Ceará ocupa 6º lugar no Brasil em casos de hanseníase, com 19 mil casos novos na última década




18 de janeiro de 2021 0

O Ceará ocupa o sexto lugar no Brasil em número de casos novos de hanseníase. O alerta é da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que, com base no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, identificou no estado a ocorrência de 19.068 casos novos da doença entre 2010 e 2019. Deste total, cerca de 26% chegaram aos consultórios e ambulatórios com algum grau de incapacidade, isto é, quando a doença causa alguma deformidade física ou causa diminuição ou perda de sensibilidade nos olhos, nas mãos e nos pés.

JANEIRO ROXO – Como janeiro é o mês dedicado à conscientização, combate e prevenção da hanseníase no País, a SBD somou forças para apontar a importância de se enfrentar essa doença tropical de evolução crônica, que se manifesta principalmente por meio de lesões na pele e sintomas neurológicos, como dormência e diminuição de força nas mãos e nos pés.

Proporcionalmente, a Região Nordeste do País concentra o maior número de casos novos detectados ao longo da última década: 43% do total, o equivalente a 132,7 mil casos. Em segundo lugar, aparece o Centro-Oeste, com 19,5% dos casos, seguido do Norte (19%) e Sudeste (15%). Somente 3,5% dos novos pacientes identificados nos últimos dez anos estão no Sul do Brasil.

Um terço dos casos novos registrados na população geral durante o período se concentraram apenas no Maranhão (36.482) e outras duas unidades da federação: Mato Grosso (33.104) e Pará (31.611). Os estados de Roraima, Rio Grande do Sul e Amapá diagnosticaram menos de 1.500 casos novos da doença na década.

Fonte: O Povo


18 de janeiro de 2021 0

Mais de 18 mil casos de hanseníase foram registrados em Goiás nos últimos dez anos. O estado está entre as dez unidades federativas com mais casos da doença no Brasil. O dado é resultado de levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Para falar sobre o assunto, o Bom Dia Goiás entrevista o médico dermatologista Hugo Alexandre Lima. O especialista fala sobre a campanha de conscientixação da hanseníase (Janeiro Roxo) realizada pela SBD, ressaltando a importância do diagnóstico precoce, bem como os principais sintomas e o tratamento disponível para a doença.

Clique na imagem para assistir a íntegra da matéria.


16 de janeiro de 2021 0

O Maranhão ocupa o primeiro lugar no Brasil em número de casos novos de hanseníase. O alerta é da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que, com base no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, identificou naquele estado a ocorrência de 36.482 casos novos da doença entre 2010 e 2019. Desse total, cerca de 30% chegaram aos consultórios e ambulatórios com algum grau de incapacidade, isto é, quando a doença causa alguma deformidade física ou causa diminuição ou perda de sensibilidade nos olhos, nas mãos e nos pés.

Ranking dos estados

Proporcionalmente, a região Nordeste do país concentra o maior número de casos novos detectados ao longo da última década: 43% do total, o equivalente a 132,7 mil casos. Em segundo lugar, aparece o Centro-Oeste, com 19,5% dos casos, seguido do Norte (19%) e Sudeste (15%). Somente 3,5% dos novos pacientes identificados nos últimos anos estão no Sul do Brasil.

Um terço dos casos novos registrados na população geral durante o período se concentram apenas no Maranhão e outras duas unidades da federação: Mato Grosso (33.104) e Pará (31.611). Os estados de Roraima, Rio Grande do Sul e Amapá diagnosticaram menos de 1.500 casos novos da doença na década.

Fonte: O ProgressoNet.com

 

 


14 de janeiro de 2021 0

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está iluminado neste mês para a campanha “Janeiro Roxo”, de conscientização sobre a hanseníase. Promovida pelo Ministério da Saúde, com participação da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a mobilização incentiva o diagnóstico precoce e o tratamento da doença. O Brasil é o segundo país com mais casos de hanseníase no mundo, atrás apenas da Índia. A parceria do Judiciário reforça a importância da prevenção e amplia o conhecimento sobre a enfermidade.

