Cuide da sua pele, cabelos e unhas enquanto curte o Carnaval com segurança 



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19 de fevereiro de 2025

O Carnaval chegou, e com ele a alegria dos blocos de rua, dos desfiles e das festas. Independentemente da sua forma de aproveitar essa época festiva, é fundamental lembrar que os cuidados com a saúde da pele, cabelos e unhas são essenciais durante as celebrações. 

“É essencial utilizar filtro solar para se proteger dos danos causados pelo sol. Quanto às maquiagens e tintas, opte por produtos específicos para a pele, a fim de evitar alergias e irritações. Além disso, para prevenir problemas nos pés, como bolhas, escolha calçados confortáveis, evitando saltos, sandálias de tiras e sapatos novos”, alerta Dr. Daniel Coimbra, Coordenador do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). 

Se você está se preparando para a folia, confira abaixo as dicas essenciais da Sociedade Brasileira de Dermatologia para manter a saúde e o bem-estar durante a festa. 

Brilhos, maquiagens, pinturas, espumas e sprays para cabelo 

Esses itens, populares na época do Carnaval, podem conter substâncias que causam alergias, dermatite de contato, coceira e ardência. Evite exageros com espumas, sprays e pinturas para cabelo. No caso de maquiagens e brilhos, prefira marcas conhecidas e confiáveis. Em relação às fantasias, opte por materiais leves e evite os sintéticos. Se ocorrer qualquer tipo de irritação na pele, lave a área afetada imediatamente com água e sabonete e, se necessário, procure o dermatologista mais próximo de você no sbd.org.br. 

Hidratação é fundamental 

Beba bastante água ou água de coco. Durante o Carnaval, é fácil esquecer da hidratação devido ao calor e a agitação. Não se esqueça de aplicar hidratantes corporais e faciais para evitar o ressecamento da pele devido ao calor. 

Cuidados com os pés 

Use sapatos confortáveis e, preferencialmente, tênis, para evitar calos, traumas e cortes. Se surgir qualquer bolha, não a estoure para prevenir infecções; proteja a área com um curativo e escolha um sapato que não cause atrito. Dessa forma, você poderá aproveitar a festa por mais tempo e sem desconforto. 

Proteja-se das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) 

Durante o Carnaval, é essencial lembrar de usar preservativo. Ele previne doenças como sífilis, HIV, HPV, Hepatites B e C, além de outras infecções sexualmente transmissíveis, que podem afetar seriamente sua saúde.  

Vale lembrar ainda que existe a vacina contra o HPV que são indicadas para prevenção da infecção genital, reduzindo o risco de evolução para o câncer genital. É indicada para meninas, a partir dos 9 anos, e meninos, de 12 e 13 anos, por enquanto. Por ser uma vacina preventiva, deve ser aplicada preferencialmente antes do início da vida sexual e está disponível nos postos de saúde. Seja responsável! 

Cuidados com a proteção solar 

O sol forte do verão exige atenção redobrada. Utilize chapéu ou boné de aba larga, óculos de sol com proteção UV e, claro, protetor solar com FPS 30 (no mínimo). Reaplique o filtro solar a cada 2 horas, pois ele sai com o suor. O protetor solar físico (com cor) oferece maior aderência à pele, resistência ao suor e durabilidade. Aproveite a folia antes das 9h ou após as 15h, evitando o pico de radiação solar. Também é importante que, após o contato com frutas cítricas, lave bem a área com água e sabonete, e reaplique o protetor solar, evitando assim queimaduras e manchas. 

Ordem para aplicar os cuidados com a pele no Carnaval 

Para garantir que sua pele esteja bem protegida, comece aplicando hidratante, seguido de protetor solar e repelente, sempre nessa ordem. Caso opte por usar brilho, não deixe na pele por longos períodos e evite áreas mais sensíveis, como ao redor dos olhos. Realizar um teste com uma pequena quantidade do produto alguns dias antes pode ajudar a prevenir reações alérgicas. Para fixar o brilho na pele, você pode usar protetor labial, mas com cautela, para evitar a obstrução dos poros e o surgimento de espinhas. 

