Classificação dos fototipos de pele



 

Por que as pessoas têm tons de pele diferentes?

A cor da pele está relacionada a uma série de fatores. A pigmentação constitutiva da pele é herdada geneticamente, sem interferência da radiação solar, portanto, constante. A cor facultativa da pele é reversível e pode ser induzida. Ela resulta da exposição solar.

Fototipos de Pele – Classificação de Fitzpatrick

A mais famosa classificação dos fototipos cutâneos é a escala Fitzpatrick, criada em 1976 pelo médico norte-americano Thomas B. Fitzpatrick. Ele classificou a pele em fototipos de um a seis, a partir da capacidade de cada pessoa em se bronzear, assim como, sensibilidade e vermelhidão quando exposta ao sol, sendo:

Pele branca – sempre queima – nunca bronzeia – muito sensível ao sol;
Pele branca – sempre queima – bronzeia muito pouco – sensível ao sol;
Pele morena clara – queima (moderadamente)– bronzeia (moderadamente) – sensibilidade normal ao sol;
Pele morena moderada – queima (pouco) – sempre bronzeia – sensibilidade normal ao Sol;
Pele morena escura – queima (raramente) – sempre bronzeia – pouco sensível ao sol;
Pele negra – queima (raramente) – totalmente pigmentada – minimamente sensível ao sol.

 

ESCLARECIMENTOS À POPULAÇÃO

Dermatologistas esclarecem sobre riscos de exposição ao sol para todos os tipos de pele

Diante de comentários em redes sociais sobre o uso da Escala de Fototipos de Fitzpatrick, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) vem a público esclarecer que:

1. A escala de fototipos de Fitzpatrick é uma classificação internacional, existente há longa data (desde 1975), sendo atualmente a mais adotada para a determinação dos fototipos de pele no mundo todo. A escala tem aplicabilidade para questões técnico-científicas, como por exemplo, a elaboração do planejamento para tratamento de fototerapia. Vale ressaltar ainda que as informações apresentadas acima são reproduções da descrição original. De todo modo, o material carece de revisão, diante dos avanços das avaliações em termos de critérios de sensibilidade, danos, entre outros.

2. Em termos científicos, a sensibilidade é conceituada como a capacidade de perceber sensações físicas, tendência natural a reagir aos estímulos físicos, facilidade para se machucar por algum agente externo. Conforme consta no texto, a classificação aborda a sensibilidade de cada indivíduo relacionada exclusivamente à possibilidade de ocorrência de queimaduras solares (conceito de fotossensibilidade).

3. A melanina existente em pele com tons mais escuros absorve e dispersa a energia ultravioleta, concedendo muito mais tolerância à exposição solar. Isso permite, quase sempre, bronzeamento sem queimaduras. No entanto, tons de pele mais escuros ainda podem desenvolver queimaduras solares em algumas situações, como diante de altíssima exposição ao sol e do uso de medicamentos e tratamentos que tornam a pele mais sensível ao sol.

4. Porém, esse fato não significa que os demais danos relacionados à exposição ultravioleta (aumento do risco de câncer de pele, envelhecimento cutâneo, entre tantos outros) não aconteçam em pessoas com fototipos mais elevados.

5. Desta forma, a SBD recomenda que os cuidados com a exposição solar sejam adotados por todos, independentemente da cor da pele. Essa orientação, inclusive, é sempre destacada em campanhas anuais promovidas pela SBD com foco na prevenção ao câncer de pele (Dezembro Laranja).

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