formato lúdico e dinâmico, as crianças e adolescentes participam de atividades recreativas, enquanto aprendem a lidar com suas doenças de maneira leve e natural. Desde o início do acampamento, os participantes são orientados a utilizar produtos como protetores solares de forma divertida e interativa, promovendo não apenas o cuidado com a saúde, mas também o fortalecimento da autoestima. 

A cada ano, a iniciativa recebe mais reconhecimento, tornando-se uma das mais importantes na dermatologia mundial. “O projeto é o mais longevo da dermatologia brasileira e também o mais premiado. Em 2004, fomos os primeiros brasileiros a receber o prêmio da Academia Americana de Dermatologia. O reconhecimento internacional é uma prova do impacto positivo que esse acampamento tem na vida dessas crianças e suas famílias”, diz Dr. Samuel. 

Além das atividades tradicionais, como os cuidados com a pele e brincadeiras, o Dermacamp também promove um intercâmbio cultural, levando os adolescentes para atividades em São Paulo, como visitas a teatros, museus e apresentações musicais. “O nosso objetivo sempre foi mostrar para essas crianças que elas são capazes de realizar qualquer coisa, e que suas condições não devem limitar seus sonhos”, destaca o médico. 

Nenhuma criança paga nada para participar e todo o trabalho, que conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Dermatologia nacional e da regional de São Paulo, é feito por voluntários, o que torna a dedicação ainda mais significativa.  

“É um exemplo brilhante de como a dermatologia pode ser transformadora. O Dermacamp vai além do cuidado com a saúde, ele cria um espaço de acolhimento e resiliência, onde as crianças não são apenas pacientes, mas protagonistas de suas histórias,” diz o presidente da SBD, Heitor de Sá Gonçalves. 

Crianças que, antes isoladas, hoje estão se tornando jovens independentes e bem-sucedidos em suas carreiras, como direito, engenharia e até mesmo dermatologia. Dr. Samuel conta que uma das participantes afirmou que o Dermacamp é um lugar onde a criança pode ser apenas criança.  

“Para muitos, essa frase sintetiza a experiência vivida no acampamento, onde, por alguns dias, os desafios das doenças de pele dão espaço para a vivência de momentos únicos de felicidade”, conta o especialista. 

Com sua história de 24 anos e inúmeros prêmios internacionais, a ação continua a ser um farol de esperança. A cada edição, o acampamento reafirma o seu compromisso de transformar a vida de crianças e adolescentes, criando um futuro de mais inclusão. 

Os médicos dermatologistas da SBD podem fazer a inscrição dos pacientes clicando aqui. 

Já os responsáveis podem inscrever seus pequenos por meio deste link. É importante ressaltar que a participação depende da avaliação do dermatologista, que deve decidir se a criança está apta, levando em consideração sua condição clínica. Se você ainda não tem um especialista, acesse aqui e encontre o mais perto de você. 

Para saber mais entre no site dermacamp.org.br Lá você encontra mais detalhes até sobre como se voluntariar 





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