Carnaval com alegria e proteção para todos! 

 

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17 de fevereiro de 2025

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) lançam o VI Curso de Aprimoramento em Cirurgia Micrográfica, com o objetivo de aprimorar as habilidades de cirurgiões micrográficos das duas entidades, tanto formados quanto em formação.   

O curso, que conta com 12 vagas, terá duração dividida em oito módulos teóricos e será realizado no Centro de Procedimentos Ambulatoriais (CPA) da SBCD em São Paulo.

As inscrições estão abertas para associados quites SBD/ SBCD, cirurgiões micrográficos certificados pela SBD ou em formação em centros credenciados pela entidade. Os interessados devem enviar até 24/02/2025 para o e-mail micrografica@sbcd.org.br a ficha de inscrição completa junto com a Declaração do Serviço onde realizam treinamento em Cirurgia Micrográfica ou a Certificação em Cirurgia Micrográfica pela SBD.

Clique aqui e confira o edital completo.

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12 de fevereiro de 2025

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) anuncia a divulgação do edital do 59º Exame para Obtenção do Título de Especialista em Dermatologia, que será realizado neste ano de 2025. Os critérios seguem as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).

A avaliação será conduzida pela EduCAT sob supervisão da SBD e ocorrerá em duas etapas. A primeira consiste em uma Prova Teórica presencial, aplicada na Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM), em São Paulo. Já a segunda etapa é uma Prova Teórico-Prática realizada on-line, acessível apenas para os candidatos aprovados na fase inicial.

As inscrições estarão abertas exclusivamente pela internet, no período de 09h00 do dia 17 de fevereiro até 18h00 do dia 17 de março de 2025. Os interessados devem acessar o edital antes de fazer a inscrição. Clique aqui  e confira.

A aprovação no exame é requisito fundamental para a obtenção do Título de Especialista em Dermatologia, concedido pela AMB e credenciado pelo CFM.

 

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6 de fevereiro de 2025

Estratégias voltadas à vigilância, diagnóstico precoce e combate ao estigma das doenças negligenciadas, com ênfase na hanseníase e na saúde da população pediátrica foi o foco da discussão do II Seminário do Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas. O evento, que ocorreu em Brasília, nos dias 29 e 30 de janeiro de 2025, promovido pelo Ministério da Saúde em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), reuniu gestores federais, estaduais e municipais, profissionais de saúde, pesquisadores, representantes da sociedade civil e entidades científicas.

A coordenadora do departamento de hanseníase da SBD, Dra. Carla Andréa Avelar Pires, representou a instituição e ressaltou, durante sua fala, a importância da educação médica continuada e do fortalecimento da atenção primária à saúde. No discurso, a médica dermatologista destacou estratégias para o enfrentamento da hanseníase no Brasil.

“Fiz questão de destacar sobre a significativa capacitação de mais de 1.500 médicos da atenção primária em 2024, por meio dos projetos Roda Hans e Endemias. Essas ações têm sido fundamentais para aprimorar a qualificação dos profissionais de saúde, ampliar o diagnóstico precoce e reduzir o estigma e o preconceito enfrentados pelos pacientes”, destacou a especialista.

A SBD reafirma seu compromisso com a capacitação profissional, a disseminação de informações baseadas em evidências científicas e o aperfeiçoamento das estratégias de enfrentamento da hanseníase.

“A manutenção da parceria com o Ministério da Saúde e a OPAS será essencial para dar continuidade a esse trabalho em prol dos pacientes, garantindo acesso ao diagnóstico e tratamento adequados, promovendo cuidado integral e contribuindo para a redução da hanseníase como problema de saúde pública no Brasil”, conclui Dra. Regina, atual secretária geral da SBD.

