A psoríase é uma doença relativamente comum no Brasil. De acordo com uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (2015/2016), a prevalência no Brasil varia entre 1,10 e 1,50%, com grande variabilidade entre as regiões: 0,92% (Norte) e 1,88% (Sudeste). Além disso, é uma doença inflamatória crônica, imunomediada e não contagiosa, que pode afetar o corpo todo, principalmente os joelhos, cotovelos, mãos, pés e o couro cabeludo. Atenta a essa realidade, com a pergunta “Vamos falar de psoríase?”, a SBD promove uma campanha de divulgação sobre a doença e a evolução das terapias.
A mensagem principal é ressaltar, que apesar da psoríase ainda não ter cura, tem controle e tratamento para a melhora da qualidade de vida dos pacientes. O protocolo clínico da doença evoluiu muito nos últimos anos e vai além dos medicamentos tópicos, como cremes, loções e shampoos. Dependendo do grau, que pode ser leve, moderada ou grave, existem outras formas de cuidar do paciente. A fototerapia, os medicamentos sistêmicos tradicionais e os injetáveis (biológicos) são indicados nos tipos de psoríase moderada a grave.
Para realizar o diagnóstico e a escolha do tratamento adequado para cada caso é necessário procurar um médico dermatologista da SBD nas unidades de saúde do SUS ou no site da Sociedade Brasileira de Dermatologia (http://www.sbd.org.br/associados/). “Ao agendar uma consulta pela primeira vez, pergunte se a clínica ou consultório possuem médicos especialistas com foco em tratamentos de doenças crônicas, como a psoríase. A dermatologia é uma especialidade abrangente e o profissional pode se especializar ou se dedicar a diversas áreas da profissão”, pondera Caio Castro, coordenador nacional da Campanha de Psoríase da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Em geral, a psoríase causa lesões arredondadas, vermelhas e descamativas, que muitas vezes geram preconceito e diminuem a qualidade de vida dos pacientes acometidos. No entanto, a SBD informa que a psoríase tem controle e não deve ser motivo de preconceito nem impedimento de praticar atividades e vivenciar as situações do dia a dia. “O esclarecimento das dúvidas da população é uma forma de minimizar o preconceito e de valorizar a autoestima dos pacientes”, salienta Claudia Maia, médica dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
A causa da doença ainda é desconhecida, entretanto existem gatilhos que fazem a psoríase entrar em atividade, como estresse, traumas físicos, fumo, infecções e uso de algumas medicações.
A Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase da SBD tem apoio dos laboratórios farmacêuticos Abbvie, Lilly e Novartis.