Autoexame na prevenção do câncer de pele
É POSSÍVEL DETECTAR A DOENÇA PRECOCEMENTE EM ALGUNS CASOS E, CONSEQUENTEMENTE, AUMENTAR AS CHANCES DE CURA
Pintas, feridas que não cicatrizam, nódulos e pontos doloridos que não saram são sinais de que algo não está muito bem. Como é verão e época de maior incidência de radiação solar, inclusive em função da destruição da camada de ozônio, as preocupações com os tumores malignos de pele aumentam.
“A principal razão para isso é que a ocorrência é maior nas faixas etárias mais avançadas, justamente a fatia da população brasileira que aumentará nas próximas décadas”, comenta a dermatologista Patrícia Fagundes, do serviço de dermatologia e tumores cutâneos do Hospital 9 de Julho, em São Paulo.
Diante dessa situação a prevenção e a detecção precoce são fundamentais para a cura do câncer de pele e, com isso, o autoexame é necessário em todos os casos. Com a ajuda de espelhos, toda a pele pode ser inspecionada. Assim, o aparecimento de lesões novas ou modificações de lesões preexistentes precisam ser valorizadas.
“Manchas e lesões que apresentem alteração de cor, forma ou tamanho, sangramento, dificuldade na cicatrização e dor local deve ser relatado ao médico”, alerta a médica dermatologista.
NEM TODA PINTA É CÂNCER, MAS NÃO DEIXE DE VERIFICAR
Os tipos de câncer de pele podem apresentar-se de várias formas. De uma maneira geral, o carcinoma basocelular, que representa 70% dos casos no Brasil, tende a aparecer inicialmente como uma lesão elevada, pequena, arredondada, da cor da pele ou avermelhada e contendo alguns vasinhos na superfície.
Ele pode aparecer em qualquer parte do corpo, mas costuma surgir em áreas de exposição ao sol. Com o passar do tempo, pode aumentar de tamanho formar úlceras. O basocelular acomete homens e mulheres praticamente na mesma proporção e é muito raro em pessoas com pele negra.
Já o carcinoma espinocelular, responsável por 20% dos tumores de pele do País, em geral, apresenta-se como uma lesão mais espessa e em forma de verruga. Pode ulcerar também e, eventualmente, invadir tecidos vizinhos ou originar metástases. “Tanto o basocelular quanto o espinocelular são relatados na consulta médica como uma feridinha que nunca cicatriza”, comenta Patrícia.