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5 de fevereiro de 2025

O Dia do Dermatologista é celebrado nesta quarta-feira (5), e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) aproveitou a data para dar luz aos dados coletados durante a campanha Dezembro Laranja, de prevenção ao câncer de pele, que atendeu 18 mil pessoas para a detecção e diagnóstico precoce da doença. A iniciativa, que aconteceu em 103 postos de atendimento espalhados pelo Brasil, ofereceu consultas gratuitas à população, com orientação sobre medidas de prevenção. 

Vale lembrar que, nesta terça-feira (4), foi o Dia de Combate ao Câncer, o que torna este um momento oportuno para reforçar a importância da conscientização sobre a doença e dos cuidados com a saúde da pele. O dermatologista, como especialista na área, é o profissional indicado para orientar e tratar as questões relacionadas ao câncer de pele. 

Os resultados coletados revelaram dados preocupantes. O Carcinoma Basocelular (CBC) foi diagnosticado clinicamente em 14,84% dos pacientes, enquanto outras pré-neoplasias representaram 11,51%. O Carcinoma Epidermóide (CEC) foi identificado em 4,68% dos casos, o Melanoma em 2,31% e outros tipos de tumores malignos em 1,21%. O restante dos atendimentos revelou 41,22% de dermatoses diversas, e 24,23% dos pacientes não apresentaram qualquer tipo de doença dermatológica.  

Outro dado significativo é o comportamento da população em relação à exposição solar, já que 62,51% dos atendidos, ou 11.014 pessoas, relataram se expor ao sol sem proteção adequada, enquanto apenas 31,63% (5.574) usaram proteção solar e 5,86% (1.032) dos entrevistados afirmaram não se expor ao sol.  

A pesquisa também revelou que 61,29% dos atendimentos (10.800) foram realizados com o público feminino, enquanto 38,71% (6.820) ocorreram com homens. “A diferença de atendimento entre os sexos reflete a preocupação maior das mulheres com a saúde, por isso é fundamental fortalecer que a prevenção é para todos. Os homens também precisam prestar atenção no seu autocuidado”, explicou o coordenador da campanha e atual presidente da SBD, Dr. Carlos Barcaui.  

Em relação ao histórico de câncer de pele, 16,87% dos atendidos (2.972 pessoas) relataram ter tido a doença anteriormente, enquanto 83,13% (14.648) não tinham histórico da doença. 

“A iniciativa ressaltou, mais uma vez, a relevância das ações preventivas e do diagnóstico precoce para o tratamento eficaz do câncer de pele e de outras condições dermatológicas, portanto, neste Dia do Dermatologista, a SBD continua a reforçar a importância de um acompanhamento regular com dermatologistas e de medidas preventivas, como o uso diário de protetor solar e a busca por orientação médica em caso de qualquer alteração na pele, cabelos e unhas, afinal, nós também somos responsáveis por esses cuidados”, ressalta Dr. Barcaui.

 Clique aqui e encontre o dermatologista mais próximo da sua região. 

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4 de fevereiro de 2025

A pele é muito mais que uma camada externa, ela reflete a saúde física, emocional e até a identidade. No dia 5 de fevereiro é celebrado o Dia do Dermatologista, e em prol de conscientizar a população sobre a importância de cuidar desse, que é o maior órgão do corpo humano, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) alerta para o papel deste profissional através da campanha “Sua pele fala, só o dermatologista entende!” Clique aqui e confira o vídeo da campanha! 

“A pele dá muitos sinais e para decifrá-los e garantir um cuidado adequado, a expertise de um dermatologista é fundamental. Muitas vezes, a população esquece que a pele se trata de um órgão que precisa de atenção e cuidados individualizados”, explica o presidente da SBD, Dr. Carlos Barcaui.  

A data também homenageia esses profissionais que, além de cuidarem da saúde da pele, cabelos e unhas, desempenham um papel crucial na medicina, pesquisa e no bem-estar da população ao redor do mundo.  E, quando se fala de excelência na dermatologia, os especialistas brasileiros se destacam, com contribuições relevantes no país e no exterior. 

