Janeiro Roxo: Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta sobre sintomas e diagnóstico precoce da Hanseníase



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14 de janeiro de 2025

Considerada uma das doenças mais antigas conhecida pela humanidade, a hanseníase ainda é um desafio de saúde pública no país. Apesar de ter cura, essa doença tropical negligenciada continua afetando muitas pessoas. Buscando conscientizar a população, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) é uma das grandes apoiadoras do Janeiro Roxo, campanha nacional focada no incentivo do diagnóstico precoce e combate à doença no Brasil. Durante todo o mês, diversas ações são realizadas para marcar o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hanseníase, celebrado sempre no último domingo de janeiro.  

“Essa é uma doença infectocontagiosa de evolução crônica, que se manifesta por lesões na pele e sintomas neurológicos, como perda de sensibilidade e fraqueza nos pés e mãos. Causada por um bacilo, se propaga por meio do contato próximo e prolongado com pessoas infectadas. O diagnóstico e o tratamento demandam uma avaliação clínica detalhada, além da capacitação do médico e da equipe de saúde envolvida no cuidado desses pacientes. Nosso objetivo é mostrar à população que quando tratada precocemente, a cura é possível, caso contrário, a doença pode resultar em sequelas e deformidades físicas”, explica a secretária geral da SBD, Dra. Regina Carneiro.  

No Brasil, o tratamento é oferecido de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e pode ser realizado em casa. Entre os sinais e sintomas, destacam-se entre elas manchas na pele de coloração variável, que pode ser clara, rósea ou avermelhada, com perda de sensibilidade ao calor, frio, dor e/ou tato. Também podem surgir “caroços”, dormências, fraqueza, inchaços nas extremidades, formigamento e sensação de choque nos membros, além de problemas na via respiratória alta e nos olhos.  

“O dermatologista desempenha um papel essencial no diagnóstico e tratamento da hanseníase. Esse profissional realiza a avaliação clínica, executa testes de sensibilidade e acompanha o funcionamento dos nervos periféricos. Também é o profissional responsável por solicitar exames laboratoriais ou realizar biópsias da pele quando necessário”, esclarece Dra. Carla Andréa Avelar Pires, coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD.  

A transmissão do bacilo causador desta doença ocorre por via respiratória e o contato prolongado com pacientes ainda não tratados aumenta o risco de contágio. Sendo assim, familiares e pessoas em contato estreito com esses pacientes são mais vulneráveis e precisam ser avaliados para um possível diagnóstico precoce da hanseníase. Vale destacar, ainda, que embora todos possam ser expostos ao bacilo, a maioria das pessoas possui uma resistência natural, não desenvolvendo a doença.  

“O contágio acontece por meio de pequenas gotículas respiratórias, que podem ser expelidas pelo paciente infectado. Quando o bacilo entra no organismo, inicia-se uma batalha com o sistema imunológico, e o período de incubação pode variar de dois a sete anos”, explica a dermatologista Carla Andréa Avelar Pires.  

Desafios e números  

Em 2022, o mundo registrou 174.087 novos casos de hanseníase, o que resultou em uma taxa de detecção de 21,8 casos por 1 milhão de habitantes. Índia, Brasil e Indonésia foram os países com os maiores números de casos novos, cada um ultrapassando a marca de 10 mil registros. O Brasil segue ocupando a segunda posição global em termos de novos casos, o que o coloca na lista de países prioritários para o enfrentamento da hanseníase, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).  

No âmbito global, em 2022, foram reportados 10.302 novos casos entre crianças menores de 15 anos, o que representa uma taxa de 5,1 casos por 1 milhão nessa faixa etária, marcando um aumento de 14,6% em relação ao ano anterior. Outro dado relevante para o monitoramento da doença é o Índice de Grau de Incapacidade Física 2 (GIF 2), que em 2022 totalizou 9.554 casos, resultando em uma taxa de 1,2 por 1 milhão de habitantes — um aumento de cerca de 5,5% em comparação com 2021.  

Historicamente, a hanseníase causava grande discriminação, uma vez que não havia tratamento. Hoje, com a disponibilidade de tratamento eficaz e acessível, a doença pode ser tratada e curada sem afastamento da rotina do paciente. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, menores são as chances de sequelas físicas e maior é a chance de interromper a transmissão. O tratamento atual dura de seis a doze meses e é totalmente gratuito.    

A SBD tem atuado como uma entidade parceira e ativa do Ministério da Saúde, especialmente no que se refere à implementação de novos esquemas terapêuticos, reafirmando seu compromisso com a luta contra a hanseníase no Brasil. 

Procure ajuda ao perceber os sintomas 

Ao suspeitar dos sintomas da hanseníase, é importante procurar imediatamente uma unidade de saúde, como as unidades voltada às famílias ou um dermatologista no SUS. Para encontrar um profissional associado à SBD na sua região acesse: https://www.sbd.org.br/localizador/ . 

Conheça os projetos premiados que destacam a luta contra as dermatoses negligenciadas, como a hanseníase: 

A ILDS (International League of Dermatological Societies) premia anualmente projetos e especialistas em dermatologia, e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), indicou o trabalho do Dr. Egon Luiz Rodrigues Daxbacher, que venceu o prêmio DermLink 2025 na área de doenças tropicais, sendo reconhecido por seu trabalho em treinamento e detecção ativa da hanseníase.  

Em 2024, os indicados pela SBD também foram os grandes vencedores. Dr. Ciro Gomes foi agraciado com o prêmio DermLink Grants 2024 pelo projeto “Uma só saúde para as populações indígenas do Brasil”, que visa proporcionar cuidados dermatológicos de excelência às populações Yanomami, focando na prevenção e tratamento das dermatoses negligenciadas. 

