Setembro: Sociedade Brasileira de Dermatologia lança campanha nacional para conscientização e identificação de tratamento da dermatite atópica



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14 de setembro de 2023 0

Hoje é o Dia Mundial da Dermatite Atópica e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulga a sua campanha de Conscientização da Dermatite Atópica e as diferentes abordagens de tratamento.

“A dermatite atópica está entre as enfermidades mais frequentes da dermatologia. Possui uma natureza crônica ou crises alternadas por períodos em que a pele fica ‘normal’, ou, sem lesões aparentes. Ainda assim, nesses períodos, a dermatite apresenta uma inflamação subclínica, não visível a olho nu. Muito similar àquela observada nos pulmões de pacientes com asma ou na mucosa nasal, em pacientes com rinite alérgica. É uma inflamação persistente mesmo em períodos de acalmia das crises”, explica Gleison Duarte, Coordenador da Campanha Nacional de Dermatite Atópica da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

“A Campanha da Dermatite Atópica é extremamente válida, pois hoje sabemos que é uma doença muito prevalente, mas pouco conhecida. Muitos pacientes chegam ao consultório e falam que apresentam uma alergia ou coceira ou confundem com urticária e até com dermatite de contato, que ocorre com contato íntimo com alguma substância à qual a pessoa é alérgica. Além do pouco conhecimento da doença, é também é preciso esclarecer seu impacto na qualidade de vida do paciente e dos familiares e que, felizmente, muitos tratamentos estão hoje disponíveis, destaca. Hoje já temos um arsenal para tratar bem os pacientes, mas permanece a luta para que estes tenham acesso aos novos tratamentos”, frisa Gleison. Ele lembra que a rede pública oferece tratamento e que casos de maior gravidade são principalmente referenciados aos Hospitais Universitários, que possuem ambulatórios de referência”, completa.

A doença tem base genética que causa inflamação e defeito de barreira na pele, levando ao aparecimento de lesões e coceira. Não é contagiosa e sua causa exata é pouco conhecida, e atinge pessoas de qualquer idade, de crianças a idosos. Ela traz lesões avermelhadas, escamosas, pele ressecada, coceira intensa, que causam prejuízo no sono, na concentração, constrangimento e até isolamento social. Comorbidades são frequentes, como ansiedade, depressão e até mesmo pensamentos suicidas em casos graves.

Na atualidade há medicamentos que controlam da doença. Pomadas ou cremes são eficazes no controle da dermatite atópica leve devendo ser indicados com acompanhamento médico, para evitar efeitos colaterais a longo prazo.

 

Nos casos mais graves, os pacientes poderão precisar de tratamentos sistêmicos, como fototerapia, medicações orais ou imunoterapias subcutâneas. O tratamento em formas moderadas e graves precisa ser compreendido como um controle de doença crônica, e que uma vez sendo suspenso pode ser acompanhado de retorno da atividade da doença. No Brasil, hoje, dispomos de uma medicação imunobiológica subcutânea e de três novas tecnologias orais aprovadas para tratar dermatite atópica moderada a grave com falha ou contraindicação às terapias convencionais.

 

Contrariando o tratamento da dermatite décadas atrás, atualmente são raras as necessidades de restrições alimentares para esses pacientes, exceto quando há comprovação de alergia àquele determinado alimento. Os cuidados principais são relacionados com a temperatura do banho que deve ser amena, a hidratação que deve ser feita pelo menos uma vez ao dia, exposição ao sol moderada, restrições contato com produtos de limpeza, especialmente nas dermatites que envolvem as mãos, cloro de piscina e outras orientações que são feitas caso a casos.

 

O médico Coordenador da Campanha lembra que “há uma diferença entre o que está disponível hoje para pacientes de planos de saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS), que não tem um protocolo específico para a doença. Há necessidade de incorporação no SUS desde os hidratantes até as medicações pois diante dos custos dos tratamentos muitos acabam por abandono os tratamentos. Há ainda o medo dos corticosteroides em cremes, que são parte fundamental do tratamento nas formas leves, mas ao mesmo tempo a necessidade de conscientizar sobre uso correto, pelo tempo prescrito. Por conta da má utilização, com uso excessivo e uso podem ocorrer efeitos colaterais locais, como estrias, e até sistêmicos, como aumento de colesterol e glaucoma. “Para os pacientes de planos de saúde avanços importantes ocorreram com a inclusão de um medicamento na lista de cobertura obrigatória do rol da ANS – agência de saúde suplementar.

