42º Dermatrop termina com avanços em discussões centrais para a saúde pública brasileira
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“Uma oportunidade única de vislumbrar debates de alta qualidade científica e de central relevância para o país avançar em diferentes temas de saúde pública ainda negligenciados”. Com essas palavras, o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sérgio Palma, definiu o 42º Simpósio de Dermatologia Tropical (Dermatrop) promovido pela entidade, em formato online.
O Simpósio – último grande evento organizado pela SBD em 2020 – chegou ao fim no sábado (12/12), deixando nos organizadores a sensação de dever cumprido. “Os cerca de 500 congressistas inscritos nesta edição puderam acompanhar mais uma excelente iniciativa de aperfeiçoamento técnico e terapêutico, focada justamente nas doenças que se alimentam das desigualdades sociais do Brasil”, afirmou Palma.
Segundo salientou o especialista, lidar com os desafios oriundos das diferenças econômicas encontradas na população e com as peculiaridades de cada uma das cinco regiões do país também é parte integrante do trabalho clínico diário dos dermatologistas. Palma compôs a Comissão Organizadora do 42º Dermatrop, juntamente com os professores Sinésio Talhari (AM), Heitor de Sá Gonçalves (CE) e Walter Loureiro (PA).
Destaques – Entre os temas debatidos no segundo dia de atividades do 42º Dermatrop, estiveram em destaque assuntos como: “Medicina dos viajantes”; “Cromomicose”; “Micobacterioses Cutâneas”; “Dermatozoonoses”; “Leishmaniose Tegumentar Americana”; “Manejo da neuropatia pós-herpética e dor neuropática hansênica”; “Atualização em tinha capitis”; “Doenças infecciosas durante o tratamento com biológicos”; “HTLV1 e Dermatologia”; e mais.
O evento contou ainda com uma sessão especialmente dedicada à discussão de casos clínicos, ministrada por experts da dermatologia tropical. Na oportunidade, os congressistas puderam comentar as apresentações e tirar dúvidas com os especialistas convidados. O conteúdo da programação científica, dos dois dias de atividades, ficará disponível para os participantes por 30 dias após evento. Para mais informações, acesse o site: www.sbd.org.br/42-simposio-de-dermatologia-tropical-da-sbd/.
Pioneiro – Criado há 42 anos por médicos pioneiros na área da dermatologia tropical, como René Garrido Neves, Sinésio Talhari e Alcidarta Gadelha, o Dermatrop é um dos eventos mais tradicionais da SBD. Ao longo dos anos, a iniciativa mantém seu objetivo central de visibilizar questões relacionadas às dermatologias clínica e sanitária do Brasil, com discussões sempre atualizadas sobre micologia, infectologia, microbiologia, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e outros temas com implicações dermatológicas, que são essenciais no contexto epidemiológico do Brasil.
Nesse sentido, conforme pontuou o presidente da SBD, apesar da necessidade de distanciamento social e das limitações impostas pelo novo cornavírus, a entidade não poderia deixar de realizar o 42º Dermatrop e de oferecer aos seus associados uma programação científica de exemplar qualidade, abordando questões amplas e diversas, como habitualmente ocorre nas edições regulares do evento.
“A diretoria e os coordenadores atuaram arduamente para entregar essa edição virtual, que já entrou para a história em função do recorde de inscritos e da abrangência dos debates promovidos. De modo geral, cada atividade contribuiu para aperfeiçoar o trabalho dos dermatologistas de prover saúde, bem-estar e qualidade de vida aos seus pacientes e, certamente, o 42º Dermatop demonstrou o vigor e a potência da dermatologia brasileira nessa área”, finalizou Sérgio Palma.