O Dr. Carlos Chirano recebeu o prêmio na categoria Trabalho Humanitário pelo projeto “Dermato Saúde Amazonas”. A iniciativa oferece cuidados dermatológicos e cirurgias a comunidades ribeirinhas em áreas remotas da Amazônia, com atenção especial à hanseníase e outras dermatoses negligenciadas, onde o acesso à saúde é limitado. 

A Dra. Tânia Cestari foi premiada com o Certificado de Reconhecimento como Liderança Internacional por suas contribuições significativas à dermatologia, com destaque para sua pesquisa em fotomedicina, doenças pigmentares e condições imunodermatológicas, como dermatite atópica, psoríase e vitiligo. Sua carreira de mais de 100 publicações tem impactado diretamente o avanço da dermatologia mundial.  

Esses especialistas estão liderando iniciativas essenciais para melhorar o acesso ao cuidado dermatológico em regiões de difícil acesso e para populações vulneráveis, contribuindo para o controle de doenças negligenciadas e a conscientização global. 

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10 de dezembro de 2024

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) tem se destacado na luta por políticas públicas que assegurem o acesso à proteção solar, especialmente em um país tropical como o Brasil, onde o câncer de pele é o tipo de câncer com maior incidência. Por meio da Campanha Dezembro Laranja 2024, a Sociedade intensifica sua defesa pela inclusão do filtro solar na lista de itens essenciais da Reforma Tributária, visando à redução de impostos sobre esses produtos. O presidente da SBD, Dr. Heitor de Sá, ressalta a urgência dessa inclusão, afirmando que “garantir o acesso ao protetor solar é uma questão de saúde pública”. 

De acordo com a Estimativa 2023 de Incidência de Câncer no Brasil, divulgada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), são esperados cerca de 220,49 mil novos casos de câncer de pele por ano no triênio 2023-2025, entre um total de 704 mil novos casos de câncer. Em um país com altas taxas de radiação solar durante todo o ano, a SBD defende que o protetor solar seja tratado como um produto essencial, mas, apesar da relevância para a saúde pública, a proposta ainda não foi acatada pelo governo. 

Além disso, a Lei 8.231/91, que atribui a todas as empresas a responsabilidade pela adoção de medidas de proteção e segurança à saúde do trabalhador, é um marco importante e merece maior notoriedade na luta contra o câncer de pele. A SBD reforça que a proteção solar deve ser uma prioridade nas práticas de segurança do trabalho quando a atividade laboral acontece em ambientes com exposição ao sol, para que a causa da prevenção ao câncer de pele ganhe força como um conjunto de medidas públicas e privadas. 

A Lei 14.758/2023, que institui a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC) no SUS, também representa um avanço importante na redução da incidência e mortalidade do câncer, e sua regulamentação é fundamental para alcançar de forma efetiva seus objetivos. A PNPCC promove diretrizes de saúde para a prevenção, rastreamento, tratamento e reabilitação do câncer, além de estabelecer cuidados paliativos para pacientes em fase terminal e apoio psicológico para pacientes e familiares.  

Em um cenário onde o Instituto Nacional do Câncer (INCA) alerta que os gastos do SUS com tratamentos oncológicos podem atingir R$ 7,84 bilhões até 2040, torna-se urgente o debate sobre medidas de prevenção acessíveis. Em 2022, o Ministério da Saúde já destinou R$ 47 milhões adicionais para o tratamento quimioterápico de câncer de pele. Para Dr. Carlos Barcaui, Coordenador da Campanha Dezembro Laranja, “a proteção solar deve ser acessível para todos. Acreditamos que é um passo essencial para reduzir a incidência do câncer de pele no Brasil”. 

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6 de dezembro de 2024

Cada pessoa tem uma relação singular com o sol. Ele está presente nos momentos mais felizes: na criança correndo pela areia, no gari que varre as ruas ao amanhecer, no turista que explora novas paisagens. Mas o sol, que tantas vezes ilumina nossas melhores memórias, também pode ser um narrador silencioso de uma luta invisível. Em 2024, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), ao completar 11 anos da campanha “Dezembro Laranja”, traz uma mensagem poderosa: “Proteger a pele é proteger a saúde”. 

A campanha deste ano convida o público a refletir sobre o autocuidado e busca gerar uma verdadeira “Invasão Laranja” no Brasil, envolvendo a sociedade em um movimento de conscientização. A SBD reforça que a proteção contra o câncer de pele deve ser inclusiva, acessível e adaptada às necessidades individuais. “Sua pele é a página de um futuro inesquecível”, afirma a campanha, que convida cada brasileiro a cuidar de si e de tudo que ainda está por vir.  

Segundo dados do Ministério da Saúde, o câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos da doença no Brasil. Já a Estimativa 2023 de Incidência de Câncer no Brasil, do INCA, revela números surpreendentes. São esperados aproximadamente 220,49 mil novos casos de câncer de pele por ano no triênio 2023-2025.  

Neste ano, a SBD busca ampliar o alcance das suas mensagens, utilizando uma abordagem educativa e acessível para conscientizar a população sobre os cuidados necessários para evitar o câncer de pele. O movimento abordará a importância de hábitos preventivos, como o uso de protetor solar, e incentivará a população a realizar acompanhamento médico regular. 

“Nosso objetivo com a campanha Dezembro Laranja 2024 é continuar alertando a população sobre os perigos do câncer de pele, que, infelizmente, ainda é o mais frequente no Brasil. A conscientização sobre a prevenção e a detecção precoce é fundamental para que possamos reduzir o número de casos e, principalmente, evitar complicações graves. Queremos que todos entendam que a saúde da pele é parte integral da saúde do corpo, e a proteção deve ser uma prioridade constante”, sinaliza Dr. Heitor de Sá Gonçalves, Presidente da Sociedade. 