 

A campanha trará o esclarecimento de porta-vozes, divulgação nas redes sociais, mídia e canais oficiais da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

 

Importante lembrar:

 

-A dermatite atópica (DA) é uma realidade para milhões de brasileiros. Ela é uma doença genética e crônica que tem como principias sintomas a pele seca e uma coceira constante que pode levar à vermelhidão e à até ferimentos.

-Apesar de não ser contagiosa, o preconceito e a vergonha são outras marcas que estão sempre presentes na vida daqueles que sofrem com a Dermatite Atópica. E estes sinais representam não apenas a doença, mas também as pessoas que estão envolvidas com ela. 

– A boa notícia é que diferentes abordagens estão abrindo novos caminhos para o tratamento da dermatite atópica.

– É neste contexto de exposição e esperança que a campanha de conscientização Sinais que Representam, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é lançada, disponibilizando para todos que convivem com a doença, vídeos e conteúdos sobre os sintomas, mitos e verdades e as diferentes abordagens de tratamento que estão aparecendo. Tudo elaborado por médicos dermatologistas da SBD.

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7 de setembro de 2023 0

Equipe/Diretoria da SBD na foto

 

Começou o 76º Congresso de Dermatologia da SBD

No primeiro dia do Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia, realizado no Centro de Convenções Centrosul, em Florianópolis, em Santa Catarina, os participantes tiveram a oportunidade de imergir em temas relevantes para a área de atuação, como Cosmiatria, Oncologia Cutânea e doenças de pele, cabelo e unhas.

 

 

Da esquerda para a direita: Dra. Andréia Ramos ao lado do DR Heitor, presidente da SBD e Dra Regina Carneiro

 

Abaixo, destacamos algumas das aulas como:

1 – Dermatoses em comunidade LGBTQIAP+

A palestra, coordenada pelos médicos Felipe de Carvalho Aguinaga e Márcio Soares Serra, abordou as dermatoses mais comuns entre a população LGBTQIAP+, especialmente em pacientes transgênero, que fazem uso de hormônio. O Dr. Felipe Aguinaga destacou as possibilidades de tratamento para acne em homens transgênero, revelando que esta dermatose é agravada pelo uso contínuo de testosterona e também pelo ‘binder’ – faixa comumente usada por pacientes trans não mastectomizados para disfarçar os seios. Já o Dr. Canuto Leite de Almeida Junior falou sobre alopecia androgenética em homens e mulheres transgêneros. Ele reforçou a necessidade de um olhar especialmente cuidadoso para esses pacientes e a crescente personalização dos tratamentos, que incluem transplantes capilar e de barba.

2 – Vitiligo

A Dra. Helena Marchioro trouxe a atualização na patogênese do vitiligo, as principais causas para o aparecimento da doença, que pode estar relacionada a fatores genéticos, alterações morfofuncionais e induzido por agentes químicos, e as possibilidades de tratamento com fototerapia. Já o Dr. Hélio Miot abordou os inibidores da via JAK-STAT no vitiligo e analisou alguns casos clínicos.

A palestra contou ainda com a participação do convidado internacional Dr. Seemal R. Desai, dos Estados Unidos, que explorou as atualizações terapêuticas para o vitiligo, indicando o uso de esteroides sistêmicos para estabilizar a doença. “É necessária uma abordagem multidisciplinar para tratar o vitiligo.”, afirmou.

3 – Psoríase

O Dr. Seemal R. Desai ofereceu uma visão profunda e técnica sobre a psoríase em pele negra, trazendo dados mundiais sobre a doença. Ele destacou a importância da biópsia para confirmar o diagnóstico, que é, muitas vezes, confundido com outras doenças na pele negra. O Dr. Dimitri Luz Felipe da Silva enfatizou a importância do papel do dermatologista nos casos em que os pacientes com psoríase apresentam comorbidades e reforçou a necessidade de um olhar holístico para o paciente, exemplificando com alguns casos clínicos “Precisamos avaliar cada caso, pedir exames completos, verificar as taxas do paciente e não apenas tratar aquela lesão na pele”. A Dra. Juliana Nakano também trouxe casos clínicos para abordar a psoríase em áreas especiais.