A hanseníase é uma doença crônica infectocontagiosa, causada por uma bactéria que pode deixar lesões permanentes na pele e nos nervos periféricos de mãos e pés, principalmente. Pode afetar pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade desde que a pessoa tenha um longo período de exposição à bactéria mycobacterium leprae, que é transmitida principalmente pelas vias áreas superiores, por meio de contato próximo e prolongado com uma pessoa doente sem tratamento.

Segundo a SBD, o diagnóstico da hanseníase é essencialmente epidemiológico e clínico, realizado por meio da análise histórica e das condições de vida do paciente e dos exames geral e dermatoneurológico, para identificar manchas, lesões ou áreas da pele com alteração de sensibilidade ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas. “A doença tem um alto potencial de causar incapacidade e deformidades físicas. Mas também é potencialmente curável se tratada desde o início. Por isso, é importante que a população conheça os sinais e problemas da doença”, explica Sandra Durães, coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD.

De acordo com ela, é preciso estar atento à perda de sensibilidade, formigamento ou falta de força nas mãos ou pés. Em 95% dos casos, a pele é comprometida. “Encostar em uma panela quente ou andar com uma pedra no sapato se tornam questões perigosas quando se perde a sensibilidade, pois podem causar uma infecção profunda e levar à perda dos dedos das mãos ou dos pés.”

O CNJ, por meio do Fórum Nacional de Saúde, tem lidado com questões referentes à judicialização da saúde, incluindo a hanseníase. Para a a conselheira do CNJ Candice Lavocat Galvão Jobim, coordenadora do Fórum, o trabalho dos Núcleos de Apoio Técnico do Poder Judiciário (NatJus) junto aos magistrados oferece esclarecimentos sobre a gravidade da doença e suas formas de tratamento. “Somos totalmente favoráveis à campanha como forma de alertar a população e os magistrados que, se a hanseníase for diagnosticada e tratada precocemente, o paciente pode ser completamente curado.”

Justiça

No Sistema e-NatJus, banco de pareceres de saúde mantido pelo CNJ para apoiar a tomada de decisão de magistrados e magistradas, há notas técnicas para vários casos referentes à hanseníase. Elas destacam a garantia do direito das pessoas de acesso ao tratamento, orientam sobre o uso de medicamentos adequados ao tratamento da doença e até mesmo esclarecem sobre a importância de aderir ao tratamento e sua continuidade para proteção do paciente e das pessoas próximas a ele.

Em um dos questionamentos registrados no e-NatJus, era pedida a internação compulsória de um paciente com hanseníase, pois se negava a tratá-la. A nota técnica registra que, ainda que se trate de doença transmissível, a hanseníase não se enquadra na Política Nacional de Transtorno Mental – já que não era o caso do paciente – e não há estrutura no SUS para internação compulsória para esses casos. Por tal, é direito da pessoa negar o tratamento. Dessa forma, foram feitos os esclarecimentos sobre a doença e seu tratamento, mas também sobre os direitos do paciente.

Em outro caso, a nota validou como favorável o tratamento de um rapaz de 21 anos, no Maranhão, com diagnóstico para hanseníase. O relatório explicou o que é a doença, como ela pode se agravar e que o tratamento – disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) – era recomendável para a situação descrita. “A hanseníase é curável, contudo, se não tratada na forma inicial, quase sempre evolui, de forma lenta e progressiva, tornando-se transmissível e podendo levar a danos físicos irreversíveis”, ressaltou a nota técnica.

Os NatJus subsidiam os magistrados com informações técnicas para a tomada de decisão com base em evidência científica nas ações relacionadas com a saúde, pública e suplementar. O sistema e-NatJus reúne as notas técnicas em um banco nacional de pareceres, disponível aos magistrados de todo o país, levando em conta a evidência científica, inclusive com abordagem sobre medicamentos similares já incorporados pela política pública.