Como a incidência dos raios ultravioletas está cada vez mais agressiva em todo o planeta, as pessoas de todos os tons de pele devem estar atentas e se protegerem quando expostas ao sol. “Embora o sol esteja associado a momentos de lazer e alegria, é fundamental lembrar que a exposição sem proteção adequada pode trazer sérios riscos à saúde da pele. Queremos que as pessoas entendam que a exposição sem cuidados pode ter consequências graves e que a prevenção está ao alcance de todos,” ressalta Aparecida Moraes, Coordenadora do Departamento de Oncologia Cutânea da SBD. 

Com foco na responsabilidade individual, a campanha deste ano trará histórias que mostram como os brasileiros de todas as idades podem se proteger melhor e continuar aproveitando o sol de forma saudável. “Essa é uma campanha de extrema importância para a saúde pública, especialmente em um país tropical como o Brasil, onde a exposição ao sol é intensa de forma permanente. Neste ano, além de reforçar os cuidados preventivos, estamos destacando a importância do diagnóstico precoce, que aumenta significativamente as chances de cura, principalmente no caso do melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele. A mensagem é clara: proteger a pele é proteger a saúde como um todo”, reforça Dr. Carlos Barcaui, Coordenador da Campanha. 

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) tem se destacado na luta por políticas públicas que assegurem o acesso à proteção solar, especialmente em um país tropical como o Brasil, onde o câncer de pele é o tipo de câncer mais comum. A entidade defende que o filtro solar seja incluído na lista de itens essenciais na Reforma Tributária, visando à redução de impostos sobre esses produtos. O presidente da SBD ressalta a urgência dessa inclusão, afirmando que “garantir o acesso ao protetor solar é uma questão de saúde pública”. Além disso, a Lei 14.758/2023, que institui a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC) no SUS, busca reduzir a incidência e mortalidade do câncer, e sua regulamentação é fundamental para alcançar de forma efetiva seus objetivos. A PNPCC tem como objetivo promover diretrizes de saúde para a prevenção, o rastreamento, o tratamento e a reabilitação do câncer, além de estabelecer cuidados paliativos para pacientes em fase terminal e apoio psicológico para pacientes e familiares.  

 

No mesmo sentido, a Lei 8.231/91 estabelece que todas as empresas têm a responsabilidade de adotar medidas de proteção e segurança para a saúde do trabalhador, reforçando a importância de que empregadores garantam acesso à proteção solar para funcionários que trabalham expostos ao sol. A SBD enfatiza que a adoção de tais práticas é essencial para a prevenção ao câncer de pele e deve fazer parte de um conjunto coordenado de políticas públicas e privadas em prol da saúde da população. 

 

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) alerta que, se a tendência de aumento de casos persistir, os gastos do SUS com câncer podem alcançar R$ 7,84 bilhões até 2040. Em 2022, o Ministério da Saúde já destinou R$ 47 milhões adicionais para o tratamento quimioterápico de câncer de pele. 

Dia do Atendimento 

O dia do atendimento desse ano será realizado no dia 7 de dezembro, em mais de 100 postos espalhados pelo país, das 9h às 15h e contará com a presença de mais de 2000 dermatologistas voluntários. O mutirão acontece de forma gratuita e funciona exclusivamente com o objetivo de avaliar lesões suspeitas de câncer de pele. 

Desde o início deste mutirão tão significativo, em 1999, já foram realizados mais de 600 mil atendimentos, com mais de 75 mil casos de cânceres cutâneos identificados. Um país com menos diagnósticos de câncer da pele é meta alcançável, e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) está comprometida em reduzir a incidência da doença e sua mortalidade. A conscientização pública é uma das formas de reduzir sua incidência. 

Acesse e busque o ponto de atendimento mais próximo em https://sbd.org.br/dezembrolaranja/ . 

Os três tipos mais comuns de câncer de pele 

A campanha deste ano também destaca os três tipos mais comuns de câncer de pele: o carcinoma basocelular, o carcinoma escamoso e o melanoma. O carcinoma basocelular é o mais comum, representando cerca de 70% dos casos. Ele costuma aparecer em áreas expostas ao sol, como o rosto e o pescoço, e embora cresça lentamente e raramente se espalhe para outras partes do corpo, deve ser tratado para evitar danos mais profundos à pele. O carcinoma escamoso, responsável por cerca de 20% dos casos, é mais agressivo e pode se espalhar se não for tratado. Ele geralmente surge em áreas expostas ao sol e pode se manifestar como lesões ásperas ou feridas que não cicatrizam. Já o melanoma, embora seja o menos comum, com cerca de 4% dos casos, é o mais perigoso, responsável pela maioria das mortes relacionadas ao câncer de pele. O melanoma pode surgir a partir de pintas já existentes ou como novas manchas de aparência irregular, e o diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura.  

Fatores de Risco 

Além da exposição excessiva ao sol sem a devida proteção, alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolver câncer de pele. Entre eles, estão: ter familiares que já tiveram a doença, ter passado por queimaduras solares graves ao longo da vida, apresentar muitas sardas ou pintas pelo corpo, ter a pele muito clara que sempre queima e nunca bronzeia, já ter tido câncer de pele anteriormente e, em especial, estar na faixa etária acima dos 65 anos. Todos esses fatores tornam a conscientização e a prevenção ainda mais urgentes. 