4 – Oncologia cutânea não cirúrgica

Na palestra sobre Oncologia cutânea não cirúrgica, foram apresentadas diferentes abordagens para tratamento do câncer de pele sem intervenção cirúrgica, tais como terapia fotodinâmica, quimioterapia tópica e injetável, radioterapia e modificadores da resposta imune (imiquimode). O Dr. Marcello Menta Simonsen Nico apresentou alguns casos de sucesso com infiltração instralesional em pacientes com lesões em diferentes partes do corpo.

5 – Inovações em cosmiatria: procedimentos emergentes

A palestra sobre procedimentos emergentes, coordenada pelos médicos Gabriel Lazzeri Cortez e Karime Marques Hassum, ofereceu uma análise das últimas perspectivas em cosmiatria. Diversos especialistas abordaram as inovações mais recentes: PRP, esvaziadores, mesoterapia, drug delivery, desoxicolato, fios de sustentação, entre outros, apresentando um panorama de onde estamos e para onde segue a dermatologia cosmiátrica.

Essas palestras destacam a amplitude e profundidade dos tópicos abordados neste Congresso, demonstrando como a Dermatologia está na vanguarda da Medicina atual.

Para mais informações e detalhes sobre as próximas sessões, visite o site oficial do congresso: https://eventos.sbd.org.br/76csbd/.

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13 de julho de 2023 0

 

Alerta da Agência para Cuidados está no link abaixo, na íntegra:

“Anvisa publicou uma nota técnica sobre serviços de estética e embelezamento. A Nota Técnica GGTES/DIRE3/Anvisa 15/2023 tem como objetivo orientar os profissionais de vigilância sanitária sobre o que verificar nas inspeções e fiscalizações sanitárias, para garantir a segurança e a qualidade dos produtos e serviços oferecidos nesses estabelecimentos.

A Agência recebe e monitora denúncias recebidas sobre os serviços de saúde e os serviços de interesse à saúde. Nos últimos anos, a Anvisa constatou que os serviços de estética e embelezamento aparecem como os mais denunciados e reclamados, com uma média de 60% das denúncias”.

 

https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2023/nota-tecnica-orienta-sobre-fiscalizacao-sanitaria-em-servicos-de-estetica-e-embelezamento

 

Na imagem: Fachada do edifício sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)/ Foto: EBC

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10 de julho de 2023 0

Caro Residente/Especializando de Serviço Credenciado da SBD e dermatologistas da SBD,

Como parte do Programa de Bolsas Internacionais para Países em Desenvolvimento, a Academia Americana de Dermatologia (AAD), oferece anualmente aos residentes/especializandos e dermatologistas que tenham até 03 anos do término da residência no momento da Reunião Anual da AAD 2024, a oportunidade de concorrer a duas bolsas para participação no Meeting da AAD, a ser realizado de 8 a 12 de março de 2024, em San Diego, Califórnia, EUA. Os bolsistas que já foram contemplados com o programa não poderão concorrer ao concurso, e a escolha privilegiará dois médicos que nunca participaram do Meeting.

A bolsa de estudos inclui $1,500 – $2,000 dólares para o auxílio com as despesas da viagem; inscrição gratuita no Meeting 2024; uma sessão científica paga e um convite para o jantar com os líderes da AAD.

Para concorrer, os residentes/especializandos de Serviço Credenciado da SBD e dermatologistas deverão atender aos seguintes pré-requisitos:

  • Ter fluência na língua inglesa;
  • Estar cursando a residência/estágio de dermatologia em Serviço Credenciado da SBD ou ter até 03 anos de conclusão da residência médica em dermatologia em Serviço Credenciado da SBD no momento da Reunião Anual da AAD (março 2024);
  • Enviar para a Comissão Científica o resumo de um trabalho (abstract em inglês), que deverá seguir o mesmo modelo solicitado pela AAD.

     

Modelo obrigatório para envio do trabalho Strauss & Katz World Congress Fund Scholarship