“Nossos profissionais não apenas contribuem com inovações e tratamentos, mas também desempenham um papel importante na humanização da medicina e no cuidado das populações mais vulneráveis, elevando o setor a um nível de renome internacional”, diz o presidente da SBD, Dr. Carlos Barcaui. 

Os dermatologistas brasileiros estão sendo referência em doenças tropicais, dermatoses negligenciadas, fotomedicina, e condições imunodermatológicas. Esse protagonismo é evidente em diversas conquistas internacionais. Muitos desses profissionais têm sido chamados a liderar iniciativas internacionais, representando o país em grandes entidades como a International League of Dermatological Societies (ILDS) e o Colégio Ibero-Latino-Americano de Dermatologia (CILAD). 

Esses especialistas são essenciais no enfrentamento de desafios globais de saúde. Recentemente, diversos deles foram agraciados com importantes prêmios internacionais.  Entre os prêmios concedidos pela ILDS, neste ano, destaca-se o Dr. Egon Luiz Rodrigues Daxbacher, que recebeu o DermLink 2025, com o projeto “Treinamento e detecção ativa da hanseníase: atividades contínuas necessárias para o controle de uma doença tropical negligenciada”. “Esse prêmio é um reflexo do esforço coletivo da nossa equipe e dos parceiros que têm se engajado no combate à doença. A dermatologia tem um papel vital na detecção precoce e na melhoria da qualidade de vida de muitos pacientes”, disse ele. 

Outro grande destaque foi o Dr. Ciro Gomes, vencedor do DermLink Grants 2024, reconhecido pelo projeto “Uma Só Saúde para as Populações Indígenas do Brasil”, voltado para as comunidades Yanomami. “O prêmio é uma validação da importância de integrar a saúde dermatológica com outras áreas da saúde pública, respeitando as especificidades culturais e sociais das populações indígenas. Estamos oferecendo cuidado e dignidade para quem muitas vezes vive à margem dos sistemas de saúde convencionais”, declarou o médico dermatologista. 

A categoria Trabalho Humanitário também teve um vencedor brasileiro de destaque: Dr. Carlos Chirano, com o projeto “Dermato Saúde Amazonas”, que leva cuidados dermatológicos às comunidades ribeirinhas da Amazônia. “Nosso trabalho é focado em levar saúde a quem mais precisa, principalmente em locais de difícil acesso. A hanseníase e outras dermatoses negligenciadas precisam de um olhar atento, e é esse olhar que estamos levando aos rincões da Amazônia”, afirmou ele. 

A Dra. Tânia Cestari, premiada com o Certificado de Reconhecimento como Liderança Internacional, tem sido uma referência em fotomedicina, doenças pigmentares e condições imunodermatológicas. “Este reconhecimento é um reflexo de anos de pesquisa dedicada, que busca entender melhor as doenças de pele e oferecer tratamentos mais eficazes. A dermatologia tem um papel fundamental na saúde global, e é uma honra contribuir para esse avanço”, declarou Dra. Cestari. 

Além dos prêmios individuais, outro marco importante foi a eleição do Dr. Omar Lupi como presidente do CILAD (Colégio Ibero-Latino-Americano de Dermatologia) para o biênio 2024-2026, que também simboliza o prestígio da dermatologia brasileira na América Latina, já que é a primeira vez em 36 anos que um brasileiro assume uma posição tão importante na instituição.  

“É um orgulho representar a dermatologia brasileira no CILAD. Acredito que nossa expertise em áreas como doenças tropicais, dermatoses negligenciadas e a aplicação de novas tecnologias tem sido fundamental para a evolução da dermatologia”, comentou o Dr. Lupi, destacando a responsabilidade de representar o Brasil no cenário latino-americano. 