“A parceria com o Conselho Nacional de Justiça configura um importante apoio na luta contra a hanseníase, essa doença milenar que, mesmo com todo avanço econômico e científico no mundo, continua a fazer milhares de vítimas todos os anos”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Mauro Enokihara. Apenas no Brasil, em média, são 30 mil novas ocorrências que entram para as estatísticas a cada período. “No país, o combate a esse problema exige, assim, a união de todos os setores, como médicos, movimentos da sociedade, políticos e os responsáveis pela condução das instâncias jurídicas. Ter o CNJ como aliado mostra que estamos no caminho certo.”

Além das luzes na cor da campanha, o CNJ também vai divulgar, em suas redes sociais, orientações sobre a importância da prevenção da hanseníase, além de reforçar com os demais tribunais que também adiram à campanha.

Diagnóstico e tratamento

No Brasil, o tratamento para a hanseníase é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes podem se tratar em casa, com supervisão periódica nas unidades básicas de saúde.

O tratamento precoce promove a cura. Ao primeiro sinal de lesões cutâneas com diminuição da sensibilidade na pele, é preciso procurar atendimento médico nas Unidades de Pronto Atendimento ou nas equipes de saúde da família.

Entre os sinais e sintomas que podem surgir, estão manchas esbranquiçadas, amarronzadas e avermelhadas na pele, com mudanças na sensibilidade dolorosa, térmica e tátil; sensação de fisgada, choque, dormência e formigamento ao longo dos nervos dos membros; perda de pelos em algumas áreas e redução da transpiração; inchaço e dor nas mãos, pés e articulações; dor e espessamento nos nervos periféricos; redução da força muscular, sobretudo nas mãos e pés; e caroços no corpo, entre outros.

Lenir Camimura Herculano

Fonte: Agência CNJ de Notícias


14 de janeiro de 2021 0

Por acaso você viu, nos últimos dias, um prédio público ou algum monumento iluminado de roxo? Caso tenha visto, saiba que é uma forma chamar a atenção da sociedade para a hanseníase. O Janeiro Roxo foi criado em 2016 e tem o último domingo do mês como data símbolo. Nesse dia é celebrado o Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase. São 30 mil novos casos da doença por ano no Brasil, que é o país com o segundo maior número de casos, perdendo apenas para a Índia.

Neste mês, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) vai divulgar, com apoio de médicos da área, material sobre a doença. Entre as informações, a descrição de sinais e sintomas da hanseníase e orientações sobre onde buscar diagnóstico e iniciar o tratamento. A hanseníase, segundo especialistas, é uma doença estigmatizada e cercada de preconceito.

“Combater o estigma é salvar vidas. Por isso, queremos auxiliar a sociedade a compreender essa doença. Desfazer mitos e fazer prevalecer a verdade sobre a hanseníase são as principais formas de ajudar profissionais da área de saúde, familiares, amigos e principalmente aqueles que buscam por tratamento”, afirmou o vice-presidente da SBD, Heitor Gonçalves.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM), a partir de dados do Ministério da Saúde, a doença é mais frequente nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte, que respondem por quase 85% dos casos do país. O Brasil concentra mais de 90% dos casos da América Latina.

A campanha de 2021 tem como slogan: A hanseníase é negligenciada, mas a saúde não!. Além da SBD, participam da campanha de esclarecimento à população as secretarias de Saúde dos estados, o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB), a Confederação Nacional de Municípios (CNM), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Os portadores da doença eram, até a década de 70, excluídos do convívio social e condenados ao confinamento em colônias”, explica o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase, em seu site. A hanseníase é uma doença causada pela bactéria Mycobacterium Leprae que atinge os nervos e se manifesta na pele.

Apesar do passado triste envolvendo a hanseníase, a doença tem cura, seu tratamento é simples e custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). E tão logo ele seja iniciado, a doença deixa de ser transmissível. O tratamento pode ser buscado, no caso da rede pública, em postos de saúde ou com uma equipe de saúde da família.
hanseníase

Sintomas

Os sintomas da doença aparecem, principalmente, nas extremidades das mãos e dos pés, no rosto, orelhas, nádegas, costas e pernas. São manchas esbranquiçadas, amarronzadas ou avermelhadas, com perda de sensibilidade ao calor, ao toque e à dor. É possível uma pessoa queimar a pele na chama do fogão ou em uma superfície quente e sequer perceber. A sensação de formigamento também é um sinal da doença.