  • Title of Abstract (*)
  • What percentage of the total cost of this research was supported by funding from a source other than
    yourself? (*)
  • List the Source(s) of funding
  • Poster Category – Choose one (*)
  • Acne
  • Aesthetic Dermatology
  • Aging/Geriatrics
  • Art, History, & Humanities of Dermatology
  • Basic Science
  • Clinical Dermatology & Other Cutaneous Disorders
  • Connective Tissue Diseases
  • Dermatitis, Atopic
  • Dermatitis, Contact, Allergic & Irritant
  • Dermatopathology
  • Dermatopharmacology/Cosmeceuticals
  • Digital/Electronic Technology
  • Education & Community Service
  • Epidemiology & Health Services Administration
  • Genodermatoses
  • Hair & Nail Disorders
  • Immunidermatology & Blistering Disorders
  • Infection – Bacterial & Parasitic
  • Infection – Fungal
  • Infection – Viral
  • Internal Medicine Dermatology
  • Lymphoma, Cutaneous/Mycosis Fungoides
  • Melanoma & Pigmented Lesions
  • Non-melanoma Skin Cancer
  • Pediatric Dermatology
  • Pharmacology
  • Photobiology, Phototherapy & Photosensitivity Diseases
  • Pigmentary Disorders & Vitiligo
  • Psoriasis & Other Papulosquamous Disorders
  • Surgery – Cosmetic
  • Surgery – Dermatologic
  • Surgery – Laser
  • Wound Healing & Ulcers
  • Abstract Introduction (*) ​Character count: 0 / 800
  • Methodology (*) Character count: 0 / 600
  • Results (*) Character count: 0 / 600
  • Conclusion (*) Character count: 0 / 600
  • Personal Statement (*) (please explain in 500 words or less how receiving this scholarship would help your professional development)
    ​Word count: 0 / 500

Os interessados devem enviar um e-mail para Bárbara (barbara@sbd.org.br) contendo a submissão do abstract e a declaração de estar cursando residência/estágio de dermatologia em Serviço Credenciado da SBD e no caso de conclusão da residência/estágio, enviar o certificado de conclusão em dermatologia. O abstract deverá ser anexado no formato.doc (Word) ou PDF sem nenhuma identificação. No corpo do e-mail deverão conter o nome completo e o comprovante de estar cursando, caso seja residente, ou da conclusão da residência em Serviço Credenciado da SBD.

O prazo final para o envio é dia 30 de julho.

Atenção: O mérito científico será avaliado pelos membros da Comissão Científica de forma anônima. A indicação dos dois residentes pela Sociedade Brasileira de Dermatologia não garante a premiação automática. O Comitê Avaliador da Academia Americana de Dermatologia ficará responsável pela escolha final dos contemplados. Portanto, aguardamos o recebimento dos resumos e desejamos boa sorte!

 

 

Imagem do post: Freepik

 

 

 

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12 de junho de 2023 0

 

Nota técnica da Sociedade Brasileira de Dermatologia

Tinturas Capilares sem PPD

 

A parafenilenodiamina (PPD ou PPDA) é o principal componente das tinturas de cabelo, podendo incitar reações graves em pacientes alérgicos. Ela possui grande capacidade de penetração na pele e alto poder alergênico, ou seja, grande capacidade de gerar dermatite.

Diversos sinônimos da PPDA podem ser identificados nos rótulos, como: 1,4-diaminobenzeno, p-aminoanilina, 1,4-benzenodiamina, p-benzenodiamina, 1,4-fenilenodiamina, p-diaminobenzeno, 4-aminoanilina, CI 76060, Ursol D.

Além disso, a PPDA ainda possui reações cruzadas com outras substâncias, dentre elas: aminoazobenzeno, paratoluenodiamina (PTD), 2-nitro-4-fenilenodiamina, 4-aminophenol (p-aminophenol), 3-aminophenol (m-aminophenol), corantes têxteis (Disperse Yellow 3, Disperse Orange 3), sulfoniluréias, PPD-mix, hidroquinona, antraquinona, benzocaína, sulfas, IPPD, fotoprotetores à base de PABA (ácido para aminobenzóico) e o anti-inflamatório celecoxibe.

Muitas das tinturas com a inscrição no rótulo de “sem PPD” contém ao menos uma das substâncias acima, tornando perigoso o seu uso por pacientes alérgicos à PFDA.

Os rótulos com a inscrição “sem PPD” ou “sem PPDA”, ou ainda “tintura hipoalergênica”, NÃO são necessariamente seguros para indivíduos alérgicos a PPDA. Somente a leitura atenta de todos os ingredientes da tintura pode garantir a segurança do uso em pacientes alérgicos.

 

Foto: https://br.freepik.com/

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29 de agosto de 2022 0

Cuidados básicos e diários com a higiene do corpo podem ter um grande impacto na preservação da saúde, bem-estar e autoestima, evitando o risco de contrair micoses e outras doenças contagiosas que afetam a pele, o cabelo e as unhas. Para esclarecer as dúvidas mais frequentes sobre como prevenir esses problemas, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) elaborou um guia prático que oferece recomendações importantes para a população em geral, com linguagem acessível e didática.