Esses profissionais mostram como o Brasil se tornou um centro de referência para tratamentos inovadores e humanitários. “O Dia do Médico Dermatologista é uma oportunidade para reconhecer o trabalho incansável desses profissionais, cuja dedicação e competência têm transformado a vida de milhares de pacientes e elevando o nome do Brasil no cenário internacional. A cada conquista, a dermatologia brasileira reafirma sua liderança e compromisso com a saúde e o bem-estar de todos”, conclui o presidente da SBD, Dr. Carlos Barcaui.  

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4 de fevereiro de 2025

A comemoração pelos 100 anos dos Anais Brasileiros de Dermatologia (ABD), a renomada revista científica da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), contou com a presença da diretoria da SBD, dos editores dos ABD, presidentes das Regionais, chefes de serviço do Rio de Janeiro e representantes de diversas entidades médicas, que celebraram a data na última sexta-feira (31), na Academia Nacional de Medicina (ANM), localizada no centro da cidade do Rio de Janeiro.  

Compuseram a mesa da cerimônia Dra. Eliete Bouskela, presidente da ANM; Dr. Omar Lupi, secretário geral da ANM; Dr. César Eduardo Fernandes, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB); Dr. Carlos Barcaui, presidente da SBD; Lauro Lourival Lopes, vice-presidente da SBD; Dra. Regina Carneiro, secretária geral da SBD; Dr. Silvio Alencar Marques, diretor científico dos ABD. Uma noite de reconhecimento, ciência e compromisso com o futuro da dermatologia. Confira aqui o vídeo sobre a história do periódico exibido na celebração, que teve transmissão ao vivo pelo Instagram @dermatologiasbd. 

“Cem anos de qualquer coisa, principalmente uma revista científica, é muito raro. E nós precisamos disso cada vez mais porque precisamos educar o nosso povo e tratar os nossos pacientes. Então, a Academia Nacional de Medicina tem enorme orgulho de recebê-los aqui. Meus parabéns e muito bem-vindos à Academia Nacional de medicina”, disse Dra. Eliete Bouskela, presidente da ANM, no início da cerimônia. 

Na ocasião, Dr. Carlos Barcaui, presidente da SBD, agradeceu a acolhida e ressaltou que era uma honra enorme estar celebrando a data na ANM. 

“Gratidão à Academia Nacional de Medicina por ser nossa anfitriã nessa data comemorativa, gratidão à Sociedade Brasileira de Dermatologia, guardiã dessa história e dessa publicação, gratidão aos pioneiros que há 100 anos ousaram sonhar e criar os Anais e gratidão a cada um dos colegas que mantem viva essa tradição. Que esse centenário seja um convite para celebrarmos o passado, refletirmos sobre o presente e construirmos juntos um futuro ainda mais brilhante para a dermatologia brasileira”, ressaltou Dr. Barcaui. 

Dr. Omar Lupi destacou o quanto foi significativa a celebração ocorrer na Academia Nacional de Medicina, também repleta de história, com fundação em1829. 

“Essa comemoração do centenário dos Anais Brasileiros de Dermatologia é histórica e eu fico feliz desse momento ser comemorado dentro dessas paredes, nessa instituição a qual todos nós devemos nos orgulhar”, ressalta ele que também é presidente do Colégio Ibero-Latinoamericano de Dermatología (CILAD) 

Durante a cerimônia, Dr. Silvio Alencar Marques, diretor científico dos ABD, relembrou momentos-chaves que marcaram o desenvolvimento do periódico, consolidando-se como uma das principais publicações científicas da área no país. 

“A revista cresceu, potencializou o seu fator de impacto, e ousamos antecipar que devemos chegar a três, o fator de impacto, relativo ao ano de 2024, o que é significativo”, disse ele. 

Dr. Silvio falou ainda sobre o Conselho Decisório de junho deste ano, onde terão temas extremamente importantes a serem discutidos, debatidos e votados. “Assuntos que impactam o futuro dos Anais Brasileiros de Dermatologia, que tem a ver com a revista totalmente em inglês, persistir com versão impressa ou não, entre outros tópicos que dizem respeito intimamente ao futuro dos ABD”, explicou. 