A prevenção continua sendo a melhor maneira de evitar o câncer de pele, as manchas e o envelhecimento precoce. A SBD recomenda cuidados essenciais para todos: aplicar diariamente protetor solar com fator de proteção solar (FPS) 30 ou maior, usar roupas adequadas como camisetas e chapéus para proteger a pele, além de óculos de sol com proteção UV. Outra medida fundamental é evitar a exposição ao sol entre 9h e 15h, quando os raios ultravioletas são mais intensos. E, claro, a recomendação mais importante: consultar regularmente um dermatologista associado à SBD para orientações e cuidados personalizados. Mais informações podem ser encontradas no site oficial da SBD: www.sbd.org.br. 

Sobre a Campanha Dezembro Laranja 

Desde sua criação, a campanha Dezembro Laranja da SBD tem educado milhões de brasileiros sobre os riscos do câncer de pele. Em 2024, a ação continua a conscientizar o público sobre a importância de hábitos preventivos e o diagnóstico precoce, abordando o tema de forma ainda mais personalizada, incentivando o autocuidado e a vigilância constante. Fique por dentro da campanha através do instagram @dermatologiasbd. No site sbd.org.br você também pode encontrar um especialista associado na sua região. 

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6 de dezembro de 2024

Neste sábado, dia 7 de dezembro, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) realiza o tradicional mutirão de atendimento gratuito para a prevenção do câncer de pele, parte essencial da campanha Dezembro Laranja. O evento, que contará com mais de 2.000 dermatologistas voluntários, acontece em mais de 100 postos espalhados pelo Brasil, das 9h às 15h. A ação visa identificar precocemente lesões suspeitas de câncer de pele e orientar a população sobre prevenção e cuidados essenciais. Para conferir os endereços, acesse: https://sbd.org.br/dezembrolaranja/  .

Por que participar do mutirão? 

O câncer de pele é o tipo de câncer mais incidente na população brasileira, respondendo por cerca de 33% de todos os diagnósticos no país. O mutirão acontece com o objetivo de avaliar, exclusivamente, lesões suspeitas de câncer de pele. Ao participar, qualquer pessoa poderá fazer uma avaliação da saúde da pele, especialmente quem possui fatores de risco, como histórico familiar, muitas pintas ou sardas, pele clara ou que tenha sofrido queimaduras solares severas. “Queremos conscientizar e possibilitar que todos tenham acesso à avaliação médica”, afirma Dr. Heitor de Sá Gonçalves, presidente da SBD. Segundo ele, essa é uma oportunidade para que a população receba orientações sobre como se proteger dos raios solares e adote hábitos saudáveis, reduzindo os riscos de câncer de pele. 

Compromisso com a prevenção 

A campanha deste ano convida o público a refletir sobre o autocuidado e busca gerar uma verdadeira “Invasão Laranja” no Brasil, envolvendo a sociedade em um movimento de conscientização. A SBD reforça que a proteção contra o câncer de pele deve ser inclusiva, acessível e adaptada às necessidades individuais. “Sua pele é a página de um futuro inesquecível”, afirma Dr. Carlos Barcaui, Coordenador do Dezembro Laranja, Campanha do Câncer de Pele, e finaliza enfatizando “cada brasileiro deve cuidar de si e de tudo que ainda está por vir”, finaliza. 

Como participar  

Basta comparecer em um dos postos de atendimento, disponíveis em todas as regiões do país, levando documento de identidade.  

Sobre a Campanha Dezembro Laranja 

Desde sua criação, a campanha Dezembro Laranja da SBD tem educado milhões de brasileiros sobre os riscos do câncer de pele. Em 2024, a ação continua a conscientizar o público sobre a importância de hábitos preventivos e o diagnóstico precoce, abordando o tema de forma ainda mais personalizada, incentivando o autocuidado e a vigilância constante. Fique por dentro da campanha através do instagram @dermatologiasbd. No site sbd.org.br você também pode encontrar um especialista associado na sua região.

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14 de setembro de 2023 0

Hoje é o Dia Mundial da Dermatite Atópica e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulga a sua campanha de Conscientização da Dermatite Atópica e as diferentes abordagens de tratamento.

“A dermatite atópica está entre as enfermidades mais frequentes da dermatologia. Possui uma natureza crônica ou crises alternadas por períodos em que a pele fica ‘normal’, ou, sem lesões aparentes. Ainda assim, nesses períodos, a dermatite apresenta uma inflamação subclínica, não visível a olho nu. Muito similar àquela observada nos pulmões de pacientes com asma ou na mucosa nasal, em pacientes com rinite alérgica. É uma inflamação persistente mesmo em períodos de acalmia das crises”, explica Gleison Duarte, Coordenador da Campanha Nacional de Dermatite Atópica da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

“A Campanha da Dermatite Atópica é extremamente válida, pois hoje sabemos que é uma doença muito prevalente, mas pouco conhecida. Muitos pacientes chegam ao consultório e falam que apresentam uma alergia ou coceira ou confundem com urticária e até com dermatite de contato, que ocorre com contato íntimo com alguma substância à qual a pessoa é alérgica. Além do pouco conhecimento da doença, é também é preciso esclarecer seu impacto na qualidade de vida do paciente e dos familiares e que, felizmente, muitos tratamentos estão hoje disponíveis, destaca. Hoje já temos um arsenal para tratar bem os pacientes, mas permanece a luta para que estes tenham acesso aos novos tratamentos”, frisa Gleison. Ele lembra que a rede pública oferece tratamento e que casos de maior gravidade são principalmente referenciados aos Hospitais Universitários, que possuem ambulatórios de referência”, completa.