Com essa publicação, distribuída gratuitamente, espera-se fazer contraponto à circulação de informações falsas e distorcidas, sobretudo nas redes sociais. Para ampliar o espectro de esclarecimentos focados na população, a SBD também preparou dois podcasts com orientações acessíveis sobre os problemas causados por fungos na forma de micoses que afetam a pele e as unhas, principalmente

LEIA AQUI O GUIA COMPLETO

O documento – apresentado ao especialistas e pacientes durante o 75º Congresso da Sociedade de Dermatologia (CSBD), realizado na capital paulista – traz dez orientações que podem ser facilmente incorporadas à rotina e que, se seguidas, evitam problemas de saúde na pele e nas unhas. Para tanto, são usadas recomendações referenciadas por médicos dermatologistas e documentos científicos.

O trabalho destaca que a pele é o maior órgão do corpo humano, sendo suscetível a doenças – como infecções causadas por fungos ou bactérias – que, se não forem diagnosticadas e tratadas, podem se agravar e atingir até mesmo órgãos internos. Neste contexto, os responsáveis pelo documento ressaltam que a higiene é o melhor caminho para uma pele saudável. No entanto, há alguns cuidados que precisam ser tomados. Confira a seguir algumas das principais orientações disponíveis no guia:

Higienização – Um dos pontos citados no texto diz respeito à quantidade de banhos por período. De forma geral, o guia destaca que, ao contrário do que muitos pensam, uma ducha ao dia já é o suficiente. O recomendado é que seja com água morna, próxima de 37°C (temperatura normal do corpo), pois as temperaturas altas contribuem para o ressecamento da pele. Além disso, explica o documento, o corpo entende que há necessidade de produzir novamente oleosidade, o que pode piorar doenças lipodependentes (que dependem de gordura), como dermatite seborreica e pano branco (pitiríase versicolor), entre outras.

Outro item que chama a atenção é o que se refere à troca de lençóis e fronhas, que deve ser feita ao menos uma vez na semana. Já as colchas podem ser substituídas em intervalos maiores, de três em três meses.  No caso de roupas (como calcinhas, cuecas, meias, blusas e camisas), a regra de ouro é usar uma vez e lavar.  Com outras peças do vestuário, os intervalos podem ser maiores, mas é aconselhável observar o clima. Em dias muito quentes, como a umidade e calor são alimentos para bactérias e fungos, é melhor lavar a peça por conta do suor.

Cuidados – Entre os cuidados básicos recomendados pelos dermatologistas para prevenir e evitar a transmissão de doenças da pele, destacam-se o não compartilhamento de toalhas e sabonetes em barra. Os especialistas alertam: só é possível dividir produtos de higiene para o corpo quando não há contato direto da substância com as mãos, como em sabonetes líquidos ou em gel

Em relação aos sabonetes, o guia da SBD destaca ainda ser necessário cuidado com o tipo que é utilizado. Segundo o guia, o uso indiscriminado de produtos antissépticos provoca o ressecamento da pele e  remove a camada protetora de gordura. Portanto, artigos desse tipo só devem ser utilizados sob recomendação médica, de preferência do dermatologista.

A indicação médica é primordial também no cuidado com as micoses. Muitas pessoas utilizam remédios para seu tratamento sem antes passar por uma avaliação médica. Porém, sublinham os especialistas: esse hábito está errado e precisa ser evitado, pois pode mascarar a doença de base.

“Incorporar essas medidas básicas ao dia a dia é um grande passo para a prevenção de doenças na pele e unhas. Porém, mais um cuidado é fundamental: quando surgirem irritações, incômodos ou coceiras, entre outros sintomas, se consulte com um médico dermatologista, o mais rápido possível. Essa ação proporcionará o melhor diagnóstico e o tratamento imediato”, enfatiza o presidente da SBD, Mauro Enokihara.

Informação – Além do guia, a SBD tem se preocupado em alertar por outros meios sobre o tema e a necessidade de visitar um especialista em caso de aparecimento de sinais ou sintomas na pele. Recentemente, foram lançados dois podcasts pela SBD que abordam esses problemas de pele: um sobre micose e outro sobre micoses de unhas. Para ouvir as entrevistas que trazem uma série de orientações e esclarecem dúvidas, basta acessar o canal Palavra de Dermato, mantido pela Sociedade no spotify e em outras plataformas de streaming.