Clique aqui e confira a reportagem completa sobre a história dos ABD. 

 

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3 de fevereiro de 2025

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a alopecia androgenética, popularmente conhecida como calvície, é uma condição comum que afeta tanto homens quanto mulheres, embora seja mais frequentemente associada ao público masculino. Trata-se de um afinamento capilar geneticamente determinado, que pode acometer pessoas de qualquer idade e é o médico dermatologista que faz o tratamento de pacientes com essa condição. 

“Algumas pessoas confundem o trabalho do dermatologista e buscam profissionais que não estão habilitados para cuidar da saúde do couro cabeludo, por isso é fundamental informarmos cada vez mais ao público que o médico dermatologista é responsável pelo cuidado da pele, cabelos e unhas, prezando pela saúde geral do paciente em suas avaliações, considerando história clínica e um exame cuidadoso para orientar e conduzir o melhor tratamento”, explica Dr. Carlos Barcaui, presidente da SBD. 

Apesar de seu nome técnico, a alopecia androgenética não está diretamente ligada aos níveis elevados no sangue dos hormônios masculinos, como se poderia imaginar pelo termo “andro”. 

“A maioria dos exames são normais, pedimos para descartar doenças ou outras causas. A alopecia androgenética ocorre pela avidez daquele fio ao hormônio, isto é, há uma tendência genética que faz com que o hormônio atue naquele fio e afine ele ao longo dos anos”, explica a coordenadora do Departamento de Cabelos da SBD, Dra. Violeta Tortelly.

Ainda de acordo com ela, a principal queixa é o cabelo mais ralo no topo da cabeça. O cabelo que está caindo mais do que o normal geralmente não é da androgenética e sim de outras causas e não deve ser confundido. 

“Na mulher a alopecia androgenética pode estar relacionada a outros sinais também ligados à hormônios como acne, irregularidade menstrual, excesso de pelos e sobrepeso. Acima de 50 anos, em média 50% das mulheres vão ter algum grau de antrogenética pela mudança hormonal pós-menopausa”, ressalta a médica.

Apesar de ser menos visível nas mulheres, pode causar grande desconforto emocional, especialmente por ser mais difícil de identificar no início. O diagnóstico precoce é essencial para evitar a progressão rápida da queda.

“No homem as características mais marcantes são o padrão de entradas e região posterior da cabeça (“coroa”) e na mulher o padrão é mais difuso em toda região superior do couro cabeludo”, conta Dra. Violeta.

Tratamento  

Tem como objetivo estagnar o processo de queda de cabelo e, em alguns casos, recuperar parte da massa capilar perdida.

De acordo com a Dra. Violeta, “os tratamentos para a queda de cabelo evoluíram bastante. As medicações orais têm melhorado significativamente, oferecendo opções mais eficazes”. 

Ela destaca ainda que, para quem já tentou tratamentos no passado sem sucesso, é importante reconsiderar as alternativas mais recentes: “Nos últimos cinco anos, tivemos grandes avanços nas medicações orais, e vale a pena buscar a orientação de um dermatologista”, afirma a especialista.

A medicação oral continua sendo a primeira linha de tratamento para a alopecia androgenética, sendo considerada mais segura e eficaz a longo prazo. Já os tratamentos injetáveis, que são utilizados em casos muito específicos e em situações mais avançadas, têm uma resposta menor e são mais caros. “Devem ser usados de forma complementar, em situações específicas”, explica a dermatologista.

É importante também que os pacientes busquem o diagnóstico correto, uma vez que nem toda queda de cabelo é causada pela alopecia androgenética. Existem condições autoimunes que podem simular o quadro, sendo necessário realizar exames para um diagnóstico preciso e, assim, um tratamento adequado.

