O Funaderm 2024, programa de apoio à pesquisa dermatológica, foi um grande sucesso neste ano, marcando um recorde histórico com a aprovação de 12 trabalhos, todos selecionados para receber financiamento. A iniciativa visa fortalecer a pesquisa técnico-científica e promover avanços significativos em diversas áreas da Dermatologia.
Os temas variam desde o tratamento de doenças de pele até o estudo de novas terapias para condições dermatológicas complexas. O financiamento desses estudos oferece uma nova esperança para inovações no campo, além de proporcionar avanços no entendimento e no tratamento de doenças como psoríase, vitiligo, acne e alopecia, entre outras.
“Esse recorde é um reflexo do grande momento que a dermatologia vive no Brasil, mostrando o potencial de nossa comunidade científica e o compromisso com o aprofundamento de estudos nas áreas de imunologia, genética e terapêuticas das doenças dermatológicas. É uma grande satisfação ver tantos projetos com alto impacto sendo viabilizados”, afirma Dr. Heitor de Sá Gonçalves, presidente da SBD.
Entre os aprovados, destaque para a “Avaliação da expressão de Aquaporina-3 em doenças bolhosas”, de Denise Miyamoto, que busca entender melhor as causas dessas condições e suas terapias. Outra importante abordagem é a da Profa. Edileia Bagatin, que testa a eficácia do microagulhamento versus o laser fracionado de CO2 no tratamento de cicatrizes de acne.
“O Funaderm 2024 cobre uma vasta gama de pesquisas que abordam desde aspectos genéticos de melanomas até terapias inovadoras para psoríase e alopecia. Temos a oportunidade de transformar a forma como tratamos e diagnosticamos doenças dermatológicas, além de abrir novas possibilidades terapêuticas para milhões de pacientes”, ressalta Dr. Mauro Enokihara, presidente do Funaderm.
Alguns dos selecionados focam em doenças de difícil tratamento, como a epidermólise bolhosa pruriginosa, que está sendo estudada por Luciana de Paula Samorano, e a pesquisa sobre o herpes simples vírus em crianças com dermatite atópica e erupção variceliforme de Kaposi, conduzida por Marcia Cristina Moreira Menoncin.
Além disso, há investigações sobre o impacto de tratamentos não convencionais, como o ensaio clínico randomizado sobre o uso do tofacitinibe no tratamento da psoríase palmoplantar não pustulosa, coordenada por Paula Hitomi Sakiyama.
Confira os demais aprovados:
Ações da isotretinoína sobre a cartilagem de crescimento, por Fabíola Rosa Picosse;
Avaliação de biomarcadores cutâneos como preditores de resposta à fototerapia UVB de banda estreita no vitiligo, por Helena Zenedin Marchioro;
Psoríase, suas terapias e associação com o desenvolvimento de neoplasias malignas na população brasileira, por Leandro Linhares Leite;
Análise genética comparativa de melanomas acrais plantares em áreas sob estresse mecânico e áreas poupadas, por Lucas Campos Garcia;
Avaliação da eficácia do uso oral e tópico de linhagens de bifidobacterium em modelo experimental de psoríase, por Simone Helena da Silva;
Avaliação da eficácia do clobetasol 0,05% solução no tratamento da alopecia de padrão feminino: um ensaio de prova de conceito, por Stéfany Silva Santos;
Mesoterapia com dutasterida 0,01% versus placebo para tratamento de alopecia androgenética masculina: ensaio clínico randomizado, por Vitoria Gandur Pigari.