CLIQUE AQUI E CONFIRA OS PROGRAMAS NA ÍNTEGRA

Em forma de bate-papos descontraídos e com linguagem acessível, os especialistas explicam as características dos diferentes tipos de micose, falam sobre como prevenir e orientam sobre os possíveis tratamentos. Além disso, ressaltam a relevância de se visitar um dermatologista, pois é fundamental para fazer o diagnóstico correto e indicar o melhor tratamento, uma vez que nem toda alteração na unha é micose e nem toda descamação nos pés é micose.

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8 de julho de 2022 0

O que é skincare e por que incorporar esses cuidados à rotina? Quais são os produtos corretos para cada pele? Como prevenir doenças e tratar problemas, como dermatite, psoríase e alopecia? Essas são algumas das perguntas que, com certeza, todo mundo já fez para algum amigo ou parente. Às vezes, o tema até motivou uma busca na internet. Porém, essa curiosidade pode ter esbarrado em obstáculos importantes: fontes não confiáveis, fake news, promessas de cura e tratamento sem base cientifica. Para proteger a população desses riscos, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lança nesta sexta-feira (8) um projeto desenhado para quem busca e precisa de cuidados e orientações.

A resposta da SBD às dúvidas dos brasileiros vem na forma de um canal de podcasts: o Palavra de Dermato. O projeto trará semanalmente conteúdo produzido por dermatologistas associados à entidade, que estão entre os maiores especialistas do País e do mundo em assuntos relacionados à pele, cabelos e unhas. São profissionais que falam com propriedade e base cientifica sobre prevenção de doenças, cuidados cosmiátricos, novos procedimentos, entre outros.

Episódios – O “Palavra de Dermato” pode ser acessado pelo Spotify e contará com um episódio novo a cada sexta-feira. O projeto conta com o apoio institucional da Vichy, Skinceuticals, La Roche Posay e Cerave. Os episódios sempre serão anunciados pelo site da SBD, bem como pelos seus perfis de redes sociais, sendo que a população tem acesso gratuito ao conteúdo aos episódios.

Uma inovação neste projeto é incorporar as dúvidas e comentários que forem encaminhados pelos ouvintes como fontes para alimentar pautas e debates. “Há inúmeros sites e blogs que falam sobre cosméticos e procedimentos dermatológicos. No entanto, há muitas fake news espalhadas pelas redes sociais. Com o Palavra de Dermato, a SBD quer divulgar informação séria, de qualidade, mas numa linguagem acessível e amigável a todos os públicos. Por isso, estaremos atentos às contribuições que chegarem”, enfatiza o presidente da SBD, Mauro Enokihara.

Com esse projeto, a Sociedade Brasileira de Dermatologia pretende, além de orientar a população, reforçar a importância dos médicos especialistas nos cuidados com a saúde de cabelos, unhas e pele. Segundo Beni Grinblat, 2º secretário e diretor de Comunicação da SBD, a proposta “inaugura um novo canal de diálogo com a comunidade, ampliando o espaço de SBD como referência no que se refere à saúde e dando à população subsídios para evitar conteúdo inadequado, sem embasamento científico e com risco de causar danos”.

Papel do dermatologista – Na sexta-feira da estreia, o Palavra de Dermato vai colocar dois podcasts no ar. No episódio 1, o ouvinte saberá “O que o dermatologista pode fazer por você”. Numa rodada, que contou com a participação de Mauro Enokihara, Beni Grinblat e de Heitor de Sá Gonçalves, vice-presidente da SBD, são abordadas questões como a formação desses especialistas, os tipos de ajuda que eles podem oferecer e a importância de contar com eles nas etapas de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, bem como durante os cuidados cosmiátricos.

CLIQUE AQUI E UÇA O EPISÓDIO 1 NA ÍNTEGRA

“A dermatologia é um campo extremamente rico e diverso. Por isso, é importante que a população entenda como um especialista é capaz de ajudar de forma ampla. No mesmo dia, podemos ajudar pacientes com queixas mais simples e outros que estão numa luta mais intensa como alguma doença de pele, que sabemos que mexe diretamente com a autoestima. É uma formação linda e que pode ajudar na melhora da vida de uma pessoa”, declara Heitor Gonçalves.

Cuidados com a pele – No episódio 2, o ouvinte do Palavra de Dermato terá acesso a orientações sobre o chamado skincare, a rotina de cuidados com a pele recomendada pelos especialistas. O tema foi abordado durante um bate-papo descontraído com a participação de Cláudia Alcântara, secretária geral da SBD; Alessandra Romiti, assessora do Departamento de Cosmiatria Dermatológica da SBD; e Beni Grinblat.

