I Simpósio de Linfomas Cutâneos da SBD debateu novas formas de tratamento e controle da doença
Mais de 100 pessoas participaram do I Simpósio de Linfomas Cutâneos da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), realizado em São Paulo (SP) nos dias 16 e 17 de agosto. A primeira edição do evento, considerada um sucesso, reuniu renomados especialistas que debateram novas formas de tratamento e controle da doença, cuja causa ainda é desconhecida.
“Os ouvintes, na sua maioria dermatologistas, elogiaram a didática das apresentações, frequentemente embasadas em casos clínicos. Muitos participantes ressaltaram que essa iniciativa da Sociedade representa um marco na valorização da clínica dermatológica, com enfoque em doenças e terapêuticas complexas”, destacou o presidente da SBD, Sérgio Palma.
A programação científica do evento tratou de temas como oncogênese dos linfócitos, pele como órgão imune, exame imunoistoquímico, tratamento dos LCCB, pseudolinfomas, micose fungoide clássica, entre outros. Houve ainda simpósios satélites e um espaço especialmente dedicado a discussões e troca de experiências.
As palestras, de caráter interdisciplinar, tiveram como foco os conceitos sobre a origem e o desenvolvimento dos linfócitos, a pele como órgão imune e sede desses processos neoplásicos, e conceitos revisados sobre os linfomas cutâneos mais comuns e os mais raros.
“O evento foi uma excelente oportunidade para troca de experiências e conhecimento, com muita interação entre palestrantes e público, enriquecendo ainda mais a experiência”, destacou a coordenadora do Departamento de Oncologia Cutânea da SBD, Jade Cury.
O coordenador científico do Simpósio, José Antonio Sanches, também ressaltou que todas as apresentações foram feitas por experts, dermatologistas, hematologistas e radioterapeutas, representando diversas regiões do país. “Foi gratificante ver a plateia interagir proativamente, durante todo o evento, com perguntas e comentários relevantes”, comemorou.
Para a dermatologista Vera Lúcia Antunes Nasser (vídeo a seguir), que atua em São José do Rio Preto e participou do evento, a experiência proporcionou um grande aprendizado sobre a doença e a possibilidade de conduzir melhor os casos dos pacientes que ela atende em consultório. “No dia a dia da profissão a gente faz o diagnóstico e depois não sabe como conduzir o tratamento do paciente. Esse evento agregou muito conhecimento para mim sobre os linfomas cutâneos”, constatou.