Janeiro Roxo: Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta sobre sintomas e diagnóstico precoce da Hanseníase



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14 de janeiro de 2025

Considerada uma das doenças mais antigas conhecida pela humanidade, a hanseníase ainda é um desafio de saúde pública no país. Apesar de ter cura, essa doença tropical negligenciada continua afetando muitas pessoas. Buscando conscientizar a população, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) é uma das grandes apoiadoras do Janeiro Roxo, campanha nacional focada no incentivo do diagnóstico precoce e combate à doença no Brasil. Durante todo o mês, diversas ações são realizadas para marcar o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hanseníase, celebrado sempre no último domingo de janeiro.  

“Essa é uma doença infectocontagiosa de evolução crônica, que se manifesta por lesões na pele e sintomas neurológicos, como perda de sensibilidade e fraqueza nos pés e mãos. Causada por um bacilo, se propaga por meio do contato próximo e prolongado com pessoas infectadas. O diagnóstico e o tratamento demandam uma avaliação clínica detalhada, além da capacitação do médico e da equipe de saúde envolvida no cuidado desses pacientes. Nosso objetivo é mostrar à população que quando tratada precocemente, a cura é possível, caso contrário, a doença pode resultar em sequelas e deformidades físicas”, explica a secretária geral da SBD, Dra. Regina Carneiro.  

No Brasil, o tratamento é oferecido de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e pode ser realizado em casa. Entre os sinais e sintomas, destacam-se entre elas manchas na pele de coloração variável, que pode ser clara, rósea ou avermelhada, com perda de sensibilidade ao calor, frio, dor e/ou tato. Também podem surgir “caroços”, dormências, fraqueza, inchaços nas extremidades, formigamento e sensação de choque nos membros, além de problemas na via respiratória alta e nos olhos.  

“O dermatologista desempenha um papel essencial no diagnóstico e tratamento da hanseníase. Esse profissional realiza a avaliação clínica, executa testes de sensibilidade e acompanha o funcionamento dos nervos periféricos. Também é o profissional responsável por solicitar exames laboratoriais ou realizar biópsias da pele quando necessário”, esclarece Dra. Carla Andréa Avelar Pires, coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD.  

A transmissão do bacilo causador desta doença ocorre por via respiratória e o contato prolongado com pacientes ainda não tratados aumenta o risco de contágio. Sendo assim, familiares e pessoas em contato estreito com esses pacientes são mais vulneráveis e precisam ser avaliados para um possível diagnóstico precoce da hanseníase. Vale destacar, ainda, que embora todos possam ser expostos ao bacilo, a maioria das pessoas possui uma resistência natural, não desenvolvendo a doença.  

“O contágio acontece por meio de pequenas gotículas respiratórias, que podem ser expelidas pelo paciente infectado. Quando o bacilo entra no organismo, inicia-se uma batalha com o sistema imunológico, e o período de incubação pode variar de dois a sete anos”, explica a dermatologista Carla Andréa Avelar Pires.  

Desafios e números  

Em 2022, o mundo registrou 174.087 novos casos de hanseníase, o que resultou em uma taxa de detecção de 21,8 casos por 1 milhão de habitantes. Índia, Brasil e Indonésia foram os países com os maiores números de casos novos, cada um ultrapassando a marca de 10 mil registros. O Brasil segue ocupando a segunda posição global em termos de novos casos, o que o coloca na lista de países prioritários para o enfrentamento da hanseníase, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).  

No âmbito global, em 2022, foram reportados 10.302 novos casos entre crianças menores de 15 anos, o que representa uma taxa de 5,1 casos por 1 milhão nessa faixa etária, marcando um aumento de 14,6% em relação ao ano anterior. Outro dado relevante para o monitoramento da doença é o Índice de Grau de Incapacidade Física 2 (GIF 2), que em 2022 totalizou 9.554 casos, resultando em uma taxa de 1,2 por 1 milhão de habitantes — um aumento de cerca de 5,5% em comparação com 2021.  

Historicamente, a hanseníase causava grande discriminação, uma vez que não havia tratamento. Hoje, com a disponibilidade de tratamento eficaz e acessível, a doença pode ser tratada e curada sem afastamento da rotina do paciente. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, menores são as chances de sequelas físicas e maior é a chance de interromper a transmissão. O tratamento atual dura de seis a doze meses e é totalmente gratuito.    