OUÇA AQUI O EPISÓDIO 2 SOBRE SKINCARE COMPLETO

Na conversa, os especialistas falaram sobre a ordem de uso dos diversos produtos; as diferenças entre fazer skincare de manhã e à noite; os riscos de dormir sem tirar a maquiagem; as características de cada abordagem; as necessidades dos vários tipos de pele; a idade recomendada para começar a ter essa rotina; e as indicações para homens crianças.

Na oportunidade, Cláudia lembra ainda da importância do dermatologista e como ele pode auxiliar o paciente em diversas queixas. “Nós, dermatologistas, cuidamos não só da pele como também de cabelos e unhas. E os cuidados com os cabelos e unhas também são questões frequentes nos nossos consultórios e a gente não pode esquecer de cuidar deles também”, conclui a secretária geral da SBD.

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27 de outubro de 2021 0

Em poucos minutos, você vai ter acesso a uma atualização sobre abordagens terapêuticas para o vitiligo. Neste episódio do SBDcast, o assessor do Departamento de Biologia Molecular, Genética e Imunologia da SBD, Caio Cesar Silva de Castro, apresenta informações úteis para os associados sobre o tema, ajudando a melhorar a prática clínica diária.

Dentre os tópicos tratados na conversa com Beni Grinblat, 2º secretário da SBD, estão os tipos de exames solicitados para a definição do diagnóstico; as medicações tópicas recomendadas; e as orientações para prescrição de fototerapia.  Atento aos avanços da ciência, o convidado do SBDcast ainda aponta as novidades que podem surgir nos próximos anos, com chances de trazer qualidade de vida e bons resultados para os pacientes com vitiligo. O bate-papo flui de forma ágil e dinâmica, tornando o aprendizado ainda mais prazeroso.

Lançado em fevereiro deste ano, o SBDcast é uma iniciativa da Gestão 2021-2022 que apresenta novidades sobre assuntos de interesse para a dermatologia em formato de podcast. Todas as semanas, sempre às quartas-feiras, há um episódio novo e exclusivo para os associados. Para conferir este programa e edições anteriores, basta acessar o aplicativo da SBD ou a área restrita no portal.


17 de setembro de 2021 0

Milhares de crianças brasileiras manifestam sinais e sintomas de dermatite atópica, um problema de saúde que causa desconforto dos pequenos e tira o sono de pais e responsáveis. Diante da alta incidência de dermatite atópica (DA) na população infantil, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) alerta os adultos sobre a importância de ficarem atentos às queixas e ao surgimento de manifestações na pele que possam ser indícios do aparecimento deste problema, que pode ter origem genética, não é contagioso e pode ser atenuado ou controlado com a ajuda de medicamentos e mudança de hábitos. 
 
Este é um dos temas abordados pela campanha "Dermatite atópica: atenção e cuidado com a sua pele", que a SBD promove até o fim do mês de setembro. A iniciativa tem o apoio institucional da Sanofi, Lilly, Abbvie e Pfizer. Para esclarecer dúvidas sobre os quadros que afetam o público infantil, a SBD realizará uma live voltada para a população em 23 de setembro, data em que será celebrado o Dia Nacional de Conscientização sobre Dermatite Atópica. 
 
O evento, que será realizado em parceria com a revista Crescer, será transmitido entre 19h30 e 20h30, nos perfis da publicação no Facebook e no Instagram. No encontro, as médicas dermatologistas Carolina Contin Proença, da Dermatologia Pediátrica da Santa Casa de São Paulo, e Silvia Assumpção Soutto Mayor, coordenadora do Departamento de Dermatologia Pediátrica da SBD e responsável pelo Setor de Dermatologia Pediátrica da Santa Casa de São Paulo, abordarão o tema “Por dentro da dermatite atópica: do diagnóstico ao tratamento”. A mediação ficará sob a responsabilidade da editora-chefe da Crescer, Ana Paula Pontes. 
 
Fatores desencadeantes – A DA pode aparecer em qualquer idade, geralmente na primeira infância, em bebês a partir dos três meses. A doença costuma desaparecer em aproximadamente 70% dos pacientes na adolescência. Alguns casos podem ter início na adolescência ou já na idade adulta. Silvia Soutto Mayor indica fatores que merecem atenção: "em geral, os sinais mais precoces de dermatite atópica são uma pele muito seca e a presença de coceira. Como o bebê ainda não tem coordenação motora desenvolvida, fica agitado, inquieto e chora”.  
 