“Os pacientes devem seguir a orientação médica e iniciar o tratamento assim que os primeiros sinais de queda forem percebidos. Em casos mais avançados, quando a queda de cabelo já é extensa e o tratamento não é mais eficaz, e o transplante capilar pode ser uma solução estética, proporcionando a recuperação da densidade capilar e melhorando a aparência do couro cabeludo”, diz Dra. Violeta.

Prevenção

Por ser uma doença de origem genética, a alopecia androgenética não pode ser completamente evitada. No entanto, existem fatores que podem agravar o quadro, como a menopausa nas mulheres e o uso de suplementação de hormônios masculinos, que podem acelerar o processo de queda.

Os cuidados com a saúde capilar, como a escolha de produtos adequados e a adoção de hábitos de vida saudáveis, podem contribuir para minimizar o impacto da condição. 

“Percebemos que essa é uma condição comum que pode afetar a autoestima de quem a enfrenta. A boa notícia é que, com o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico adequado, é possível tratar a doença e controlar seus efeitos ao longo do tempo, garantindo uma qualidade de vida melhor para os pacientes”, conclui Dra. Violeta Tortelly.

É fundamental que o paciente busque orientação de um dermatologista para encontrar a melhor solução para o seu caso. Clique aqui e encontre o especialista mais próximo da sua região.
  

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31 de janeiro de 2025

O 3º Simpósio de Hanseníase, realizado de forma online, foi um grande sucesso, teve mais de 1600 inscritos e contou com a participação de mais de 800 pessoas ao vivo. O evento, promovido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), apresentou seis palestras sobre temas fundamentais relacionados à hanseníase. Durante as apresentações, o público teve a oportunidade de interagir em tempo real com os palestrantes.  

“Dada a relevância do tema, esse é um evento gratuito promovido pela SBD, aberto aos associados, mas também para acadêmicos de medicina, residentes e médicos não associados. É fundamental contribuirmos para a disseminação de informações sobre uma doença que é tão negligenciada”, disse o presidente da SBD, Dr. Carlos Barcaui, durante a abertura do evento.    

A primeira palestra abordou o tema “Diagnóstico Precoce da Hanseníase: Desafios e Estratégias”, ministrada pela Dra. Sandra Maria Barbosa Durães. A dermatologista ressaltou a importância de identificar as pessoas que estão em contato regular com os pacientes sem tratamento, pois elas têm maior risco de contrair a doença. Além disso, ela apontou os desafios enfrentados na realização de exames, especialmente nas fases iniciais da doença.  

“O estigma, a percepção dos pacientes e seus familiares sobre a importância do exame clínico, as dificuldades sociais para que os pacientes compareçam às consultas, especialmente se não apresentam sintomas, a descentralização da assistência e a falta de testes diagnósticos nos estágios iniciais são alguns dos obstáculos”, explicou Dra. Sandra.  

Ela também sugeriu estratégias para superar essas dificuldades, como: educação em saúde para a população, educação médica continuada, estruturação da rede de assistência, e medidas como visitas domiciliares e campanhas de conscientização.  

“A busca por ferramentas inovadoras, como uso de aplicativos de reconhecimento de lesões, testes preditores de adoecimento e Georreferenciamento podem ser decisivos para o diagnóstico precoce”, acrescentou.   

Outro tema abordado foi o “Manejo dos Estados Reacionais na Hanseníase”, apresentado pela Dra. Maria Araci Pontes, assessora do Departamento de Hanseníase da SBD. Ela explicou que os estados reacionais podem afetar entre 30% e 50% dos pacientes e que pequenas alterações no sistema imunológico podem desencadear esses episódios.  

“As reações podem surgir antes, durante ou após o tratamento. Mesmo quando ocorrem após o término do tratamento, é importante entender que essas reações não têm correlação com o processo infeccioso, mas exigem atenção especial no diagnóstico e tratamento precoce, pois são as principais causas de incapacidade na hanseníase”, destacou a especialista.  