A SBD tem atuado como uma entidade parceira e ativa do Ministério da Saúde, especialmente no que se refere à implementação de novos esquemas terapêuticos, reafirmando seu compromisso com a luta contra a hanseníase no Brasil. 

Procure ajuda ao perceber os sintomas 

Ao suspeitar dos sintomas da hanseníase, é importante procurar imediatamente uma unidade de saúde, como as unidades voltada às famílias ou um dermatologista no SUS. Para encontrar um profissional associado à SBD na sua região acesse: https://www.sbd.org.br/localizador/ . 

Conheça os projetos premiados que destacam a luta contra as dermatoses negligenciadas, como a hanseníase: 

A ILDS (International League of Dermatological Societies) premia anualmente projetos e especialistas em dermatologia, e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), indicou o trabalho do Dr. Egon Luiz Rodrigues Daxbacher, que venceu o prêmio DermLink 2025 na área de doenças tropicais, sendo reconhecido por seu trabalho em treinamento e detecção ativa da hanseníase.  

Em 2024, os indicados pela SBD também foram os grandes vencedores. Dr. Ciro Gomes foi agraciado com o prêmio DermLink Grants 2024 pelo projeto “Uma só saúde para as populações indígenas do Brasil”, que visa proporcionar cuidados dermatológicos de excelência às populações Yanomami, focando na prevenção e tratamento das dermatoses negligenciadas. 

O Dr. Carlos Chirano recebeu o prêmio na categoria Trabalho Humanitário pelo projeto “Dermato Saúde Amazonas”. A iniciativa oferece cuidados dermatológicos e cirurgias a comunidades ribeirinhas em áreas remotas da Amazônia, com atenção especial à hanseníase e outras dermatoses negligenciadas, onde o acesso à saúde é limitado. 

A Dra. Tânia Cestari foi premiada com o Certificado de Reconhecimento como Liderança Internacional por suas contribuições significativas à dermatologia, com destaque para sua pesquisa em fotomedicina, doenças pigmentares e condições imunodermatológicas, como dermatite atópica, psoríase e vitiligo. Sua carreira de mais de 100 publicações tem impactado diretamente o avanço da dermatologia mundial.  

Esses especialistas estão liderando iniciativas essenciais para melhorar o acesso ao cuidado dermatológico em regiões de difícil acesso e para populações vulneráveis, contribuindo para o controle de doenças negligenciadas e a conscientização global. 

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14 de janeiro de 2025

Nos consultórios de dermatologia, é cada vez mais comum o atendimento de pacientes que passaram por procedimentos estéticos mal executados, resultando em complicações, deformidades e resultados insatisfatórios que exigem tratamentos longos e complexos. Diante dos riscos à saúde da população, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) reforça que médicos dermatologistas ou cirurgiões plásticos são os especialistas habilitados a realizar procedimentos estéticos invasivos, para evitar consequências graves e muitas vezes irreversíveis. Um caso recente, destacado na reportagem do Fantástico, revelou a denúncia de 63 pessoas contra uma clínica de estética em Goiás, após elas sofrerem sequelas sérias. 

“Embora uma clínica aparente ter boa estrutura e seja popular nas redes sociais, é crucial que a população compreenda que procedimentos invasivos devem ser realizados apenas por médicos, profissionais capacitados para lidar com possíveis complicações. Sem esses cuidados, casos graves como o noticiado pela imprensa continuarão causando sérios danos à saúde. Essa situação está se tornando ou já é um problema de saúde pública”, explica o presidente da SBD, Dr. Carlos Barcaui. 

Entre os procedimentos estéticos invasivos, estão a aplicação de toxina botulínica (Botox), preenchedores faciais (como ácido hialurônico), bioestimuladores de colágeno, laser e tecnologias invasivas, além de peelings químicos (como o de fenol, indicado para rugas e flacidez), entre outros.   

“Um dermatologista passa por um longo processo de formação, que pode levar mais de nove anos, sendo seis anos de graduação em medicina e pelo menos três anos de especialização. Durante esse período, ele adquire as competências necessárias para realizar procedimentos clínicos, estéticos e cirúrgicos, sempre com base em uma consulta detalhada, análise da condição da pele e avaliação de indicações e contraindicações”, explica Dr. Sérgio Palma, membro da diretoria da SBD. 