A doença tem base genética que causa inflamação e defeito de barreira na pele, levando ao aparecimento de lesões e coceira. Não é contagiosa e sua causa exata é pouco conhecida, e atinge pessoas de qualquer idade, de crianças a idosos. Ela traz lesões avermelhadas, escamosas, pele ressecada, coceira intensa, que causam prejuízo no sono, na concentração, constrangimento e até isolamento social. Comorbidades são frequentes, como ansiedade, depressão e até mesmo pensamentos suicidas em casos graves.

Na atualidade há medicamentos que controlam da doença. Pomadas ou cremes são eficazes no controle da dermatite atópica leve devendo ser indicados com acompanhamento médico, para evitar efeitos colaterais a longo prazo.

 

Nos casos mais graves, os pacientes poderão precisar de tratamentos sistêmicos, como fototerapia, medicações orais ou imunoterapias subcutâneas. O tratamento em formas moderadas e graves precisa ser compreendido como um controle de doença crônica, e que uma vez sendo suspenso pode ser acompanhado de retorno da atividade da doença. No Brasil, hoje, dispomos de uma medicação imunobiológica subcutânea e de três novas tecnologias orais aprovadas para tratar dermatite atópica moderada a grave com falha ou contraindicação às terapias convencionais.

 

Contrariando o tratamento da dermatite décadas atrás, atualmente são raras as necessidades de restrições alimentares para esses pacientes, exceto quando há comprovação de alergia àquele determinado alimento. Os cuidados principais são relacionados com a temperatura do banho que deve ser amena, a hidratação que deve ser feita pelo menos uma vez ao dia, exposição ao sol moderada, restrições contato com produtos de limpeza, especialmente nas dermatites que envolvem as mãos, cloro de piscina e outras orientações que são feitas caso a casos.

 

O médico Coordenador da Campanha lembra que “há uma diferença entre o que está disponível hoje para pacientes de planos de saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS), que não tem um protocolo específico para a doença. Há necessidade de incorporação no SUS desde os hidratantes até as medicações pois diante dos custos dos tratamentos muitos acabam por abandono os tratamentos. Há ainda o medo dos corticosteroides em cremes, que são parte fundamental do tratamento nas formas leves, mas ao mesmo tempo a necessidade de conscientizar sobre uso correto, pelo tempo prescrito. Por conta da má utilização, com uso excessivo e uso podem ocorrer efeitos colaterais locais, como estrias, e até sistêmicos, como aumento de colesterol e glaucoma. “Para os pacientes de planos de saúde avanços importantes ocorreram com a inclusão de um medicamento na lista de cobertura obrigatória do rol da ANS – agência de saúde suplementar.

 

A campanha trará o esclarecimento de porta-vozes, divulgação nas redes sociais, mídia e canais oficiais da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

 

Importante lembrar:

 

-A dermatite atópica (DA) é uma realidade para milhões de brasileiros. Ela é uma doença genética e crônica que tem como principias sintomas a pele seca e uma coceira constante que pode levar à vermelhidão e à até ferimentos.

-Apesar de não ser contagiosa, o preconceito e a vergonha são outras marcas que estão sempre presentes na vida daqueles que sofrem com a Dermatite Atópica. E estes sinais representam não apenas a doença, mas também as pessoas que estão envolvidas com ela. 

– A boa notícia é que diferentes abordagens estão abrindo novos caminhos para o tratamento da dermatite atópica.

– É neste contexto de exposição e esperança que a campanha de conscientização Sinais que Representam, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é lançada, disponibilizando para todos que convivem com a doença, vídeos e conteúdos sobre os sintomas, mitos e verdades e as diferentes abordagens de tratamento que estão aparecendo. Tudo elaborado por médicos dermatologistas da SBD.

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9 de setembro de 2023 0

No terceiro e último dia do Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia, realizado no Centro de Convenções CentroSul, em Florianópolis, em Santa Catarina, os participantes tiveram a oportunidade de imergir em temas relevantes para a área de atuação, como novas tecnologias para tratamentos estéticos, cirurgia dermatológica e doenças de pele associadas a outras doenças. Abaixo, destacamos algumas das aulas em destaque:

1 – Laser e outras tecnologias:
O painel, coordenado pelos médicos Alexandre de Almeida Filippo e Vivian Barzi Loureiro, abordou a utilização do laser para tratamento de lesões vasculares faciais, poiquilodermia, melanoses solares e outras lesões pigmentares diferentes do melasma, e olheiras. A sessão trouxe ainda as novas tecnologias disponíveis para tratamentos estéticos faciais e corporais.

2 – Cirurgia cosmética e corretiva:
O Dr. Francisco Le Voci trouxe atualizações sobre transplante capilar e as novas técnicas utilizadas. Já a Dra. Bogdana Kadunc abordou as novidades nos peelings químicos. A palestra contou ainda com a demonstração de possibilidades de condução das cirurgias de orelha e a utilização do IPCA na condução de cicatrizes.

3 – Viroses emergentes:
O painel que abordou o tema viroses emergentes mostrou as dermatoviroses da atualidade, tais como doença mão-pé-boca, muito comum em bebês e crianças. O Dr. Omar Lupi apresentou algumas abordagens para herpes zoster em meio ao aumento do número de casos e reforçou a importância da vacinação como medida preventiva. A Dra. Regina Carneiro ofereceu uma visão atualizada sobre a Covid, trazendo dados mundiais sobre a doença após três anos da pandemia que impactou toda a população mundial. A especialista reforçou que as vacinas disponíveis no mercado são seguras: “Os efeitos colaterais que ocorrem também são observados em outros imunizantes. Precisamos continuar nos cuidando, pois o vírus tem uma capacidade enorme de mutação, mas mantendo o calendário vacinal atualizado a gente consegue produzir um número suficiente de anticorpos para combater esse vírus, mesmo em paciente imunossuprimidos” – destaca.

