Dermatologistas alertam sobre o diagnóstico de mastocitose
Ana Mósca, dermatologista pediátrica do Hospital Municipal Jesus, falará no 65º Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia, sobre uma afecção chamada Mastocitose muito confundida com as alergias comuns. Apesar de pouco conhecida, conforme pesquisa realizada em São Paulo, 92% dos casos ocorrem em bebês com 1 ano de vida e pode evoluir para outras doenças. É uma doença em que há proliferação de mastócitos na pele e em outros órgãos e tecidos.
Apesar de pouco conhecida, conforme pesquisa realizada em São Paulo, 92% dos casos ocorrem em bebês com 1 ano de vida e pode evoluir para outras doenças. É uma doença em que há proliferação de mastócitos na pele e em outros órgãos e tecidos.
“É uma patologia predominantemente cutânea e infantil. Por apresentar sintomas parecidos com o de uma alergia comum, pode ser diagnosticada de maneira errada e em raros casos pode ser sistêmica. O diagnóstico precoce é importante, já que na evolução da doença, os pacientes podem ter sintomas respiratórios, ou de outra natureza. Por isso é importante detectá-la o quanto antes”, diz a médica.
A mastocitose, quando bem diagnosticada, pode ser tratada e controlada. O tratamento para a doença é uma combinação de anti-anti histamínicos que os pacientes devem tomar durante o curso da afecção. Alguns medicamentos como o de ácido acetil salicílico, anestésicos opiáceos, substâncias contendo álcool, podem piorar as manifestações.
O desaparecimento da mastocitose ocorre na maioria das vezes na adolescência. Caso não seja tratada, ela pode eventualmente cursar com manifestações alérgicas intratáveis. Nos adultos o acompanhamento é importante porque pode estar relacionado com neoplasias malignas. Ana falará sobre o tema no dia 07 de Setembro, no Riocentro e, além da dermatologista, o evento contará com vários médicos nacionais e internacionais, discutindo os mais diversos temas da área.