Outros sintomas são sensação de fisgada, choque, dormência e formigamento ao longo dos nervos dos membros; perda de pelos em algumas áreas e redução da transpiração; redução de força na musculatura das mãos e dos pés; e caroços no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos. Condições precárias de moradia e saneamento favorecem a ação da Mycobacterium Leprae.

Quem tem diagnóstico para hanseníase deve começar a tomar os medicamentos prescritos de imediato. O tratamento deve ser seguido à risca. As pessoas que convivem com pacientes diagnosticados com a doença devem ser examinadas pelo médico.

“A prevenção consiste no diagnóstico e tratamento precoces, o que ajuda a evitar a transmissão e o consequente surgimento de novos casos. Precisamos frisar: hanseníase tem cura e quanto antes o tratamento for iniciado, menor o risco de sequelas”, afirmou Sandra Durães, coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD.

Fonte: Agência Brasil

 


4 de janeiro de 2021 0

“A hanseníase é negligenciada, a sua saúde não! ”. Este é o alerta da campanha lançada neste mês pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em apoio ao chamado Janeiro Roxo, mês dedicado à conscientização sobre uma doença que, apesar de todos os avanços técnicos e científicos, ainda faz milhares de vítimas todos os anos no País. Além de material publicitário (cards, posts, vídeos), também foi desenvolvido um site sobre o tema.

CONHEÇA O SITE DO JANEIRO ROXO 2021

Ao longo do mês, os dermatologistas brasileiros, em apoio à tradicional mobilização do Ministério da Saúde, farão circular entre médicos, pacientes e outros profissionais da saúde informações de utilidade pública preparadas por especialistas da SBD. Entre os tópicos abordados estão a descrição de sinais e sintomas da hanseníase e orientações sobre onde buscar diagnóstico e iniciar o tratamento. Também será abordada a necessidade de se eliminar o estigma e o preconceito contra as pessoas com a doença.

“Situação negligenciada é aquela que é alvo de desatenção, desconsideração, displicência, descaso, indiferença, menosprezo. Infelizmente, apesar da detecção de 30 mil novos casos da doença a cada ano, a hanseníase ainda é considerada assim: uma doença negligenciada”, pontuou o presidente da SBD, Mauro Enokihara.

Segundo ele, ao alertar a população sobre este tema, a entidade pretende assegurar a todos o acesso a informações que ajudem a tirar o Brasil de uma triste posição: o segundo lugar mundial em número de casos de hanseníase, perdendo apenas para a Índia. Todos os anos são diagnosticados, em média, 30 mil novos casos da doença no País.

Campanha 2021 – O Janeiro Roxo, iniciativa instituída no Brasil em 2016, tem como data símbolo o último domingo deste mês, quando é celebrado o Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase. Para marcar o período, a SBD planeja também realizar eventos online, divulgar depoimentos de pacientes e celebridades, estimular a iluminação em roxo de espaços públicos e monumentos. Todas as ações visam reforçar o compromisso de prevenir e combater a hanseníase, por meio do diagnóstico e tratamento precoces.

Outra preocupação da SBD é com o preconceito. “Combater o estigma é salvar vidas. Por isso, queremos auxiliar a sociedade a compreender essa doença. Desfazer mitos e fazer prevalecer a verdade sobre a hanseníase são as principais formas de ajudar profissionais da área de saúde, familiares, amigos e principalmente aqueles que buscam por tratamento”, ressaltou o vice-presidente, Heitor Gonçalves.

Para dar dimensão a esse alerta, a SBD convidou neste ano instituições de referência nacional. Além de representantes das Secretarias de Saúde dos Estados (Conass) e Municípios (Conasems), também foram convidados a encampar esta luta – por meio da iluminação de suas sedes e filiais ou distribuição de conteúdo digital – o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB), a Confederação Nacional de Municípios (CNM), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Precoces –  A campanha da SBD também chama a atenção para um outro ponto importante: no Brasil, o tratamento para a hanseníase é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes podem se tratar em casa, com supervisão periódica nas unidades básicas de saúde. De acordo com Sandra Durães, coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD, trata-se de uma doença infecciosa que pode levar a incapacidades físicas, mas o tratamento precoce promove a cura.