4 – Cabelos:
Os tratamentos para alopecia também estiveram presentes no último dia do Congresso, que abordou Dermatoscopia do couro cabeludo. O convidado internacional Jerry Shapiro, dos Estados Unidos, apresentou dispositivos de imagem para queda de cabelo. Em outro painel, especialistas debateram o manejo da alopecia aresta grave, além do uso de imunossupressores e dos IJAK.

5 – Canabidiol na dermatologia:
Na palestra sobre Canabidiol na dermatologia, foram apresentadas as indicações de utilização de medicamentos com essa substância na dermatologia, além de algumas pesquisas envolvendo o tema, ainda controverso na medicina. O Dr. Reinaldo Tovo Filho destacou que o canabidiol poderá ser usado na dermatologia para tratar pacientes com prurido, acne, dermatite atópica e queda de cabelo, entre outras dermatoses, mas que ainda são necessários estudos mais aprofundados das medicações e seus efeitos colaterais. Os remédios derivados do cannabis ainda não têm uso autorizado no Brasil e ainda estão em fase de estudos. O especialista do Hospital Sírio Libanês acredita que as pesquisas relacionadas ao uso do canabidiol na dermatologia devem avançar rapidamente nos próximos anos.

O evento termina sendo um sucesso de público, com mais de 3 mil médicos inscritos. Foram mais de 80 palestras em 3 dias de imersão e atualização nas diversas áreas que a dermatologia abrange. Além disso, foram apresentados cerca de 1.200 trabalhos científicos, que confirmam a qualidade da produção científica nacional.

Em 2024, o Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia será realizado em Natal, de 5 a 7 de setembro. Para outras informações, visite o site da SBD: www.sbd.org.br

 

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22 de agosto de 2023 0

A Sociedade Brasileira de Dermatologia, amparada em estudos e evidências científicas vem a público esclarecer que o uso de medicamentos injetáveis na pele e no couro cabeludo representam técnicas invasivas utilizadas na dermatologia. Os tratamentos consistem em injeções ou infusões de soluções estéreis como ácido tranexâmico, minoxidil, finasterida, dutasterida e corticosteroides.

É necessário que terapias como essas sejam definidas e realizadas por profissional médico habilitado e com registro regular no Conselho Regional de Medicina, já que apresentam riscos de efeitos colaterais locais e sistêmicos pela absorção destas substâncias. O dermatologista é o profissional médico habilitado para a correta indicação e execução seguindo as normativas de assepsia e biossegurança propostas pela ANVISA.

A SBD reitera que, qualquer procedimento injetável no couro cabeludo ou na pele, seja em procedimento facial ou corporal deve ser pautado em indicações precisas pelo seu dermatologista. Ele pode definir cada estágio do tratamento, a indicação correta e as substâncias a serem utilizadas, baseado em um diagnóstico clínico adequado.

Recentemente a ANVISA destacou que os produtos para este fim precisam ser estéreis e registrados naquela entidade como medicamentos e não como cosméticos. Os pacientes precisam ser informados sobre medicamentos que neles são administrados. Ao médico cabe garantir o uso de produtos seguros, além de esclarecer quaisquer dúvidas daqueles que vão passar por estes procedimentos minimamente invasivos.

 

Imagem: Freepik

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1 de agosto de 2023 0

 

Entre os dias 7 e 9 de setembro, Florianópolis vai sediar a 76ª edição do Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia. O evento vai reunir especialistas de diversas áreas e o que há de melhor em novas tecnologias. “Nosso objetivo é que o participante saia do congresso pronto para aplicar no seu dia a dia de trabalho tudo o que aprendeu no maior encontro da dermatologia brasileira”, destaca Silvia Maria Schmidt, Presidente do Congresso.

 

Mais de 1200 trabalhos científicos nacionais serão apresentados, o que é uma amostra da produção científica nacional que tem grande representatividade internacional com publicações nas áreas de cosmiatria, cabelos e unhas e dermatologia clínica e cirúrgica.

 

Entre os temas abordados estão a indicação e combinação de procedimentos estéticos injetáveis e novas tecnologias no gerenciamento e prevenção do envelhecimento, a importância do diagnóstico correto nas diversas formas de queda de cabelo, abordagem atual com novas opções de tratamento para a grande variedade de doenças dermatológicas. Além disso um destaque para a oncodermatologia, lembrando que o câncer de pele é o mais frequente na população em geral e a atuação do dermatologista é fundamental para o tratamento adequado. Teremos ainda uma sala para discussões éticas e os desafios atuais do posicionamento na mídia e redes sociais.

 

Diversos palestrantes internacionais estão convidados. Dr. Seemal R. Desai, dos Estados Unidos, vai trazer atualizações terapêuticas em vitiligo, psoríase e acne em pele negra. Dr. Jerry Shapiro, dos Estados Unidos, especialista em distúrbios do cabelo e do couro cabeludo. Terão participações especiais no evento os Drs Gaston Galimberti, da Argentina, Danielle Marcoux, do Canadá e Pedro Mendes Bastos, de Portugal.