A SBD recomenda que, antes de se submeter a qualquer procedimento estético, o paciente consulte um dermatologista. Esse profissional é capacitado para avaliar a saúde da pele e recomendar o tratamento mais adequado, além de orientar sobre os cuidados necessários para evitar sequelas. 

“Muitas pessoas se deixam seduzir por preços baixos oferecidos por profissionais não médicos, mas é importante lembrar que o barato pode sair caro. Fique atento a valores muito abaixo da média de mercado e, acima de tudo, priorize sua saúde e segurança”, alerta Dra. Juliana Ikino, também integrante da diretoria da SBD. 

Um estudo realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) revelou que entre 2012 e 2023, cerca de 10 mil boletins de ocorrência e processos judiciais foram registrados no Brasil, motivados pelo exercício ilegal da medicina. Esses dados, obtidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pelas Polícias Civis de 22 estados, indicam que muitos desses casos envolveram prejuízos financeiros, danos morais, sequelas e até mortes de pacientes atendidos por profissionais sem a formação médica necessária. Esses indivíduos, ao agirem com negligência e falta de qualificação, ultrapassaram os limites definidos pela Lei do Ato Médico (Lei nº 12.842/2013), que reserva aos médicos a realização de procedimentos invasivos e outras práticas. 

O crime de exercício ilegal da medicina envolve, entre outras atividades, a realização de procedimentos invasivos, que exigem conhecimento técnico especializado, obtido apenas pelos médicos, o que reduz os riscos de danos à saúde do paciente. 

A SBD reitera seu compromisso com a saúde e segurança da população. Para encontrar um dermatologista perto da sua região, acesse aqui.   

 

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6 de janeiro de 2025

O ano de 2025 começa com uma nova gestão à frente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Dr. Carlos Barcaui, que assume a presidência da SBD para o biênio 2025-2026, destaca a importância da dermatologia na saúde pública e enfatiza a necessidade de evoluir constantemente para atender as exigências da profissão e da sociedade. 

“Assumir a presidência da SBD é um grande desafio, mas também uma honra imensa. Estamos preparados para fortalecer o trabalho de excelência da nossa entidade, com o compromisso de uma educação contínua para os profissionais da área, visando aprimorar o atendimento aos nossos pacientes”, afirmou o novo presidente. 

Dr. Barcaui também ressaltou a relevância de defender os interesses da classe dermatológica e de promover as atividades de ensino, pesquisa e extensão para os mais de 12 mil associados da SBD. “Buscamos não apenas o crescimento da profissão, mas também o desenvolvimento de soluções inovadoras para o bem-estar da população brasileira”, diz ele. 

Com o apoio de sua equipe, composta por especialistas renomados, o presidente tem como missão conduzir a instituição a um novo patamar de excelência, com um olhar atento aos desafios contemporâneos, e reafirmando o compromisso com a educação e a capacitação dos dermatologistas de todo o país. 

Nova diretoria da SBD para o biênio 2025-2026: 

  • Presidente: Dr. Carlos Barcaui 
  • Vice-presidente: Dr. Lauro Lourival 
  • Tesoureiro: Dr. Márcio Serra 
  • Secretária Geral: Dra. Francisca Regina 
  • Primeira Secretária: Dra. Rosana Lazzarini 
  • Segunda Secretária: Dra. Juliana Ikino 

Clique aqui e conheça toda a estrutura corporativa. 

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23 de dezembro de 2024

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) realizou, no domingo, dia 22 de dezembro, uma ação especial na Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, como parte da campanha nacional Dezembro Laranja, que alerta sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de pele, o tipo de câncer mais comum no Brasil. 

A iniciativa aconteceu das 9h às 14h, com início em frente ao Hotel Sol Ipanema (Av. Vieira Souto, 320), e chamou a atenção dos banhistas com a presença do Papai Noel Laranja e seu trenó temático por toda orla da praia. 

“A campanha Dezembro Laranja tem como principal objetivo reforçar a conscientização sobre os cuidados com a pele, alertando a população para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de pele. A presença do Papai Noel Laranja na Praia de Ipanema é uma forma de chamar atenção de maneira lúdica, mas com uma mensagem séria: é possível aproveitar o verão com responsabilidade e proteger a sua saúde”, conta Dr. Heitor de Sá Gonçalves, presidente da SBD. 

Durante a ação, promotoras distribuiram ventarolas para reforçar a mensagem da proteção solar, além de balões personalizados, gibis da Turma da Mônica e cartilhas informativas com orientações sobre como se proteger dos danos causados pela exposição solar. O público também recebeu amostras de protetor solar, oferecidas com o apoio da marca La Roche-Posay. 