Segundo ela, a hanseníase é transmitida por meio do contato próximo e prolongado com pessoas que tenham a doença e não estejam em tratamento. Por isso, familiares, amigos e colegas de trabalho de pessoas com hanseníase também devem ser avaliadas por médicos. “A prevenção consiste no diagnóstico e tratamento precoces, o que ajuda a evitar a transmissão e o consequente surgimento de novos casos”, lembra Sandra Durães.. “Precisamos frisar: hanseníase tem cura e quanto antes o tratamento for iniciado, menor o risco de sequelas”, complementou.


2 de dezembro de 2020 0

A pandemia de covid-19 no Brasil, que completa dez meses em dezembro, levou muitas pessoas a evitar os hospitais, a não ser em situações de urgência. Com isso, acendeu-se um alerta na Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A entidade verificou que a pandemia afastou pacientes de câncer de pele de consultórios e ambulatórios, comprometendo o diagnóstico da doença e, consequentemente, o tratamento precoce. Em 2019, foram 210.032 pedidos de biópsias para detecção do câncer de pele, entre janeiro e setembro. Em 2020, no mesmo período, foram 109.525, 48% a menos.

Com exceção de Sergipe, todos os estados do país registraram queda. Os dados foram apurados pela SBD a partir de informações disponíveis do Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde (SUS).

Proporcionalmente, o Acre foi o estado com a maior redução nesse tipo de demanda, com 64% a menos em relação ao mesmo período de 2019. Outros estados com queda significativa foram Roraima e Bahia (-63%), Alagoas (-58%), Maranhão e São Paulo (-57%), Piauí (-50%), Santa Catarina (-49%), Goiás (-48%) e Paraná (-46%).

Para o presidente da SDB, Sérgio Palma, esses números fazem parte do “triste legado” da pandemia. Ele lembra que, no início da crise, os próprios serviços de saúde desestimularam a ida de pacientes sem gravidade, para evitar a exposição desnecessária ao vírus. Mas, após esse primeiro momento, o cenário não mudou por iniciativa dos próprios pacientes.

“Depois, a população, por medo de contaminação pelo vírus, passou a evitar as consultas, mesmo com a retomada dos atendimentos. Os gestores não têm responsabilidade por esse cenário, mas recai sobre eles o desenvolvimento de estratégias para resolver o problema.”

Houve queda expressiva na procura por esse atendimento, entre 50% e 60%, em quase todas as faixas etárias. Pessoas com idade de 44 a 80 anos foram as que mais deixaram de fazer as avaliações dermatológicas na comparação entre períodos. Por exemplo, entre adultos entre 50 e 54 anos, a redução foi de 51%. Em 2019, foram 17.017 atendimentos, já em 2020 foram 8.287.

A situação traz um problema adicional, já que a tendência é que, nos próximos meses, ocorra um acúmulo de atendimentos na rede pública, com a ida de pessoas que deveriam ter ido em 2020, além de outras com chance de iniciar o tratamento precoce da doença.

“As consequências desse problema serão percebidas em médio e longo prazos. O paciente, ao retardar o seu diagnóstico e início de tratamento, perde a chance de efetivamente reduzir os efeitos nefastos que um câncer de pele pode causar e que, no limite, pode levar o paciente à morte. Temos que pensar em estratégias para reduzir essa lacuna”, disse a coordenadora do Departamento de Oncologia Cutânea da SBD, Jade Cury.

Dezembro Laranja

Desde 2014, a SBD promove o Dezembro Laranja, iniciativa que faz parte da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele. No último mês do ano são realizadas ações em parceria com instituições públicas e privadas para informar a população sobre as principais formas de prevenção e a procurar um médico especializado para diagnóstico e tratamento.