 

Serviço

Data: 7 a 9 de setembro

Local: Centro de Convenções CENTROSUL – Florianópolis – SC

Inscrições: https://icongresso.sbd.itarget.com.br/estacao/index/index/evento/184

Informações: http://eventos.sbd.org.br/76csbd/

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13 de julho de 2023 0

Congresso Mundial de Dermatologia se encerra cumprindo o papel de promover a Dermatologia sem Fronteiras

O tema foi a ‘Dermatologia Além Fronteiras’. E cumpriu seu papel, sendo o primeiro a ser realizado em uma cidade tropical, tratou sobre a pele de cor, para chamar a atenção para a importância das doenças de pele em relação ao sofrimento e morbidade humana, saúde global da pele e cuidados dermatológicos, enfatizando as nações carentes e as iniquidades sociais de saúde. “À medida que emergimos de um período de turbulência econômica e de saúde, WCD2023 será ainda mais significativo na reunificação de especialistas médicos e científicos à medida que traçamos novos caminhos a seguir.  É a primeira vez que foi realizado no sul e sudeste da Ásia, que abriga uma população de 2,3 bilhões de pessoas e mais de 30.000 dermatologistas”, lembra Professor Roy Chan, Presidente do 25º Congresso Mundial de Dermatologia.

O 25º Congresso Mundial de Dermatologia é o principal evento internacional da área, abrangendo 130 anos de história. Abordou novidades clínicas, tecnológicas e a integração entre um mundo que se fala cada vez mais e pode usar isso para melhorar a saúde das pessoas. Desde a sua criação em 1889, o evento internacional atravessou o mundo em 19 cidades, reunindo dermatologistas, cientistas, pesquisadores e representantes da indústria profissionais de todo o mundo.

Com enorme orgulho a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) celebra a oportunidade de ver o Dr. Ricardo Romiti como delegado da América Latina junto à ILDS. Com a oportunidade de representar a SBD e a todos os dermatologistas da América Latina. E Ricardo, ao ser eleito demonstrou seu carinho pelos colegas, em especial à Regina Carneiro, Diretoria e Heitor de Sá Goncalves, presidente) por todo empenho nessa jornada. “Vocês são verdadeiros embaixadores da nossa especialidade. É uma honra enorme”, disse ele.

O presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dr. Heitor de Sá Gonçalves, externou sua alegria com a eleição de Dr. Ricardo. “A eleição dele como delegado da América Latina junto à ILDS representa, além de uma vitória pessoal maravilhosa, um novo tempo de protagonismo institucional da Sociedade Brasileira de Dermatologia no cenário mundial! Protagonismo esse coroado com a participação decisiva, também hoje, na vitória de Guadalajara como sede do Congresso Mundial de Dermatologia/2027! Orgulho de ser SBD!”.

Ações sociais e olhar para o futuro

O WCD2023, principal congresso global de dermatologia, trouxe especialistas de todas as partes do planeta. A organização do evento achou a oportunidade significativa e foi motivada a planejar algo que também tivesse peso no seu impacto ambiental, social e econômico e sendo o início de um caminho para ações mais responsáveis.

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, o Plano Verde de Cingapura 2030 e a urgência da mudança climática nos guiaram para redigir o documento que se tornou nosso manifesto. Fazendo do evento e de sua organização uma base estruturada nos princípios da preservação da natureza e da sustentabilidade.

Segundo a organização “O 25º Congresso Mundial de Dermatologia apoia o movimento One MillionTrees. Este projeto visa restaurar a natureza em Cingapura plantando um milhão de árvores adicionais nos próximos dez anos. Isso faz parte da transformação de Cingapura em uma Cidade na Natureza, um componente-chave do Plano Verde de Cingapura 2030.A comunidade é fundamental para o sucesso deste movimento; junte-se a nós e ajude a tornar Cingapura mais verde!”

 

Dra Regina Carneiro, Secretária Geral da SBD

 

 

 

 

 

“O Congresso foi extremamente organizado. As sessões eram bem completas com período para discussão de casos clínicos, para a discussão de terapêuticas. Trouxe muitas inovações, principalmente na área dos imunobiológicos, das pequenas moléculas, de algumas doenças que nós ainda não tínhamos perspectiva de tratar. O Brasil esteve muito bem representado, com vários especialistas do país dando aula, coordenando curso, ministrando cursos, coordenadores de sessão.Foram cerca de 400 dermatologistas brasileiros inscritos, um grande número de trabalhos apre4sentados pelos nossos serviços credenciados, que mostra que a produção científica da Sociedade Brasileira de Dermatologia está muito forte e esse encontro foi muito importante”, destacou a SecretáriaGeral da SBD, Dra. Regina Carneiro.

Outro aspecto de grande importância foi a eleição do Dr. Ricardo Romiti para a vaga da ILS, de quatro em quatro anos eles renovam sua diretoria e o Dr. Omar Lupi, também brasileiro, estava encerrando seu mandato e era fundamental essa representação presente na Liga, numa articulação muito importante com sociedades da América Latina e fora dela. Os rumos da dermatologia mundial são definidos na Liga e é muito importante termos voz, uma vez que somos a terceira Sociedade de Dermatologia do Mundo. Outra vitória foi auxiliar a levar em 2027 para a América Latina, em Guadalajara no México em 2027.

 

Dr. Ricardo Romiti, delegado da América Latina junto à ILDS

“O Congresso Mundial teve um sabor especial para nós, dermatologistas brasileiros. Primeiramente pelo grande número de associados da SBD coordenando palestras, dando cursos, encabeçando as discussões clínicas, terapêuticas, dos mais variados aspectos na nossa especialidade. Outro ponto de relevância é a volta do Congresso Mundial para a América Latina, em Guadalajara, em 2027. Tivemos ainda a alegria de conquistar uma vaga na Liga Mundial da Sociedade de Dermatologia, o que se deve muito ao trabalho da SBD. O Congresso foi didático, priorizou debates, discussões de temas específicos e abordando todos os aspectos diagnósticos, clínicos, terapêuticos e ouvindo novidades das mais diferentes doenças da nossa especialidade”.