De acordo com o Dr. Carlos Barcaui, coordenador da Campanha, o objetivo da ação é levar informações práticas e acessíveis ao público em um ambiente de lazer, onde os descuidos com a proteção solar são mais frequentes. “Queremos que o Dezembro Laranja inspire mudanças de hábito e ajude a reduzir os casos de câncer de pele no Brasil, que ainda são alarmantes”, destaca o especialista. 

Sobre a Campanha Dezembro Laranja 

Desde sua criação, a campanha Dezembro Laranja da SBD tem educado milhões de brasileiros sobre os riscos do câncer de pele. Em 2024, a ação continua a conscientizar o público sobre a importância de hábitos preventivos e o diagnóstico precoce, abordando o tema de forma ainda mais personalizada, incentivando o autocuidado e a vigilância constante. Fique por dentro da campanha através do instagram @dermatologiasbd. No site sbd.org.br você também pode encontrar um especialista associado na sua região. 

Sobre La Roche-Posay 

Recomendada por 90.000 dermatologistas no mundo todo, a missão de La Roche-Posay é oferecer soluções dermatológicas de cuidado com a pele que mudam vidas. Criada por um farmacêutico em 1975, hoje a marca está presente em 60 países, oferecendo uma variedade de produtos de cuidado diário, desenvolvidos para todo tipo de pele. As fórmulas contam com propriedades calmantes, antioxidantes e água exclusiva rica em selênio, usada também no Centro Termal, o primeiro Centro Dermatológico na Europa. Desde 2019, a Fundação La Roche-Posay está comprometida em melhorar a vida de crianças com câncer e a de suas famílias. 

Para mais informações, visite o site www.laroche-posay.com e siga La Roche-Posay no Instagram e Facebook. 

 

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23 de dezembro de 2024

No dia 7 de dezembro, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promoveu uma importante ação de saúde pública, oferecendo atendimento gratuito à população em 103 postos espalhados pelo país. A ação, que teve como objetivo fazer o diagnóstico precoce de lesões suspeitas de câncer de pele e orientar a população sobre medidas de prevenção da doença, contou com cerca de 18 mil atendimentos. 

O carcinoma basocelular (CBC) foi detectado em 14,84% dos pacientes e outras pré-neoplasias representaram 11,51% dos casos. O diagnóstico de carcinoma epidermoide (CEC) ocorreu em 4,68% dos casos, enquanto melanomas malignos (MM) em 2,31% e outros tipos de tumores malignos em 1,21% dos consultados. Com outras dermatoses foram diagnosticados 41,22%, seguidos pela ausência de dermatoses em 24,23% dos casos. Vale ressaltar que um paciente pode ter mais de uma doença. 

Os dados coletados durante a iniciativa também revelaram índices preocupantes sobre os hábitos de exposição solar. Dentre os atendidos, 62,51% (11.014 pessoas) informaram que se expõem ao sol sem a devida proteção, enquanto 31,63% (5.574) afirmaram usar proteção solar e 5,86% (1.032) afirmaram não se expor ao sol.  

“Fica evidente a importância do nosso trabalho. Precisamos que cada vez mais essa conscientização sobre a utilização de filtros solares seja ampliada, assim como o horário em que é preciso evitar a exposição solar, que é de 9h às 15h, período de maior radiação”, explica o presidente da SBD, Dr. Heitor de Sá Gonçalves. 

Das consultas, 61,29% (10.800) foram destinadas ao público feminino, enquanto 38,71% (6.820) foram realizadas em homens. “A diferença de atendimento entre os sexos reflete a preocupação maior das mulheres com a saúde, por isso é fundamental fortalecer que a prevenção é para todos. Os homens também precisam prestar a atenção no seu autocuidado”, diz o coordenador da campanha, Dr Carlos Barcaui. 

Histórico de câncer de pele 

Dos atendidos 16,87% (2.972 pessoas) tinham histórico da doença, enquanto 83,13% (14.648) não possuíam.  Foram identificados como pessoas em risco para o desenvolvimento de doenças dermatológicas 58,77% (10.356), enquanto 41,23% (7.264) não se encontraram nessa condição.  