Fonte: Agência Brasil


19 de novembro de 2020 0


Ação que completa sete anos em 2020 será feita exclusivamente no formato digital e em todos os canais de comunicação da SBD, começando no dia 1 de dezembro. O tema escolhido enfatiza que câncer da pele é coisa séria e que a conscientização deve começar na infância

Mais um #DezembroLaranja, campanha do câncer de pele, se aproxima. Este ano, crianças e adolescentes são porta-vozes para abordar o tema de forma didática e descomplicada, mostrando a importância de não subestimar a doença e de levar em consideração medidas de fotoproteção desde a infância. E para liderar e colorir o Brasil e o mundo de #DezembroLaranja, a campanha desse ano tem como embaixadores os irmãos e influenciadores digitais Maria Clara e JP (IG:https://bit.ly/33l2SiC / YT: https://bit.ly/3l8Xk0B), líderes de audiência entre os canais infantis do YouTube Brasil. Com 23 milhões de inscritos, a dupla embarcou na campanha do #CancerdePele junto com a SBD para convidar toda a criançada, os adolescentes e os adultos a conscientizarem suas famílias, amigos e seguidores das redes sociais sobre os riscos da doença, como preveni-la, fatores de risco e tratamentos disponíveis.
 
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA),em 2020 os números de câncer de pele no Brasil são preocupantes. A doença corresponde a 27% de todos os tumores malignos no país, sendo os carcinomas basocelular e espinocelular (não melanoma) responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano. Já o câncer de pele melanoma tem 8,4 mil casos novos anualmente. “Os números de incidência do câncer de pele são maiores do que os cânceres de próstata, mama, cólon e reto, pulmão e estômago. Na campanha deste ano, queremos compartilhar conteúdo que seja útil às pessoas, de acordo com as peculiaridades e necessidades de cada uma, para isso contaremos com a participação e o engajamento dos médicos dermatologistas, que também fazem a diferença na hora de passar a informação segura”, afirma Dr. Sérgio Palma, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
 
A campanha de 2020 destaca ainda que os hábitos de exposição solar na infância são capazes de influenciar tanto no envelhecimento quanto no desenvolvimento do câncer de pele. Por isso, é importante que os pequenos tenham conhecimento, desde cedo, da necessidade de cuidar da pele a partir de hábitos de fotoproteção, que incluem usar de óculos de sol e blusas com proteção UV, bonés ou chapéus, preferir a sombra, evitar a exposição solar entre 9h e 15h e utilizar filtro solar com FPS igual ou superior a 30, reaplicando a cada duas horas ou sempre que houver contato com a água.
 
A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, são os principais fatores de risco do câncer de pele. Segundo o coordenador do #DezembroLaranja, Dr. Elimar Gomes, “qualquer um de nós pode desenvolver um câncer de pele, porém existem pessoas mais propensas como as de pele, cabelos e olhos claros; indivíduos com histórico familiar de câncer de pele; múltiplas pintas pelo corpo e pacientes imunossuprimidos e/ou transplantados. Estas pessoas precisam de um cuidado a mais com a pele e de avaliação frequente de um médico dermatologista”, frisa o especialista.
 
É preciso prestar a atenção em pintas que crescem, manchas que aumentam, sinais que se modificam ou feridas que não cicatrizam pois podem revelar o câncer de pele. “O autoexame frequente facilita o diagnóstico e tratamento precoces. Ao notar algum dos sintomas, procure um médico especialista em dermatologia da SBD”, orienta Dr. Elimar Gomes.
 
A coordenadora do Departamento de Oncologia Cutânea da SBD, Dra. Jade Cury Martins, dá outras dicas de diagnóstico e prevenção ao câncer de pele: “É importante que se examine familiares, pois muitas vezes os cânceres podem aparecer em regiões em que não é possível reconhecer sozinho. Além disso, sempre que for necessário se expor ao sol, não esqueça de proteger as áreas descobertas do corpo, mesmo em dias frios e nublados”. E lembre-se: o autoexame não substitui a ida ao médico dermatologista.
 