 

Aline Bressan, Coordenadora do Departamento de Medicina Interna da SBD

 

Aline comemorou estar perto do local de realização do evento, o que dava a comodidade de ir a pé. Reparou também a limpeza e cuidado da população com a cidade e que muitos seguem usando máscara. “Pesquisei no mapa para ver. Foi uma experiência muito interessante. Estudei o país e tentei entender antes de ir. Muito desenvolvido, limpo e com uma população super educada”, declarou. E segundo ela material reciclável até mesmo nos materiais para comida, embalagens e talheres eram sustentáveis, o que certamente faz parte do projeto do evento em trazer a sustentabilidade como prática. Cientificamente, ela se interessou pela plenária de comorbidades e doenças crônicas. “Vimos que as comorbidades impactam demais a vida da pessoa com a doença e é preciso acompanhar isso. E a principal queixa deles é o prurido, a coceira. Então juntamos comorbidades com a queixa principalmente do paciente, para escolher o melhor tratamento, visando a qualidade de vida, a doença, dermatológica e comorbidades desse paciente”, destaca ela, que é Coordenadora do Departamento de Medicina Interna da SBD.

 

Imagem da home: do site do WCD2023

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26 de junho de 2023 0

Em 25 de junho é celebrado o Dia Mundial do Vitiligo: O que sabemos a respeito?

Linda e educada, a modelo canadense Winnie Harlow chama atenção onde vai. Não pela pele que mostra já no rosto o vitiligo, mas pela beleza e elegância.

Apesar da doença não afetar capacidades e talentos, existe muito estigma e preconceito sobre ela. O preconceito, descende da falta de conhecimento. O vitiligo caracterizasse pela perda da coloração da pele em virtude da destruição dos melanócitos, células que formam a melanina, o vitiligo é uma doença genética e autoimune, não contagiosa, muito menos incapacitante, mas que causa sequelas emocionais em virtude da discriminação sofrida por pessoas portadoras. Os impactos desse preconceito variam de pessoa para pessoa, e vão desde impactos psicológicos até restrição no acesso a vagas em concursos públicos.

O Instituto Maurício de Sousa e a Sociedade Brasileira de Dermatologia sabem que hoje é Dia Mundial do Vitiligo. E que essas manchinhas não devem ser motivo de preconceito. Conheça mais sobre. Veja a campanha que entrou nas redes neste domingo.

Há sim fatores desencadeantes como estresse e questões psicológicas, mas não como causa e sim como fator desencadeante. A dermatologista Ivonise Follador, que é a Coordenadora do Departamento de Psicodermatoses (SBD), explica que popularmente se diz muito que a doença “não tem cura”, como se não tivesse tratamento, e isso desestrutura o paciente quando recebe esse diagnóstico. “Precisa haver clareza e acolhimento”, diz. No entanto, existe tratamento após o diagnóstico correto da doença, sua forma clínica, observação do grau de extensão, locais atingidos, se está aumentando ou não), o grau de impacto da mesma no paciente, a presença de outras doenças associadas, entre outros aspectos a serem avaliados.

Depois dessa avaliação, o tratamento é determinado visando primeiro parar o surgimento de novas manchas e, em paralelo, tentar repigmentar o que for possível. Existem várias técnicas, com excelentes e variáveis resultados, a exemplo do uso de corticoide oral, corticosteróides tópicos, inibidores de calcineurina, fototerapia, entre outros. “Medicações novas estão em pesquisa, algumas aprovadas fora do país e breve teremos novidades para o tratamento dessa doença ainda tão órfão de opções e tão estigmatizante. O apoio da família e o acompanhamento psicológico são fundamentais para que o vitiligo não tenha um impacto tão negativo nos pacientes”, enfatiza.
Para compor as ações necessárias para o combate a desinformação,

o presidente da SBD, Heitor Gonçalves, presidente da SBD, explica que “a entidade também tem como alvo o compromisso com a conscientização direta com a sociedade sobre as possibilidades de controle da doença, e na instrução sobre os direitos que os pacientes têm enquanto aos melhores acessos para o tratamento desta doença crônica”.

Ivonise diz que o vitiligo alcança 1% em média da população do mundo. Homens e mulheres. Sendo 25% abaixo dos 5 anos, 50 abaixo dos 10 anos. Mas pode surgir em qualquer idade. Ela tem uma base genética na família, mas não causas muito específicas. Existe uma alta agressão da célula que atinge os melanócitos, não se sabe porquê. O principal é acompanhar, seguir a orientação médica esclarecer que não é contagiosa. Não é puramente genética e nem emocional, pode estar associada à outras doenças como tireoidites, alopecia areata, por exemplo. É comum que haja o estudo da tireoide. Há muita desinformação, vejam que já se provou que não é uma doença incapacitante, mas alguns concursos rejeitam pessoas com vitiligo”.

A grande questão ainda para os portadores de vitiligo é o acesso a esses tratamentos. Segundo Ivonise, as pessoas que mais enfrentam essa dificuldade são os pacientes que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) e estão sem contato com um especialista. Nesses casos, a dermatologista aconselha procurar um serviço universitário e um credenciado pela SBD.

“Em relação à fototerapia, quase todos os serviços credenciados têm a câmara e isso é um trabalho das últimas diretorias. Já nos hospitais universitários, essas máquinas também são utilizadas para psoríase e linfoma e não há um espaço significativo para os pacientes de vitiligo. Então a questão de acesso é uma grande dificuldade e precisamos de centros de referência municipais, estaduais e federais para tratamento desta doença tão estigmatizante”, salienta a médica.

O vitiligo não é uma doença contagiosa e nem incapacitante. Se caracteriza pela perda da coloração da pele. As lesões formam-se devido à diminuição ou ausência de melanócitos, destaca a Organização da Saúde (OMS).

 

 

 

 





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