A iniciativa demonstra a importância de ações preventivas e do diagnóstico precoce para o tratamento eficaz de condições dermatológicas, enfatizando a necessidade urgente de cuidados e prevenção, especialmente em relação ao câncer de pele. 

A SBD reafirma seu compromisso com a educação em saúde e com a promoção do cuidado dermatológico como parte essencial da saúde pública. 

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20 de dezembro de 2024

O dermatologista Dr. Egon Luiz Rodrigues Daxbacher foi um dos vencedores do Prêmio Dermlink  2025, na área de doenças tropicais, concedido pela International League of Dermatological Societies (ILDS), em reconhecimento ao seu trabalho na área da saúde da pele. A premiação, que celebra as melhores iniciativas científicas e médicas em dermatologia, destaca a contribuição do trabalho intitulado “Treinamento e detecção ativa da hanseníase: atividades contínuas necessárias para o controle de uma doença tropical negligenciada.” 

 O valor concedido para a execução do projeto é de US$ 5.000,00. “Receber este prêmio é um momento de grande orgulho para mim e também uma excelente oportunidade para continuar a luta contra a hanseníase. Nosso objetivo é treinar profissionais e aprimorar a detecção precoce da doença. Estou muito grato pela confiança depositada”, disse Dr. Egon, coordenador do Departamento de Hanseníase da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). 

O presidente da SBD, Dr. Heitor de Sá Gonçalves, também parabenizou o Dr. Egon pelo prêmio. “É com grande alegria que testemunhamos essa merecida conquista. Esse projeto, que representa um grande avanço para o controle de doenças tropicais, reflete o compromisso com a saúde pública. O Dr. Egon é um exemplo de dedicação e inovação, e a SBD tem orgulho de apoiar e acompanhar de perto iniciativas como essa”, afirmou Dr. Heitor. 

“Neste ano, outros três brasileiros também ganharam prêmios da ILDS, o que mostra a potência e o protagonismo da dermatologia brasileira”, ressalta Dra. Fabiane Brenner, membro da diretoria da SBD. 

 

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20 de dezembro de 2024

O acampamento dedicado a crianças e adolescentes com doenças de pele graves e raras, o Dermacamp, aconteceu no último final de semana, de 13 a 15 de dezembro, em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo. A 24ª edição reuniu 48 participantes, incluindo crianças, acompanhantes e monitores, em uma atmosfera de acolhimento, aprendizado e diversão. 

Criado pelo Dr. Samuel Henrique Mandelbaum, médico dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD); e sua esposa, a enfermeira especializada em dermatologia Maria Helena, a iniciativa nasceu com o propósito de proporcionar um ambiente seguro e solidário para crianças com doenças cutâneas desfigurantes, que muitas vezes enfrentam desafios não só no tratamento, mas também na convivência social. 

“Observávamos, na nossa clínica, que, apesar dos tratamentos adequados, muitas vezes os pacientes não melhoravam. Isso porque faltava algo além do medicamento, faltava o apoio emocional, o conhecimento sobre as próprias doenças e a troca com outras pessoas que passavam por situações semelhantes. Foi daí que surgiu a ideia de criar uma atividade, onde essas crianças poderiam, pela primeira vez, se sentir compreendidas e empoderadas”, afirmou Dr. Samuel. 

O projeto vai além de um simples acampamento de verão. Em um formato lúdico e dinâmico, as crianças e adolescentes participam de atividades recreativas, enquanto aprendem a lidar com suas doenças de maneira leve e natural. Desde o início do acampamento, os participantes são orientados a utilizar produtos como protetores solares de forma divertida e interativa, promovendo não apenas o cuidado com a saúde, mas também o fortalecimento da autoestima. 

A cada ano, a iniciativa recebe mais reconhecimento, tornando-se uma das mais importantes na dermatologia mundial. “O projeto é o mais longevo da dermatologia brasileira e também o mais premiado. Em 2004, fomos os primeiros brasileiros a receber o prêmio da Academia Americana de Dermatologia. O reconhecimento internacional é uma prova do impacto positivo que esse acampamento tem na vida dessas crianças e suas famílias”, diz Dr. Samuel. 

Além das atividades tradicionais, como os cuidados com a pele e brincadeiras, o Dermacamp também promove um intercâmbio cultural, levando os adolescentes para atividades em São Paulo, como visitas a teatros, museus e apresentações musicais. “O nosso objetivo sempre foi mostrar para essas crianças que elas são capazes de realizar qualquer coisa, e que suas condições não devem limitar seus sonhos”, destaca o médico. 