Há sete anos a Sociedade Brasileira de Dermatologia realiza o #DezembroLaranja e convoca a população a apoiar a causa. Conversar com seus filhos, sobrinhos, netos, crianças e adolescentes sobre medidas para evitar exposição solar desprotegida e prevenir as queimaduras solares na infância é essencial para a prevenção da doença no futuro. “É na infância que os conceitos da vida são fixados. Ensine-os a se prevenir dos danos solares desde cedo e, quando adultos, manterão os mesmos hábitos, evitando um possível surgimento da doença”, enfatiza Dr. Sergio Palma.
 
O #DezembroLaranja conta com patrocínio da Galderma, Johnson&Johnson, La Roche-Posay, Vichy e Nivea.

Ações de divulgação
A divulgação nas plataformas digitais (Facebook, Instagram, Youtube e Site) terá as hashtags #DezembroLaranja, #CancerdePeleECoisaSeria, #CancerdePele #CampanhaCancerdePele2020. O público interessado pode se engajar na campanha e compartilhar nas redes sociais, customizando a foto de perfil e as publicações da SBD, por exemplo. Assim como nos anos anteriores, diferentes personalidades participarão do movimento vestindo a cor laranja e prédios e monumentos nacionais serão iluminados com a cor símbolo da campanha, frisando o compromisso com a prevenção, diagnóstico e tratamentos precoces. Além disso, em vídeo, crianças e adolescentes falam sobre os grupos de risco e como identificar as lesões de pele.

Sobre o Mutirão de Atendimento Gratuito do Câncer de Pele
Devido ao avanço da pandemia do novo coronavírus que o Brasil e o mundo enfrentam, o atendimento nacional gratuito para prevenção e diagnóstico do câncer de pele que acontece há 21 anos foi cancelado.

Sobre o câncer da pele
Este tipo de câncer é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Existem diferentes tipos de câncer da pele que podem se manifestar de formas distintas, sendo os mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular – chamados de câncer não melanoma – e que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente. Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando descoberta no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura.

Saiba mais sobre os tipos de câncer de pele mais comuns:

Carcinoma basocelular – É o câncer de pele mais frequente na população, correspondendo a cerca de 70% dos casos. Se manifestam por lesões elevadas peroladas, brilhantes ou escurecidas que crescem lentamente e sangram com facilidade.

Carcinoma espinocelular – É o segundo tipo de câncer de pele de maior incidência no ser humano. Ele equivale a mais ou menos 20% dos casos da doença. É caracterizado por lesões verrucosas ou feridas que não cicatrizam depois de seis semanas. Geralmente causam dor e possuem sangramentos.

Câncer de pele melanoma – Apesar de corresponder apenas cerca de 10% dos casos, é o mais grave pois pode provocar metástase rapidamente – espalhamento do tumor para outros órgãos do corpo humano – e levar à morte. É conhecido pintas ou manchas escuras que crescem e mudam de cor e formato rápido. As lesões também podem vir acompanhadas de sangramento.


23 de setembro de 2020 0

Durante o mês de setembro, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) em parceria com a Abbvie realiza diferentes divulgações digitais pela campanha de esclarecimento da dermatite atópica (DA). Direcionadas aos especialistas e população em geral, as atividades começaram no dia 15 de setembro e vão até o dia 23, que é o Dia Nacional de Conscientização da Dermatite Atópica. Para ampliar o alcance, durante essa semana a campanha está sendo veiculada em rádios de cinco cidades brasileiras: Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Recife e Curitiba, além da Radioweb. No Instagram, são intensificadas as mensagens da ação deste ano com postagens no feed, e as fotos de capa do perfil no Facebook passam a ter a identidade da campanha atual. Para que a população receba informação de qualidade e com segurança, um vídeo abordando os sintomas, fatores desencadeantes e os impactos da doença na vida dos pacientes foi divulgado nas redes sociais da entidade (abaixo).

O primeiro de uma série de encontros virtuais que abordam a doença ocorreu em 15 de setembro. Em live para médicos dermatologistas foram tratados os principais conceitos gerais da doença, barreira cutânea e microbioma. O encontro foi conduzido pela assessora do Departamento de Dermatologia Pediátrica da SBD, Clarissa Prati, e mediada pelo presidente da SBD, Sérgio Palma, e diretor financeiro da SBD, Egon Daxbacher.