Como se trata de uma doença com várias causas, o surgimento de quadros em crianças pode decorrer de alterações genéticas, de disfunções da barreira cutânea, resposta imunológica alterada, disbiose ou alteração do microbioma da pele. Também entram nesta lista alterações emocionais e ambientais, que funcionam como "gatilhos" para as crises. 
 
De acordo com a coordenadora do Departamento da SBD, banhos quentes e demorados, sabonetes que “desengorduram” muito a pele, uso de buchas ou esponjas no banho, roupas de lã ou sintéticas e alimentos alergênicos, como castanhas em geral, ovo e leite, podem agir como fatores que desencadeiam ou agravam as crises da DA. Além disso, o estresse emocional pode complicar o quadro e até mesmo ser gatilho para as crises. 
"Os pais devem se manter atentos e conversar com os filhos, principalmente quando há uma piora repentina da dermatite. Ao identificar a causa do estresse emocional fica mais fácil combatê-lo e, se necessário, lançar mão da ajuda de psicólogos ou até psiquiatras", avalia. 
 
Impactos psicológicos – Outro ponto levantado por Silvia Soutto Mayor são os impactos psicológicos que as crianças sofrem após serem diagnosticadas com dermatite atópica. Uma das consequências é o comprometimento da autoimagem do paciente por conta das lesões que aparecem no rosto e nas extremidades do corpo, como mãos, pés, orelhas, pescoço e nas dobras dos braços e joelhos. 
 
"Por conta disso, muitos jovens se tornam vítimas de bullying. É preciso orientar seu filho sobre o fato de que a dermatite não é contagiosa, não impede o convívio escolar e nem que ele brinque e socialize com outras crianças", enfatiza. Essa doença também afeta o processo de aprendizagem, pois a coceira impede a concentração e leva a distúrbios do sono.  "O aluno acorda várias vezes à noite, o que o faz se sentir cansado nas aulas. Além disso, ele pode sofrer com sonolência indesejada pelo uso de medicamentos para tratar a dermatite, como antialérgicos (anti-histamínicos). 
 
Para prevenir o agravamento de quadros ou o surgimento de crises, a especialista da SBD recomenda a aplicação constante de hidratantes, entre outros itens. "Os pais devem evitar o ressecamento excessivo da pele das crianças, dando banhos rápidos e mornos, hidratando a pele logo após o banho e evitando a transpiração excessiva, optando por tecidos leves, preferencialmente, de algodão", aconselha. 
 
Campanha em setembro – O lançamento desse alerta e a realização de várias ações durante o mês de setembro fazem parte da campanha que a SBD desenvolve sobre o tema da dermatite atópica. Para os dermatologistas membros da SBD será feita outra live, no dia 21 de setembro, que será transmitida no site do Conexão SBD. 
 
A campanha contará ainda com vídeos – voltados para o público leigo – em que médicos responderão as dúvidas sobre a dermatite. Também serão distribuídas peças em redes sociais, esclarecimentos sobre causas, sintomas e tratamentos serão publicados no site e redes sociais da SBD.  A SBD também criou um site dedicado a sanar dúvidas sobre a doença. 


25 de agosto de 2021 0

Orientações práticas sobre como fazer o uso de betabloqueadores no tratamento de hemangiomas da infância foram compartilhadas pela professora Zilda Najjar Prado de Oliveira em sua participação no SBDcast. Ela explicou aos associados detalhes sobre a posologia, exames recomendados antes da prescrição, efeitos colaterais e dicas para otimizar os resultados.

ACESSE A INTEGRA DESTE EPISÓDIO DO SBDcast

Chefe do Ambulatório de Dermatologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), ela ressaltou que os hemangiomas da infância devem ser tratados, seja de forma tópica ou sistêmica. 

Na conversa, moderada por Beni Grinblat, 2º secretário da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a convidada destacou ainda a importância do papel do dermatologista no tratamento do hemangioma da infância. Além disso, lembrou que o diagnóstico precoce pode ser a garantia de qualidade de vida para uma criança no futuro. 

Para ouvir este episódio completo, assim como os outros que estão disponíveis, o associado deve acessar sua área exclusiva no site ou o aplicativo da SBD. O SBDcast é uma iniciativa da Gestão 2021-2022, que traz abordagens práticas sobre temas atuais e de interesse da rotina de atendimento dos dermatologistas. 





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