Nenhuma criança paga nada para participar e todo o trabalho, que conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Dermatologia nacional e da regional de São Paulo, é feito por voluntários, o que torna a dedicação ainda mais significativa.  

“É um exemplo brilhante de como a dermatologia pode ser transformadora. O Dermacamp vai além do cuidado com a saúde, ele cria um espaço de acolhimento e resiliência, onde as crianças não são apenas pacientes, mas protagonistas de suas histórias,” diz o presidente da SBD, Heitor de Sá Gonçalves. 

Crianças que, antes isoladas, hoje estão se tornando jovens independentes e bem-sucedidos em suas carreiras, como direito, engenharia e até mesmo dermatologia. Dr. Samuel conta que uma das participantes afirmou que o Dermacamp é um lugar onde a criança pode ser apenas criança.  

“Para muitos, essa frase sintetiza a experiência vivida no acampamento, onde, por alguns dias, os desafios das doenças de pele dão espaço para a vivência de momentos únicos de felicidade”, conta o especialista. 

Com sua história de 24 anos e inúmeros prêmios internacionais, a ação continua a ser um farol de esperança. A cada edição, o acampamento reafirma o seu compromisso de transformar a vida de crianças e adolescentes, criando um futuro de mais inclusão. 

Os médicos dermatologistas da SBD podem fazer a inscrição dos pacientes clicando aqui. 

Já os responsáveis podem inscrever seus pequenos por meio deste link. É importante ressaltar que a participação depende da avaliação do dermatologista, que deve decidir se a criança está apta, levando em consideração sua condição clínica. Se você ainda não tem um especialista, acesse aqui e encontre o mais perto de você. 

Para saber mais entre no site dermacamp.org.br Lá você encontra mais detalhes até sobre como se voluntariar 

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19 de dezembro de 2024

Com o objetivo de conscientizar sobre a importância dos cuidados com a pele, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Comlurb promovem, pelo segundo ano consecutivo, uma ação especial na orla do Arpoador com apoio da marca La Roche-Posay. Parte das iniciativas do Dezembro Laranja, a mobilização aconteceu nesta manhã, 19 de dezembro, e envolveu a sociedade em um movimento de autocuidado e conscientização.  

Cada pessoa tem uma relação única com o sol. Ele está presente nos momentos mais felizes: na criança correndo pela areia, no gari que varre as ruas ao amanhecer, no turista que explora novas paisagens. Mas, ao mesmo tempo que ilumina nossas melhores memórias, o sol também pode ser o narrador silencioso de uma luta invisível: a prevenção ao câncer de pele. 

A campanha deste ano reforça que a proteção contra o câncer de pele deve ser inclusiva, acessível e adaptada às necessidades de todos. “Sua pele é a página de um futuro inesquecível”, afirma a campanha, convidando cada brasileiro a cuidar de si e a abraçar um futuro mais saudável. 

Durante a ação, garis da Comlurb, acompanhados do grupo “Chegando de Surpresa” e do gari Renato Sorriso, interagiram com banhistas e passantes. Uniformizados com camisetas alusivas à campanha e bonés da La Roche-Posay, os participantes distribuiram produtos de proteção solar e material educativo, promovendo hábitos saudáveis e incentivando o diagnóstico precoce. 

A importância da conscientização 

O câncer de pele é o tipo mais comum no Brasil, respondendo por 33% de todos os diagnósticos da doença, segundo dados do Ministério da Saúde. De acordo com a Estimativa 2023 de Incidência de Câncer no Brasil, do INCA, são esperados cerca de 220,49 mil novos casos de câncer de pele a cada ano no triênio 2023-2025. 

Esses números alarmantes ressaltam a necessidade de ações como o Dezembro Laranja, que desde 2014 mobiliza profissionais da saúde e a sociedade para promover a educação sobre prevenção e diagnóstico precoce do câncer de pele. 

Sobre a Campanha Dezembro Laranja 

Desde sua criação, a campanha Dezembro Laranja da SBD tem educado milhões de brasileiros sobre os riscos do câncer de pele. Em 2024, a ação continua a conscientizar o público sobre a importância de hábitos preventivos e o diagnóstico precoce, abordando o tema de forma ainda mais personalizada, incentivando o autocuidado e a vigilância constante. Fique por dentro da campanha através do instagram @dermatologiasbd. No site sbd.org.br você também pode encontrar um especialista associado na sua região. 