A imunologia da DA para além da resposta imune TH2 ganhou destaque em live realizada na terça-feira (22/9). Na atividade, exclusiva para médicos, a dermatologista e mestre pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Ana Paula Galli Sanchez, compartilhou seus conhecimentos sobre a temática. A mediação ficou a cargo do presidente da SBD, Sérgio Palma, e do professor adjunto de Dermatologia da Santa Casa de Curitiba e coordenador do Jornal da SBD, Caio de Castro. Essas edições do SBD Live estão disponíveis para consulta em área de acesso restrita aos associados da entidade.

Já na quarta-feira, dia 23, especialistas falam para sobre mitos e verdades da dermatite atópica para a população geral. O objetivo é esclarecer dúvidas recorrentes que surjam não apenas no consultório médico, mas também em conversas entre amigos e familiares. Essa atividade será transmitida ao vivo pelo canal do YouTube da SBD, a partir das 17 horas. O encontro reunirá os médicos dermatologistas Clarissa Prati, Guilherme Muzy e contará com a moderação do presidente Sérgio Palma. Será um momento para a população tirar suas dúvidas e trocar informações com os especialistas convidados.

Assista ao vídeo da campanha.


14 de setembro de 2020 0

Como forma de apoiar a campanha mundial (14/09) e nacional (23/09) da Dermatite Atópica, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em parceria com a Abbvie, faz ampla campanha de conscientização sobre a doença de pele crônica e inflamatória, não contagiosa, caracterizada por coceira de intensidade variável, lesões avermelhadas e descamativas e ressecamento da pele.  

A Dermatite Atópica é uma dermatose inflamatória pruriginosa, de alta prevalência, com etiologia multifatorial, que inclui defeitos da barreira cutânea, disfunção imunológica e alterações do microbioma. É mediada por fatores genéticos, ambientais e psicológicos, e requer manejo terapêutico que contemple os diversos aspectos de sua complexa etiopatogenia.  

As lesões são mais frequentes no rosto, no pescoço, nas dobras internas dos braços e parte de trás dos joelhos, porém, elas podem aparecer por todo o corpo e também variar de acordo com a faixa etária, sendo mais comum em crianças. Além disso, a Dermatite Atópica está presente em pacientes com história pessoal ou familiar de outras doenças atópicas, como asma, rinite ou a própria DA.  

A doença vai muito além das lesões da pele e incômodos, provocando preconceito pela aparência, pois coça e descama a pele, impactando no convívio social e no bem-estar. “81% dos pacientes com dermatite atópica relataram dificuldade importante para dormir devido à coceira intensa. Outros dados mostram que pessoas que vivem com esta condição faltaram em média 5,8 dias ao trabalho a cada seis meses”, afirma o Dr. Sergio Palma, Presidente SBD.  

A conscientização da população sobre a doença, o suporte do médico especialista e o apoio da família e amigos são fundamentais para o sucesso do tratamento e melhoria da qualidade de vida do paciente com dermatite atópica. “O preconceito provoca isolamento social e até bullying. A dermatite atópica não pega, não é contagiosa”, explica a Dra, Clarissa Prati, Assessora do Departamento de Dermatite Atópica da SBD.

Os tratamentos da doença têm como principal objetivo minimizar a intensidade da coceira, reduzir o número, a duração e a intensidade das crises. Para isso, os dermatologistas geralmente prescrevem tratamentos que utilizam cremes hidratantes, medicamentos tópicos (Ex: pomadas) e medicamentos orais que ajudam a melhorar o desequilíbrio imunológico.

“A terapia básica compreende a hidratação, o tratamento tópico anti-inflamatório, o afastamento dos fatores agravantes e os programas educacionais com abordagem multidisciplinar. A terapêutica sistêmica deve ser indicada para doença refratária ou grave, após esgotadas as tentativas de tratamento tópico”, conclui Sérgio Palma.  

Procure um médico dermatologista associado à SBD para diagnóstico e tratamento. Mais informações aqui no site da SBD: www.sbd.org.br.





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