Dr. Egon Luiz Rodrigues Daxbacher, assessor do Departamento de Hanseníase da SBD, trouxe o tema “Hanseníase e Doença Sistêmica”. Ele destacou que a hanseníase pode afetar outros órgãos além de pele e nervos periféricos. “Mesmo quando a doença atinge órgãos internos, como os suprarrenais, a carga bacilar será sempre menor do que na pele ou nos linfonodos”, explicou o médico.  

Já o Dr. Ciro Martins Gomes, coordenador-Geral de vigilância da Hanseníase e Doenças em eliminação – MS, apresentou dados sobre “Panorama da Resistência Medicamentosa em Hanseníase no Brasil: Desafios e Perspectivas”, com destaque para a Região Centro-Oeste, que apresentou a maior proporção de casos de resistência medicamentosa primária e secundária.  

O simpósio também contou com a apresentação de casos clínicos por Dr. Heitor de Sá Gonçalves e Dra. Carolina Thalari. A secretária-geral da SBD, Dra. Regina Carneiro, falou sobre “Diagnósticos Diferenciais na Hanseníase: Reconhecendo Semelhanças e Diferenças Clínicas”.  

“É importante que médicos que não são dermatologistas saibam identificar as lesões de hanseníase e diferenciá-las de outras condições dermatológicas, principalmente na atenção básica”, afirmou Dra. Regina.  

Por fim, a aula do neurologista Marcus Cunha, sobre “Neuropatia Hansênica e Diagnósticos Diferenciais”, será gravada e disponibilizada para os inscritos posteriormente.  

A coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD, Dra. Carla Andréa Avelar Pires, expressou sua gratidão aos participantes: “Agradeço imensamente a todos que dedicaram seu tempo para estar aqui neste sábado pela manhã. O evento foi, sem dúvida, enriquecedor”.  

“Com a excelente participação de mais de 800 pessoas em um sábado de manhã, o simpósio marca um excelente início para a gestão da SBD, que já prepara novos eventos de atualização e troca de conhecimentos”, conclui Dra. Regina Carneiro. 

As aulas, que foram gravadas, serão disponibilizadas de 10 a 28/02.  Quem não participou do evento ainda pode se inscrever e ter acesso ao conteúdo. Clique aqui. 

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27 de janeiro de 2025

É com profundo pesar que a Sociedade Brasileira de Dermatologia comunica o falecimento do Professor Fedro Portugal, ocorrido no dia 25 de janeiro de 2025.

Nascido em 1º de julho de 1944, em Aracaju, o Professor Fedro foi uma figura ímpar, cuja trajetória de vida e carreira inspirou gerações de médicos e estudantes. Filho de professores, Maria da Gloria Menezes Portugal e Francisco Nascimento Portugal, ele herdou o amor pelo ensino e o cultivou ao longo de toda sua vida, sendo uma grande referência para a Dermatologia Sergipana e Brasileira.

Formado pela Faculdade de Medicina de Sergipe em 1968, o Dr. Fedro especializou-se em Dermatologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Como ele mesmo dizia, “ensinar é a melhor maneira de continuar estudando”. Essa filosofia o guiou em sua notável carreira acadêmica na Universidade Federal de Sergipe, onde ingressou como professor em 1973, após anos como professor convidado. Seu compromisso com a educação médica o levou a ser reconhecido como Professor Emérito da UFS.

O Professor Fedro foi um pilar fundamental na formação de médicos e dermatologistas em Sergipe. Coordenou o programa de Residência em Dermatologia, contribuindo para a formação de dezenas de especialistas. Sua dedicação à especialidade se estendeu além da sala de aula, sendo membro ativo da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Academia Sergipana de Medicina, Academia Sergipana de Educação, Sociedade Brasileira de Medicos Escritores, Sociedade Médica de Sergipe, entre outras.

Sua dedicação ao ensino, sua ética profissional e seu caráter humanista servirão de inspiração para as futuras gerações de médicos.

Nossos sentimentos de pesar e conforto para a família, amigos e a todos aqueles que tiveram o privilégio de conviver com o Professor Fedro Portugal.

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