Sobre La Roche-Posay 

Recomendada por 90.000 dermatologistas no mundo todo, a missão de La Roche-Posay é oferecer soluções dermatológicas de cuidado com a pele que mudam vidas. Criada por um farmacêutico em 1975, hoje a marca está presente em 60 países, oferecendo uma variedade de produtos de cuidado diário, desenvolvidos para todo tipo de pele. As fórmulas contam com propriedades calmantes, antioxidantes e água exclusiva rica em selênio, usada também no Centro Termal, o primeiro Centro Dermatológico na Europa. Desde 2019, a Fundação La Roche-Posay está comprometida em melhorar a vida de crianças com câncer e a de suas famílias. 

Para mais informações, visite o site www.laroche-posay.com e siga La Roche-Posay no Instagram e Facebook. 

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16 de dezembro de 2024

A gestão 2023-2024 se aproxima do seu encerramento com a satisfação de ter deixado legados significativos. De acordo com o presidente da SBD, Dr. Heitor de Sá Gonçalves, as ações realizadas não apenas beneficiam os associados, mas também os profissionais em formação e a população como um todo. 

Um dos maiores feitos desta gestão foi a criação da Universidade da Pele. “A Unipele representa uma grande conquista. Ela não só atua na capacitação dos residentes e na atualização dos associados, mas também em atividades de responsabilidade social com comunidades desassistidas como grupos quilombolas e crianças em situação de vulnerabilidade, e pessoas com doenças raras ou negligenciadas tais como, xeroderma pigmentoso, albinismo e vitiligo”, afirma Dr. Heitor.   

O projeto de melhoria dos honorários médicos, é outra iniciativa de grande destaque, que representa um passo fundamental para a valorização da profissão e a sustentabilidade da carreira do dermatologista.  

“A grande maioria ainda depende das consultas às seguradoras de saúde, portanto, melhorar os honorários médicos impacta diretamente na qualidade do atendimento e no bem-estar dos profissionais. Essa medida visa a longo prazo garantir um sistema de saúde mais justo e com maior reconhecimento para os dermatologistas brasileiros”, destaca o presidente. 

A conclusão do Censo Dermatológico também é uma importante conquista. A pesquisa, que agora está sendo encaminhada para publicação, é um levantamento fundamental para o planejamento da saúde pública e privada no país. “O censo nos permite entender as doenças mais prevalentes e assim, orientar a organização dos serviços de dermatologia, tanto públicos quanto privados. Com o mesmo, também podemos orientar a formulação de políticas públicas mais eficazes, além de orientar à indústria farmacêutica em seus projetos de pesquisa e no desenvolvimento de medicamentos”, explica Dr. Heitor.    

O Histórias da Dermatologia, que visa resgatar a trajetória dos grandes vultos que contribuíram para a construção da especialidade no país também merece destaque. 

 “O resgate da nossa história é essencial para entendermos o caminho percorrido, os desafios superados e o quanto ainda temos a construir. O passado é um espelho fundamental para projetarmos o futuro da Dermatologia. Portanto, esse trabalho que celebra as conquistas da dermatologia ao longo dos anos, serve não apenas como uma homenagem ao passado, mas também como um guia para as futuras gerações de profissionais da área”, diz Dr. Heitor de Sá Gonçalves. 

A gestão também fortaleceu a comunicação interna e externa, buscando ampliar o diálogo com os associados e entre os dermatologistas e a população. Através de pautas veiculadas na imprensa e também por meio das redes sociais, que tiveram um grande salto, alcançando os 137 mil seguidores no instagram aberto. Em apenas 7 meses, de junho a dezembro o salto foi de 7 mil seguidores a mais. O SBD Cast, é outro legado, que com um episódio novo toda quarta-feira, conquistou uma audiência excelente, chegando em todos os cantos do Brasil. 

“Acredito que a comunicação eficaz é a chave para fortalecer a nossa especialidade e alcançar resultados duradouros. Através do aumento da presença digital e de novas plataformas como o SBD Cast, conseguimos não apenas nos conectar melhor com nossos associados, mas também educar e informar a população de forma mais ampla”, explica Dra. Fabiane Brenner, membro da diretoria da SBD. 

