A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) manifesta seu apoio ao Conselho Federal de Medicina (CFM) na solicitação formal enviada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio do Ofício nº 313/2025, visando à suspensão imediata da produção e comercialização de preenchedores à base de polimetilmetacrilato (PMMA) no Brasil.
Essa medida é respaldada por evidências científicas robustas e pela crescente incidência de complicações graves relacionadas ao uso do PMMA. Entre essas complicações, destacam-se reações inflamatórias granulomatosas, que podem manifestar-se anos após a aplicação, frequentemente exigindo intervenções cirúrgicas complexas e potencialmente mutilantes. Além disso, o uso de grandes volumes desse material tem sido associado a condições como hipercalcemia e lesões renais, que, em casos mais graves, podem evoluir para insuficiência renal.
É importante ressaltar que procedimentos estéticos invasivos exigem uma avaliação criteriosa do paciente e devem ser realizados exclusivamente por profissionais médicos qualificados. Tais intervenções devem ocorrer em locais adequados, como consultórios médicos, clínicas e hospitais, que atendam às normas de biossegurança, garantindo a proteção e o bem-estar dos pacientes.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia reafirma seu compromisso com a saúde e segurança da população e seguirá vigilante frente a essa questão de relevância para a saúde pública.