“Quanto mais informados, tanto os profissionais quanto o público, mais eficazes serão as ações de prevenção e tratamento. O acesso à informação de qualidade capacita os profissionais a tomar decisões mais assertivas e fundamentadas, ao passo que permite que a população adote comportamentos mais saudáveis e previna doenças de maneira proativa, por isso ficamos felizes com o alcance da SBD”, destaca Dr. Sérgio Palma, membro da diretoria. 

O trabalho realizado ao longo destes dois anos torna a Instituição ainda mais forte e conectada com as necessidades de seus associados e da sociedade. 

“Acredito que estamos deixando um alicerce sólido para as futuras gestões, que poderão continuar esse trabalho e transformar ainda mais a nossa especialidade. Com a sensação de dever cumprido, desejamos um Natal pleno, de paz, e um Ano Novo repleto de sonhos alcançados. Sucesso para todos os profissionais da área”, conclui Dr. Heitor. 

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13 de dezembro de 2024

O Funaderm 2024, programa de apoio à pesquisa dermatológica, foi um grande sucesso neste ano, marcando um recorde histórico com a aprovação de 12 trabalhos, todos selecionados para receber financiamento. A iniciativa visa fortalecer a pesquisa técnico-científica e promover avanços significativos em diversas áreas da Dermatologia.  

Os temas variam desde o tratamento de doenças de pele até o estudo de novas terapias para condições dermatológicas complexas. O financiamento desses estudos oferece uma nova esperança para inovações no campo, além de proporcionar avanços no entendimento e no tratamento de doenças como psoríase, vitiligo, acne e alopecia, entre outras.  

“Esse recorde é um reflexo do grande momento que a dermatologia vive no Brasil, mostrando o potencial de nossa comunidade científica e o compromisso com o aprofundamento de estudos nas áreas de imunologia, genética e terapêuticas das doenças dermatológicas. É uma grande satisfação ver tantos projetos com alto impacto sendo viabilizados”, afirma Dr. Heitor de Sá Gonçalves, presidente da SBD.    

Entre os aprovados, destaque para a “Avaliação da expressão de Aquaporina-3 em doenças bolhosas”, de Denise Miyamoto, que busca entender melhor as causas dessas condições e suas terapias. Outra importante abordagem é a da Profa. Edileia Bagatin, que testa a eficácia do microagulhamento versus o laser fracionado de CO2 no tratamento de cicatrizes de acne.  

“O Funaderm 2024 cobre uma vasta gama de pesquisas que abordam desde aspectos genéticos de melanomas até terapias inovadoras para psoríase e alopecia. Temos a oportunidade de transformar a forma como tratamos e diagnosticamos doenças dermatológicas, além de abrir novas possibilidades terapêuticas para milhões de pacientes”, ressalta Dr. Mauro Enokihara, presidente do Funaderm.  

Alguns dos selecionados focam em doenças de difícil tratamento, como a epidermólise bolhosa pruriginosa, que está sendo estudada por Luciana de Paula Samorano, e a pesquisa sobre o herpes simples vírus em crianças com dermatite atópica e erupção variceliforme de Kaposi, conduzida por Marcia Cristina Moreira Menoncin.  

Além disso, há investigações sobre o impacto de tratamentos não convencionais, como o ensaio clínico randomizado sobre o uso do tofacitinibe no tratamento da psoríase palmoplantar não pustulosa, coordenada por Paula Hitomi Sakiyama.  

Confira os demais aprovados:   

Ações da isotretinoína sobre a cartilagem de crescimento, por Fabíola Rosa Picosse;  

Avaliação de biomarcadores cutâneos como preditores de resposta à fototerapia UVB de banda estreita no vitiligo, por Helena Zenedin Marchioro;  

Psoríase, suas terapias e associação com o desenvolvimento de neoplasias malignas na população brasileira, por Leandro Linhares Leite;  

Análise genética comparativa de melanomas acrais plantares em áreas sob estresse mecânico e áreas poupadas, por Lucas Campos Garcia;   

Avaliação da eficácia do uso oral e tópico de linhagens de bifidobacterium em modelo experimental de psoríase, por Simone Helena da Silva;  

Avaliação da eficácia do clobetasol 0,05% solução no tratamento da alopecia de padrão feminino: um ensaio de prova de conceito, por Stéfany Silva Santos;   

Mesoterapia com dutasterida 0,01% versus placebo para tratamento de alopecia androgenética masculina: ensaio clínico randomizado, por Vitoria Gandur Pigari. 





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